sábado, 14 de dezembro de 2019

Clã da Família Teixeira





Portugal:

A genealogia da família Teixeira se inicia com o Conde D. Fafes Sarrazim de Lanhoso (ou Lanhozo), até D. Hermígio (ou Hermigo) Mendes Teixeira e daí­ se inicia, oficialmente, o senhorio dos Teixeira, na região do Concelho de Teixeira, Gestaço, e Quinta de Sequeiros (atual Distrito de Braga, norte de Portugal, região do Minho):

l) Conde D. Fafes Sarrazim de Lanhoso, donde descendem os Godinhos; este D. Fafes Sarrazim, foi rico-homem, morreu valorosamente diante do Rei D. Garcia II de (Galiza e) Portugal (Portucale) com o poder do Rei D. Sancho II de Castela, na Batalha de Águas de Maias, junto de Coimbra. Casou-se com D. Ouroanna Mendes, filha de D. Mendo Alãno (Alanus) de Bragança, de quem teve D. Godinho Fafes.

2) D. Godinho Fafes, filho de D. Fafes Sarrazim foi rico-homem do Rei D. Afonso VI de Leão (e Castela); antes do ano de 1082 acompanhou o Conde D. Henrique (de Borgonha) nas guerras que teve e com ele fez Doação do Couto e Mosteiro de S. Maria de Mobia no ano de 1103. Foi quem fundou e coutou o Mosteiro da Fonte Arcada (Fontarcada). Casou-se com D. Guiomar Mendes, filha de D. Ourigo (ou Eurico) de Nobrega, o Conquistador, de quem teve D. Fafes Lucides (ou Luz ou ainda Lux).

3) D. Fafes Lucides, filho de D. Godinho Fafes veio com o Conde D. Henrique, a Portugal de quem foi Alferes e rico-homem muito honrado e de quem descendem os Fafes e os Godinhos. Casou-se com D. Froille Viegas, filha de D. Egas Paes de Penagate, que fundou o Mosteiro de Rendufe e de sua mulher D. Sancha Mendes, filha de D. Mem Pires de Longos, de quem teve D. Godinho Fafes, de quem vem os Godinhos e os Alteros e D. Egas Fafes de Lanhoso. D. Egas de Penagate foi Senhor de muitas terras no Concelho de Prado, Regalados, Entre Homem e Cavado, onde possuíam as Quintas e Honras de Crasto, Vasconcellos, Dornellas e Sequeiros; esta deu em dote à  sua filha D. Froille.

4) D. Egas Fafes de Lanhoso, filho de D. Fafes Lucides, foi rico-homem e Senhor de muitas terras em Trás-os-Montes e esteve na Batalha de Ourique. Casou-se com D. Urraca (ou Chamoa) Mendes de Souza, filha de D. Mem Viegas de Souza e sua mulher, D. Elvira. Foi D. Egas Fafes a Jerusalém, e pelos bons serviços que lá fez, lhe deu o Rei Balduíno, as suas Armas que são as que usam seus descendentes. D. Chamoa Mendes era filha de D. Mem Viegas e foi quem herdou a Quinta da Torre de Vasconcellos. Teve com ela, D. Mem Viegas, D. Gonçalo Viegas, 1º Mestre da Ordem de Avis em Portugal e D. Frolle ou Sancha Viegas, mulher de D. Soeiro Pires Torta ou Escacha.

5) D. Mem Viegas, filho de D. Egas Fafes, foi rico-homem. Casou-se com D. Tareja (ou Teresa) Pires (ou Peres), filha de D. Pedro Viegas Pero Paes, Alcaide-Mor de Lisboa e sua mulher D. Maria Pires, de quem teve D. Hermigo (ou Herma­gio) Mendes Teixeira.

6) D. Hermigo (ou Hermígio ou ainda Henrique) Mendes Teixeira, filho de D. Mem Viegas, foi rico-homem e se chamou TEIXEIRA por ser Senhor do Concelho de Teixeira, Gestaço e da Quinta de Sequeiros. Esteve no Cerco de Ceuta com o Rei D. Fernando III, o Santo, de Leão e Castela pelos anos de 1248 e foi rico-homem do rei D. Sancho I. Foi o primeiro que se apelidou Teixeira e foi Senhor de Teixeira. Esteve na Conquista de Sevilha.  Casou-se com D. Maria Paes de Novaes, filha de D. Payo de Novaes, Alcaide-Mor de Vila Nova de Cerveira, rico-homem e sua mulher D. Maria Soares Velho. Teve com ela os seguintes filhos:

No Armorial Lusitano, relata-se que:
"A família Teixeira é das mais antigas e qualificadas de Portugal. D. Fafes Luz veio com o Conde D. Henrique para Portugal, foi seu alferes-mor, rico-homem, muito honrado, marido de D. Froilhe Viegas, senhora da Quinta de Sequeiros, filha de D. Egas Pais de Penagate, senhor de muitas terras no conselho de Prado, Regalados, Entre Homem e Cávado, e das Quintas de Crasto, Vasconcelos, Dornelas e Sequeiros e fundador do mosteiro de Rendufe, e de sua mulher. D. Sancha Mendes. Teve, pelo menos, dois filhos: D. Godinho Fafes, de quem procedem os Fafes, os Godins e Godinhos e os Álteros; e D. Egas Fafes de Lanhoso. Este foi rico-homem, teve o senhorio de muitas terras, combateu na batalha de Ourique e recebeu-se com D. Châmoa Mendes, filha de D. Mem Viegas, de quem houve D. Mendo Viegas, D. Gonçalo Viegas, primeiro mestre da Ordem Militar de Avis em Portugal, de quem não ficou geração, e D. Foilhe ou Sancha Viegas, mulher de D. Soeiro Pires Torta ou Escacha. De D. Mendo Viegas, que foi rico-homem, e de sua mulher, D. Maria Pires, nasceu D. Hermígio Mendes de Teixeira, que foi rico-homem de D. Sancho I, senhor de Teixeira, Gestaçõ e da quinta de Sequeiros, esteve na conquista de Sevilha e tomou o apelido do primeiro destes senhorios. Casou-se com Maria Pais, filha de Novais, alcaide de Vila Nova de Cerveira, rico-homem, e de sua mulher, D. Maria Soares Velho, de quem teve vários filhos, pelos quais se continuou o apelido de Teixeira."

Etimologia do sobrenome Teixeira: O sobrenome Teixeira como outros sobrenomes com nomes de árvores, tais como: Pinheiro, Carvalho, Figueira, Nogueira, etc... são de origem celta, anteriores ao Séc. V A.C.. "Teixeira" vem do étimo: "Teixo", árvore sagrada para os celtas. 


Brasil*

O Clã Teixeira de Mendonça na Bahia:

Dom Marcos Teixeira (O Bispo Soldado), Prelado, de seu nome completo Marcos Teixeira de Mendonça, nasceu na segunda metade do séc. XVI e morreu no Brasil a 08-10-1624. Em 1621 foi nomeado bispo da Bahia. Quando São Salvador, já havia capitulado e se encontrava sob domínio holandês, foi ele eleito pela Câmara de Salvador, para organizar a resistência. Era Dom Marcos, dotado de qualidades invulgares, levantou o moral dos que buscavam deixar a cidade, a mobilizando como instrumento de contenção do avanço inimigo. Arregimentou os homens válidos, proibiu relações com o intruso, incutiu confiança e entusiasmo em todos, enfim, organizou a reação e decidiu cobrar caro a invasão.

Há uma légua das muralhas de Salvador, fez levantar o Arraial do Rio Vermelho que, se tornou a sede do Governo-Geral do Estado do Brasil e quartel-general da reação contra o invasor, além de um obstáculo à sua expansão para oeste, e criando o sistema de emboscadas, a grande inovasão tática que dará a superioridade bélica aos brasileiros.

De Pernambuco, veio Matias de Albuquerque, com reforços em provisões e pessoal. Francisco Nunes Marinho, na qualidade de Governador-Geral. Recebeu o governo do bispo-soldado, e adotou medidas para tornar o cerco mais rigoroso e agressivo. Já em meio a guerra franca, em 8 de outubro morreu D. Marcos Teixeira, a alma da reação e catalisador de vontades e esforços.

Inspirado pelo exemplo do heróico eclesiástico, Nunes Marinho tomou o lugar de Dom Marcos, e liderou a reação com agressividade, sem dar descanso ao invasor, levando a morte para dentro da área do cerco. O testemunho do pe. Antônio Vieira, residente na Bahia, dá conta do heroísmo e dos sacrifícios dos brasileiros:

"Passaram noites e dias sem dormir e descansar, viviam e dormiam sem um teto, alimentavam-se precariamente de farinha, padeceram por vezes seguidas, frios, fomes e sedes, além de estarem faltos de munição que foi conseguida com o próprio inimigo, através das emboscadas" As únicas coisas abundantes entre os brasileiros eram o ânimo guerreiro e de libertar sua terra. 


Genealogia dos Teixeira de Mendonça (Bahia):

João Teixeira de Mendonça, natural de Lisboa, passou à Bahia, e aí casou com D. Filipa de Araújo, filha de Maria Barbosa de Araújo e de seu marido Manuel Nunes Figueira. Era o sobredito João Teixeira de Mendonça filho do capitão André Teixeira de Mendonça e de sua mulher D. Mariana de Magalhães, filha esta de Manuel Jorge de Magalhães, moço fidalgo da casa de Sua Majestade, e de sua mulher D. Maria Coelho de Brito, e André Teixeira de Mendonça era filho do capitão Antônio Teixeira de Mendonça, moço Fidalgo da Casa Real, e de sua mulher D. Julia de Carvalho, neto do doutor Marcos Texeira, deputado da mesa da consciência e ordens e do geral do Santo Ofício de Lisboa, e de sua mulher D. Mariana de Mendonça, bisneto de Diogo Teixeira e de sua mulher D. Violante de Vasconcelos; e D. Júlia de Carvalho, mãe do capitão André Teixeira de Mendonça, era filha de João Mendes de Carvalho, comendador de Ferreira e irmão do Marquês de Monte Belo em Castela. De D. Filipa de Araújo e seu marido João Teixeira de Mendonça, foram filhos: 

1. Manuel Teixeira de Mendonça, que se segue.
2. D. Mariana, que faleceu solteira a 18 de maio de 1715.
3. D. Julia de Carvalho, adiante.


ANDRÉ TEIXEIRA DE MENDONÇA. Foi em Lisboa capitão da companhia de oficiais de justiça, Doc. Hist., v. 18, p. 237, na Bahia, escrivão da Chancelaria da Relação, 29 de outubro de 1658, Doc. Hist., v. 19, p. 417. Ordem régia de 18 de outubro de 1680 mandou entregassem à viúva, D. Mariana de Magalhães, 60$ de pensão que tinha no ofício de escrivão da Provedoria, Anais do Arq. Públ. da Bahia, v. 28, p. 19. - Natural de Almoster, termo de Santarém, filho de Álvaro de Carvalho, teve alvará de fidalgo cavaleiro em 1647, pelos serviços prestados na conquista de Angola, Carvalho Franco, Nobiliário Colonial, p. 196.

ANTONIO TEIXEIRA DE MENDONÇA. Capitão-mor, foi enviado à Bahia quando os holandeses ocupavam a ilha de Itaparita, Doc. Hist., v. 23, p. 425. Capitão-mor de Angola (1648), bravamente a defendeu, J. C. Feo Cardoso de Castel Branco e Torres, Memórias etc., p. 178, Paris, 1825.


Os Teixeira (s) em Pernambuco:

Quando João Fernandes Vieira abre a campanha contra o domínio holandês, nomeia como capitão em Ipojuca Thomé Teixeira.

Nas vésperas da batalha do Monte Tabocas, quando ainda se encontrava em confabulações com outros chefes insurreitos, no engenho de Luiz Bráz Bezerra, achava-se entre os principais Álvaro Teixeira

Bras de Barros Teixeira e Paulo Teixeira eram capitães do Terço de João Fernandes Vieira, e tomaram parte na batalha do Monte Tabocas, bem como na 1ª e 2ª Batalhas dos Guararapes, com Paulo Teixeira sendo ferido na 2ª Batalha. 

Braz de Barros Teixeira será ainda o Capitão a frente da reconquista de Olinda, tomando ainda de assalto o forte George, as portas do Recífe, que a ligava a Olinda pelo litoral.

Nos antecedentes da batalha de São Lourenço (1636), Paulo Teixeira, juntamente com o também capitão Álvaro de Azevedo Agostinho Leytão, conduziram os moradores de São Lourenço, que seriam até cem homens, com suas famílias, e toda a mais gente da povoação, em um melhor reduto, cercado de uma grossa palhiçada. 

Posteriormente, em 11 de março de 1653, na estância do Aguiar, será o mesmo capitão Paulo Teixeira, que irá rechaçar uma investida flamenga, sob comando do coronel Sigismundo, de 150 homens, no intento de tomar a Fortaleza dos Afogados sob seu comando.
"O Capitão Paulo Teixeira, que se achava com muita, e boa gente saiu da Estância, rompeu as emboscadas, investiu sobre o esquadrão inimigo, que assombrado de o buscar tanta mais gente, do que imaginava, frio na resistência, remisso na defesa, fugiu cortado de seu espanto, Só de nossos golpes, tão vergonhosamente, que não bastou a causa para lhe diminuir a injuria.
Pelas três da tarde, com dobrado poder, arrogante fúria, o Cel. Sigismundo voltou a prosseguir no intento da manhã. No mesmo posto encontrou a mesma oposição: Sustentou o avanço aquele tempo, que sustentaram as cargas, mas tanto, que sentiu o corte de nossas espadas. Deixou o campo e a vitória, contente com retirar seus mortos."


GENEALOGIA dos TEIXEIRA CABRAL (Pernambuco):

 Martinho Teixeira Cabral c.c. Petronilla de Brito; senhores dos engenhos de Goyanna e Bôa Vista, da freguesia de Serinhaem.

Thomé Teixeira Ribeiro c.c. d. Maria Cavalcante Bezerra
5 — Pedro Teixeira Cavalcante.
5 — D. Manoella Teixeira Cavalcante, adeante.
5 — D. Maria Teixeira Cavalcante.
5 —-D. Anna Cavalcante de Nasareth.
5 — D. Gertrudes Teixeira Cavalcante.
5 — D. Manoella Teixeira Cavalcante, casou com o Capitão Antonio José do Couto, natural do Reino. Deste matrimônio tem nascido:
 6 — Antonio José do Couto. 
6 — Thon_fé Teixeira Ribeiro. 
6 — D. Marli. 
6 — D. Luisa Cavalcante Bezerra, casou com José Rebello Falcão, filho do Capitão-mór Braz Vieira Rebello e de sua mulher D. Anna Luisa Cavalcante
Gonsalo Teixeira Cabral; natural da Villa de Serinhaem, Capitão Cabo do Forte do Pao da Gamella c.c. d. Cosma d´Araujo Cavalcante:
10—Antônio José Teixeira, que segue, aqui mesmo.
10— D. Anna Cavalcante de Nasareth, aqui.
10 — D. Maria Ignacia Cavalcante, g
10 — D. Luisa da Conceição Cavalcante, §
10 — Antônio José Teixeira, é Capitão da Ordenança da Villa de Serinhaem. Casou com D. Maria Rosa de Barros Campello, filha de Manoel Rodrigues Campello, Cavalleiro Fidalgo da Casa Real professo na Ordem de Christo e Capitão de Infantaria paga com exercicio das ordens do Governo de Pernambuco, e de sua mulher D. Innocencia de Brito Falcão & até a presente s. g.
10 — D. Anna Cavalcante de Nasareth, casou com o Capitão Christóvão da Rocha Wanderley, filho de Manoel de Barros Wanderley, Sargento Mor da Villa de Serinhaem, e de sua mulher D. Maria L.

Lankia Castilhista
*Abordamos apenas os ramos familiares mais antigos, registrados no Brasil. Podendo haver outros que advieram em épocas posteriores, ou mesmo da mesma época, porém não registrados.

Um comentário:

  1. Olá amigo, belo post.
    Na parte dos "Teixeira Cabral" qual a referencia bibliografica?
    Agradeço desde já.

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