Começa em Guigiliaralo, que viveu em Florença pelos anos de 1165 da era cristã e foi pai de Ricomano, o qual teve Achiolo, cujo nome na língua toscana significa “feito de aço”.
Este Achiolo, homem muito valoroso, viveu na mesma cidade, na qual exercitou os principais empregos da República, e de sua mulher teve Guidaloto Achioli, o primeiro deste apelido, que como se vê foi, de começo, patronímico. Dele nasceu Marmino Achioli, o qual vivia por 1290 e por ser “de tanta purdência e autoridade” o elegeram gonfaloneiro, cargo que equivalia a Presidente Supremo do Senado e tinha a intendência do governo de todo o território florentino. Houve por filho Donato Achioli, pai de Jacobo Achioli, casado com Bartolomeia Riciatoli ou rizoti, de quem nasceu Misser Donato Achioli, marido de Honesta Strozzu, pais de Nerio Achioli, consorciado com Helena Strozzi.
Destes últimos foi filho Pedro Archioli, que contraiu matrimonio com leonarda Neroni, pais de Nerio Achioli, casado com Alexandra Martelli, dos quais nasceu Alameno Achioli, que teve sua mulher N. Bartolini e Zenobio Achioli, chamado o Velho por diferença do filho, nascido de Maria Guarini.
Zenóbio Achioli, o moço, teve grande valor e prudência, prestou muitos serviços à igreja seguindo o partido do Papa mesmo contra a sua pátria e o príncipe, e combateu os rebeldes acompanhado por sua parentela e amigos, pelo que passou ao serviço do imperador Carlos V e depois a Espanha, onde ele lhe fez mercê de, com seus irmãos e toda a sua descendência, gozar dos privilégios e mais preeminências dos fidalgos de Castela e, bem assim, de serem tratados como senhores de título. O imperador declarou da respectiva carta, dada em Madrid a 16-I-1517, fazer esta mercê por eles provirem de sangue real e de duques, condes e mui ilustres senhores do Ducado de Florença, de França, Grécia, Veneza, Inglaterra e Espanha.
Contraiu Zenóbio Achioli, o Moço, matrimônio com D. Catarina Delphini, cuja família era das principais de Veneza.
Foram seus filhos Simão Achioli e Francisca Accioli, ambos com descendência portuguesa.
Simão Achioli passou por 1516 à Ilha da Madeira e dos bens que aí possuiu, acima da cidade do Funchal, instituiu vínculo com capela sagrada, a uqal dedidcou ao nascimento de Nossa Senhora.
O Rei D. João III lhe confirmou, por Carta de brasão dada a 27-X-1529 as armas dos Achiolis que ele justificara perante o Dr. Brás Neto, desembargador do Paço, lhe pertencerem por varonia, para o que apresentou uma carta patente selada pelo Senado de Veneza e assinado pelos Priores (ministros do Supremo Conselho) em 14-VIII-1515, na qual se mostrava uma filiação e legitimidade de nascimento, assim como a nobreza e antiguidade da família.
Morreu Simão Achioli em 1544 e se enterrou no capítulo velho do mosteiro de S. Francisco de Funchal.
Casou com Maria Pimentel Drumond, que faleceu a 12-X-1541 e era filha de Pedro Rodrigues Pimentel e de sua mulher, Isabel Ferreira Drumond, de quem deixou geração nas Ilhas e que passou em parte ao Brasil e ao Reino.
Francisca Achioli, irmã de Simão Achioli, contraiu
casamento em Baptista Cavalcanti, fidalgo ilustre de Florença, de quem houve a
Antonio Cavalcanti, pai de Filipe Cavalcanti que se homiziou em Portugal e
casou em Pernambuco.
Palácio Acciaiuoli, em Florença |
O Marquês Achioli, que em 1742 só tinha uma filha para herdar a sua grande
casa de Florença, convidou D. Jacinto Achioli de Vasconcelos, morador na Ilha
da Madeira e descendente de Simão Achioli, para seu marido, a fim de não se
extinguir a varonia, casamento esqte que se efectuou.
A forma correcta do apelido, usada em Itália, é Acciajuoli, mas que em
Portugal se generalizou foi Achioli.
Tem por armas: De prata, com um leão de azul, armado e lampassado de
vermelho.
Timbre: leão das armas.
Brasil:
Gaspar Acciaiuoli de Vasconcellos, filho de Zenóbio Acciaiuoli e de Maria de Vasconcelos, neto de Simão e de Maria Pimentel e Drummond, passa ao Brasil em 1618 e se casa, em Pernambuco, com Ana Cavalcanti de Albuquerque, neta de Filippo Cavalcanti — pertencente a outra nobre família florentina, os Cavalcanti, sendo também bisneta de Arnaud de Hollanda. Filippo Cavalcanti, filho de Giovanni Cavalcanti e de Ginevra Mannelli, passou a Portugal e ao Brasil munido de uma certidão de nobreza assinada pelo Grão-Duque da Toscana, Cosimo II de Medici. Tendo os Accioli ligação de parentesco, tanto em Florença como no Brasil, com os Cavalcanti.
Clã Cavalcanti-Accioly - Um Clã Italiano no Brasil:
Clã Cavalcanti-Accioly |
Accioli de Vasconcelos, há dois ramos, o da Paraíba e o de Alagoas. O da Paraíba, descende de Gaspar Achioli de Vasconcelos, filho de Gaspar Acciaiuoli de Vasconcellos e de Ana Cavalcanti de Albuquerque, que foi alcaide-mor da Paraíba, e casado com D. Joana Fernandes César, filha bastarda de João Fernandes Vieira. O ramo de Alagoas, Accioly Lins, descende do coronel Francisco de Barros Pimentel (n. 1689, fal. após 1735 na Vila das Alagoas), terceiro filho homem de José de Barros Pimentel (1670) e de D. Maria Achioli/Acciaiuoli (filha de João Baptista e de D. Maria). O Cel. Francisco de Barros Pimentel (Accioly) casou com D. Antonia de Moura (fal. 1723), filha do cel. Manuel de Chaves Caldas e de outra D. Antonia de Moura. De seu filho primogênito Inácio Achioli de Vasconcelos (c. 1712 - antes de 1802), casado duas vezes e com sucessão do segundo casamento, com D. Ana da Silveira de Albuquerque, filha do cap. Antônio de Toledo Machado, descendem os dois principais ramos de nome Accioli de Vasconcelos de Alagoas, conhecidos até o século XX. Também deles provêm as famílias Toledo Accioli e Lima Accioli, entre outras. O primeiro filho de Inácio Achioli de Vasconcelos e de D. Ana da Silveira de Albuquerque, casou com D. Antônia, filha natural e legitimada do Cel. Mateus de Casado Lima, † antes de 1803. Teve, entre outros, ao filho desembargador Inácio Acioli de Vasconcelos, constituinte em 1823, e ao neto Inácio Accioli de Cerqueira e Silva, cronista e historiador.
Do segundo filho de Inácio Achioli de Vasconcelos e de D. Ana da Silveira; Inácio Achioli de Vasconcelos (de nome homonimo ao do seu pai) casou com sua prima, D. Josefa Vieira Cavalcanti, e em segundas núpcias com D. Rosa Luzia do Bonfim, filha de Antonio de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, parente dos Suassunas de Pernambuco. O presidente Floriano Peixoto, era neto materno de Inácio Achioli de Vasconcellos e de sua mulher Rosa Luzia. Em terceiras núpcias com D. Margarida Correia Maciel. Do segundo casamento foi filho o médico José de Barros Accioli Pimentel, casado com D. Ana Carlota de Albuquerque Mello, e netos por estes, Francisco de Barros e Accioli de Vasconcelos e Inácio de Barros e Accioli de Vasconcelos, este poeta e teatrólogo, e aquele, militar e político.
Os Nogueira Accioly, sub-ramo dos anteriores, têm importante atuação política no Ceará em começos do século XX, na crise associada ao Padre Cícero.
Genealogia do Clã Cavalcanti Acciaioli:
1. Simão Accioly c.c. Maria Pimentel e Drummond
2. Zenóbio Acciaioli
c.c. D. Maria de Vasconcellos
3. Gaspar Acciaiuoli de Vasconcellos c.c. Ana Cavalcanti de Albuquerque, f.ª de João Gomes de Mello e de Margarida de Albuquerque Vasconcelos neta de Filippo Cavalcanti.
4.1. Zenóbio Acciaiuoli de Vasconcelos c.c. Maria Pereira de Moura
5.1. Filipe de Moura Acciaioli c.c. sua prima Maragarida Acciaioli
4.2. João Baptista Acciaioly c.c. Maria de Mello, f.ª de Manoel (Hollanda) Gomes de Mello e de Adriana de Almeida Lins.
5.1. Margarida Acciaioli c.c. Filipe de Moura Acciaioli, f.º de Zenóbio Acciaiuoli de Vasconcelos e de Maria Pereira Moura.
6.1. Francisco de Moura Rolim
6.2. Rosa Maria Pereira de Moura Accioly
6.3. João Baptista Accioly de Moura
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.............. ( Família Accioly no Brasil ) ..................
Compartilhem com os "Accioly's" que você conhece; Convidem à todos!!!...
"UM POVO SEM MEMÓRIA É UM POVO SEM HISTÓRIA. E UM POVO SEM HISTÓRIA ESTÁ FADADO A COMETER, NO PRESENTE E NO FUTURO, OS MESMOS ERROS DO PASSADO" .
... # - (Emilia Viotti da Costa – Historiadora brasileira) - # ...
... - Conheça a sua; Jamais renegue sua origem! - ...
https://www.facebook.com/groups/FamiliaAccioly/
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ExcluirLivro: HISTÓRIA DOS "ACCIOLY'S" POR Francisco Antonio Doria
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Origem da família Accioly;
Accioly, Accioli, Accioli, são variantes de Acciaioli, Acciaiuoli ou Acciajuoli, nome de uma família florentina patrícia, pertencente ao partido guelfo, de origens muito modestas e obscuras no século XII. Segundo a lenda, certo Gugliarello Acciaiuoli, de uma família de armeiros de Brescia (porque o nome se derivaria de acciaio, aço), sendo guelfo, teve que fugir de sua pátria devido às perseguições de Frederico Barbarroxa, que havia invadido a Itália.
Gugliarello chega a Florença em 1160, compra terras onde é hoje o Borgo de' S.S. Apostoli, e no Val di Pesa, onde edifica uma `casa di signore' nas ruínas do antigo castelo de Montegufoni. Era banqueiro, e comerciante de panos de lã.
Gugliarello é atestado em documentos (dois, se bem me lembro). O resto é fabulação, tirante as propriedades que se lhe atribuem (até hoje há, perto do castelo de Montegufoni, uma herdade de nome La Gugliarella). O nome da família pode derivar-se de accia, `meada' (eram comerciantes de panos), ou mesmo de acerola, pois há a forma `Azzaroli.' Era, de qualquer modo, um personagem modesto, embora rico, esse Gugliarello; uomo di bassa condizione...
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