Parece que, de sua mulher, teve D. Rodrigo Álvares Ferreira, que foi senhor do solar da vila de Ferreira e chefe da família dos Herreras, D. Fernando Álvares Ferreira e D. Teresa Álvares Ferreira, mulher de D. Sancho Nunes de Barbosa.
D. Fernando Álvares Ferreira, supra citado, viveu em Portugal no Paço de Ferreira, situado na freguesia de S. João de Eiris, concelho de Aguiar de Sousa, e serviu o Rei D. Sancho I, de quem foi rico-homem, e dele recebeu em mercê muitos herdamentos no referido concelho.
Do seu matrimónio nasceram filhos, dos quais provêm os Ferreiras, de Portugal.
Etmologia: sobrenome tomado do lugar de Ferreira, na Freg.ª de S. João de Eyris, Concelho de Aguiar, comarca do Porto, Província do Minho, Portugal. Do latim ferraria, mina de ferro.
Brasil:
O Clã da Família Ferreira em São Paulo:
Capitão Mor Jorge Ferreira: Jorge foi Cavaleiro Fidalgo da Casa Real. Veio para o Brasil em 1530, com a expedição colonizadora de Martim Affonso de Sousa. Foi nomeado Capitão-Mor e Ouvidor da Capitania de Santo Amaro. Casou-se antes de 1540, no Brasil, com JOANNA RAMALHO, filha do português JOÃO RAMALHO e da índia BARTYRA (M'BICY), batizada com o nome cristão de Isabel Dias. Em 1545, Jorge Ferreira, juntamente com outros habitantes da Ilha de Guaibê, fundaram ali uma vila, edificando uma capela dedicada a Santo Amaro. Quando então, a ilha tomou o nome de Ilha de Santo Amaro, onde hoje é a cidade do Guarujá. Exerceu por duas vezes (de 1556-58 e de 1567-72) o cargo de Capitão-Mor da capitania de São Vicente, lugar-tenente de seu donatário Martim Afonso de Sousa. Em 1557, reedificou a Fortaleza de São Felipe, em Bertioga, que havia sido construída por Martim Afonso de Sousa e, destruída pelos Tamoios. Construiu o primeiro caminho ligando São Vicente a Itanhaém. Em 1565, seguiu para o Rio de Janeiro em companhia de Estácio de Sá, tomando parte na fundação da cidade. Em 10 de Maio de 1566, recebeu uma sesmaria na capitania de Santo Amaro. Na carta de doação, o Capitão-mor Antônio Rodrigues de Almeida, faz constar que Jorge Ferreira era "pessoa nobre". Auxiliou o Capitão-mor Jerônimo Leitão a combater os Tamoios, aliados dos invasores franceses, em Cabo Frio. Recebeu uma sesmaria na capitania do Rio de Janeiro, e mudou-se para essa cidade. Jorge faleceu em 1572, no Rio de Janeiro, "em idade avançada". Hans Staden, que, na época, era prisioneiro dos tamoios, presenciou a morte do filho de Jorge Ferreira, de nome homonimo, que havia sido capturado pelos tamoios: "Entre aqueles que foram assados ainda nessa noite encontravam-se também dois mamelucos, ambos cristãos batizados. Um deles era português; chamava-se Jorge Ferreira, filho de um comandante que o tivera com uma selvagem". Para melhor esclarecer, o mameluco, Jorge Ferreira (II), a que se refere Hans Staden, não era propriamente filho de uma selvagem, mas sim, neto, seu pai Jorge Ferreira (I) casou-se com Joana Ramalho, filha de João Ramalho, que a tivera com Bartira, batizada como Isabel Dias.
Clã Pires Ferreira de Pernambuco:
JOÃO DE DEUS PIRES FERREIRA, n. 1759 na freguesia de São Frei Pedro Gonçalves, no Recife, f. ??-04-1821, tb. no Recife. Cursou filosofia (1776) e matemática (1778-81) na Universidade Coimbra. Era amigo pessoal e contraparente, além de contemporâneo em Coimbra, do reverendo doutor Antônio Pereira de Sousa Caldas, grande orador e poeta sacro brasileiro, (n. 24-11-1762 no Rio de Janeiro, f. 02-03-1814 tb. no Rio de Janeiro). Em 1790, Antônio Pereira de Sousa Caldas escreveu uma obra singular que viria a ser publicada somente em 1821 e que Antônio Candido chamou de Carta Marítima. Dirigida a João de Deus Pires Ferreira. João de Deus Pires Ferreira foi administrador da estiva da Alfândega de Pernambuco. Desde 1786, com um colega da Universidade de Coimbra, o cônego Bernardo Luiz Ferreira Portugal, lutou para libertar a pátria do despotismo da Coroa, assim como lutou para reformar a escravidão no Brasil. Ilustríssimo pernambucano, participou da Revolução Pernambucana de 1817 com seus irmãos Joaquim e Gervásio Pires Ferreira. Esteve preso durante três anos na fortaleza da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, e posteriormente nos cárceres da Bahia. Enfermo, em 10-12-1820 recuperou a liberdade, vindo a falecer pouco depois, em abril de 1821. Casou-se no Recife com ANGÉLICA JOAQUINA ROSA.
DOMINGOS MALAQUIAS DE AGUIAR PIRES FERREIRA - 1º BARÃO DE CIMBRES, n. 03-11-1788 no Recife, f. 10-12-1859 no Recife. Recebeu o título de 1º barão de Cimbres em 21-10-1853. Estudou humanidades no Seminário de Olinda. Matriculou-se em matemáticas na Universidade de Coimbra em 01-10-1807; interrompeu os estudos quando da invasão napoleônica em Portugal, em 1808. Participou da Revolução Pernambucana de 6 de março de 1817 ao lado de seus tios João de Deus, Joaquim e Gervásio Pires Ferreira. Em 1817 foi enviado aos Estados Unidos para compra de armas para a Revolução Pernambucanao. Com o fracasso da revolução, permaneceu ali durante algum tempo e mais tarde seguiu para Paris, onde se graduou em Ciências Naturais. Com a Revolução Pernambucana de 1821, foi nomeado deputado às cortes de Portugal já em 1821. Indicado presidente da província de Alagoas em 1823, recusou o cargo. Deputado pela província de Pernambuco na primeira legislatura, em 1826-29. Vice-presidente da província de Pernambuco em 1842 e 1848. Comendador da Imperial Ordem de Cristo. Oficial da Imperial Ordem da Rosa. Grande do Império. 1º BARÃO DE CIMBRES por decreto de 21.10.1853. Em sua homenagem existe no Recife, no bairro da Boa Vista, a Avenida Conselheiro Aguiar.
Filho de Maria do Sacramento Pires Ferreira (n. c. 1760 na freguesia de São Frei Pedro Gonçalves, no Recife, f. tb. no Recife) e de José Estevão de Aguiar (n. 1761 em Lisboa, f. 27-09-1820 no Recife; comerciante). Sobrinho materno de Gervásio Pires Ferreira (n. 26-06-1765 no Recife, f. 09-03-1836 no Recife) e de Genoveva Perpétua de Jesus Caldas. Neto materno de Domingos Pires Ferreira (n. 1718 em Portugal, f. no Recife; importante comerciante no Recife) e de Joanna Maria de Deus Correia Pinto (n. no Recife, f. tb. no Recife). Primo de Caetana Cândida Gomes, casada com Manoel José da Costa, barão das Mercês. Primo de Thereza Portella de Souza Leão, casada com José Pereira Vianna, 2º barão da Soledade. Domingos Malaquias de Aguiar Pires Ferreira deixou um testamento feito no dia 11.10.1852, com casas no Recife, escravos, peças de ouro, as benfeitorias do engenho Algodoais e etc. (1º. Cartório de Órfãos do Recife, Maço 9, Letra B). Casou-se em 03-07-1820, no Recife, com sua prima legítima JOAQUINA ANGÉLICA PIRES FERREIRA, no Recife, f. 07-05-1868 no Recife. Testemunhas de casamento: Joaquim Pires Ferreira, tio dos nubentes e do Coronel José Carlos Mayrink da Silva Ferrão, este casado com Joanna Maria de Deus Gomes, prima legítima dos nubentes. Filha de João de Deus Pires Ferreira (n. 1759 no Recife, f. tb. no Recife; advogado formado em Coimbra em 1788; participou da Revolução Pernambucana de 1817) e de Angélica Joaquina Rosa. Neta paterna de Domingos Pires Ferreira (n. 1718 em Portugal, f. no Recife; importante comerciante no Recife) e de Joanna Maria de Deus Correia Pinto (n. no Recife, f. no Recife). Prima de Caetana Cândida Gomes, casada com Manoel José da Costa, barão das Mercês. Prima de Joaquina Pires Machado Portella, casada com Ignacio Joaquim de Souza Leão, barão de Souza Leão. Prima de Thereza Portella de Souza Leão, casada com José Pereira Vianna, 2º barão da Soledade.
1. Maria Gonçalves Ferreira c.c. Domingos Pires do Penedo
2. Domingos Pires
Ferreira (*1718,
Portugal) c.c. Joanna Maria de Deus Correia Pinto (*Recife-PE)
3.1. João de Deus Pires
Ferreira (n. 1759 -
f. 1821 – Recife-PE) c.c. Angélica
Joaquina Rosa
4.1. Joaquina Angélica
Pires Ferreira c.c.
com seu primo, Domingos Malaquias de Aguiar Ferreira.
3. Maria do Sacramento
Pires Ferreira (*1760
– Recife-PE, †Recife-PE) c.c. José Estevão de Aguiar (*1761, PORTUGAL, †1820, Recife-PE)
4.1. Domingos Malaquias
de Aguiar Pires Ferreira (n.1788, Recife-PE, f. 1859, Recife-PE) c.c. sua prima, Joaquina Angélica
Pires Ferreira (n. Recife, f. 1868, Recife-PE), f.ª de seu tio, João de Deus
Pires Ferreira c.c. Angélica Joaquina Rosa.
5.1. Maria do Sacramento
de Aguiar Pires Ferreira
5.2. João de Deus Aguiar
Pires Ferreira (1827)
5.3. João de Deus Aguiar
Pires Ferreira (1833)
4.2. José Thomaz
de Aguiar (1795)
4.3. Francisco
José Germano de Aguiar Pires Ferreira (1790)
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