De Álvaro Gil Cabral e sua mulher foi terceiro neto Pedro Álvares Cabral, o navegador, e Diogo Fernandes Cabral, o qual teve de Maria de Macedo a Jorge Dias Cabral, que serviu o Imperador Carlos V nas guerras de Napoleão, na companhia do grande capitão Gonçalo Fernandes de Córdova, que, pela sua muita valentia, o escolheu para, com mais dez espanhóis, entrar em combate com igual número de franceses. Pelos actos de valor que praticou deu-lhe o imperador novas armas, que D. João III lhe confirmou em 22-VII-1530.
As armas que usam os desta linhagem são: De prata, com duas cabras de púrpura, uma sobre a outra. Timbre: uma das cabras.
História: Não se conhecem as verdadeiras origens desta família, embora seja muito plausível que constitua um ramo da antiga linhagem dos "de Baião". Quanto ao apelido adotado, é verossímil que seja derivado de alcunha, nascida das armas usadas.
É possível traçar-se documentalmente esta família a partir do bispo da Guarda D. Gil Cabral e de Álvaro Gil Cabral, que teve o senhorio de Azuzara e a alcaidaria-mor de Belmonte, bens e cargo herdados pela sua linha de descendência primogénita e varonil.
Foi aquele Álvaro Gil trisavô de Pedro Álvares Cabral, o navegador e descobridor do Brasil.
A um sobrinho direito de Pedro Álvares Cabral, Jorge Dias Cabral concedeu o Imperador Carlos V, em recompensa dos seus serviços militares prestados durante a guerra da Flandres, novas armas.
Pouco se sabe ao certo a respeito da vida de Pedro Álvares Cabral antes ou depois da viagem que o levou a chegar no Brasil. Acredita-se que tenha nascido em 1467-68, 67 é o mais provável, em Belmonte.
Foi batizado como Pedro Álvares de Gouveia e, só anos mais tarde, supostamente após a morte de seu irmão mais velho em 1503 começou a usar o sobrenome do pai. Foi um dos cinco filhos e seis filhas de Fernão Cabral, Fidalgo do conselho, 1 º regedor das justiças da Beira (1464), adiantado-mor da Beira (1464), Coudel-mor do Reino, alcaide-mor de Belmonte. Senhor de juro e herdade de Belmonte, de Azurara da Beira e de Manteigas, e de Isabel Gouveia, filha de João, senhor de Gouveia. De acordo com a tradição familiar, os Cabrais eram descendentes de Carano, o lendário primeiro rei da Macedónia. Carano era, por sua vez, um suposto descendente de sétima geração do semideus grego Hércules. Mitos à parte, o historiador James McClymont acredita que outro conto familiar pode conter pistas para a verdadeira origem da família Cabral. Segundo essa tradição, os Cabrais derivam de um clã castelhano chamado Cabreiras que possuía um brasão similar. A família Cabral ganhou destaque durante o século XIV. Álvaro Gil Cabral (trisavô de Cabral e um comandante militar de fronteira), foi um dos poucos nobres portugueses a permanecer fiel ao rei D. João I durante a guerra contra o rei de Castela. Como recompensa, D. João I presenteou Álvaro Gil com a propriedade do feudo hereditário de Belmonte.
O brasão de armas de sua família foi elaborado com duas cabras roxas em um campo de prata. Roxo representa fidelidade e as cabras derivam do nome de família. No entanto, apenas seu irmão mais velho tinha o direito de fazer uso do brasão da família.
Armas - São suas armas: de prata, duas cabras de púrpura sotopostas.
Timbre: uma das cabras do escudo.
De Jorge Dias Cabral, concedidas pelo imperador Carlos V: São suas armas: de vermelho, quatro lanças de ouro, hasteadas do mesmo e dispostas em pala, acompanhadas em chefe por uma espada de prata, posta em faixa. Bordadura cosida de verde, carregada de quatro manoplas e coxotes de parta, acantonados, e de quatro adagas de prata, guarnecidas de negro, postas no alto e nos flancos.
Timbre: pescoço e cabeça de cavalo de prata, freado de vermelho, quatro vezes ferido do mesmo e cuspindo sangue pela boca.
Castelo de Belmonte, em Beira-Alta, Portugal. |
Brasil:
Clã dos Cabrais (São Paulo):
1. Capitão Manoel da Costa Cabral, natural de São Paulo, foi importante e prestimoso cidadão em Taubaté onde teve as rédeas do governo, ocupando o cargo de juiz de órfãos em 1668; foi potentado e abastado em bens e teve o caráter de um verdadeiro pai da pátria; casou-se com Anna Ribeiro de Alvarenga, natural de S. Paulo, f.ª de Francisco Bicudo de Brito e de Thomasia de Alvarenga; faleceu em 1709 e sua mulher em 1716 em Taubaté, e teve 7 f.ºs:
2. Maria Cardoso Cabral casou em 1642 em São Paulo com o capitão Antonio Vieira da Maia, natural da vila de Guimarães, viúvo de Izabel da Cunha. Teve 5 filhos :
3. Domingos Velho Cabral foi casado com Anna Leme da Silva e faleceu em 1662 em Guaratinguetá, com quem teve 4 filhos:
4. João de Arruda Cabral
5. Francisca Romeiro Velho Cabral foi casada com o capitão Antonio Bicudo Leme, o Viasacra, falecido com testamento em 1716, de quem foi a 1.ª mulher, f.º de Braz Esteves Leme e de Margarida Bicudo de Brito
6. Gaspar Velho Cabral acompanhou, a suas expensas, e fez parte do exército de paulistas que, sob as ordens do governador Estevão Ribeiro Bayão Parente, em 1671 foi em socorro à Bahia contra os bárbaros gentios daqueles sertões. Foi casado com Anna Ribeiro f.ª de João Delgado de Escobar, falecido em 1675 em Taubaté, e de sua mulher Domingas Lobo. Não consta ter deixado geração.
7. Lourenço Velho Cabral foi natural de Mogi das Cruzes e casado com Maria dos Reis Freire, natural de Guaratinguetá, f.ª de Gomes Freire de Oliveira e de Maria Leme Bicudo.
8. Anna Cabral casou-se em 1638 em S. Paulo com o capitão Domingos Luiz Leme f.º de Antonio Lourenço e de Marina de Chaves, naturais de Guaratinguetá:
Família Cabral no Rio de Janeiro:
GENEALOGIA CABRAL (Rio de Janeiro):
Gaspar Cabral (N. 1620, casado por volta de 1659) c.c. Maria Ribeiro (*1639)
1.1 Mariana Cabral, nascida por volta de
1660 (em Lisboa, segundo o gênere de Lourenço Moreira) e casada por volta de
1680 com o capitão mor Francisco Gomes
Ribeiro, nascido pelos anos 1650 na freguesia de Santa Ana da Carnota
(Portugal).
2.1 Cecília da
Silva, batizada no Rio de Janeiro a 20 de junho de 1681 (Candelária, 2º,
74) e casada na casa de seu pai a 3 de novembro de 1701 (Candelária, 2º, 13)
com o capitão Antônio Correia Pimenta,
de Viana do Castelo, arcebispado de Braga (Portugal), filho de Manuel Francisco
Pimenta (natural da freguesia de Crestelo, termo de Barcelos, Portugal) e de
Cecília Correia (natural da freguesia de Santo Estêvão da Faxa).
2.2 Inês da Silva, batizada no
Rio de Janeiro a 17 de dezembro de 1682 (Candelária, 2º, 79) e ali casada em
casa de seu pai em 3 de novembro de 1701 (Candelária, 2º, 13v) com Miguel
Gonçalves Portela, nascido em Santa Maria de Canedo, Celorico de Basto,
arcebispado de Braga (Portugal), filho de José Miguel e de Maria Martins.
2.3 Helena da Silva, batizada
no Rio de Janeiro a 5 de agosto de 1684 (Candelária, 2º, 86) e ali casada na
casa de seus pais no dia 3 de novembro de 1701 (Candelária 2º, 13) com Gaspar
Soares de Castro, natural de São Tiago de Fontão, arcebispado de Braga
(Portugal), filho de André Fernandes e de Joana Soares de Castro.
2.4 Inácia Gomes, batizada no
Rio de Janeiro a 23 de janeiro de 1686 (Candelária, 2º, 90) e casada no dia 29
de outubro de 1701 (Candelária, 2º, 13) com Francisco de Lucena Montarroio,
filho de Diogo de Montarroio de Lucena e de Esperança de Azevedo. Com geração.
2.5 Isabel de Souza, casada com
João Werneck.
O casal vivia do comércio no Pilar do
Iguaçu, quando se mudou para a freguesia de N. Sra. da Conceição, São Pedro e
São Paulo (hoje Paraíba do Sul, RJ) e dali para a de N. Sra. da Piedade da
Borda do Campo (hoje Barbacena), em Minas Gerais.
Outros Clãs:
Clã dos Andrade(s)
Clã Alvares Correia (Alves)
Clã dos D'Ávilas
Clã dos d´Eças
Clã dos Albuquerque