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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Clã dos Gomes

Euskádi (País Basco):

Sobrenome patronímico, derivado de nome próprio: Gome, sem que, como sucede nesta classe de sobrenomes, as várias famílias que o detêm terem qualquer relação entre si. Seus solares mais antigos foram os localizados nas montanhas de Burgos e Santander, na Euskádia (País Basco). No início da reconquista espanhola, distinguiu-se um cavaleiro chamado Gome, de quem Rodrigo Gómez foi descendente e sucessor nos seus estados, que governou nas montanhas de Burgos. Do conde Fernán "el Negro", batizado em homenagem pelo corvo negro que carregava por armas, estavam os sétimos netos de Diego Gómez, que morreram na batalha de Campo Espino, perto de Sepúlveda (Segóvia). Vários ramos provaram a sua nobreza para entrar nas Ordens Militares perante a Sala Hijosdalgo da Real Chancelaria de Valladolid e o Real Tribunal de Oviedo. Entre os povoadores do Reino de Valencia aparecem esta linhagem (com a grafia Gomeç) nos censos das populações e anos que se indicam: em Cocentaina nos anos 1290-1295, em Oriola 1300-1314, em València 1354-1373, Alfara do Patriarca Benifaió e Onda em 1379, em Cocentaina, Forcall, Alzira e Sueca em 1399.

Portugal:

GOMES. Os indivíduos deste apelido não constituem uma só família, porquanto a designação familiar foi na origem patronímico. Ignora-se quem primitivamente usou as armas que os Gomes trazem, não devendo ser dos princípios, nem, talvez, da primeira metade do século XVI, pois não vem registradas no Livro do Armeiro-mor, nem no de Antonio Godinho. A Carta de brasão de Armas mais antiga que se conhece, na qual se mencionem armas de Gomes, é de 20-III-1621. Se este documento é verdadeiro na parte genealógica e as armas de Gomes, provem da linha indicada, vieram de Espanha com Martim Gomes Bravo, fidalgo galego casado com Cecília Cardoso, criada da infanta D. Joanna, irmã do Rei D. João II, das quais nasceu Fernão Gomes Bravo, pai de Miguel Gomes Bravo, natural de Aveiro, escudeiro-fidalgo da Casa de D. João III, bisavô de D. Maria Gomes Bravo, natural de Esqueira, casada com Diogo Dias Coimbra, natural da comarca da Esgueira, moço da câmara do mesmo Príncipe, terceiro avô de João Gomes Coimbra, natural da vila da Esgueira, e de sua mulher, D. Maria Jorge de Almeida, natural de Lisboa, e quarto avô de Diogo Dias Coimbra Pimentel de Amaral, a quem se passou a referida carta de brasão de armas. Este último era irmão inteiro de D. Apolinário de Almeida, patriarca da Etiopia e bispo de Nicéia, e de D. Gregório dos Anjos, primeiro bispo do Maranhão e Grão-Pará. Podem, ainda, as mencionadas armas ser privativas desta linha, mas já concedidas em Portugal, talvez no reinado de D. João II, pois nelas figura um pelicano.

As armas usadas pelos Gomes são: de azul, com um pelicano de ouro, ferido de vermelho no ninho. Timbre: o pelicano do escudo.

Etimologia: Existem registros do século IX como Gomizi e Gomiz, em castelhano utiliza-se Gomez e Güemes, sua origem provável pode ser, uma abreviação do visigodo  “Gomoarius" que significaria “Homem de Guerra", o qual pôr vezes foi utilizado como nome próprio. Isto é de origem patronímica. 

Brasil:

Há diversas famílias com este sobrenome, em diversas partes do Brasil, de origem portuguesa, e espanhola. 

Sobrenome também adotado por cristãos-novos, a partir de 1497, no que pese não haver nenhuma correlação do sobrenome em sua origem, muito mais antiga, e de uso corrente, pelas respectivas famílias originárias do étimo.

Família Gomes em Minas Gerais:

Em Minas Gerais, estabelecida na Zona do Carmo, encontra-se, entre as mais antigas, a de Francisco Gomes Pinheiro, que mudou para Minas na era do seu povoamento e foi um dos desbravadores da zona do Carmo, do rio Doce e do Casca. Sesmeiro, de 1736, em Barra Longa, casou-se com Antônia Pereira de Araújo. 

Ainda em Minas Gerais, registra-se a de João Gomes Martins Barcelos, que veio para o Brasil, estabelecendo-se em Sumidouro, Minas Gerais, o fundador de Palmira, hoje Santos Dumont. Deixou geração, em 1725, no Rio de Janeiro, com Clara Maria de Melo, pais do inconfidente José Ayres Gomes.

Os Aires Gomes (Ayres Gomes):

Antiga e importante família de origem portuguesa estabelecida no Engenho do Mato, Minas Gerais, para onde passou João Gomes Martins Barcelos, nasc. a 21.02.1685 na Freguesia de S. Félix de Gondifelos, termo de Barcelos, Conselho e Comarca de Vila Nova de Famalicão [Portugal], onde foi batizado a 25.02.1685.
“Aos vinte e cinco dias do mês de Fevereiro de seiscentos e oitenta e cinco, baptizei a João, filho de Antônio Gomes e de Maria Martins sua mulher, de Reparada, que nasceu a vinte e um do dito mês. Forão padrinhos João Gonçalves marido de Isabel da Costa da mesma aldêa e Ana Martins mulher de João Gonçalves da Comieira desta freguezia e por verdade fiz este que assino aos sete de março da dita data." Ass. Manuel Lopes. 
Filho de Antônio Gomes, natural da Freguesia de São Félix de Gondifelos, termo de Barcelos, Conselho e Comarca de Vila Nova de Famalicão, casado a 2 de Novembro de 1678, na Freguesia de São Félix de Gondifelos, com Maria Martins, natural da mesma freguesia que seu marido. João Gomes Martins, emigrou para o Brasil, estabelecendo-se em Sumidouro, Minas Gerais.

A Cidade mineira de Santos Dumont, outrora Palmira, que por muitos anos se conheceu por João Gomes, foi por ele fundada. Deixou numerosa descendência de seu casamento, no Rio de Janeiro, a 05.1725, em residência do pai da noiva, com Clara Maria de Melo, nascida na Freguesia de N. S. da Apresentação do Irajá, Rio de Janeiro, filha do Cap. Manuel Neto Barreto (nascido em São Pedro de Alcântara, da Ilha da Madeira, bispado de Funchal) e de Clara Soares de Mello (nascida em São Bernardo de Inhaúma, Rio de Janeiro).

Família gomes no Acre:

No Acre, cabe registrar o português José Gomes dos Santos, que descerrou o seringal Independência, por volta de 1878, situado no rio Purus, oitenta milhas acima da foz do rio Acre. 

Família Gomes na Paraíba/Rio Grande do Norte:

Duarte Gomes, foi dos povoadores mais antigos e consideráveis da capitania. Nacera em Olinda cerca de 1555, filho de Pedro Alvares da Silveira e Da. Maria Gomes Bezerra. Na segunda entrada de Martim Leitão na Paraiba em 1585, que tanto contribuiu para a pacificação do litoral, seguiu como comandante de uma das forças, lugar tenente do ouvidor geral, encarregado da expedição á serra da Copaoba. Ainda não estava de todo assentada a posse del-rey, e Duarte se estabelecia em 1590 na várzea onde elevou o mais importante engenho da região. 
Grato ao seu esforço, atestava Frutuoso Barbosa em carta elogiosa: 
"Certifico em como é verdade que Duarte Gomes da Silveira, Fronteiro nesta conquista da Paraiba, está servindo ao dito Senhor (el-rei Felipe I de Portugal) . . . annos a esta parte em todas as guerras desta conquista, precedendo ao dito serviço tão bem como o de hum cavalleiro bom ... sempre a sua custa a despeza com cavallo, armas, escravos e homens brancos de que se serve. . . sendo dos primeiros que em todas as ocasiões se achava prestes, assim pera a guerras de mar contra os corsarios, como por terra contra potiguares e gentio. . . e . .. foi sempre o mais occupado morador nas cousas do serviço de S. Magestade e em compor seus capitães . .. ". 
No começo da guerra holandesa, auxiliou eficasmente aos portugueses na construção do forte de Santo António, planejado pelo engenheiro Diogo Paes, na embocadura do Paraiba, afim de servir de complemento ás obras do Cabedelo, forte moderníssimo e notavel para a época. Depois da vitória dos olandeses, mudou de orientação, o que pode ser levado á conta de prejuizos materiais e morais que sofreu das operações militares: " ... havia despendido consideravel fazenda; e lhe matarão hum Filho unico ", informa Brito Freyre. Rico de engenhos e escravos, ezitou em hostilizar o invasor, tornando-se suspeito ao partido dos seus patrícios. Por um lado, via o abandono do Brasil pela metrópole; por outro, sentia-se cativo das boas intenções de um habil capitão e melhor político como Artichofski. "Homem rico, coração de lebre" diz um ditado alemão, alusivo aos opulentos que só pensam em salvar os bens de fortuna, e Duarte Gomes teve a fraqueza de justifica-lo celebrando uma convenção com o mercenário, que devia garantir as pessoas, haveres e liberdade de conciência dos paraibanos. 

Este apêgo a tres cousas, hoje geralmente consideradas sem valor, trouxe-lhe grande odiosidade dos seus conterrâneos. Aprisionado no correr das lutas por António de Albuquerque, foi libertado pelos holandeses, o que ainda mais o comprometeu. Embalde pouco depois protestasse contra o desrespeito do ajuste feito com Artichofski, continuou de mal a pior com os paraibanos, e como as suas reclamações fossem consideradas subversivas, também se indispoz com os sucessores menos avisados do polonês a serviço da Holanda. A conseqüência foi o velho povoador ser encarcerado no forte do Cabedelo, á sombra do qual edificara a sua fortuna através de combates contra índios e franceses. 

Nos Diálogos ha uma referência ao pernambucano, embora não se lhe cite o nome. Diz o suposto autor Ambrósio Fernandes · Brandão, 
"sabeis em quanto é rica (a Paraíba) que com só uma cousa vos reprezentarei sua riquesa, a qual he que ha hum homem nobre particular neste Brasil, o qual com não possuir mais de hum só engenho de fazer assucar, ouzou prometter a todas as pessoas que fizessem casas na cidade, que então de novo se fabricava (sempre na acepção de "primeira ves" ou "novamente"), sendo de pedra e cal de sobrado a vinte mil reis por cada morada de casas, e a dez mil reis, se fossem terreas; e assim o cumprio por muito tempo, com se haverem alevantado muitas moradas, sem disso se lhe conseguir algum proveito mais do dezejo que tinha de ver augmentar a cidade. E tratou mais ... de fazer a casa da Santa Misericordia da propria cidade, cousa de grandiosissimo custo pela grandesa e nobresa do edifício do templo que tem já quasi acabado". 
Supõe-se que Ambrósio escreveu em começos do século 17, para terminar por volta de 1618, período que abranje o melhor da atividade de Duarte Gomes. 

Vinte anos depois, Elias Erckmans, na sua descrição da Paraíba, confirma tudo que vai acima, e informa que Duarte Gomes da Silveira iniciara: 
"magnifico predio ao lado occidental do convento de São Bento para lhe servir de casa; mas não está acabado, e se acha quase que em caixão, mostrando quão grande seria si estivesse concluído". 
Agravara-se muito a situação do senhor de engenho no domínio holandês, quando caiu sob a antipatia do diretor lppo Eyssens. Segundo Rodolfo Garcia a causa vinha da sua recusa em lhe conceder a mão de uma das suas sobrinhas. Viveu, contudo, Duarte Gomes bastante para prezenciar a retirada do conde de Nássau, marcando o declínio da empresa holandesa no Brasil. 

Para terminarmos a história de Duarte Gomes da Silveira, diremos que, nos anos felizes, anteriores á invasão holandesa, constituira o primeiro morgado da Paraiba, sem no entanto deixar de concorrer com onze contos para as obras da Misericórdia, enorme quantia para o tempo e região. Outras despesas suntuárias que fazia na mesma época, já foram mencionadas, como a construção da sua. casa, citada por Elias Erckmans. Uma delas foi elevar jasígo para si e sua mulhér Da. Fulgência Tavares na capela do Salvador, com os seus retratos de cada lado da imajem de Cristo. Não nos diz Brito Freyre, si alí foi a sua última morada, pois numa quadra de lutas, nas quaes entrava fanatismo religioso, os templos eram comumente incendiados. Informa apenas que, os 
"Olandeses receosos da inconstancia deste Home, Q detiverão em apertadas prisões, muitos annos, sospeitando voltaria para os Nossos, com a propria facilidade, que se passou para elles".
Família Gomes em Pernambuco:

Em Pernambuco, entre outras, registra-se a família do Coronel João Antônio Gomes, de 1749, vindo de Portugal para Recife, Senhor dos Engenhos Mercês e Penderama, este na Vila do Cabo em Pernambuco. Comerciante e proprietário no Recife, deixou numerosa descendência do seu casamento no Recife, com Caetana Maria de Deus Pires Ferreira, em 1752, no Recife, filha de Domingos Pires Ferreira, patriarca desta família Pires Ferreira, de Pernambuco.

Família Gomes em São Paulo:

Em São Paulo, entre as mais antigas, encontra-se a de Pedro Gomes casado com Isabel Afonso, filha de gentio da terra, com a qual deixou geração. Além deste, registram-se seus descendentes Luís GomesMatias GomesGaspar Gomes e Lourenço Gomes

Para São Paulo, registra-se uma ilustre família de músicos, originária da Espanha, procedente de Don Antônio Gomez, de casa nobre de Pamplona, e que, fazendo-se bandeirante, desbravava o interior de São Paulo, encontrando, não ouro, mas outra coisa que, para ele, foi mais preciosa: uma belíssima índia, filha de um cacique guarani, que lhe deu muitos filhos (Vasconcelos. Raízes da Música, 196).

Entre os descendentes do casal, registram-se: Manuel José Gomes, 1868, mais conhecido por Maneco Músico, professor, compositor e mestre da Banda de Campinas. Deixou importante descendência, estabelecida em Campinas, SP, do seu terceiro casamento com Fabiana Maria Jaguari Cardoso, que morreu tragicamente, muito moça ainda. Deixou o bisneto, José Pedro de Sant'Ana Gomes, filho do anterior, o mano Juca, violinista, regente e também compositor, o maior amigo de seu famoso irmão, o maestro Carlos Gomes; outro bisneto, Antônio Carlos Gomes (1896, Belém do Pará), irmão do anterior e filho do terceiro casamento, um dos maiores nomes da música brasileira, autor de belas operas e modinhas. Seu tataraneto, Íbero Gomes Grosso, de, 1905, de São Paulo, sobrinho-neto do maestro Carlos Gomes. 

Da Linha de Batina em São Paulo, registra-se José Gomes de Almeida, filho do coronel Jerônimo Martins Fernandes, cavaleiro na ordem de Cristo e de Josefa Caetana Leonor Mendes de Almeida. Neto paterno de João Gomes e de sua mulher Maria Fernandes, e bisneto de Francisco Gomes, casado com Maria Martins de Macedo. Gomes de Almeida, teve um filho, que legitimou, chamado Francisco Martins de Almeida, sargentomor de guardas nacionais, na província de São Paulo, com Carta de Brasão de Armas.

Família Gomes no Rio Grande do Sul:

No Rio Grande do Sul, registra-se a de Inácio Gomes, casado em 1780, em Estreito, RS, com a índia Florencia (L.º 2.º, fl.10v). 

Família Gomes no Rio de Janeiro:

No Rio de Janeiro, entre as quase 150 famílias com este sobrenome, dos séculos XVI e XVII, a de Amador Gomes, de 1598 a 1654, o qual deixou larga descendência, a partir de 1624, com Isabel Teixeira

Do Rio de Janeiro Pedro Gomes passou à Bahia e ocupou todos os postos nas milícias e deixou geração por lá. 

De Nobreza Titular, família de abastados proprietários de terras, membros da aristocracia cafeeira, estabelecida no Estado do Rio de Janeiro, à qual pertence José Luiz Gomes, filho de Francisco Luiz Gomes irmão do Padre Dr. Alexandre Caetano Gomes, escritor, e de Ana Margarida de Jesus Breves, integrante da poderosa família Breves, do Vale do Paraíba Fluminense. SargentoMor de milícias, alferes do 2.º Batalhão de Angra dos Reis. Um dos maiores benfeitores da Cidade de Piraí, proprietário das fazendas de Santa Maria e Ponte Alta. Vereador e presidente da Câmara Municipal de Piraí. Delegado de polícia da mesma cidade, barão e Juiz de Paz de Mambucaba, em 1854. Deixou geração dos seus dois casamentos, sendo o segundo, com Maria Rosa da Conceição, filha do Capitão José Tomás da Silva e de Rosa Maria da Conceição; Jacinto José Gomes, agraciado, em1873, com o título de barão de Monção.

A Família Gomes na Bahia

Afonso da Franca, filho terceiro de Leonor da Franca e seu marido Manuel Gonçalves Barros foi capitão de infantaria. em que serviu a el rey muitos anos, casou com D. Maria Gomes, filha do mestre de campo Pedro Gomes, que governou o Rio de Janeiro, e de sua mulher D. Isabel Madeira, filha legítima de Domingos Lopes Falcato e de Ágüeda da Costa. viúva do capitão de infantaria Lázaro Lopes: e teve filhos.

Na Bahia, entre as mais antigas, cabe registrar a de Pedro Gomes, figura central de seu tempo. Passou para a Bahia e aí ocupou todos os postos nas milícias, sempre se distinguindo, até o de mestre de Campo, foi Governador do Rio de Janeiro, Fidalgo da Ordem de Cristo, que deixou geração com a viúva, Isabel da Costa Madeira, filha de Domingos Lopes Falcato e de Águeda da Costa. Foram pais, entre outros, de Antônio Gomes, que tornou-se o patriarca da importante família Gomes Ferrão Castelo Branco da Bahia. 

Ainda, na Bahia, registra-se a família de Agostinho Gomes, cavaleiro na ordem de Cristo, Cavaleiro Familiar do Santo Ofício. Negociante na cidade de Salvador, Bahia. Descendente das famílias Fontoura e Carneiro. Deixou geração com Isabel Maria Maciel Teixeira, filha de Bento Maciel Teixeira e de Maria da Silva. Foram pais do Padre Francisco Agostinho Gomes, negociante na cidade de Salvador, Bahia, com legítima dispensa e Carta de Brasão de Armas.

PEDRO GOMES. Natural de Arcos de Valdevez, filho de Domingos Alvares, teve foro de fidalgo cavaleiro em 1655, por serviços prestados no Brasil, que serviu 32 anos nas guerras deste Estado subindo de soldado a todos os postos, até sargento-mor do Terço do mestre de campo João Araujo, ou desde a restaurarão da Bahia em 1624 distinguindo-se na resistência a Pero Perez (1627), no Sítio de Nassau à prara (1638), quando ficou ferido de uma pelourada na perna (ganhou dois escudos de vantagem), principalmente na retirada com Luiz Barbalho dos baixos de São Roque à Bahia ("u d tr capitã s" I m os qua o e que aque e mestre de campo para se fazer a jornada por terra dos desembarcados da armada do conde da Torre), ferido em Goiana, herói na campanha do mestre de campo Francisco Rabelo no São Francisco, participando das aroes que se deram quando Von Schoppe ocupou Itaparicá. Sargento-mor do Terço Velho da Bahia em 1651, tenente do mestre de campo em 1657, governou o Rio de JaneIro, nomeado por D. Manuel Lobo, de marco de 1680 a janeiro de 1682, Baltazar da Silva Lisboa, Anais do Rio de Janeiro, IV, p. 293, Rio, 1835

PEDRO GOMES DA FRANCA CORTE REAL. Filho do mestre de campo Pedro Gomes, e natural da Bahia, começou a carreira das armas com o irmão, Manuel de Barros. Serviu em Pernambuco, comandou o Partido de Sergipe do Conde 2 de junho de 1679, Anais da B.N .. v. 36, p. 367, teve praça de soldado alferes de infantaria, alferes de mestre de campo (embarcando na ocasião em que o Marquês as . mas mandou um navio e duas sumacas para correr a costa atrás de um navio de piratas), e, com oito anos na praça da Bahia, foi promovido a capitão confirma el-rei a 2 de março de 1694, Arq. públ. da Bahia, Registro de Patentes ~ 1697, fi. 283. A 24 de novembro pediu o soberano ao governador Informa~oes sobre a sua r~~úncia ao m,andato de vereador, Anai~ do Arq. públ. da BahIa, m, p. 216. Famlhardo Santo Ofício, 15 de março de 1696, T.T., Fam., m. 10, n. 250, co~one.l, Doc. Hist., IX, pp. 22-23, governador do Terço Velho (esclareceu a 7 de JaneIro de 1700 D. João de Lencastro Anais da B N 36 261), tenente de mestre de campo com 36 anos de seviço em 1714 -.: ~~tr~ ~~ sua~ proezas fi~~ra a da saída de Ilhéos em 1700, em busca do rio Patite (Pardo), subIda do Jequitinhonha, entrada nos sertões do rio das Contas, castigo do gentio. O padrão de tença de 120 mil réis dado, a 29 de abril de 1738, a suas duas filhas (abaixo), comemora-lhe o "descobrimento de algumas minas de ouro e prata nas cabeceiras do rio Pardo e Verde, escusando-se algumas pessoas dessa diligência" , em cinco meses. com 70 soldados, o que lhe custou. 2 mil e 60 cruzados de sua fazenda, "a todo risco de vida". Por süa contribuição à história natural, louvada na Academia Brasílica dos EsquecIdos, a que pertenceu, O Movimento Academicista na Bahia, V, p. 204, pode-os incorporá-lo na lista dos viajantes que no século 18 continuaram a pesquIsa científica dos missionários (veja-se ainda Mirales, op. cit., p. 56). Morreu a 23 de agosto de 1743 e foi sepultado na igreja de São Francisco, L. de Óbitos da Se, arq. da Cúria. Não casou, diz o linhagista. Mas lhe foi concedido em 1738 dividir com duas filhas, Perpétua e Feliciana, a tença recebida. Outra filha, Rosa Gabriela da Franca, mulher, a 20 de outubro de 1717, do capitão-mor de Porto Seguro, Geraldo Simões de Castro. Estes os pais de Maria Madalena do Nascimento da Franc~ batizada a 10 de outubro de 1725, casada a 10 de setembro de 1764 com José Pires Garcia, moedeiro de número da Casa da Moeda da Bahia, que tiveram Úrsula Isabel, batizada a 20 de julho de 1765 mulher de João Manuel Barbosa. Filhos, os alferes João Manuel e Manuel Barbosa da Franca, batizados a 7 de junho de 1780 e a 4 de julho de 1782. 


Genealogia da Família Gomes na Bahia:

1. Domingos Alvares c.c.

2. Pedro Gomes c.c. Isabel da Costa Madeira, f.ª legítima de Domingos Lopes Falcato e de Ágüeda da Costa, viúva do capitão de infantaria Lázaro Lopes.

3.1. D. Maria Gomes c.c. Afonso da Franca, terceiro filho de Leonor da Franca e seu marido Manuel Gonçalves Barros foi capitão de infantaria.

3.2. Pedro Gomes da França Corte Real (não casou, mas, consta ter tido duas filhas)



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Clã dos Furtado de Mendonça

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