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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Clã dos Barretos


BARRETO. Entre as mais antigas e nobres famílias de Portugal encontra-se a dos Barretos, pois descende de D. Arnaldo de Baião, pai de D. Guido Araldes, avô de D. Soeiro Guedes, bisavô de D. Nuno Soares, trisavô de D. soeiro Nunes, 4º avô de Nuno soares, que casou com Maria Pires Perna, filha de D. Pedro Pais Escacha.

De Nuno Soares e de sua milher, Maior Pires Perna, nasceu Mem Nunes Velho, sepultado no mosteiro de Carvoeiro, junto da barra de Viana do Castelo, o qual de seu casamento teve filhos que tomaram o apelido de Barreto, parece que derivado de terem solar junto da referida barra. Gomes Mendes Barreto, filho do sobredito Nem Nunes Velho, possuiu, por sua mãe, parte do padroado da vila de Marim, e uma herdade na mesma freguesia.  Viveu em tempo dos Reis D. Afonso II e D. Sancho II e recebeu-se com D. Constança Pais, filha de D. Paio Gomes Gravel e de D. Sancha Pais, de cujo matrimonio houve geração, continuadora do apelido.

Heráldica, brasão de armas da família Barreto: em campo de prata, semeado de arminho negros.

Timbre: uma dama vestida de prata e arminhos, com as mãos cobertas e os cabelos soltos (Sanches Baena, II, 24).


Brasil:

A Família Paes Barreto em Pernambuco:

Paes Barreto
A saga de João Paes Barreto, cabeça do clã Paes Barreto em Pernambuco, ilustra as motivações, como as de várias outras famílias pertencentes a aristocracia nortenha, que vieram para o Brasil.  Segundo filho de Antônio Velho Barreto (Cavaleiro da Ordem de Cristo, Morgado de Bilheira) e de Mariana Pereira da Silva, da Casa dos Regalados. Neto de João Velho Barreto, bisneto de Mendo Paes Barreto e trineto de Florentino Barreto (senhor da Torre de Constantino Barreto), era João Paes Barreto pertencente a uma nobilíssima família do Minho, das mais nobres de Portugal, contudo, sendo segundo filho, sem direito à herança. Isso o leva, como a vários outros,  a preferir imigrar para o Brasil e se fazer senhor de suas próprias terras (dominus brasilis) ao invés de se submeter a tutela e caprichos do irmão primogênito. 

João Paes Velho Barreto veio para o Brasil ainda adolescente, em 1557, com 13 anos, trazendo apenas sessenta mil réis, como muitos moços que os morgadios minhotos destinavam à aventura ultramarina. Natural de Viana do Castelo, norte de Portugal, casou-se com D. Inês Guardez, filha de Francisco de Carvalho Andrade e de sua mulher Maria Tavares Guardez, senhores do Engenho São Paulo, na Várzea do Capibaribe. Recebeu o engenho Guerra, de seu genro, como dote de sua mulher.

Ao pisar em terras brasileiras (1557 a 1560) logo começou a trabalhar e tomou parte nas milícias que conquistaram o sul da Capitania. Na sequência dessas lutas pela terra, à medida que iam sendo conquistada, eram repartidas entre portugueses que tinham prestado relevantes serviços.

João Paes Barreto no final do primeiro século adquiriu, em Olinda, um engenho de propriedade de Luiz Henriques, e outro chamado eng. São João, em Cabo de Santo Agostinho. Confiante no sucesso da nova jornada dedicou-se com entusiasmo à produção de cana-de-açúcar.

Participou como Capitão dos Cavalos de várias campanhas militares contra os índios da Mata Sul da Capitania de Pernambuco. Como recompensa pelos serviços prestados recebeu sesmaria (1571) no Cabo de Santo Agostinho, ao sul do rio Jaboatão, no baixo Pirapama (antes rio Arassuagipe). 

Como Capitão do Cabo de Santo Agostinho e contando 45 anos, prestou serviços de alta monta na colonização da Paraíba, acudindo a convocação do Ouvidor Martim Leitão para conquista da Parahyba contra os franceses. Naquela que foi, segundo o conceito de Frei Vicente Salvador: "o mais belo exército que Pernambuco já viu nem sei se verá". 

O nome de João Paes Barreto é lembrado como o herói da batalha da Baía da Traição-PB  (1584), aonde lutou heroicamente com seus 300 homens, após 05 dias de viagem.

João Paes Velho Barreto, foi um dos que participaram da famosa missa pela conquista da Fortaleza dos Santos Reis-RN, em 24/06/1588.

Em 1592 foi Comandante de um dos navios armados em guerra pelo Capitão-mor de Pernambuco, Manuel Mascarenhas Homem, para a expulsão definitiva dos índios e franceses do Rio Grande do Norte.

Chegando a ser o homem mais rico na então Nova Lusitânia. Paes Barreto chegou a ter oito a dez engenhos que deixou para seus oito filhos. Foi o primeiro senhor de engenho a realizar o sonho de deixar um engenho para cada filho e orgulho para seus descendentes como dizia Joaquim Nabuco, descendente pelo lado materno.

João Paes Velho Barreto é também lembrado pelo seu profundo senso social, um dos benfeitores daquela bela aristocracia rural que surgiu em Pernambuco. Cuidou das famílias dos colonos e da sociedade local. Desenvolveu as propriedades, deu conforto aos seus e ajudou aos necessitados. Proporcionou instrução aos filhos e servidores, mantendo em suas terras escolas para o ensino de leitura, latim e aritmética. Mantinha pedreiros, marceneiros e obreiros.

Paes Barreto faleceu em 21/05/1617, com "odor de santidade", ganhando a distinção de ingressar no hagiológio de varões santos ou virtuosos de Portugal e de suas conquistas que Jorge Cardoso escreveu em meados do século XVII. Para a fama de piedoso concorreu, sobretudo ter sido provedor e grande benfeitor da Santa Casa de Misericórdia de Olinda.

Em 1637, no grande êxodo que se seguiu após a queda do arraial do Bom Jesus e a sedimentação do domínio holandês, seguiram com Mathias de Albulquerque para Bahia. Sendo seus bens e engenhos confiscados pelos holandeses.



GENEALOGIA DOS PAES BARRETO:

1. João Paes Barreto c.c. D. Inês Tavares Guardez, nascida em 1544, filha de Francisco de Carvalho Andrade e de Maria Tavares Guardez.
2.1 João Paes Barreto falecido e sem geração.
2.2 Estevão Paes Barreto – c.c. D. Catarina de Castro de Távora, filha de Martim Fernandes Távora e de Margarida Castro. C.g;
2.3 Filipe Paes Barreto  c.c. Brites de Albuquerque. Preso pelos holandeses quando fugia para a Bahia, ao atravessar o Rio São Francisco, retornou a Pernambuco e negociou seu eng. Garapu.
2.4 Cristóvão Paes Barreto c.c.  Margarida de Melo (não Maria), filha de João Gomes de Mello e Anna de Hollanda. Capitão-mor do Cabo de Santo Agostinho. Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo.
2.5 Miguel Paes Barreto que faleceu solteiro.
2.6 Diogo Paes Barreto
2.7 Catarina Paes Barreto c.c.. Luís de Sousa Henriques, que recebeu de dote o Morgado de Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho;
2.8 Maria Paes Barreto, freira.


Ramo da Família Barreto no Rio de Janeiro:

No Rio de Janeiro, entre seus mais antigos povoadores, registra-se Francisco Barreto (1570), que deixou descendência do seu casamento com Maria Gonçalves. Ainda no Rio de Janeiro, a antiga família do Capitão Antônio Pacheco Barreto, vereador em 1641, que deixou numerosa descendência do seu casamento, antes de 1619, com Úrsula de Brito, que foi filha de João Pereira de Souza Botafogo, patriarca da família Botafogo, do Rio de Janeiro. Desta união descendem alguns Barreto de Brito, no Rio de Janeiro. Entre os descendentes do casal, registram-se:
I - a filha, Adriana Barreto (batizada em: 30/08/1619, Rio, RJ - 09.1708, idem), matriarca da família Carvalho de Figueiredo (v.s.), do Rio de Janeiro;
II - o filho, o licenciado Padre Sebastião Barreto de Brito (bat. 27/01/1628, Rio, RJ - 26.06.1693, idem), padre, foi vigário colado da freguesia da Candelária e governador do bispado do Rio de Janeiro. Serviu de Vigário da Freguesia de Nossa Senhora da Candelária, de 04.1668 a 26.06.1693. Foi o 2.º Vigário colado. Foi quem tomou posse do Bispado e o inaugurou, governando-o por procuração de D. José de Barros Alarcão, desde 14 de Dezembro de 1681;
III - o neto, padre Antônio Barbosa, da companhia de Jesus;
IV - o neto, padre Manuel Dias de Andrade, clérigo, coadjutor da Candelária.
Registra-se ainda, mais 23 famílias com este sobrenome, nos sécs. XVI e XVII, que deixaram numerosa descendência no Rio de Janeiro.


Ramo da Família Barreto em São Paulo:

Em São Paulo, entre os mais antigos: os irmãos Roque Barreto (f.1634), casado, em São Paulo, com Ana Moreira; Nicolau Barreto, casado, em São Paulo, com Lucrécia Moreira; e Francisco Barreto [tes.1607], casado, em São Paulo, com Maria Jorge.



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