quinta-feira, 27 de maio de 2021

Clã dos Accioly / Achioli / Acciaiuoli


ACHIOLI.
Família florentina que se espalhou por vários estados da Europa e se diz originária dos antigos Duques de Borgonha, estes originárias da casa real de França.

Começa em Guigiliaralo, que viveu em Florença pelos anos de 1165 da era cristã e foi pai de Ricomano, o qual teve Achiolo, cujo nome na língua toscana significa “feito de aço”.

Este Achiolo, homem muito valoroso, viveu na mesma cidade, na qual exercitou os principais empregos da República, e de sua mulher teve Guidaloto Achioli, o primeiro deste apelido, que como se vê foi, de começo, patronímico. Dele nasceu Marmino Achioli, o qual vivia por 1290 e por ser “de tanta purdência e autoridade” o elegeram gonfaloneiro, cargo que equivalia a Presidente Supremo do Senado e tinha a intendência do governo de todo o território florentino. Houve por filho Donato Achioli, pai de Jacobo Achioli, casado com Bartolomeia Riciatoli ou rizoti, de quem nasceu Misser Donato Achioli, marido de Honesta Strozzu, pais de Nerio Achioli, consorciado com Helena Strozzi.

Destes últimos foi filho Pedro Archioli, que contraiu matrimonio com leonarda Neroni, pais de Nerio Achioli, casado com Alexandra Martelli, dos quais nasceu Alameno Achioli, que teve sua mulher N. Bartolini e Zenobio Achioli, chamado o Velho por diferença do filho, nascido de Maria Guarini.

Zenóbio Achioli, o moço, teve grande valor e prudência, prestou muitos serviços à igreja seguindo o partido do Papa mesmo contra a sua pátria e o príncipe, e combateu os rebeldes acompanhado por sua parentela e amigos, pelo que passou ao serviço do imperador Carlos V e depois a Espanha, onde ele lhe fez mercê de, com seus irmãos e toda a sua descendência, gozar dos privilégios e mais preeminências dos fidalgos de Castela e, bem assim, de serem tratados como senhores de título. O imperador declarou da respectiva carta, dada em Madrid a 16-I-1517, fazer esta mercê por eles provirem de sangue real e de duques, condes e mui ilustres senhores do Ducado de Florença, de França, Grécia, Veneza, Inglaterra e Espanha.

Contraiu Zenóbio Achioli, o Moço, matrimônio com D. Catarina Delphini, cuja família era das principais de Veneza.

Foram seus filhos Simão Achioli e Francisca Accioli, ambos com descendência portuguesa.

Simão Achioli passou por 1516 à Ilha da Madeira e dos bens que aí possuiu, acima da cidade do Funchal, instituiu vínculo com capela sagrada, a uqal dedidcou ao nascimento de Nossa Senhora.

O Rei D. João III lhe confirmou, por Carta de brasão dada a 27-X-1529 as armas dos Achiolis que ele justificara perante o Dr. Brás Neto, desembargador do Paço, lhe pertencerem por varonia, para o que apresentou uma carta patente selada pelo Senado de Veneza e assinado pelos Priores (ministros do Supremo Conselho) em 14-VIII-1515, na qual se mostrava uma filiação e legitimidade de nascimento, assim como a nobreza e antiguidade da família.

Morreu Simão Achioli em 1544 e se enterrou no capítulo velho do mosteiro de S. Francisco de Funchal.

Casou com Maria Pimentel Drumond, que faleceu a 12-X-1541 e era filha de Pedro Rodrigues Pimentel e de sua mulher, Isabel Ferreira Drumond, de quem deixou geração nas Ilhas e que passou em parte ao Brasil e ao Reino.

Francisca Achioli, irmã de Simão Achioli, contraiu casamento em Baptista Cavalcanti, fidalgo ilustre de Florença, de quem houve a Antonio Cavalcanti, pai de Filipe Cavalcanti que se homiziou em Portugal e casou em Pernambuco.

Palácio Acciaiuoli, em Florença
Os Achiolis produziram muitos principes soberanos, cardiais e arcebispos. Deles sairam os Grãos-duques da Toscana, do quarto dos quais, cosme de Medicis, e de sua mulher Maria Madalena de Austria, irmã do Imperador Fernando II, nasceu Pedro de Médicis, que casou em Portugal com D. Brites de Lara, filha dos duques de Vila Real, D. Manuel de Meneses e D. Brites de Almeida, sem ficar geração deste matrimonio.

O Marquês Achioli, que em 1742 só tinha uma filha para herdar a sua grande casa de Florença, convidou D. Jacinto Achioli de Vasconcelos, morador na Ilha da Madeira e descendente de Simão Achioli, para seu marido, a fim de não se extinguir a varonia, casamento esqte que se efectuou.

A forma correcta do apelido, usada em Itália, é Acciajuoli, mas que em Portugal se generalizou foi Achioli.

Tem por armas: De prata, com um leão de azul, armado e lampassado de vermelho.

Timbre: leão das armas.



Brasil:

Gaspar Acciaiuoli de Vasconcellos, filho de Zenóbio Acciaiuoli e de Maria de Vasconcelos, neto de Simão e de Maria Pimentel e Drummond, passa ao Brasil em 1618 e se casa, em Pernambuco, com Ana Cavalcanti de Albuquerque, neta de Filippo Cavalcanti — pertencente a outra nobre família florentina, os Cavalcanti, sendo também bisneta de Arnaud de Hollanda. Filippo Cavalcanti, filho de Giovanni Cavalcanti e de Ginevra Mannelli, passou a Portugal e ao Brasil munido de uma certidão de nobreza assinada pelo Grão-Duque da Toscana, Cosimo II de Medici. Tendo os Accioli ligação de parentesco, tanto em Florença como no Brasil, com os Cavalcanti.


Clã Cavalcanti-Accioly - Um Clã Italiano no Brasil:

Clã Cavalcanti-Accioly
Do consórcio de Gaspar com Maria de Vasconcelos, houveram oito filhos legítimos. Dois de seus netos: Filipe de Moura Acciaioli, filho de Zenóbio Acciaiuoli de Vasconcelos,  e  Margarida Acciaioli, filha de João Baptista Acciaioli. Ambos portanto, primos, se casam, e tem três filhos, do qual descendem os principais ramos que persistem dos Accioli.

Os Acciaiuoli se entrelaçam com os Drummonds na ilha da Madeira, quando Simone Acciaiuoli casa com Maria Pimentel e Drummond (bisneta de João Escórcio, patriarca do ramo português), e que passa, esse Gaspar Acciaiuoli de Vasconcellos, filho de Zenóbio Acciaiuoli (†1698) e de Maria de Vasconcelos, neto de Simone/Simão e de Maria Pimentel e Drummond, à Pernambuco, casando com Ana de Albuquerque Cavalcanti em 1618.

O Capitão, Zenobio Accioiuoli de Vasconcelos, liderou e rechaçou, em inferioridade numérica uma incursão holandesa em Tejucupapo, quando 40 holandeses com mais 40 tapuias, desembarcaram afim de buscarem mandioca, para fazerem farinha, faltos estavam de mantimentos no forte de Itamaracá. E com apenas 30 homens, matou 20 e feriu tantos outros, debandando o restante para suas lanchas, tornando a ilha, e deixando aos nossos o mantimento que haviam levantado e seus armamentos. Zenobio é mencionado em um outro episódio após esse, vindo em socorro ao Capitão-Mor Manoel Lopes, contra uma força de 300 holandeses, que novamente buscavam mantimentos, e que quando da sua chegada, já se encontravam embarcando derrotados.

João Baptista Achioli (1623-1677), segundo filho de Gaspar Acciaiuoli de Vasconcellos e de Ana Cavalcanti de Albuquerque, irmão de Zenobio, lutou nas duas batalhas dos Guararapes e casou-se com D. Maria de Mello.

Accioli de Vasconcelos, há dois ramos, o da Paraíba e o de Alagoas. O da Paraíba, descende de Gaspar Achioli de Vasconcelos, filho de Gaspar Acciaiuoli de Vasconcellos e de Ana Cavalcanti de Albuquerque, que foi alcaide-mor da Paraíba, e casado com D. Joana Fernandes César, filha bastarda de João Fernandes Vieira. O ramo de Alagoas, Accioly Lins, descende do coronel Francisco de Barros Pimentel (n. 1689, fal. após 1735 na Vila das Alagoas), terceiro filho homem de José de Barros Pimentel (1670) e de D. Maria Achioli/Acciaiuoli (filha de João Baptista e de D. Maria). O Cel. Francisco de Barros Pimentel (Accioly) casou com D. Antonia de Moura (fal. 1723), filha do cel. Manuel de Chaves Caldas e de outra D. Antonia de Moura. De seu filho primogênito Inácio Achioli de Vasconcelos (c. 1712 - antes de 1802), casado duas vezes e com sucessão do segundo casamento, com D. Ana da Silveira de Albuquerque, filha do cap. Antônio de Toledo Machado, descendem os dois principais ramos de nome Accioli de Vasconcelos de Alagoas, conhecidos até o século XX. Também deles provêm as famílias Toledo Accioli e Lima Accioli, entre outras. O primeiro filho de Inácio Achioli de Vasconcelos e de D. Ana da Silveira de Albuquerque, casou com D. Antônia, filha natural e legitimada do Cel. Mateus de Casado Lima, † antes de 1803. Teve, entre outros, ao filho desembargador Inácio Acioli de Vasconcelos, constituinte em 1823, e ao neto Inácio Accioli de Cerqueira e Silva, cronista e historiador. 

Do segundo filho de Inácio Achioli de Vasconcelos e de D. Ana da Silveira; Inácio Achioli de Vasconcelos (de nome homonimo ao do seu pai) casou com sua prima, D. Josefa Vieira Cavalcanti, e em segundas núpcias com D. Rosa Luzia do Bonfim, filha de Antonio de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, parente dos Suassunas de Pernambuco. O presidente Floriano Peixoto, era neto materno de Inácio Achioli de Vasconcellos e de sua mulher Rosa Luzia. Em terceiras núpcias com D. Margarida Correia Maciel. Do segundo casamento foi filho o médico José de Barros Accioli Pimentel, casado com D. Ana Carlota de Albuquerque Mello, e netos por estes, Francisco de Barros e Accioli de Vasconcelos e Inácio de Barros e Accioli de Vasconcelos, este poeta e teatrólogo, e aquele, militar e político.

Os Nogueira Accioly, sub-ramo dos anteriores, têm importante atuação política no Ceará em começos do século XX, na crise associada ao Padre Cícero.

Genealogia do Clã Cavalcanti Acciaioli:

1. Simão Accioly c.c. Maria Pimentel e Drummond

2. Zenóbio Acciaioli c.c. D. Maria de Vasconcellos

3. Gaspar Acciaiuoli de Vasconcellos c.c. Ana Cavalcanti de Albuquerque, f.ª de João Gomes de Mello e de Margarida de Albuquerque Vasconcelos neta de Filippo Cavalcanti.

4.1. Zenóbio Acciaiuoli de Vasconcelos c.c. Maria Pereira de Moura

5.1. Filipe de Moura Acciaioli c.c. sua prima Maragarida Acciaioli

4.2. João Baptista Acciaioly c.c. Maria de Mello, f.ª de Manoel (Hollanda) Gomes de Mello e de Adriana de Almeida Lins.

5.1. Margarida Acciaioli c.c. Filipe de Moura Acciaioli, f.º de Zenóbio Acciaiuoli de Vasconcelos e de Maria Pereira Moura.

6.1. Francisco de Moura Rolim

6.2. Rosa Maria Pereira de Moura Accioly

6.3. João Baptista Accioly de Moura

2 comentários:

  1. -
    -------- PARTICIPEM DO NOSSO GRUPO!!!...---------

    .............. ( Família Accioly no Brasil ) ..................

    Compartilhem com os "Accioly's" que você conhece; Convidem à todos!!!...

    "UM POVO SEM MEMÓRIA É UM POVO SEM HISTÓRIA. E UM POVO SEM HISTÓRIA ESTÁ FADADO A COMETER, NO PRESENTE E NO FUTURO, OS MESMOS ERROS DO PASSADO" .

    ... # - (Emilia Viotti da Costa – Historiadora brasileira) - # ...

    ... - Conheça a sua; Jamais renegue sua origem! - ...

    https://www.facebook.com/groups/FamiliaAccioly/
    .

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    Respostas
    1. -
      Livro: HISTÓRIA DOS "ACCIOLY'S" POR Francisco Antonio Doria
      -
      Origem da família Accioly;

      Accioly, Accioli, Accioli, são variantes de Acciaioli, Acciaiuoli ou Acciajuoli, nome de uma família florentina patrícia, pertencente ao partido guelfo, de origens muito modestas e obscuras no século XII. Segundo a lenda, certo Gugliarello Acciaiuoli, de uma família de armeiros de Brescia (porque o nome se derivaria de acciaio, aço), sendo guelfo, teve que fugir de sua pátria devido às perseguições de Frederico Barbarroxa, que havia invadido a Itália.

      Gugliarello chega a Florença em 1160, compra terras onde é hoje o Borgo de' S.S. Apostoli, e no Val di Pesa, onde edifica uma `casa di signore' nas ruínas do antigo castelo de Montegufoni. Era banqueiro, e comerciante de panos de lã.

      Gugliarello é atestado em documentos (dois, se bem me lembro). O resto é fabulação, tirante as propriedades que se lhe atribuem (até hoje há, perto do castelo de Montegufoni, uma herdade de nome La Gugliarella). O nome da família pode derivar-se de accia, `meada' (eram comerciantes de panos), ou mesmo de acerola, pois há a forma `Azzaroli.' Era, de qualquer modo, um personagem modesto, embora rico, esse Gugliarello; uomo di bassa condizione...

      https://www.lulu.com/en/us/shop/francisco-antonio-doria-and-fabio-arruda-de-lima-and-cassia-albuquerque/acciaiolis-no-brasil/paperback/product-2eymge.html?page=1&pageSize=4
      .

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