quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Clã dos Moura Rolim


MOURA ROLIM. Descendem de D. Roger Child Rawins , fidalgo flamengo natural de Flandres, que em 1147, seguia em uma esquadra, com outros cruzados, para Terra Santa. Quando recebendo pedido de ajuda, tomou parte com D. Afonso Henriques, rei de Portugal, na conquista de Lisboa, que se encontrava em poder dos mouros. D. Child, foi condecorado com o título de Senhor de Azambuja, antiga Vila Franca (do árabe azzabuja - olival bravo), e radicou-se em Portugal, onde aportuguesou seu nome para Childe Rolim. D. Rolim seria filho ilegítimo do 5º Conde de Chester (Hugo de Kevelioc), bisneto por linha reta feminina dos Reis de Inglaterra (Henrique I). O rei D. Sancho I, que sucedeu, seu pai, Afonso Henriques, confirmou o senhorio da vila Franca de Xira a D. Rolim: “No Senhor Deus e outros. Eu, Sancho, pela graça de Deus Rei de Portugal, juntamente com meu filho, o Rei Don Afonso e meus outros filhos e filhas, faço uma carta de Dom e perpétua firmeza a você Raolino e a todos os flamengos, presentes e futuros, que residem em Villa Franca, damos-lhe esta villa e outras”. Daí o nome "Franca", em razão dos flamengos lá estabelecidos. Dezoito anos adiante, El-Rey Afonso o Segundo, conta "setecentos vizinhos e nobreza...". D. Rolim teve uma única filha chamada D. Maria Rolim que se casou com Gonçallo Fernandez Tavares. Sua septa-neta, Urraca Fernandes Rolim casou com Álvaro Gonçalvez de Moura, f.º de Gonçalo Vasques de Moura e de Inês Gonçalves de Sequeira, ajuntando o sobrenome Moura ao Rolim. No que pese não haver ligação dos Rolim com outros ramos Moura. É dizer, todo Rolim é Moura, mas nem todo Moura é Rolim. 

Brasão de Armas: os Moura Rolim usam o brasão de armas dos Moura. Escudo com panopla encarnada com seis castelos em torno de um ao centro. Tendo como timbre um castelo de três torres.

Genealogia da Família Rolim:

1. D. Roland, Duque de Chester

2. Roger Child Rawins / Childe Rolim (Senhor de Azambuja, antiga Vila Franca) c.c. Maria Paes de Delgado, f.ª de Pedro Paes de Albergaria (2º Senhor de Albergaria).

3.1. Maria Rolim c.c. Gonzalo Fernandes Tavares

4.1. Fernão Gonçalves Azambuja c.c. Ouriana Godins, f.ª de Godinho Pouzadas de Tamal e de D. Sancha Pires (Velho)

5.1. Rui Fernandes Tavares c.c. Elvira Esteves de Avelar,f.ª de

6.1. Pedro Rodrigues

7.1. Gonçalo Rodrigues

8.1. Leonor Gonçalves Rolimc.c. Lopo Pires Palha

9.1. Urraca Fernandes Rolim c.c. Álvaro Gonçalves de Moura, f.º de Gonçalo Vasques de Moura e de Inês Gonçalves de Sequeira

10. Pedro Rodrigues de Moura c.c. Teresa de Novais

11. Fernão de Moura c.c. Maria Guillen Garcês

12. D. Rolim de Moura c.c. Brites Caldeira

13. Pedro de Moura c.c. Mécia de Abreu, hexa-neta do Rei Pedro I e de D. Inês de Castro

14. Manuel de Moura c.c. Isabel de Albuquerque, f.ª de Lopo de Albuquerque e de Ana de Bulhões.

15. Felippe de Moura c.c. Genebra Cavalcanti de Albuquerque


Brasil:

Os Moura Rolim passam ao Brasil, na pessoa de D. Felippe de Moura, que veio para Pernambuco pelos anos de 1556, quando sua tia, irmã de sua mãe, D. Brites d'Albuquerque, já era viúva de Duarte Coelho, e tutora de seu filho Duarte Coelho de Albuquerque que sucedeu ao pai como Donatário de Pernambuco. Na sua ausência, se encontrando em Lisboa. Pelos anos de 1593, acha-se D. Felippe de Moura como Capitão-Mór de Pernambuco. Antes, junto com Duarte Coelho e outros nobres, e índios tabajaras, tomou parte na expedição militar que expandiu a colônia para o sul, nas terras do cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, contra os caetés: 
" .... eu vi uma Patente passada por ele, do posto de Capitão da Ordenança, a Duarte de Sá, com data de 15 de Maio de 1595, e outros documentos antigos pelos quais consta que foi Padroeiro da Capela mór da Igreja de N. Senhora das Neves do Convento da Ordem de São Francisco da Cidade de Olinda, na qual ainda vi pintadas as suas armas sobre a porta travessa da parte do Evangelho.". 
D. Felippe de Moura, era filho de Isabel de Albuquerque, irmã de Jerônimo Albuquerque (O Torto), e veio a se casar com sua prima colateral de 3º grau, Genebra d'Albuquerque Cavalcanti, neta de seu tio Jeronimo Albuquerque e filha do florentino Filippo Cavalcanti. Vários de seus descendentes, no futuro, se entrelaçarão com os Cavalcantis resultando em um autêntico clã endogâmico. 

Um de seus filhos: D. Francisco de Moura, junto com seu sobrinho, Felippe de Moura de Albuquerque, neto de Felippe de Moura, Capt. de Infantaria, foram heróis da restauração da Bahia. Tendo Francisco de Moura a governado de 1624 à 1626. 

Uma neta: Maria Pereira de Moura, casa com Zenóbio Accioly de Vasconcellos, que será uma das principais linhagens dos Acciolys no Brasil.

Os Moura Rolim, também foram donatários da Capitania do Espírito Santo, herdada por Cosme de Moura Rolim, filho de Manoel de Moura Rolim e de Ana Maria da Silva Pimentel. Que posteriormente a vende para a coroa, pelo mesmo valor, 40 mil cruzados, que seu avô, Francisco Gil de Araújo, a havia adquirido em 1674.


Genealogia da Família Moura Rolim:

D. Felippe de Moura c.c. Genebra d'Albuquerque,

2.1. D. Francisco de Moura, que passou a servir a el rei em Flandres e na India, onde ocupou grandes postos, e depois vindo com o primeiro socorro á restauração da Bahia a ficou governando desde o ano de 1624 até o de 1626; teve quatro contendas e foi Senhor da Ilha Graciosa: faleceu solteiro.

2.2. D. Antonio de Moura, que foi Governador do Cabo Verde, onde faleceu solteiro e sem sucessão.

2.3. D. Jeronymo de Moura que passou a servir na India, onda faleceu sem sucessão.

2.4. D. Paulo de Moura, que faleceu Religioso da Ordem de São Francisco desta Provincia do Brasil.

2.5. D. João de Moura, Religioso da mesma ordem e Provincia.

2.6. D. Catharina de Moura c.c. Lourenço de Sousa e Moura, de cujo matrimonio nasceram:

3.1. Lourenço de Sousa e Moura que faleceu sem sucessão,

3.2. Manoel de Sousa e Moura, que tambem faleceu sem sucessão,

2.7. D. Isabel de Moura c.c. Antonio Ribeiro de Lacerda

3.1. Manoel Ribeiro de Lacerda, que faleceu solteiro e sem sucessão.

3.2. D. Maria de Lacerda c.c. seu tio Felippe Cavalcante

2.8. D. Mecia de Moura c.c. Cosme Dias da Fonseca, natural de Pernambuco e Senhor de muitos engenhos, filho de Pedro Dias da Fonseca, natural da Villa do Conde, da familia dos Carneiros Gasios, uma das mais nobres d'aquela Villa, e de D. Maria Pereira Coutinho, viúva que ficara de Manoel Ribeiro de Lacerda, de que acima falamos, e neto pela parte paterna de Antonio Dias da Fonseca e de Joanna de Goes, filha de Pedro de Goes. Deste matrimonio de Cosme Dias da Fonseca com D, Mecia de Moura nasceram:

3.1. Pedro de Moura Pereira c.c. sua prima D. Francisca Cavalcante, filha de Cosme da Silveira, primo de Cosme Dias da Fonseca, seu pai e de D. Margarida d'Albuquerque Cavalcante, irmã de D. Genebra d'Albuquerque, de quem acima falamos, a qual 'D. Margarida d Albuquerque depois viúva de João Gomes de Mello. Do matrimonio de D. Pedro de Moura, que faleceu no ano de 1677, com D Francisca Cavalcante, nasceu unica:

3.2. Felippe de Moura e Albuquerque, que em 1624 embarcou como Capitão de Infantaria em companhia de seu tio D. Francisco de Moura no primeiro socorro que foi á restauração da Bahia, onde ficou e se casou duas vezes: uma com D, Felippa Pissarra; a segunda com D. Maria Pimentel, filha de Antonio da Silva Pimentel e de D. Joanna de Araujo, pessoas mui nobres e conhecidas na Bahia. E de nenhum destes matrimonios houve sucessão,

3.3. Manoel de Moura Rolim, filho 3.º de Cosme Dias da Fonseca e de D.Mecia de Moura, nascêo no anno de 1616. Foi Capitão de Infantaria em companhia de seu tio D. Francisco de Moura, no primeiro socorro que foi á restauração da Bahia, onde faleceu em 1664. C.c. D Anna Maria da Silveira, irmã de sua cunhada D. Maria Pimentel, filhas de Antonio da Silva Pimentel e de D. Joanna d'Áraujo. E deste matrimonio nasceram:

4.1. Antonio de Moura Rolim, nasceu no ano de 1658 e faleceu na Bahia solteiro, digo, na Bahia, sua patria no de 1708. Casou no ano de 1673 com sua prima. D. Mecia de Moura, filha de Pedro de Moura e de D. Francisca Cavalcante. E deste matrinfonio nasceo unicamente: |

5. Manoel Garcia de Moura Rolim no ano de 1677 e c.c. D. Ursula Carneiro da Cunha, filha de João Carneiro da Cunha, Senhor do engenho do Meio, na freguesia da Varzea e de D., Anna Carneiro de Mesquita, no ano de 1701 e atê o presente de 1748 não ha deste matrimonio sucessão.

3.4. Cosme Rolim de Moura, que passou a servir na India, onde faleceu sem sucessão

 

4.2. Cosme de Moura Rolim, que faleceu solteiro na Bahia.

4.3. Felippe de Moura d'Albuquerque, tambem faleceu na Bahia solteiro e sem sucessão.

4.4. D. Mecia de Moura, casou na Bahia com seu primo Manoel Garcia Pimentel, Senhor Donatario da Capitania do Espirito Santo e faleceram sem sucessão,

3.5. Francisco de Moura Rolim, tambem passou a servir na India, onde faleceu sem sucessão.

3.6. Paulo de Moura, que faleceu Religioso da mesma Ordem de S. Francisco nesta Provincia do Brasil

3.7. Antonio de Moura, que faleceu Religioso da mesma Ordem e Provincia (batizado na freguesia do Salvador a 12 de Junho de 1611).

3.8. D Maria Pereira de Moura c.c. Zenobio Accioly de Vasconcellos, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, Alcaide Mor da Villa de Olinda e Mestre de Campo de Infantaria do 3.º pago da Praça do Recife. E de sua descendência daremos notícia no título.

 




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