A linhagem dos Castro surgiu na aldeia de Castro Xerez, em Burgos, (parte do antigo Reino da Gallaecia) e pertence, junto com os Lara, Haro a dos Guzman e dos Aza, às cinco grandes famílias aparentadas aos primeiros reis de Castela. Depois que a família se mudou para a Galiza, no século XII, formaram o tronco principal das casas de Lemos e Sarria. Dominaram a Galiza e estiveram presentes nos eventos mais marcantes de sua história, bem como em Castela e Leão, destacando-se pela ajuda prestada a seus monarcas nas campanhas de conquista dos territórios muçulmanos. O declínio dos Trava permitiu tomar gradualmente seu lugar preeminente.
Segundo Manuel Murguía, a saga dos Castro ligada ao Condado de Lemos foi uma "dinastia real", e segundo Hermida Balado, a única linhagem que poderia ter gerado uma dinastia de Reis.
CASTRO. É uma das maiores e mais antigas famílias da Espanha, que alguns autores dizem provir de D. Fruela, Rei das Asturias, pai de d. Singerico, avô de D. Gomesindo e bisavô de Lain Calvo. Este Lain Calvo foi eleito pelos Castelhanos para ser um dos juízes que os governaram e viveu no reinado de D. Ordonho. A ele alude a carta de fundação do mosteiro de Santa Maria de Aguilar Del Campo, de 25-11-981, e de confirmação de terras a Ordem de Sant’ Iago no ano de 953, feita pelo mesmo soberano. Recebeu-se com D. Teresa ou Elvira Nunes, filha de Nuno Rasura, também eleito pelos povos de Castela, e de D. Argilona. Lain Calvo, que foi Senhorde Bívar, teve referido matrimonio, entre outros filhos, a Fernão Laines, a quem se refere a doação que o o Rei D. Fruela fez ao Apóstolo Sant’Iago, de duas léguas de terra, a 28-VI-972, e a fundação e reedificação do mosteiro de Penalva, feita por Salamão, bispo de ovoou Haro e Rioja e foi pai de Lain Calvo, que vivia no ano de D. Argôncia, filha de Iñigo Fortunes, senhor de Biscaia, e neta do Duque D. Fortun, teve Nuno Laines. Sabe-se que Nuno Laines foi conde, vivia no ano de 9844 e casou com D. Elo, filha de D. Fernando Rodrigues e sua parenta em 3º e 4º grau de consangüinidade, de quem houve Lain Nunes, também Conde, pai de D. Diogo Laines, casado com D. Teresa Rodrigues, dos quais nasceu o Cid Rui Dias, o Capeador, que o Conde D. Pedro, no seu Livro de Linhagens, chama o mais honrado cavaleiro de Espanha que rei não fosse, cujo sangue deve ter entrado em todas as casas reinantes da Europa. De D. Diogo Laines foi irmão mais novo D. Fernando Laines, que se recebeu com D. Ximena Rodrigues das Asturias, filha do conde D. Nuno Álvares da Maia e de D. Gontrode Guterres, filha do conde D. Guterres, nascendo deste matrinmonio D. Álvaro Fernandes da Maia, também Conde, senhor do solar de Castro Xerez, que recebeu por parte de seu bisavô o conde D. Guterre. Esteve na tomada de Toledo, de que veio a ser alcaide, foi cavaleiro muito valoroso e casou com D. Uilia Ansures, filha do conde D. Pedro Ansures. Entre outros filhos teve D. Maria Álvares, que herdou a casa e solar de Castro e foi mulher do Infante D. Fernando, filho bastardo de D. Sancho I de Aragão, a quem chamaram o Infante de Navarra. Deste matrimonio nasceram vários filhos que usaram o apelido de Castro mas que só continuou por D. Rodrigo Fernandes de Castro, o Calvo.
Diversos casamentos contraiu essa família com pessoas portuguesas, algumas da família Real, dando origem a nobilíssimos ramos de que saíram ilustres casas titulares.
Galiza:
O primeiro que passou a Galiza foi D. Pedro Fernandes de Castro, "o da Guerra", irmão de Inés de Castro (imortalizada por Camões) no tempo de D. Afonso IV, rei de Portugal, em 1325 (Anuário Genealógico Latino, I, 31). Teve como filho Fernán Ruiz de Castro, Toda la Lealtad de España, (?-1337).
Do consórcio de Inês de Castro com o Rei Pedro I de Portugal, tiveram 4 (quatro) filhos, que foram reconhecidos pelo Rei Pedro I, e que na críse da sucessão Dinástica, que deu surgimento a Dinastia dos Avis, deveria ter sido o infante Dom Dinis de Castro e Borgonha, o legítimo Rei de Portugal. Um outro infante, irmão de D. Dinis, Dom João, se casou com a irmã da Rainha Teles de Menezes, indo residir na Galiza em passo de Eça, oque deu surgimento a Casa d´Eça sendo portanto essa casa, uma ramificação direta dos Castros e Borgonha.
Dom Pedro de Castro e Dona Isabel Ponce de Leão |
Numerosas foram as famílias, que passaram com este sobrenome para diversas partes do Brasil, em várias ocasiões. Não se pode considerar que todos os Castros no Brasil, mesmo procedentes de Portugal, sejam parentes, porque são inúmeras as famílias que adotaram este sobrenome pela origem geográfica. O mesmo se aplica no campo da heráldica. Jamais se pode considerar que uma Carta de Brasão de Armas de um antigo Castro, se estenda a todos aqueles que apresentam este mesmo sobrenome.
Os Castros em Pernambuco:
Registra-se em 1578 o nome do cap. Diogo de Castro, que falava bem a língua da terra, que a frente de 70 homens, comandou uma entrada para o sertão de Sergipe, partida de Pernambuco, enquanto que por mar, em um caravelão partiu Duarte Coelho, seguindo para o rio São Francisco. Que nessa empreitada se defrontou com franceses, na altura do rio São Miguel. Deram os nossos sobre eles de madrugada quando dormiam, mataram nove, ficando só um defendendo-se tão valorosamente com uma alabarda, que com estar já com uma perna cortada, matou um soldado nosso chamado Pedro da Costa. Aos índios, que com eles estavam, que eram poucos, lhes disse Diogo de Castro, que os não buscavam, senão aos franceses, e se foram sem fazer resistência, e os nossos seguiram seu caminho até o desembarcadouro do rio S. Francisco, onde foi aportar o caravelão com o seu capitão, e os mais, que levava. Diogo Castro se aliou ao morubixava desses índios, e o auxiliou em guerra contra os tapuias, seus inimigos.
Ainda em Pernambuco registra-se o capitão Antônio de Castro, no Terço de Fernandes Vieira, que lutou na Batalha dos Guararapes.
Brasil Heráldico: V - Antônio José de Castro, barão de Benfica, citado acima, ramo de Pernambuco: Armas requeridas em 28.05.1867, concedidas com Aviso do Rei de Armas de 01.06.1867, registrada a fls. 68 do Livro VI da Nobreza: um escudo esquartelado: no primeiro e no quarto quartel, de azul, seis besantes de ouro, três em duas palas; no segundo e no terceiro quartel, em campo de prata, cinco bilhetas em pala de vermelho. Coronel de barão.
1. Luis Gonçalves de Figueiroa c.c. Maria de Lima e Castro, naturais
do Porto.
2. Domingos de Castro (de
Figueiroa) c.c. Maria
Monteiro filha de Domingos Bezerra e de sua mulher Brásia Monteiro.
3. Maria de Castro Monteiro
c.c. João de Barros
Rego, filho de Francisco de Barros Rego e de Felipa Tavares.
1. Estevão Paes Barreto, fº de João Paes Velho Barreto e Inês Guardês de Andrada. Neto paterno de Antônio Velho Barreto, nobre de Viana/Foz do Lima-PT, e de Mariana Pereira da Silva, cc Catarina de Castro de Távora, fª. de Miguel (Martim) Fernandes Távora (natural de Lisboa, Fidalgo Escudeiro) e de Margarida Castro (natural de Ipojuca), tendo como filhos:
2.1 João Paes de Castro c.c. Anna do Couto, filha de André do Couto e de uma filha de Arnau de Holanda e de D. Beatriz Mendes de Vasconcelos;
2.2 Estevão Paes Barreto c.c. Maria (Barreto) de Albuquerque, sua prima, fª de D. Felippe Paes Barreto e de D. Brites de Albuquerque.
3.1 João Paes Barreto c.c. D. Maria Maior de Albuquerque, sua prima, filha do Capitão-mor José de Sá de Albuquerque;
4.1 João Paes Barreto, provedor e fundador do Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Olinda, cc D. Manoella Lusia de Mello, sua prima, fª do Capitão Fernão Rodrigues de Castro e de D. Brites Maria da Rocha.
5.1 Estevão José Pais Barreto, Mestre de Campo do Cabo, Muribeca e Ipojuca cc Maria Isabel Pais Barreto, filha de Filipe Paes Barreto e Maria Isabel Barreto. Tiveram como filhos:
5.1 Francisco Paes Barreto (1º Marques do Recife e 8º e último Morgado do Cabo) c.c. Teresa Luísa Caldas Barreto e depois com Cândida Botelho Sampaio;
5.2 Maria José Felicidade Barreto c.c. Francisco Antônio de Sá Barreto;
5.3 Ana Benigna Barreto Nabuco de Araújo c.c. o Senador José Tomás Nabuco de Araújo (pais de Joaquim Nabuco);
5.4 Joaquina Antônia Paes Barreto c.c. o Mestre de Campo Luiz José de Caldas Lins
3.2 Felippe Paes Barreto (Capitão-mor do Cabo de Santo Agostinho e Professo no Hábito de Cristo. Teve uma participação decisiva da Guerra dos Mascates, 1710-1711, defendendo os interesses do Recife e do Brasil) c.c. sua prima D. Margarida Barreto de Albuquerque, filha do Sargento-mor Antônio Paes Barreto e de D. Margarida de Barros. C.g;
3.3 Diogo Paes Barreto, religioso de São Felippe Nery, no Convento da Madre de Deus/Recife. Solteiro e s.g;
3.4 Antônio Paes Barreto c.c. D. Maria da Fonseca Barbosa, filha do Padre Affonso Broa. C.g;
3.5 Fernão Rodrigues de Castro primeiro marido de D. Brites Maria da Rocha, filha do Sargento-mor João Marinho Falcão e de Maria da Rocha. C.g;
3.6 Miguel Paes Barreto (Preso pelos holandeses quando fugia para a Bahia, quando atravessava o Rio São Francisco) c.c. D. Maria de Amorim, em Alagoas, filha de Manoel Rodrigues Calheiros. S.g;
3.7 Francisco Barreto Corte Real, Sacerdote do Hábito de São Pedro. Faleceu soleiro. S.g.
2.3 Margarida Alves de Castro c.c. João Paes Barreto de Melo.
Os Castros na Bahia:
Francisco de Castro foi um dos principais capitães na guerra contra os holandeses na Bahia. Foi ainda posteriormente, Juiz ordinário da Câmara da Cidade de Salvador da Bahia em 1628, e Vereador da Câmara de Salvador em 1630.
Genealogia do capt. Francisco de Castro:
1. Francisco de Castro (+ 05 de
out. de 1645) c.c. D.ª Marta de Souza, f.ª de Belchior de Souza Dormondo e de
D.ª Mícia de Armas, f.ª de Luiz de Armas e de sua mulher Catarina Jaques. Neta
paterna de Antônio de Souza Dormondo (Drummond).
2. Agostinho de Castro Pereira c.c. D.ª Catarina de Brito Correa, f.ª
de Catarina Correa de Brito
3. Francisco Pereira de Castro c.c. D.ª Maria Paes, f.ª de Manuel
Martins Brandão e de D.ª Catarina Paes de Castro, neta paterna de Francisco
Fernandes e de Beatriz Martins Brandão, da ilha da Madeira, e neta materna de
Manoel de Oliveira, do Castelo da vide, e de Maria Paes da Costa, da Bahia.
4. D. Marta de Souza c.c. Faustino da Costa (1ª Núpcias), e com o
alferes Baltazar Gonçalves de Paiva (2ª Núpcias), natural do arcebispado de
Braga, freguesia de S. Salvador, comarca de Guimarães, filho de Domingos Jorge
e de sua mulher Senhorinha Gonçalves, morador, que foi no sertão do Piancó,
bispado de Pernambuco.
5. D. Maria da Costa de Souza c.c. Diogo Alvares de Brito Mascarenhas
1. Sebastião Pacheco de Castro c.c. D. Brites Barbosa, 2ª f.ª de Gaspar Barbosa, natural de
Ponte de Lima, e de sua mulher Catarina Gil.
2.1. Diogo Pacheco de Castro c.c. D. Antônia de Meneses, filha de
Mem de Sá.
3.1. D. Inês de Castro c.c. seu primo André Barbosa da França, f.º de Afonso Barbosa da França e de D. Jerônima de Castro (irmã de seu pai Diogo Pacheco de Castro).
3.2. D. Jerônima de
Castro, mulher de Francisco de Lucena Vasconcelos.
3.3. D. Maria de
Castro, mulher de Sebastião da Rocha.
2.2. Gaspar Pacheco de Castro c.c. D. Agueda Moreira, f.ª de
Gonçalo Moreira Daltro, nobre cidadão do Porto.
2.3. D. Jerônima de
Castro c.c. Cel. Afonso Barbosa, f.º segundo de Domingos Barbosa de Araújo
e de D. Luiza da Franca Corte-Real, essa, f.ª de Afonso da Franca, o velho, e
de sua D. Catarina Corte-Real.
3.1. Miguel Barbosa da Franca,
que serviu bem, e foi mestre de campo e governador de Serpa nas guerras de
Portugal com Castela.
3.2. Afonso Barbosa da Franca,
morreu solteiro mas com uma filha natural:
4.3. D.ª Albana da França c.c. Estevão Cabral
5.1. Afonso
5.2. André
3.4. Lourenço Barbosa da Franca.
3.5. D. Catarina Corte-Real,
mulher de João Alvares Soares,
3.6. D. Joana, mulher de João
Paes Roriano., o velho, sem filhos
3.7. D. Clara da Franca, que
casou com Luiz Paes Roriano, filho de João Paes Rorial)o, o velho, e teve
filhos
2.4. D. Antônia de Castro c.c. Gaspar Borges da Vide
Os Castros no Rio de Janeiro:
Outros Clãs:
Keltoi - Pela Restauração da Nobreza Brasilaica
Clãs Brasilaicos
Clã dos Andrade(s)
Clã Alvares Correia (Alves)
Clã dos D'Ávilas
Clã dos d´Eças
Clã dos Albuquerque
Clã dos Araújos
Clã dos Camargo(s)
Clã dos Carneiro(s)
Clã dos Cavalcanti Albuquerque(s)
Clã dos Holandas
Clã dos Lins
Clã dos Menezes
Clã Noballas y Urreya
Clã Paes Leme
Clã Rendon de Quebedo
Clã dos Saraiva(s)
Clã dos Sá
Clã dos Teixeiras
Clã dos Wanderley
Clã Vidal de Negreiros
Clã Vieira de Mello
Lankia Castilhista |