CARNEIRO. Várias origens se dão aos Carneiros: uns fazem-nos derivar dos Codes de Mouton, de França; outros que procedem de D. Lourenço Anes Carnes, de cujo apelido se teria derivado o de Carneiro; outros ainda, que seriam de Espanha, pois já no século XII existia lá o apelido. Havia, porém, a serra de Carneiro, designação antiga de uma serra perto do Porto, e uma freguesia do mesmo nome, no antigo concelho de Gestaço. O indivíduo mais antigo que se conhece com o apelido, mais provàvelmente oriundo de alcunha, é Pedro Carneiro, senhor das terras de Valdevez no tempo do conde D. Henrique, de quem procedeu a família.
ETIMOLOGIA: O nome vem do celta CAIRN- (pedras) que designa um montículo de pedras empilhadas.
No BRASIL*
A família Carneiro é originária da região do Minho, Portugal. João Carneiro Mariz chegou à capitania de Pernambuco antes da invasão holandesa. Na freguesia de São Miguel do Ipojuca, casou-se com sua prima Dona Maria de Mariz, filha de Pedro Alvez Ferreira (também de Portugal) e de D. Maria Velha Ferreira. Foi desta linhagem que procedeu a “nobre casa dos Carneiros” na capitania de Pernambuco.
João Carneiro de Mariz nasceu em 1582, em Vila do Conde, Portugal. Filho de Francisco Carneiro da Costa, Desembargador do Porto, e de Isabel de Mariz Pinheiro. Chegou em Pernambuco antes de 1630, juntamente com seu irmão José Carneiro da Costa, que em 1620 era Morgado de São Roque e Orta Grande, da dita Vila do Conde. Foi Vereador da 1ª Câmara dos Escabinos (1637/38). No começo da invasão holandesa fora um dos que mais se aproveitou dos benefícios oferecidos pelos holandeses, quando comprou o engenho Sibiró de Cima, dos holandeses, antes de propriedade de Manoel de Nobalhas y Urrea, após o êxodo de senhores de engenhos em 1635, que seguiram com Matias de Albuquerque para a Bahia. Se tornando um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais. Foi Senhor do engenho Sibiró de Cima (restituído ao seu antigo proprietário, Manoel de Nobalhas y Urrea, com a expulsão dos holandeses); Salgado, Nossa Senhora do Rosário (do qual foi rendeiro desde antes a invasão holandesa) todos em Ipojuca. Durante a Restauração Pernambucana, tomou parte na guerra contra os holandeses, juntamente com seu irmão José Carneiro da Costa e de seu sobrinho Pedro Álvares Carneiro.
Casamento 01: Na freguesia de Ipojuca com D. Maria Quaresma, filha de seu tio Pedro Alves Carneiro e de D. Maria Velha Ferreira.
Filhos:
ETIMOLOGIA: O nome vem do celta CAIRN- (pedras) que designa um montículo de pedras empilhadas.
No BRASIL*
A família Carneiro é originária da região do Minho, Portugal. João Carneiro Mariz chegou à capitania de Pernambuco antes da invasão holandesa. Na freguesia de São Miguel do Ipojuca, casou-se com sua prima Dona Maria de Mariz, filha de Pedro Alvez Ferreira (também de Portugal) e de D. Maria Velha Ferreira. Foi desta linhagem que procedeu a “nobre casa dos Carneiros” na capitania de Pernambuco.
João Carneiro de Mariz nasceu em 1582, em Vila do Conde, Portugal. Filho de Francisco Carneiro da Costa, Desembargador do Porto, e de Isabel de Mariz Pinheiro. Chegou em Pernambuco antes de 1630, juntamente com seu irmão José Carneiro da Costa, que em 1620 era Morgado de São Roque e Orta Grande, da dita Vila do Conde. Foi Vereador da 1ª Câmara dos Escabinos (1637/38). No começo da invasão holandesa fora um dos que mais se aproveitou dos benefícios oferecidos pelos holandeses, quando comprou o engenho Sibiró de Cima, dos holandeses, antes de propriedade de Manoel de Nobalhas y Urrea, após o êxodo de senhores de engenhos em 1635, que seguiram com Matias de Albuquerque para a Bahia. Se tornando um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais. Foi Senhor do engenho Sibiró de Cima (restituído ao seu antigo proprietário, Manoel de Nobalhas y Urrea, com a expulsão dos holandeses); Salgado, Nossa Senhora do Rosário (do qual foi rendeiro desde antes a invasão holandesa) todos em Ipojuca. Durante a Restauração Pernambucana, tomou parte na guerra contra os holandeses, juntamente com seu irmão José Carneiro da Costa e de seu sobrinho Pedro Álvares Carneiro.
Casamento 01: Na freguesia de Ipojuca com D. Maria Quaresma, filha de seu tio Pedro Alves Carneiro e de D. Maria Velha Ferreira.
Filhos:
- Francisco Carneiro da Costa c.c. Ana da Costa, filha de Gonçalo Dias da Costa (primeiro senhor do eng. Pirajui/Igarassu) e de Catharina Gil.. Francisco foi sucessor de seu tio José Carneiro da Costa no senhorio da Casa e do Morgado de São Roque e Orta Grande, em Portugal, onde tomou posse por procuração. Em 08/05/1653, morava na Várzea/Recife, de acordo com uma provisão que alcançou para não ser executado por um ano pelas suas dívidas. C.g.;
- Gonçalo Carneiro da Costa que sucedeu seu irmão, por procuração, no Morgado de São Roque e Orta Grande, em Portugal, que logrou por muitos anos. Foi Vereador de Olinda, de acordo com os livros da Câmara de 1680. Juiz Ordinário, em 1697. Capitão na guerra holandesa. Casou com D. Brites de Sá (viúva de Domingos de Oliveira Monteiro). irmão da Misericórdia, em 23/04/1696. S.g; João Carneiro de Mariz c.c. D. Ângela de Mello, filha de José de Albuquerque de Mello e de D. Brásia Baptista. C.g;
- D. Maria Carneiro de Mariz c.c. Gaspar Pereira Castelhano;
- D. Margarida Carneiro, falecida solteira;
- José de Jesus, nada consta;
- Manoel Carneiro de Mariz (eng. do Meio ou São Sebastião/Recife-Várzea) Vereador, em 1657, Juiz Ordinário em 1688 e 1702, e Provedor em 1704. Casado com sua prima D. Cosma da Cunha. C.g;
- D. Úrsula Carneiro de Mariz c.c. Paulo Carvalho de Mesquita; Isabel Carneiro (não se sabe se realmente existiu esta filha, citada no site Geneall.pt).
Manuel Carneiro de Mariz filho de João Carneiro de Mariz, serviu na guerra contra os holandeses e foi senhor do engenho de São Sebastião da Várzea. Também serviu de juiz ordinário em Olinda, e faleceu em 1654. Dos filhos deste último:
- João Carneiro da Cunha foi senhor do engenho do Meio, na freguesia da Várzea, e também foi vereador do senado de Olinda por vários mandatos;
- e Manuel Carneiro da Cunha foi senhor do engenho do Brumbrum, e exerceu os cargos de capitão-mor da Várzea, depois coronel da ordenança da cidade de Olinda, onde também exerceu o cargo de juiz ordinário em 1691, e em 1711 comandou um dos três “regimentos de moços solteiros”, da freguesia de Jaboatão. Faleceu em 1713.
Manuel Carneiro da Cunha teve cinco filhas e três filhos.
- Dona Francisca Monteiro casou-se com Antônio de Freitas da Silva, o qual foi mestre-de-campo nas Minas Gerais.
- Sebastiana de Carvalho casou-se com Manoel Cavalcante de Albuquerque Lacerda, o qual exerceu o cargo de alcaide-mor da vila de Goiana.
- Dona Cosma da Cunha casou-se com seu primo João Carneiro da Cunha, senhor do engenho do Meio.
- Antônia da Cunha casou-se com Jacinto de Freitas da Silva, o qual foi senhor do engenho da Casa Forte, e também foi tenente coronel de auxiliares dos volantes.
- Dona Maria Sebastiana de Carvalho “faleceu sem tomar estado”.
- Manuel Carneiro da Cunha, filho primogênito, sucedeu o pai no engenho do Brum-brum, estudou em Coimbra e formou-se em Direito Canônico. Casou-se apenas após ter uma filha com Dona Antônia da Cunha. Faleceu em 1760.
- Miguel Carneiro da Cunha exerceu o posto de coronel da cavalaria e de sargento-mor. Casou-se duas vezes, uma com Dona Francisca Cavalcanti; da segunda esposa não se sabe o nome. João Carneiro da Cunha, foi batizado na freguesia da Várzea na capitania de Pernambuco em 13 de outubro de 1692, serviu nos anos de 1725 e 1731, como vereador da câmara de Olinda, e também serviu no terço de infantaria de Olinda.
- João Carneiro da Cunha casou-se na vila de Igarassú com Dona Antônia da Cunha Souto Maior, filha de Gonçalo Novo de Brito e de sua esposa Dona Cosma da Cunha Andrada. Deste casamento, herdou os engenhos de seu sogro, Espírito Santo e Santa Luzia do Araripe. Também exerceu o cargo juiz ordinário no Senado da Câmara de Natal, em 1718, de capitão-mor da Várzea, e posteriormente de capitão-mor da vila de Igarassú. Faleceu em junho de 1770.
A família Carneiro era um dos principais troncos no que se designou chamar “nobreza da terra”. Entre os séculos XVII e XVIII, a família Carneiro foi uma das mais abastadas de Pernambuco com a posse de cinco engenhos, a saber: São Sebastião da Várzea, Meio, Brumbrum, Santa Luísa do Araripe, e Espírito Santo.
João Carneiro da Cunha tentou criar um vínculo de morgado com os engenhos herdados de seu sogro, eng. Gonçalo Novo de Brito, eng. Santa Luísa do Araripe, e eng. Espírito Santo. Um vínculo de Morgado ocorria quando alguém instituía seus bens de forma que os mesmos não pudessem ser vendidos ou divididos. O vínculo de bens era uma tentativa do instituidor do morgado de controlar o destino dos bens da família mesmo após sua morte. O morgadio representava o esforço de perpetuação da família e da manutenção de seu patrimônio, mantendo-o indivisível. Além dos engenhos em Pernambuco, alguns membros da família requereram sesmarias e compraram terras nas capitanias do Rio Grande do Norte e Ceará.
Os Carneiros também perpetuaram suas posses familiares por meio dos casamentos intrafamiliares, como é exemplo o caso do engenho do Meio, herança passada a João Carneiro da Cunha, e que posteriormente passou para o filho José Carneiro da Cunha. João Carneiro da Cunha casou-se com sua prima Anna Carneiro Mesquita. Posteriormente, Cosma da Cunha, a filha de Manuel Carneiro da Cunha, casou-se com o primo José Carneiro da Cunha, filho do casal de primos referenciado. Os Carneiros também estabeleceram ligações diretas com outras famílias por meio de casamentos. Duas filhas de Manuel Carneiro da Cunha, as irmãs Dona Francisca Monteiro, e Antônia da Cunha, casaram-se respectivamente com os irmãos Antônio de Freitas da Silva e Jacinto de Freitas da Silva, filhos de João Freitas da Silva e de Dona Catarina de Albuquerque, influente família em Pernambuco.
Outra filha e um filho de Manuel Carneiro da Cunha, Dona Sebastiana de Carvalho, e Miguel Carneiro da Cunha casaram-se respectivamente com Manuel Cavalcante de Albuquerque Lacerda e Dona Francisca Cavalcante, os quais eram filhos de Jerônimo Cavalcante de Albuquerque Lacerda, capitão-mor da capitania de Itamaracá, e de sua esposa Dona Catarina de Vasconcelos
Quando da guerra dos mascates, a família Carneiro, sobretudo, Manuel Carneiro da Cunha teve intensa participação. Segundo o então governador de Pernambuco, Sebastião de Castro e Caldas (1707-1710), o coronel Manuel Carneiro da Cunha foi um dos motores do levante de Olinda contra Recife, juntamente com genros, filhos, vizinhos e amigos íntimos, moradores da Várzea. Nenhuma decisão era tomada sem o voto ou o parecer do coronel Manuel Carneiro da Cunha, e que ele: “não só era dos mais interessados nas capitulações mas o mais empenhado que todos pelo muito que deve, que pelo seu respeito, nem com sentenças lhe podem fazer execução, por não haver pessoa que se atreva a lançar nos seus bens”.
Em 1710, os senhores de engenhos organizaram as milícias de Santo Antão e de São Lourenço da Mata, com o objetivo de atacar Recife, sendo esta última milícia composta pelo terço dos soldados de Manuel Carneiro da Cunha. Que contrariou a ordem do governador de conter o levante, e antes, apoiando-lhes, de par com seu terço e abrigando-os em sua fazenda. Tendo ainda intimado o governador a se render aos membros do senado de Olinda.
Ramo: Couros Carneiro (da Bahia)
Antônio de Couros Carneiro, foi capitão-mor, e governador da capitania de Ilhéus, cavaleiro da Ordem de Cristo e senhor de engenho da ilha de Cairu, participou ativamente na resistência à ocupação holandesa na Bahia, realizou entradas no sertão, proveu bandeiras, administrou as farinhas que sustentaram Salvador, Recôncavo baiano e as armadas portuguesas da carreira da Índia.
O capitão Francisco holandês foi em outra nau a ilha de Boipeba, que é de fora da barra, e entrando pelo rio dentro até a vila do Cairu, que será de 20 vizinhos, com duas lanchas de mosqueteiros; mandou o português que consigo levava à terra, e de lá veio com ele Antônio de Couros, senhor ali de um engenho, por ser amigo do dito capitão holandês Francisco, do tempo que nesta cidade esteve preso, como dissemos no capítulo nono deste livro; o qual Antônio de Couros, depois de se saudarem com as palavras, e cerimônias devidas, se virou ao português medianeiro, chamando-lhe tredo a el-rei, e parcial dos holandeses, e logo disse ao capitão que não queria com ele paz senão guerra, e para ela o ia esperar em terra, e foi tão honrado o holandês que, ou pelo seguro da paz que lhe havia dado, ou pela amizade e conhecimento que tinham dantes, ou pelo que fosse, nem por palavras, nem por obras lhe deu ruim resposta, antes se tornou para a nau, que havia deixado no morro de S. Paulo, que é a barra daquele rio, e daí para a cidade, depois tornou ao Camamu com outra nau, e com mais lanchas e soldados, e outro português, que havia sido seu carcereiro no tempo que esteve preso, e com muitos negros dos que haviam tomado dos navios de Angola, para ver se lhos queriam trocar por vacas, porcos, e galinhas, e também por lhe não responderem ao seu propósito, se tornou só com 12 bois, que tomou do pasto do engenho dos padres da companhia, e ainda estes lhes custaram oito holandeses, que os índios mataram à flechadas, e por haver levado as lanchas de vela perderam cá a presa de um navio de Viana, que vinha da ilha da Madeira carregado de vinhos, e mui embandeirado, ao qual estando já junto das naus holandesas para tomar a vala, e deitar âncora, tiraram de uma delas duas bombardadas, o que visto pelos portugueses do navio conheceram pelos pelouros que levavam ser de guerra, e largando todo o pano ao vento, que era largo, foram correndo pela Bahia dentro, indo também a holandesa, que era a nau Tigre, após ela, porém como se deteve em se desamarrar, e largar as velas, sempre o navio lhe levou esta vantagem, a qual bastou para a seu salvo se pôr na boca do rio de Matuim, onde a nau, por ser grande, que era de 350 toneladas, e não levar lanchas, não pôde chegar nem fazer-lhe dano.
GENEALOGIA COUROS CARNEIRO:
Ramo: Carneiro da Rocha (da Bahia):
*Procuramos abordar apenas o ramo familiar mais antigo e proeminente registrado no Brasil. Podendo haver outros ramos familiares que advieram para o Brasil em épocas posteriores, ou mesmo na mesma época, porém não registrados.
Ramo: Couros Carneiro (da Bahia)
Antônio de Couros Carneiro, foi capitão-mor, e governador da capitania de Ilhéus, cavaleiro da Ordem de Cristo e senhor de engenho da ilha de Cairu, participou ativamente na resistência à ocupação holandesa na Bahia, realizou entradas no sertão, proveu bandeiras, administrou as farinhas que sustentaram Salvador, Recôncavo baiano e as armadas portuguesas da carreira da Índia.
O capitão Francisco holandês foi em outra nau a ilha de Boipeba, que é de fora da barra, e entrando pelo rio dentro até a vila do Cairu, que será de 20 vizinhos, com duas lanchas de mosqueteiros; mandou o português que consigo levava à terra, e de lá veio com ele Antônio de Couros, senhor ali de um engenho, por ser amigo do dito capitão holandês Francisco, do tempo que nesta cidade esteve preso, como dissemos no capítulo nono deste livro; o qual Antônio de Couros, depois de se saudarem com as palavras, e cerimônias devidas, se virou ao português medianeiro, chamando-lhe tredo a el-rei, e parcial dos holandeses, e logo disse ao capitão que não queria com ele paz senão guerra, e para ela o ia esperar em terra, e foi tão honrado o holandês que, ou pelo seguro da paz que lhe havia dado, ou pela amizade e conhecimento que tinham dantes, ou pelo que fosse, nem por palavras, nem por obras lhe deu ruim resposta, antes se tornou para a nau, que havia deixado no morro de S. Paulo, que é a barra daquele rio, e daí para a cidade, depois tornou ao Camamu com outra nau, e com mais lanchas e soldados, e outro português, que havia sido seu carcereiro no tempo que esteve preso, e com muitos negros dos que haviam tomado dos navios de Angola, para ver se lhos queriam trocar por vacas, porcos, e galinhas, e também por lhe não responderem ao seu propósito, se tornou só com 12 bois, que tomou do pasto do engenho dos padres da companhia, e ainda estes lhes custaram oito holandeses, que os índios mataram à flechadas, e por haver levado as lanchas de vela perderam cá a presa de um navio de Viana, que vinha da ilha da Madeira carregado de vinhos, e mui embandeirado, ao qual estando já junto das naus holandesas para tomar a vala, e deitar âncora, tiraram de uma delas duas bombardadas, o que visto pelos portugueses do navio conheceram pelos pelouros que levavam ser de guerra, e largando todo o pano ao vento, que era largo, foram correndo pela Bahia dentro, indo também a holandesa, que era a nau Tigre, após ela, porém como se deteve em se desamarrar, e largar as velas, sempre o navio lhe levou esta vantagem, a qual bastou para a seu salvo se pôr na boca do rio de Matuim, onde a nau, por ser grande, que era de 350 toneladas, e não levar lanchas, não pôde chegar nem fazer-lhe dano.
GENEALOGIA COUROS CARNEIRO:
1. Antônio de Couros Carneiro, o velho, natural do reino de
Portugal, filho de Antônio de Freitas, primo co-irmão de João de Paiva, o
velho. Passou ao Brasil, e fez a sua residência na vila do Cairu. Foi cavaleiro
na Ordem de Cristo, capitão-mor, e governador da gente, que mandou o governador
da Bahia contra o gentio. Teve de D. Serafina de Góes, com quem se casou in
articulo mortis * e legitimado por el-rei, filho:
2. Antônio de Couros Carneiro, filho
legitimado do capitão-mor Antônio de Couros Carneiro, foi capitão-mor e
cavaleiro da Ordem de Cristo, e casou com D.
Orsula de Melo, filha do capitão Martim de Freitas de Oliva e de sua
primeira mulher D. Serafina de Melo, ** foram dispensados no segundo grau de
consangüinidade' em 25 de outubro de 1658, e teve filhos:
3.1. D. Inês de Melo de Vasconcelos,
casada duas vezes, a primeira com Gaspar de Vargas Cirne, a segunda vez com
Tomé Pereira de Meneses, filho de Gaspar Pereira de Magalhães.
4.1. Antônio de Couros Carneiro, que se
segue.
4.2. João
de Couros Carneiro, adiante.
4.3.
D. Maria de Vasconcelos, ao depois.
4.4.
D. Catarina de Vasconcelos, c.c. o
sargento-mor Lucas da Fonseca Saraiva. (3)
4.5. Martim de Freitas de Couros Carneiro;
c.c. D. Luzia Teles de Meneses
3.2. Antônio de Couros Carneiro, c.c.
D. Catarina de Souza, fª do licenciado Francisco de Araújo e de sua mulher
Catarina de Góes Paes, .e teve filhos:
8. D. Úrsula de Melo, casada com o sargento-mor Paulo de Araújo da Fonseca. 9.
Ângelo de Couros, que faleceu solteiro e dois mais. Por morte deste seu marido,
casou segunda vez a tal Catarina de Souza com Diogo Moniz Barreto, filho de
D.-Antônia de Fonseca e de seu marido Manuel Teles de Meneses.
3.3. João de Couros Carneiro, foi coronel; e casou na vila de Camamu com
D. Inácia Ribeiro de Lemos, filha do capitão-mor Bento Ribeiro de Lemos,
cavaleiro da Ordem de Cristo, alcaide-mor da mesma vila, e de sua segunda
mulher D. Isabel Garcez Deça, filha de Francisco Pinto, o " velho, e de sua
mulher D. Maria Garcez Deça, e teve filhos, além de seis que faleceram
pequenos, os mais que se seguem.
3.3.1. Francisco de Couros Carneiro,
casado com D. Maurícia Moniz, filha de Antônio Moniz Cabral, (7) e de sua
mulher D. Inês de Afonseca de Góes.
3.3.2. D. Isabel Garcez Deça, casou com
o sargento-mor Jose Pereira Mascarenhas, natúral de Aveiro, e teve filhos:
4.1. D. Teresa Garcez Deça.
4.2. Sebastião Pereira.
4.3. Bento Ribeiro.
4.4. Félix Pereira. D. Ana.
3.3.3. Antônio de Couros Carneiro (8)
casado com D. Maria.
3.3.4. D. Joana Maria da Luz, cásada
com o capitão Antônio de Castro Trinxão, sem filhos.
3.3.5. Bento Bernardo Ribeiro de Lemos,
foi capitão, e casou com D. ·Maria Ribeiro Deça, filha do alferes Antônio de
Souza Deça, e de D. Apolônia de Moraes, sua segunda mulher; foram dispensados
no terceiro grau de consangüinidade, misto com o segundo, e teve filhos:
4.1.
Bernardo de Couros Carneiro, clérigo secular.
4.2.
Francisco José de Lemos, que se segue.
4.3.
D. Isabel Garcez Deça, que vive solteira.
4.4.
Frei Bernardo de S. Bento, religioso de S. Francisco na Bahia.
4.5.
D. Ana Maria de S. José, casada com Joaquim Coutinho, sem filhos.
4.6.
D. Maria Bernarda do Coração de Jesus, casada com Manuel Dias.
4.7.
D. Inácia Francisca do Coração de Maria, que vive solteir~.
3.3.6. D. Ana Maria, casada com Diogo
da Cunha Trinxão, com filhos.
3.3.7. José Félix de Vasconcelos, casado com D. Isabel Garcez Deça.
3.3.8. D. Maria Ribeiro, mulher do
coronel Francisco de Souza Deça, sem filhos.
3.4. D. Maria de Vasconcelos, casou com
o licenciado Diogo Mascarenhas da Silveira, natural da cidade de Lisboa,
freguesia de Nossa Senhora do Socorro, filho do capitão Luiz de Mesquita e de
sua mulher D. Brites Mascarenhas, do qual foram filhos:
3.4.1. Diogo Mascarenhas de Vasconcelos,
c.c. D. Ana Maria de Vasconcelos, com filhos.
3.4.2. Carlos de Azevedo de Vasconcelos,
solteiro.
3.4.3. D. Felícia de Vasconcelos, c.c.
Paulino Duarte Rodrigues.
3.4.3. D. Josefa de Vasconcelos, c.c.
Francisco de Oliveira.
Ramo: Carneiro da Rocha (da Bahia):
1. O
capitão José Carneiro de Freitas,
c.c. Mariana da Rocha de Afonseca, ambos, naturais e moradores na cidade do
Porto, tiveram como filhos:
2.1. Luiz Carneiro da Rocha, nasceu no Porto, e passou para a Bahia, e
nela foi capitão, e c.c. Jerônima da Silva, e teve filhos:
3.1. Antônio Carneiro da Rocha, foi capitão, e casou com D. Ináda de
Meneses, e teve filhos.
4.1. Luiz Carneiro de Meneses, que
casou com D. Ângela de Meneses; e aí a sua descendência. Foi
capitão maior.
3.2. Luiz Carneiro da Rocha, casado e
morador em vila do Conde.
3.3. Jerônimo Carneiro de Freifas, que
embarcou para a India, e passou daí para o grão-mogol e no serviço deste
faleceu.
3.4. D. Mariana da Rocha de Afonseca,
mulher do capitão Manuel de Sá Dória Ravasco.
3.5. Bernardo Carneiro da Rocha, foi
capitão de cavalos, e casou com D. Guiomar de Souza, e teve filho:
4.1. Nicolau Carneiro da Rocha, casou com D. Ana de Meneses Alencastro,
sua prima legítima, por ser filha de Manuel de Sá Dória Ravasco.
5.1. Inácio Carneiro da Rocha Meneses, c.c.
D. Bárbara da Rocha Souza, fª do
tenente-general João da Rocha e de sua mulher D. Leonor de Souza, e teve
filhos.
2.2. D. Margarida Carneiro.
2.3. D. Catarina de Afonseca.
*Procuramos abordar apenas o ramo familiar mais antigo e proeminente registrado no Brasil. Podendo haver outros ramos familiares que advieram para o Brasil em épocas posteriores, ou mesmo na mesma época, porém não registrados.
Outros Clãs:
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