domingo, 23 de junho de 2019

Clã dos Meneses / Menezes


MENESES. Uma das famílias mais ilustres e antiga da Peninsula. D. Fruela II, Rei de Leão e de Galiza, subiu ao trono no ano de 92, por morte de seu irmão o Rei Ordonho II, e foi casado duas vezes, a primeira das quais com D. Numilo, filha de D. Sancho Garcez, Rei de Navarra, morrendo no ano de 925. Teve entre outros, a D. Ordonho, chamado o Cego por seu primo D. Ramiro II de Leão o haver mandado cegar. Casou este infante com D. Cristina, filha de D. Bermudo II, Rei de Leão e Oviedo, e de sua primeira mulher, D. Velasquita, e teve o Conde D. Afonso Ordonhes, que fundou com sua mulher, D. Justa, o mosteiro de Santa Maria de Liébana, no ano de 995, para pôr nele o corpo de S. Toríbio, o qual quis reconhecer, pelo que cegou, recuperando a vista por intercessão do mesmo santo. Foi senhor de muitas terras nas Asturias, e de sua mulher, que era de sangue real, houve a D. Rodrigo Afonso das Asturias, e de sua mulher, que era de sangue real, houve a D. Rodrigo Afonso das Asturias, senhor do solar de Nava, nas Asturias, que é o primitivo desta família. Este D. Rodrigo foi casado com D. Gónia, senhora muito poderosa nas Asturias e Leão, e morreu no ano de 1011, nascendo do matrimonio D. Diogo Rodrigues das Asturias. 

Foi D. Diogo Rodrigues Duque das Asturias, Conde de Oviedo, senhor de Noronha, rico-homem, governador e capitão-general das Asturias, cavaleiro muito esforçado de D. Fernando I, o Magno, confirmante no ano de 1063, e marido da infanta D. Ximena, filha de D. Afonso V, Rei de Leão, e de sua mulher, D. Elvira, de quem houve a D. Bernardo Dias das Astúrias, que também foi Conde e confirmava no ano de 1119. Contraiu matrimonio com uma filha de D. Afonso Teles, rico-homem, senhor de Monte Alegre e mordomo-mor do rei D. Afonso VI. Deste casamento nasceu D. Pedro Bernardo de S. Fagundo, que confirmava no ano de 1124, senhor do castelo de Magalon, casado com D. Maria Soares, filha de D. Soeiro Mendes da Maia, o Bom, e de D. Gontrode Moniz, de quem teve D. Tel Peres de Meneses, o qual sucedeu na casa de seu pai, foi rico-homem, senhor do castelo de Magalon, que trocou com o Rei de Castela, D. Afonso VIII, pelas vilas de Meneses, Vila Nova, S. Romão, outras muitas terras e umas casas em cuenca, no ano de 1181. Confirmou no ano de 1168 e doou à Ordem de Sant´Iago as casas de Ciuenca, no ano de 1181. Serviu D. Afonso IX, foi um dos ricos-homens que assistiram às pazes feitas no ano de 1195 com o Rei de Aragão e enviado a França para buscar a Rainha D. Leonor, mulher do mesmo príncipe, e fundador do  hospital de Villamartin, onde fez vida santa. Casou com D. Urraca Garcia Dorca, segundo uns, ou, conforme outros, com D. Gontrode Garcia de Villamayor, filha de D. Garcia Ordonhes, rico-homem, senhor de Villamayor e Celada, e de sua mulher, D. Maria senhora de Almenara. Deste casamento nasceram diversos filhos que seguiram o apelido de Meneses, tornado por seu pai da vila do mesmo nome, conservando seus descendentes o patromínico Teles (que também usaram na forma não derivada de Telo) junto com apelido. Alguns desta família largaram o apelido Meneses e ficaram somente com o patromínico, que ligaram a outro apelido, como os Teles da Silva.

Passaram os Teles de Meneses a Portugal, dando ao trono português uma rainha: D. Leonor Teles, mulher de D. Fernando I. 

Brasão: O brasão da família Meneses encontra-se relacionado no Salão de Sintra, em que consta as mais nobres casas de Portugal, embora a nobreza dos Meneses seja muito mais antiga, anterior ao Reino de Portugal. O escudo dos Menezes não tem qualquer desenho porque sendo a primeira família portuguesa com escudo/brasão não necessitava de qualquer elemento secundário identificativo. As outras famílias é que tinham de identificar os seus escudos com ornamentos próprios (Nobiliário manuscrito de Damião de Góis). Conta-se que a filha do Rei Ordonho II de Leão, a princesa Ximena fugiu da casa real para casar com um lavrador. Por coincidência o rei durante uma caçada foi comer na casa desse lavrador. A filha reconhecendo-o da cozinha preparou-lhe a refeição e deixou-a servir pelos seus dois filhos tão louros quanto ela. Também pousou o seu anel de rubis dado pelo pai real no seu prato. O pai comovido reconcilia-se com a filha e muda o nome do lavrador de Telo para Telles. Assim deu-se início à família Telles de Menezes em cujo brasão se pode ver em cima do escudo liso uma dama loura e sobre o escudo se pode pousar um anel (Camilo Castelo Branco? Novelas do Minho).



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Brasão dos Meneses no Salão de Sintra
Brasil


Francisco Barreto de Meneses
A Bahia foi a principal capitania onde os Menezes se estabeleceram. Sendo o governador-geral D. Diogo de Menezes e Siqueira, um dos primeiros que ali residiu, tendo ainda conquistado o Maranhão e o Ceará. 

Em 1625 a esquadra comandada por D. Fradique de Toledo Osório, que veio libertar a Bahia, tinha várias naus comandadas por membros dos Menezes: D. Manuel de Menezes, Rui Barreto de Moura Menezes, D. Diogo Teles de Menezes, D. Antonio de Menezes e Francisco de Sá e Menezes e seus filhos.

Ainda na Bahia, Antonio Teles de Menezes, Conde de Vilapouca de Aguiar; Antonio Furtado de Mendonça Castro do Rio e Menezes, conhecido como "O Braço de Prata"; Antonio Luis de Souza Teles de Menezes, segundo marquês das Minas: Vasco Fernando César de Menezes, quarto vice-rei e D. Luis Pedro Peregrino de Carvalho Menezes de Ataíde, sexto vice-rei. 

Na batalha dos Guararapes D. Francisco Barreto de Menezes, comandou as tropas luso-brasileiras. Quando desempenhava o cargo de alcaide-mor, na Bahia, Francisco Teles de Menezes foi assassinado na Rua-atrás-da-sé por oito mascarados. Destacam-se nesse tempo, os provedores da Santa Casa da Misericórdia em Salvador, Rodrigo José de Menezes e Manuel Coelho de São Payo e Menezes (Sampaio de Menezes). 

Depois que a capital da colônia foi transferida para o Rio de Janeiro, vários Menezes governaram a Bahia: Manuel da Cunha Menezes; Manoel Inácio da Cunha Menezes, senador do Império e presidente da província da Bahia. Antonio de Brito Freire de Menezes governou São Paulo; Nas Minas Gerais, encontra-se o nome de D. Rodrigo César de Menezes na conjuração mineira, quando era governador D. Luis da Cunha e Menezes.

No período de 1697 a 1703, no governo por Artur de Sá e Menezes no Rio de Janeiro, sucederam-se por hereditariedade no juizado de Órfãos, D. Diogo Lobo Teles de Menezes, sendo substituído após sua morte por seu filho Francisco Teles Barreto de Menezes, que foi substituído por Luis Teles Barreto de Menezes, que deu sucessão a seu filho, Francisco Teles Barreto de Menezes, uma verdadeira dinastia de Menezes, e após breve hiato, outro membro da família, Antonio Teles Barreto de Menezes, assumiu o cargo. Nos jornais da época foi noticiado que na madrugada de 20 de junho de 1790, um incêndio destruiu a casa do juiz Francisco Teles Barreto de Menezes. Esta residência localizava-se na atual praça XV de novembro, defronte da também atual igreja de N.S. do Carmo. O local da antiga casa é conhecido hoje em dia como Arco do Teles. 

Encontra-se nas crônicas de 1810, a história do alferes da linha de Moçambique, Augusto César de Menezes conhecido como um terrível arruaceiro, era o terror da cidade, brigando sem qualquer motivo e dando muito trabalho a policia.Tantas fez que o príncipe D. Pedro ordenou por decreto de 02 de abril de 1810, sua demissão do exército e seu degredo para o presídio de Angoche, na África, de onde não poderia mais voltar, sob pena de condenação à morte. 

Francisco de Sá e Menezes, que governou o Maranhão, foi acusado de ser aliado de Manuel Beckman, no movimento nativista conhecido como a "Revolta de Beckman" em 1684. 

Os Menezes são conhecidos por seu amor à arte. São vários os nomes da família Menezes ligados à literatura, poesia e música. Entre os condes de Ericeira destacou-se D. Luis de Menezes, autor da obra 'Historia de Portugal Restaurado.' Sua esposa D. Joana Josefa de Menezes, foi uma renomada escritora e poliglota.



Outros Clãs:

Clã dos Canto
Clã dos d´Eças
Clã dos Holandas
Clã dos Wanderley
Clã dos Teixeiras

*Abordamos apenas os ramos familiares mais antigos, registrados no Brasil. Podendo haver outros que advieram em épocas posteriores, ou mesmo da mesma época, porém não registrados.

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Clã dos Furtado de Mendonça

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