quinta-feira, 13 de abril de 2023

Clã dos Furtado de Mendonça

MENDOZA / MENDONÇA. Conta-se entre as mais ilustres e antigas famílias da Espanha a dos Mendozas / Mendonças, por vir dos senhores de Biscaia. D. Iñigo Lopes, sexto senhor soberano de Biscaia, de Durango e de Nájera, desde o ano de 1025 até o de 1076, contraiu matrimônio comD. Toda Ortiz, filha herdeira de D. Ortiz Sanches, senhor de Nájera, alferes-mor de Navarra, de quem teve por filho segundo a D. Sancho Iñigues que morreu em 100, vivendo seu pai, e se casou com D. Teresa, deles nascendo D. Lopo Sanches. Este D. Lopo Sanches teve o senhorio de Alaba e do vale de Lodio, confirmou privilégios nos anos de 1081 e 1101 e no de 1094. Casou com sua prima D. Sancha Dias le Frias,filha de D. Diogo Lopes, oitavo senhor soberano de Biscaia, que era neto paterno de D. Iñigo Lopes,a cima referido, e teve D. Iñigo Lopes, senhor de Lodio e Mendoza, pelo que tomou o apelido de Mendoza, como consta de documento do ano de 1164, senhor de Tade em 1189, ano em que morreu. Em 1184 doou o lugar de Pedra Longa ao mosteiro de Uvarenes. Foi casado com D. Teresa Ximenes, filha de D. Ximeno Iñigues, rico-homem, senhor de Cameras, e de sua mulher, D. Maria Gonçalves de Lara, nascendo deste matrimonio vários filhos que usaram o apelido de Mendoza e, entre eles, D. Diogo Lopes de Mendoza, quarto senhor de Lodio, Laiterim e Mendoza, rico-homem,  casado com D. Leonor  Furtado, senhora de Mendobil, filha de Fernão Peres de Lara, chamado o Furtado, meio-irmão de D. Afonso VII, rei de Castela, chamado Imperador, por sua mãe. Por este casamento de D. Diogo Lopes de Mendonça com D. Leonor Furtado se uniram os dois apelidos, que uns usaram em separado, outros em conjunto, chamando-se Furtado de Mendonça ou Mendonça Furtado.

Fernão Furtado, filho deste casal, veio para o reino de Portugal no tempo de D. Afonso III, na companhia da Rainha D. Brites, e o Rei lhe deu a honra de Pedroso. Recebeu-se com D. Guiomar Afonso de Resende, filha de Garcia Afonso de Resende, dos quais proveio ilustre descendência dos apelidos Furtado de Mendonça.


André Furtado de Mendonça
André Furtado de Mendonça: André Furtado de Mendonça foi um dos mais destacados capitães do Estado da Índia onde viveu cerca de 30 anos. Nasceu em Lisboa por volta de 1558, filho de Afonso Furtado, comendador de Borba e Rio Maior, da Ordem de Avis e de sua mulher D. Joana de Sousa1. Aos 16 anos acompanhou D. Sebastião na sua primeira jornada a África e em 1576, apenas com 18 anos, embarca pela primeira vez para a Índia, a cargo do vice-rei Rui Lourenço de Távora, e acompanhado de dois irmãos. Naquela época era difícil ser-se soldado e em particular, sê-lo na Índia. Somente alguns capitães conseguem afastar do espírito a tentação de seguir o caminho fácil do enriquecimento e sucesso individual, sublimando, em si, os ideais de fidelidade à Pátria, ao Rei, a Deus e à Moral.

André Furtado de Mendonça evoluiu em sete anos de simples soldado a capitão famoso, que comandava já outros capitães, apenas com a idade de 25 anos. Em 1581 entra em combate contra corsários malabares no rio Carapatão. Nos 2 anos seguintes distingue-se na luta contra o corsário Cunhale Marcar, vassalo do samorim de Calecute e grande inimigo dos portugueses. Em 1583 socorre a fortaleza de Barcelor. Tendo vindo a Lisboa requerer o despacho dos seus serviços regressa à Índia em 1588. Em Outubro de 1591, o Vice-Rei da Índia, Matias de Albuquerque, eleva André Furtado de Mendonça a capitão-mor de uma armada e encarrega-o de fazer guerra ao Rajá de Jafanapatam em Ceilão. No caminho para Jafanapatam André Furtado derrotou a frota do pirata Cote Muça. Em Jafanapatam as forças navais e terrestres do Rajá foram destroçadas nos combates de 20 e 21 de Outubro, tendo o Rajá sido morto bem como algumas centenas dos seus séquitos. Como consequência se estabeleceu a paz, passando a ilha de Manar para o domínio português. Apesar disso o vice-rei viria a retirar-lhe o comando da armada, o que levou André Furtado de Mendonça a recolher-se em Goa onde se manteve vários anos sem cargos atribuídos. Em 1599, feito capitão-mor do Malabar, é designado para o comando de uma armada de 37 navios e 2000 homens, com a missão de erradicar a pirataria, liderada pelo corsário muçulmano Mohamed Marcar Cunhale. A missão contra o corsário desenrolar-se-á de dezembro de 1599 até ao ataque final em princípio de Março de 1600 à fortaleza que servia de base às operações de pirataria na foz do rio Pudepatão.

Em 1606, a armada holandesa com 11 naus sitiou Malaca, governada por André Furtado Mendonça. A resistência durou até 13 de agosto de 1606, quando os sitiantes receberam a notícia da aproximação da armada do Vice-Rei da Índia D. Martim Afonso de Castro e demandaram outras paragens, com perdas superiores a 250 homens.

André Furtado Mendonça foi governador da Índia portuguesa em 1609, antes da chegada do novo vice-rei Rui Lourenço de Távora. Seu governo na Índia portuguesa, apenas por alguns meses, conseguiu inverter a tendência de desgoverno que se vinha acentuando anteriormente. Em 1610, entregou o governo da Índia ao Vice-Rei Rui Lourenço de Távora e embarcou para Portugal para se avistar com o Rei Filipe II. Furtado de Mendonça faleceu a 1 de Abril de 1611, quando a nau que o transportava se encontrava a cerca de 270 léguas da ilha de Ascensão naufragou. A 5 de Julho decorreu o cortejo fúnebre que levou o corpo para a igreja da Graça onde ficou sepultado ao lado de outro dos heróis da Índia, Afonso de Albuquerque.

Viveu para servir a Pátria. Com total dedicação, não obtendo quaisquer vantagens materiais da sua missão, contando 33 anos de serviço na Índia, dizia ele que foi para a Índia servir e não comerciar. Entre outros feitos, eliminou a pirataria que aniquilava o comércio português, apaziguou e submeteu os reinos locais rebelados, liderou a resistência ao cerco de Malaca imposto pelos holandeses com uma guarnição muito menor, culminando a sua estadia na Índia portuguesa com o exercício da governação daquelas possessões, constituindo um exemplo da liderança lusitana sob a qual foi edificado o império português no Mundo.


Brasil:

Há diferentes ramos dos Furtados de Mendonça no Brasil. Na Bahia os Furtados de Mendonça se entrelaçam com a família d'Eça, com dois irmãos Furtado de Mendonça, casando com duas irmãs d'Eça. Em Pernambuco, com os Moura Rolim e Drummonds, casas já entrelaçadas com Albuquerques, Cavalcantis e Acciolys. Ainda em Pernambuco, com posterior estabelecimento na Bahia, por conta da invasão holandesa e o êxodo havido de famílias pernambucanas que lá se refugiaram, um ramo dos Mouras Rolim se entrelaça com um Furtado de Mendonça. Desse ramo descende o Maquês de Pombal e seu irmão Francisco Xavier de Mendonça Furtado, governador do Grão Pará. Em São Paulo, o coronel Salvador Fernandes Furtado de Mendonça foi dos maiores bandeirantes daquela terra, descobridor do ouro nas Minas Gerais, fundador da cidade de Mariana, e seu povoador. 

Diversos foram os Furtados de Mendonça que figuraram como administradores: Heitor Furtado de Mendonça, primeiro governador-geral do Brasil em 1591, bem como o primeiro inquisidor do Santo Officio no Brasil; Diogo de Mendonça Furtado Governador-Geral do Brasil de 1621-24; Jerônimo de Mendonça Furtado, governador de Pernambuco de 1664-66; Luís de Mendonça Furtado e Albuquerque, Governador (1661) e Vice-Rei da India (1671-77), dos Conselhos de Estado e da Guerra ; Afonso Furtado de Castro do Rio de Mendonça, governador Geral do Brasil (1671-75); além dos já citados Maquês de Pombal e seu irmão Francisco Xavier de Mendonça Furtado.

Clã Furtado de Mendonça & d'Eça em Ilhéus (Bahia):

João Furtado de Mendonça, casou, com D. Arcângela d'Eça, filha de Manuel de Souza d'Eça e de D. Maria d'Eça. Francisco Furtado de Mendonça, irmão de João Furtado de Mendonça, casou com D. Isabel d’Eça, também filha de Manuel de Souza d'Eça e de sua mulher D. Maria d'Eça já referidos. Ambos com geração.




Clã dos Mendonça Furtado de Pernambuco:  

Em Pernambuco, a família Mendonça Furtado se entronca com os Moura Rolim, já entrelaçados com Albuquerques, Cavalcantis, Aciolys e Drummonds

D. Francisco de Mendonça Furtado casou com D. Antonia de Moura, e tiveram três filhos, 2 machos e uma fêmea. Sendo os dois machos religiosos (frades franciscanos), mortos pelos holandeses. A femea Dª Magdalena de Moura casou com Francisco Fernandes Braga, capitão na Guerra Holandesa. Filho de Pedro Fernandes Braga, natural de Braga, da família dos Mendonça Fernandez e Bragança. D. Francisco Fernandez Braga e de D. Magdalena de Moura, tiveram dois filhos, o macho morreu ainda em menor idade, e a femea, chamada D. Victoria de Moura, casou com Leandro Teixeira Escocia de Drummond. Tiveram oito filhos. 

A mais velha, primogênita,  D. Juliana de Drummond casou com Francisco de Brito Lyra, filho de Gaspar de Mendonça de Vasconcelos, natural da ilha da Madeira, homem grave e filho de Manoel de Castro Flores e de D. Lucinda de Mendonça Vasconcellos; o qual Gaspar de Mendonça, vindo a esta terra, casou com Maria de Lyra, da familia dos Lyras.


Francisco Xavier de Mendonça Furtado, foi um administrador colonial e capitão general do Exército. Ele fundou as cidades de Soure e São Domingos do Capim, no Pará e em 1758 transformou o povoado de Macapá em vila. Ele nasceu em 1701 e era irmão do ministro do Reino Marquês de Pombal e do cardeal Paulo António de Carvalho e Mendonça. Foi governador geral do Estado do Grão-Pará e Maranhão de 1751 a 1759 e secretário de Estado da Marinha e do Ultramar entre 1760 e 1769. Ele ajudou na conspiração que levou à condenação à morte do padre Gabriel Malagrida e para a expulsão dos Jesuítas de Portugal.

Como governador geral do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado recebeu duas importantes diretrizes: promover a secularização da administração das aldeias e a declaração da “liberdade” dos índios e a criação de uma companhia geral de comércio para o Grão-Pará. Essas diretrizes levantaram questões sobre a liberdade dos índios, a abolição do governo temporal das aldeias controladas pelos missionários e o incentivo à produção e ao comércio da capitania. Em 1752, foi designado como chefe plenipotenciário da missão demarcatória dos limites fronteiriços da bacia Amazônia. Tendo sido o braço do governo pombalino nas capitanias do norte e responsável por várias iniciativas, incluindo a demarcação dos limites estabelecidos no Tratado de Madri de 1750 entre Portugal e Espanha, a criação de vilas, incentivo ao povoamento, a resolução de questões relativas aos indígenas e à mão de obra, e o incentivo à agricultura. Também foi responsável por uma nova política em relação aos índios, promulgando leis que lhes concediam liberdade e reconhecimento como vassalos do rei e abolindo o domínio religioso sobre as missões e aldeamentos. Essas medidas culminaram na publicação do Diretório dos índios em 1757 e na expulsão dos jesuítas em 1759. Furtado também cuidou da demarcação e defesa dos limites do Estado. Regressou a Lisboa em 1759 e foi nomeado secretário de Estado da Marinha e Negócios Ultramarinos em 1762. Falecendo em Vila Viçosa em 1769.



 Outros Clãs:

domingo, 18 de setembro de 2022

Clã dos Caldeira Brant




CALDEIRA BRANT. O sobrenome Brant parece ser uma derivação de Brabant, originário de um ramo ilegítimo da família Brabant a partir do nascimento de Jan van Brabant, filho bastardo de John III, duque de Brabant, com Mademoiselle de Huldenberg. Jan van Brabant era senhor de Ayseawem Hainout, de Launebourg e Lacqueueve, os três morgados em Flandres (atual Bélgica). Dessa linhagem, nasceu outro Jan van Brabant (II), batizado em 10 de março de 1643 na Igreja de Nossa Senhora, na Antwerp. Ele foi o responsável pela integração da família Brant na história portuguesa. Era filho de Paul van Brant, nascido em 4 de agosto 1592, na Antwerp, casado com Cornélia Keteler na Igreja de S. Valburge, Antwerp, em 17 de dezembro de 1641. João de Brant mudou-se para Lisboa, em data desconhecida, onde parece ter se naturalizado português acrescendo o sobrenome da mãe, Keteler (aportuguesado para "Caldeira"), à sua assinatura. Assim, passou a se chamar João Caldeira Brant, e seus descendentes incorporaram o apelido Caldeira Brant aos seus nomes. De seu matrimônio com Mariana de Sousa Coutinho, filha de Bartholomeu Fernandes Coutinho e de Maria José de Sousa, nasceu Ambrósio Caldeira Brant em Lisboa.

Genealogia da família Caldeira Brant:

1. John III, Duke of Brabant c.c. Ermengarde Elisabetha Maria van Brant van Huldenberg

2. Jan I van Brant van Aiseau c.c. Cathérine d'Ochamps de Haneffe

3. Jan II van Brant van Aiseau c.c. Julienne de Beaufort-Spontin

4. Peter van Brant c.c. Gertrude de Neuville

5. Willem van Brant c.c. Marguerite de Hontois

6. Jacques van Brant c.c. Elizabeth Maes

7. Paul van Brant c.c. Elizabeth Roubouts

8. Paul van Brant c.c. Cornelia Keteller

9. João Caldeira Brant (Hans van Brant) c.c. Maria Ana de Souza Coutinho

10. Ambrósio Caldeira Brant c.c. Josefa Maria de Sousa


Brasil:

Ambrósio, chega ao Brasil, pelo menos em 1704, quando se registra seu casamento com Josefa de Sousa, filha de João de Sousa e Silva, natural de Portugal, e de sua mulher Sebastiana da Rocha, natural de São Paulo, e por assim, neta pelo lado materno de Alberto de Oliveira d'Orta. Desse casamento, tiveram 5 filhos: 4 machos e uma fêmea. Os Brants virão a se entrelaçar muitas vezes, no futuro, com outros membros da família Horta. Não se sabe ao certo quando Ambrósio Caldeira Brant chegou em Minas Gerais, mas se tem conhecimento d'ele já morar na região em 1708, pois tomou parte na Guerra dos Emboabas (1708-09) ao lado dos emboabas. Como mestre de campo, Ambrósio foi responsável por desafiar Amador Bueno da Veiga, “homem de grande reputação por valor, experiência e nobre cidadão de São Paulo, para um confronto depois que este pediu reparação dos agravos e perfídias sofrido pelos paulistas no episódio conhecido como Capão da Traição”.  Ambrósio era o comandante do Forte do Rio das Mortes, atacado pelos paulistas liderados por Amador Bueno.

Além de Minas Gerais, os Brants, preponderantemente, terão ramificações na Bahia sob sobrenome Caldeira, e em Goiás aonde se entroncam com os Vilelas Frazão.

Genealogia da Família Caldeira Brant:

1. Mestre de Campo Ambrósio Caldeira Brant (n. 1673; f. 1728 em S. João del Rey); c.c. Josefa Maria de Sousa da Rocha (n. Jundiaí), f.ª de João de Sousa e de Sebastiana da Rocha.

2.1 Felisberto Caldeira Brant (n. 1710; f. 1756 em Caldas da Rainha; ou em 1769 na cadeia do Limoeiro em Lisboa?); c.c. Branca de Almeida Lara. em 13/03/1736 em S. João Del Rey.

3.1 Felisberto Caldeira Brant (f. 1 de nov. de 1755, Lisboa);

3.2 Cel. Gregório Caldeira Brant (n. Vila Boa de Goiás) c.c. Ana Joaquina de Oliveira Horta em 16 de março de 1772 na Catedral de Mariana; recebeu as bênçãos nupciais em 26 de abril do dito ano na matriz de São Sebastião, distrito de Mariana (atual distrito de Bandeirantes).

4.1 Felisberto Caldeira Brant, marquês de Barbacena (n. arraial de São Sebastião, distrito de Mariana em 19/09/1772), c.c. Ana Constança Guilhermina de Castro Cardoso dos Santos.

5.1. Felisberto Caldeira Brant Pontes, 2º visconde de Barbacena;

5.2. Pedro Caldeira Brant, conde de Iguaçu; c.c. Maria Isabel (II) de Alcantara Brasileira, f.ª ilegítima de D. Pedro I com Domitila de Castro Canto e Mello.

5.3. Ana Constança Caldeira Brant;

5.4. Ana Francisca Caldeira Brant;

5.5. Maria Caldeira Brant; e

5.6. Ana Eufrosina Caldeira Brant

4.2. Ildefonso Caldeira Brant, visconde de Gericinó (n. 1774; f. solteiro no RJ);

4.3 Tomás Caldeira Brant

4.4 Ana

4.5 Inácio

4.6 Teresa Caldeira Brant, tronco dos Gomes Caldeira Brant; c.c. João Gomes da Silva

5.1. Felisberto Gomes Caldeira Brant c.c.

5.2. Jacinta Narcisa Caldeira da Silva c.c. José Bonifácio de Oliveira Fontoura e Andrade

6.1. José Bonifácio Caldeira de Andrada c.c. Maria Amália Vieira da Rosa

7.1. Jacinta Amélia Caldeira de Andrada;

7.2. José Caldeira de Andrada;

7.3. José Bonifácio Caldeira de Andrada, Junior;

7.4. Felisberto Gomes Caldeira de Andrada;

7.5. Thomáz Heraclito Caldeira de Andrada

7.6. Luiz Caldeira de Andrada;

7.7. João Floriano Caldeira de Andrada;

7.8. Adelaide Flora de Souza Lobo;

7.9. Maria José Caldeira de Andrada;

7.10. Anna Caldeira de Andrada;

7.11. Floriana Augusta (Sinhazinha) de Cerqueira Lima;

7.12. Fernando Gomes Caldeira de Andrada;

7.13. Luis Gomes Caldeira de Andrada e

7.14. Brasília Caldeira de Andrada

5.3. Luiz Gomes Caldeira;

5.4. Conrado Gomes Caldeira;

5.5. Francisca Caldeira Brant;

5.6. Branca Caldeira Brant; 

5.7. Ana Caldeira Brant

2.2 Joaquim Caldeira Brant (n. 1711; e f. em 22-11-1756) c.c. Helena Rodrigues Fróes, irmã de José Rodrigues Fróes:

3.1 José Caldeira Brant (n. em Pilões-GO), c.c. Ignez Perpétua de Jesus, em 14-07-1785.

3.2 Manoel Caldeira Brant

3.3 Maria Inácia do Nascimento. Casou duas vezes, com descendência  em Serro, MG.

3.4 Joaquim Caldeira Brant Júnior, viveu em Paracatu, em estado de solteiro; filho descoberto:

4.1 Serafim Caldeira Brant; casou duas vezes: 1ª vez com Antônia Severino Botelho, com descendência nos Severino Botelho; 2ª vez aos 29-01-1827 na matriz de Santa Cruz - GO, c.c. Josefa Maria Vaz de Castro, f.ª do Capt. Caetano Teixeira Sampaio e de Ana Neto da Costa;

4.2. Lourenço Caldeira Brant

2.3 Sebastião Caldeira Brant c.c. Máxima de Siqueira:

3.1 Francisco Xavier;

3.2 Felisberto;

3.3 Ambrósio.

2.4 Conrado Caldeira Brant. Testou em 27/02/1777; Declara ser solteiro, nem teve filho algum e institui com seus herdeiros sobrinhos e sobrinhos.

2.5 José

2.6 Jacinta Caldeira Brant, tronco dos Vilela de Paracatu; nascida na freguesia do Pilar, vila de S. João Del-Rey, foi c.c. Manoel Pires Ribeiro, natural da freguesia de Montserrat, Vila de Viana, Viana do Castelo, Portugal, f.º de Manoel Afonso e de Natália Ribeiro. Filhos:

3.1 Ambrósio Pires Ribeiro, batizado a 23 de julho de 1737 na capela de Santa Cruz do Salto, freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Congonhas do Campo; estudava no Seminário de Mariana em 1765 e se habilitou sacerdote em 1749;

3.2 José Pires Ribeiro;

3.3 Manoel Pires Ribeiro;

3.4 Eufrásia de Jesus Maria c.c. o Tent.-Cel. Antônio Vilela Frazão.

3.5 Francisco Pires Ribeiro;


Outros Clãs:

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Clã dos Moura Rolim


MOURA ROLIM. Descendem de D. Roger Child Rawins , fidalgo flamengo natural de Flandres, que em 1147, seguia em uma esquadra, com outros cruzados, para Terra Santa. Quando recebendo pedido de ajuda, tomou parte com D. Afonso Henriques, rei de Portugal, na conquista de Lisboa, que se encontrava em poder dos mouros. D. Child, foi condecorado com o título de Senhor de Azambuja, antiga Vila Franca (do árabe azzabuja - olival bravo), e radicou-se em Portugal, onde aportuguesou seu nome para Childe Rolim. D. Rolim seria filho ilegítimo do 5º Conde de Chester (Hugo de Kevelioc), bisneto por linha reta feminina dos Reis de Inglaterra (Henrique I). O rei D. Sancho I, que sucedeu, seu pai, Afonso Henriques, confirmou o senhorio da vila Franca de Xira a D. Rolim: “No Senhor Deus e outros. Eu, Sancho, pela graça de Deus Rei de Portugal, juntamente com meu filho, o Rei Don Afonso e meus outros filhos e filhas, faço uma carta de Dom e perpétua firmeza a você Raolino e a todos os flamengos, presentes e futuros, que residem em Villa Franca, damos-lhe esta villa e outras”. Daí o nome "Franca", em razão dos flamengos lá estabelecidos. Dezoito anos adiante, El-Rey Afonso o Segundo, conta "setecentos vizinhos e nobreza...". D. Rolim teve uma única filha chamada D. Maria Rolim que se casou com Gonçallo Fernandez Tavares. Sua septa-neta, Urraca Fernandes Rolim casou com Álvaro Gonçalvez de Moura, f.º de Gonçalo Vasques de Moura e de Inês Gonçalves de Sequeira, ajuntando o sobrenome Moura ao Rolim. No que pese não haver ligação dos Rolim com outros ramos Moura. É dizer, todo Rolim é Moura, mas nem todo Moura é Rolim. 

Brasão de Armas: os Moura Rolim usam o brasão de armas dos Moura. Escudo com panopla encarnada com seis castelos em torno de um ao centro. Tendo como timbre um castelo de três torres.

Genealogia da Família Rolim:

1. D. Roland, Duque de Chester

2. Roger Child Rawins / Childe Rolim (Senhor de Azambuja, antiga Vila Franca) c.c. Maria Paes de Delgado, f.ª de Pedro Paes de Albergaria (2º Senhor de Albergaria).

3.1. Maria Rolim c.c. Gonzalo Fernandes Tavares

4.1. Fernão Gonçalves Azambuja c.c. Ouriana Godins, f.ª de Godinho Pouzadas de Tamal e de D. Sancha Pires (Velho)

5.1. Rui Fernandes Tavares c.c. Elvira Esteves de Avelar,f.ª de

6.1. Pedro Rodrigues

7.1. Gonçalo Rodrigues

8.1. Leonor Gonçalves Rolimc.c. Lopo Pires Palha

9.1. Urraca Fernandes Rolim c.c. Álvaro Gonçalves de Moura, f.º de Gonçalo Vasques de Moura e de Inês Gonçalves de Sequeira

10. Pedro Rodrigues de Moura c.c. Teresa de Novais

11. Fernão de Moura c.c. Maria Guillen Garcês

12. D. Rolim de Moura c.c. Brites Caldeira

13. Pedro de Moura c.c. Mécia de Abreu, hexa-neta do Rei Pedro I e de D. Inês de Castro

14. Manuel de Moura c.c. Isabel de Albuquerque, f.ª de Lopo de Albuquerque e de Ana de Bulhões.

15. Felippe de Moura c.c. Genebra Cavalcanti de Albuquerque


Brasil:

Os Moura Rolim passam ao Brasil, na pessoa de D. Felippe de Moura, que veio para Pernambuco pelos anos de 1556, quando sua tia, irmã de sua mãe, D. Brites d'Albuquerque, já era viúva de Duarte Coelho, e tutora de seu filho Duarte Coelho de Albuquerque que sucedeu ao pai como Donatário de Pernambuco. Na sua ausência, se encontrando em Lisboa. Pelos anos de 1593, acha-se D. Felippe de Moura como Capitão-Mór de Pernambuco. Antes, junto com Duarte Coelho e outros nobres, e índios tabajaras, tomou parte na expedição militar que expandiu a colônia para o sul, nas terras do cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, contra os caetés: 
" .... eu vi uma Patente passada por ele, do posto de Capitão da Ordenança, a Duarte de Sá, com data de 15 de Maio de 1595, e outros documentos antigos pelos quais consta que foi Padroeiro da Capela mór da Igreja de N. Senhora das Neves do Convento da Ordem de São Francisco da Cidade de Olinda, na qual ainda vi pintadas as suas armas sobre a porta travessa da parte do Evangelho.". 
D. Felippe de Moura, era filho de Isabel de Albuquerque, irmã de Jerônimo Albuquerque (O Torto), e veio a se casar com sua prima colateral de 3º grau, Genebra d'Albuquerque Cavalcanti, neta de seu tio Jeronimo Albuquerque e filha do florentino Filippo Cavalcanti. Vários de seus descendentes, no futuro, se entrelaçarão com os Cavalcantis resultando em um autêntico clã endogâmico. 

Um de seus filhos: D. Francisco de Moura, junto com seu sobrinho, Felippe de Moura de Albuquerque, neto de Felippe de Moura, Capt. de Infantaria, foram heróis da restauração da Bahia. Tendo Francisco de Moura a governado de 1624 à 1626. 

Uma neta: Maria Pereira de Moura, casa com Zenóbio Accioly de Vasconcellos, que será uma das principais linhagens dos Acciolys no Brasil.

Os Moura Rolim, também foram donatários da Capitania do Espírito Santo, herdada por Cosme de Moura Rolim, filho de Manoel de Moura Rolim e de Ana Maria da Silva Pimentel. Que posteriormente a vende para a coroa, pelo mesmo valor, 40 mil cruzados, que seu avô, Francisco Gil de Araújo, a havia adquirido em 1674.


Genealogia da Família Moura Rolim:

D. Felippe de Moura c.c. Genebra d'Albuquerque,

2.1. D. Francisco de Moura, que passou a servir a el rei em Flandres e na India, onde ocupou grandes postos, e depois vindo com o primeiro socorro á restauração da Bahia a ficou governando desde o ano de 1624 até o de 1626; teve quatro contendas e foi Senhor da Ilha Graciosa: faleceu solteiro.

2.2. D. Antonio de Moura, que foi Governador do Cabo Verde, onde faleceu solteiro e sem sucessão.

2.3. D. Jeronymo de Moura que passou a servir na India, onda faleceu sem sucessão.

2.4. D. Paulo de Moura, que faleceu Religioso da Ordem de São Francisco desta Provincia do Brasil.

2.5. D. João de Moura, Religioso da mesma ordem e Provincia.

2.6. D. Catharina de Moura c.c. Lourenço de Sousa e Moura, de cujo matrimonio nasceram:

3.1. Lourenço de Sousa e Moura que faleceu sem sucessão,

3.2. Manoel de Sousa e Moura, que tambem faleceu sem sucessão,

2.7. D. Isabel de Moura c.c. Antonio Ribeiro de Lacerda

3.1. Manoel Ribeiro de Lacerda, que faleceu solteiro e sem sucessão.

3.2. D. Maria de Lacerda c.c. seu tio Felippe Cavalcante

2.8. D. Mecia de Moura c.c. Cosme Dias da Fonseca, natural de Pernambuco e Senhor de muitos engenhos, filho de Pedro Dias da Fonseca, natural da Villa do Conde, da familia dos Carneiros Gasios, uma das mais nobres d'aquela Villa, e de D. Maria Pereira Coutinho, viúva que ficara de Manoel Ribeiro de Lacerda, de que acima falamos, e neto pela parte paterna de Antonio Dias da Fonseca e de Joanna de Goes, filha de Pedro de Goes. Deste matrimonio de Cosme Dias da Fonseca com D, Mecia de Moura nasceram:

3.1. Pedro de Moura Pereira c.c. sua prima D. Francisca Cavalcante, filha de Cosme da Silveira, primo de Cosme Dias da Fonseca, seu pai e de D. Margarida d'Albuquerque Cavalcante, irmã de D. Genebra d'Albuquerque, de quem acima falamos, a qual 'D. Margarida d Albuquerque depois viúva de João Gomes de Mello. Do matrimonio de D. Pedro de Moura, que faleceu no ano de 1677, com D Francisca Cavalcante, nasceu unica:

3.2. Felippe de Moura e Albuquerque, que em 1624 embarcou como Capitão de Infantaria em companhia de seu tio D. Francisco de Moura no primeiro socorro que foi á restauração da Bahia, onde ficou e se casou duas vezes: uma com D, Felippa Pissarra; a segunda com D. Maria Pimentel, filha de Antonio da Silva Pimentel e de D. Joanna de Araujo, pessoas mui nobres e conhecidas na Bahia. E de nenhum destes matrimonios houve sucessão,

3.3. Manoel de Moura Rolim, filho 3.º de Cosme Dias da Fonseca e de D.Mecia de Moura, nascêo no anno de 1616. Foi Capitão de Infantaria em companhia de seu tio D. Francisco de Moura, no primeiro socorro que foi á restauração da Bahia, onde faleceu em 1664. C.c. D Anna Maria da Silveira, irmã de sua cunhada D. Maria Pimentel, filhas de Antonio da Silva Pimentel e de D. Joanna d'Áraujo. E deste matrimonio nasceram:

4.1. Antonio de Moura Rolim, nasceu no ano de 1658 e faleceu na Bahia solteiro, digo, na Bahia, sua patria no de 1708. Casou no ano de 1673 com sua prima. D. Mecia de Moura, filha de Pedro de Moura e de D. Francisca Cavalcante. E deste matrinfonio nasceo unicamente: |

5. Manoel Garcia de Moura Rolim no ano de 1677 e c.c. D. Ursula Carneiro da Cunha, filha de João Carneiro da Cunha, Senhor do engenho do Meio, na freguesia da Varzea e de D., Anna Carneiro de Mesquita, no ano de 1701 e atê o presente de 1748 não ha deste matrimonio sucessão.

3.4. Cosme Rolim de Moura, que passou a servir na India, onde faleceu sem sucessão

 

4.2. Cosme de Moura Rolim, que faleceu solteiro na Bahia.

4.3. Felippe de Moura d'Albuquerque, tambem faleceu na Bahia solteiro e sem sucessão.

4.4. D. Mecia de Moura, casou na Bahia com seu primo Manoel Garcia Pimentel, Senhor Donatario da Capitania do Espirito Santo e faleceram sem sucessão,

3.5. Francisco de Moura Rolim, tambem passou a servir na India, onde faleceu sem sucessão.

3.6. Paulo de Moura, que faleceu Religioso da mesma Ordem de S. Francisco nesta Provincia do Brasil

3.7. Antonio de Moura, que faleceu Religioso da mesma Ordem e Provincia (batizado na freguesia do Salvador a 12 de Junho de 1611).

3.8. D Maria Pereira de Moura c.c. Zenobio Accioly de Vasconcellos, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, Alcaide Mor da Villa de Olinda e Mestre de Campo de Infantaria do 3.º pago da Praça do Recife. E de sua descendência daremos notícia no título.

 




Outros clãs:

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Clã dos Pinto




Difusão do sobrenome Pinto
Pinto. Família das mais antigas de Portugal, que parece provir, não de D. Garcia Mendes de Sousa, o Pinto, e de sua mulher, D. Elvira Mendes, como supuseram alguns linhagistas, mas de Paio Soares Pinto, que morou na Terra da Feira, pai de D.ª Maior Pais Pinto, casada com D. Egas Mendes de Gundar, companheiro de D. Afonso Henriques na batalha do Campo de Ourique. Deste matrimónio nasceram Rui Viegas Pinto e Pedro Viegas Pinto, que, do seu casamento com D. Toda Martins das Chãs, filha de Martim Moniz de Resende e de D. Châmoa Esteves, teve geração que usou transitóriamente o apelido Pinto. De Rui Viegas Pinto, que possuiu vários casais na Terra da Feira em tempo dos Reis D. Afonso Henriques e D. Sancho I, nasceu Gonçalo Rodrigues Pinto, morador em Riba de Bastança, na Torre da Chã, concelho de Ferreiros de Tendais, e teve D. Soeiro Gonçalves Pinto, que viveu na mesma quinta e foi pai de D. Garcia Soares Pinto, morador perto de Chaves quando se fizeram inquirições por ordem de D. Dinis e nelas aparece nomeado por vassalo. Casou este D. Garcia Soares com D. Margarida Gomes de Abreu, filha de Rui Gomes de Abreu, senhor de Regalados, e teve Vasco Garcês Pinto, senhor da Torre da Chã espaço de Cuvelas e padroeiro do mosteiro de Tarouquela, o qual se recebeu com D. Urraca Vasques de Sousa, filha de Rui Vasques de Panóias, senhor de Panóias, e de sua mulher, este neto do conde D. Mendo de Sousa e sua mulher neta de Pedro Mendes de Aguiar e de D. Marinha. Pelo sobredito casamento de Vasco Garcês Pinto se uniram os Pintos aos Sousas, o que deve ter originado a atribuição de provirem desta última linhagem. Vasco Garcês e sua mulher, D. Urraca Vasques. tiveram vários filhos, que continuaram o apelido dos Pintos. Este apelido deve vir de alcunha, que parece significar pintado. 

Geneologia da Família Pinto:

1. Paio Soares Pinto c.c. Mayor Mendes, f.ª de Mendo Odoriz e de Maior Paes Pinto.

2. D.ª Maior Pais Pinto c.c. D. Egas Mendes de Gundar, f.º Dom Mendo de Gundar (n. das Astúrias) e de D.ª Goda.

3.1. Rui Viegas Pinto

4.1. Gonçalo Rodrigues Pinto (n. Riba de Bastança, na Torre da Chã, concelho de Ferreiros de Tendais) c.c. Maria Gomes de Abreu, f.ª Gomes Lourenço de Abreu, VI Senhor da Torre e Honra de Abreu e de Guiomar Lourenço de Valadares.

5.1. Martim Soares Pinto c.c. Maria

5.2. D. Soeiro Gonçalves Pinto, que viveu na mesma quinta e foi pai de

6.1. D. Garcia Soares Pinto, (n. Chaves) c.c. D. Margarida Gomes de Abreu, f.a de Rui Gomes de Abreu, senhor de Regalados, e teve

7.1. Vasco Garcês Pinto senhor da Torre da Chã espaço de Cuvelas e padroeiro do mosteiro de Tarouquela, c.c. D. Urraca Vasques de Sousa f.ª de Rui Vasques de Panóias, senhor de Panóias

3.2. Pedro Viegas Pinto c.c. D. Toda Martins das Chãs, f.ª de Martim Moniz de Resende e de D. Châmoa Esteves.


O solar medieval da família Pinto, foi demolido em 1939. Chamada, a Torre de Chã, também designada como castelo de Chã ou Quinta de Chã, situava-se num alto rochoso da serra de Montemuro, junto do ribeiro de Bestança, na antiga vila de Ferreiros de Tendais, distrito de Viseu, fronteiriço a Aveiro e ao distrito do Porto. O padre da vila, em 1758, registrou nas memórias paroquiais a procedência da família Pinto como originária daquela vila: “Desta villa comforme alcanso procedeo a família dos Pintos”.

Dos Pinto, ditos de Riba-Bestança, descendem os Mouta Pinto, senhores da Torre de Chã, os Pinto de Miranda, padroeiros de Real no concelho de Paiva, srs. da Quinta de Crasto, feitos mais tarde condes de Castelo de Paiva. De referir os Pinto, srs. das quintas de Vilar Maior (terra da Feira) e de Travanca, os Pinto, srs da honra de Paramos Espinho), os Pinto, senhores donatários do antigo concelho de Ferreiros de Tendais e alcaides-mores de Chaves (hoje representados pelo atual conde de Mesquitela). Destes derivam outras ilustres casas nobres e morgadios que usam ou usaram este apelido. Os Teixeira Pinto, srs. do morgadio de Calvilhe e Pendilhe.

reconstituição da Torre de Chã, solar da família Pinto

A Torre da Lagariça (imagem abaixo) foi construída na primeira metade do Séc. XII, na região do Douro. Em 1610, por Ayres Pinto. A família Pinto vendeu a Torre para a família Cochofel. Provavelmente, pouco depois, o local foi adaptado como casa senhorial. Em 1900, o casarão foi imortalizado na obra de Eça de Queiroz "A Ilustre Casa de Ramires".

Quinta da Torre da Lagariça (freguesia de São Cipriano, concelho de Resende)

Genealogia de Ayres Pinto:

1. Gonçalo Vaz Pinto, o Solardo, cc Briolanja Pinto.

2. Ayres Pinto, Nascimento, 1415 c.c.  Cecília de Faria, f.ª de Frei Sebastião de Faria

3.1. Pedro Ayres Pinto c.c. Clara da Fonseca Coutinho, f.ª de Álvaro Osório da Fonseca e de sua primeira esposa, Beatriz Monteiro.

3.2. Briolanja Pinto c.c. Gonçalo Martins Cochofel, viúvo de Leonor Pinto (viúva de Diogo Osório, filha de Pedro Vaz Pinto e de Melícia de Mello Soares), f.º de Fernão Martins Cochofel e de Constança Annes Pacheco. Gonçalo faleceu em 1516.


Clã dos Coelho Pinto de Pernambuco:


Genealogia dos Coelho Pinto:

1. (?) Pinto c.c. Bartholomeu Fernandes Bocarro

2. Braz Pinto Lobo da Silva c.c. Maria Coelho

3. Pedro Coelho Pinto (*1680, +1776), casou duas vezes: 1ª D.ª Romualda, f.ª de João Luis de Senna e de D.ª Brasia Cavalcante; a 2ª com D.ª Ignez Pessoa, f.ª de  Antonio da Silva Pereira, Cpt. Mor de Igarassu, e de D.ª Anna Bezerra Pessoa.

Do seu 1º casamento, com D.ª Romualda, tiveram como filhos:

4. João Luiz da Senna Cavalcante c.c. Anna Francisca Xavier, f.ª de Manoel Alves de Moraes Navarro, de São Paulo, e de D.ª Thereza de Jesus Lins.

3.1. Manuel Araújo Cavalcante

3.2. Antonio Coelho de Albuquerque c.c. Joanna Pereira de Magalhães, f.ª de Ten, Cel. Manoel Pereira Pinto, e de Floriana Coelho de Moraes, f.ª de Bento Coelho de Moraes

4.1. Antonio Coelho de Albuquerque

4.2. Pedro Coelho Pinto c.c. Maria Soares, f.ª do alferes João da Silveira Dura.

4.3. Manuel de Araujo Cavalcante c.c. Maria do Espirito Santo, f.ª de João Pereira da Silva e de Quiteria de Solsa, f.ª do Cpt. Antonio de Sousa Carvalho.

4.4. Francisco Teixeira Pinto 


Clã dos Silva Pinto de Minas Gerais:



Clã dos Pereira Pinto no Rio Grande de São Pedro:

Os Pereira Pinto tem como seu patriarca Francisco Barreto Pereira Pinto, português, de Coimbra, e que vindo para o Brasil, se casa com a brasileira Francisca Velloza, de Sabará, Minas Gerais em 1743. Tendo sido governador interino da Capitania do Rio Grande de São Pedro, de 1 de setembro de 1763 à 16 de junho de 1764.

Sgt.º-Mor Sebastião B. Pereira Pinto,
neto de Fco. Barreto Pereira Pinto.
Quando Capt. dos Dragões de Rio Pardo, a fortificação portuguesa mais meridional do Brasil, foi de Francisco Barreto Pereira Pinto, que partiu ordens de hostilizar os castelhanos a Manoel dos Santos Pedroso, por ele falar guarani, junto com outros 20 homens, afim de levantar índios nas missões. Com "ordens de assegurar aos índios daqueles povos, que eles de nenhuma forma seriam ofendidos ou molestados pelos portugueses; mas sim auxiliados, afim de sacudirem o jugo dos espanhóis, e ficarem debaixo da benéfica proteção de S.A.R.”, segundo relato de Borges de Canto, um dos heróis daquela empreitada que assegurou ao Brasil todo atual território ocidental do Rio Grande de São Pedro. 

O Sargento-Mor Sebastião Barreto Pereira Pinto, neto de Francisco Barreto Pereira Pinto, nasceu em Porto Alegre em 1775, ingressou como cadete no Regimento de Dragões do Rio Pardo, em 18 de out. de 1791, contando 16 anos. Participou da campanha de 1801 contra Artigas na Banda Oriental, com menções nas ordens do dia, ficou na guarnição de Rio Pardo e Missões, tendo sido promovido de alferes a tenente, em 14 de nov. 1802. Quando, após seis anos, é promovido a capitão, em 25 de jul. de 1808. Fez parte da campanha de 1811-12, tomando parte no combate de Itapebuhy, tendo sido graduado sargento-mor em 13 de maio de 1813, e efetivado em 12 de out. de 1814, quando contava 41 anos. Tendo comandado nessa qualidade o regimento nas batalhas de Carumbé (27-10-1816) e de Catalán (04-01-1817).

Genealogia da Família Pereira Pinto:

1. capitão-mor da vila e comarca da Feira, Lagoalva de Santarém, do bispado de Coimbra, Manoel dos Santos Barreto c.c. Madalena Maria Pereira Pinto, naturais da Terra da Feira

2. Francisco Barreto Pereira Pinto c.c. Francisca Velloza, natural da freguezia de Congonhas de Campos, Sabará, Minas Gerais.

3.1. Ana Josefa Veloso da Fontoura c.c. Bernardo José Guedes Pimentel

3.2. Severina Maria Pereira Pinto c.c. Tomás Carr Ribeiro de Bustamante e Antonio Fortes de Bustamante e Sá

3.3. Maria Eulália Pereira Pinto c.c. Alexandre Luís de Queiroz

3.4. Inocência Maria Leite c.c. Sargento Mór Miguel Pedroso Leite

3.5. Helena Máxima Pereira Pinto c.c. Francisco José Martins

4.1. Severina Maria Pereira Pinto;

4.2. Maria Eulália Pereira Pinto;

4.3. Engrácia Raquel Pereira Pinto;

4.4. Juliana Severina Pereira Pinto;

4.5. Vicência Maria Pereira Pinto;

4.6. Francisco Barreto Pereira Pinto, II;

4.7. Cândida Ângela Pereira Pinto;

3.6.Engrácia Raquel Pereira Pinto c.c. Nicolau Inácio da Silveira

4.1. Manuel Inácio Barreto Pereira Pinto;

4.2. Helena Máxima Pereira Pinto;

4.3. Francisca Margarida Pereira Pinto

3.7. Juliana Severina Pereira Pinto c.c. José Jacinto Pereira

3.8. Vicência Maria Pereira Pinto;

3.9. Francisco Barreto Pereira Pinto, II; c.c. Eulália Joaquina de Oliveira

4.1. Francisca Joaquina Pereira Pinto c.c. Joaquim Félix da Fonseca Manso

5.1. Francisco Félix da Fonseca Pereira Pinto c.c. Rita Jacques Pereira Pinto, f.ª de José Antonio Jacques e de Felicidade dos Santos Alves Mendes Ourique.

6.1.Luíza Anselmo Pereira Pinto c.c. Almirante Dr. Luís Carneiro da Rocha;

6.2. Germana Ritta Pereira Pinto Barbosa c.c. Almirante Elisiário José Barbosa;

6.3. José Carlos Pereira Pinto, Cônsul do Brasil em Buenos Aires;

6.4. Francisco Félix Pereira Pinto II, Capitão de Fragata da Marinha.

4.2. Sebastião Barreto Pereira Pinto;

4.3. Francisco Barreto Pereira Pinto, Neto;

4.4. Manuel Pereira Pinto;

4.5. Engrácia Raquel Pereira Pinto

4.6. Tristão Barreto Pereira Pinto, I;

4.7. Eulália Joaquina Pereira Pinto;

4.8. Maria Eulália Barreto Pereira Pinto;

4.9. Brígida Pereira Pinto;

3.10. Cândida Ângela Pereira Pinto


Um outro Ramo Pereira Pinto no Rio Grande do Sul com origem no casal: Manoel Pereira Pinto e Antonia da Conceição:

1. Manoel Pereira Pinto c.c. Antonia da Conceição

2. Antônio Pereira Pinto c.c. Antonia Maria Do Espirito Santo

3. José Pereira Pinto c.c. e Anna Maria Joaquina de Amorim

4. José Pereira Pinto (*1783, + 02 ab. 1850, RJ) c.c. Maria Genoveva Souto Maior e Maria Josefina Carvalho de Morais

5. Francisco Pereira Pinto, barão de Ivinhema (* 23 Maio 1817, RJ, + 07 Maio 1911, RJ) c.c. Rita Jacques Pereira Pinto, baronesa de Ivinhema e Francisca Eulália Gavião Peixoto, f.ª Bernardo José Pinto Gavião Peixoto e Ana Policena de Andrade e Vasconcelos.

6.1. Luiz Pereira Pinto, Major (*1869)

6.2. Elvira Borges Leitão;

6.3. Francisco Gavião Pereira Pinto, Contra-Almirante;

6.4. Adelina Pereira Pinto Galvão;

6.5. Maria da Glória Pereira Pinto;  


Clã dos Costa Pinto na Bahia:

Conde de Serjimirim
Antonio da Costa Pinto

Visconde de Oliveira
Antonio da Costa Pinto Jr.
O patriarca dos Costa Pinto na Bahia é Antônio da Costa Pinto, nascido por volta de 1761, em Vila Nova de Famalicão, arcebispado de Braga, província de Entre Douro e Minho, Portugal e falecido no engenho Europa, freguesia de Nossa Senhora do Bom Jardim, Bahia, em 11 de junho de 1839, aos 78 anos, sendo sepultado na capela de Nossa Senhora da Conceição de Bento Simões. Foi membro da diretoria da Real Companhia Vinícola do Alto Douro, Portugal. Capitão da 8ª Companhia de Regimento de cavalaria Miliciana da vila de São Francisco da Barra de Sergipe do Conde, sargento da 4ª Companhia dos homens pretos, agregada aos Terço das Ordenanças da  vila de Cachoeira, promovido a alferes da mesma companhia. Foi o último administrador do Encapelado de Bento Simões, instituído em 26 de nov. de 1726. Vindo a se casar com Mariana Joaquina de Jesus, filha de Joaquim José Lopes e de Luísa Ferreira Dias de Leão.

Dos 26 casamentos realizados, na família Costa Pinto, 12 foram endogâmicos, atingindo a percentagem de 46,2% dos integrantes da família; com vários casamentos entre tios e sobrinhas, constituindo-se um autêntico clã endogâmico em pleno Séc. XVIII, em Santo Amaro na Bahia.


Genealogia da família Costa Pinto:

1. Antônio da Costa Pinto (n. 1761, f. 1839) e Mariana Joaquina de Jesus (n. 20 fev. de 1779, f. 13 jun. de 1862), f.ª Joaquim José Lopes e de Luísa Ferreira Dias de Leão

2.1. Joaquim da Costa Pinto (1785-1837) c.c. Maria José Gomes de Argolo Ferrão (c. 1824)

2.2. Manuel Lopes da Costa Pinto - Visconde de Aramaré (*08 dez. 1809 + 22 nov. 1889) c.c. Maria Joaquina Ferreira de Moura (c. 1849), descendente de Francisco Ferreira de Moura e de Maria de Mendonça, tiveram 12 filhos:

3.1. Antônio Joaquim da Costa Pinto, 1850 - 1904, fundador em 1882 da Usina Carapiá, casado com Maria das Mercês, irmã do governador Araújo Pinho (adiante),

3.2. Maria do Carmo, 1855-1933 c.c. João dos Reis de Souza Dantas Filho, sobrinho do Conselheiro Dantas,

3.3. Júlia da Costa Pinto, 1871 1935 c.c. Antônio da Costa Pinto (1867-94), com sucessão, e em novas núpcias com o cunhado Artur (1868 - 1936), ambos filhos do Visconde de Oliveira.

2.3. D. Maria Luiza da Costa Pinto (1801-75) c.c. Cpt. Antônio Joaquim Ferreira de Moura

3.1. João Ferreira de Moura, 1830 - 1912, deputado geral, ministro da justiça, da marinha e da agricultura no Império.

3.2. Maria Leopoldina Ferreira de Moura c.c. Alexandre Moreira de Pinho (c. em 1856)

2.4. Antônio da Costa Pinto, barão, visconde com grandeza e conde de Serjimirim (Bahia, 1807 — Bahia, 13 de setembro de 1880) c.c. Maria Delfina Lopes da Costa Pinto

3.1. Maria Rita Gomes da Silva Dantas / Mariana da Costa Pinto c.c. Cícero Dantas Martins - barão de Jeremoabo

3.2. Antônio da Costa Pinto - barão e visconde de Oliveira c.c. sua prima Maria Rita Lopes da Costa Pinto

4.1. Antônio da Costa Pinto (1867-94)

4.2. Artur (1868 - 1936)

3.3. Joaquim da Costa Pinto,

3.4. Maria Joaquina da Costa Pinto c.c. Clemente Augusto de Oliveira Mendes

3.5. Bento Simões da Costa Pinto

2.5. Maria Rita Ermelina Da Costa c.c. João Ferreira Lopes

3.1. Baronesa Maria Rita Lopes da Costa Pinto c.c. Visconde de Oliveira  Antonio da Costa Pinto Junior, f.º de Antonio da Costa Pinto Junior e da Condessa Maria Delfina de Santo Hilário Lopes.

Engenho do Oteiro, Família Costa Pinto


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Clã dos Furtado de Mendonça

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