segunda-feira, 14 de março de 2022

Clã dos Cantos


CANTO. Família que os genealogistas pretendem ser de origem inglesa, a qual passou à Galiza nas pessoas de João Kant (Sir. John Chandos) e de seus filhos, cujos descendentes vieram para Portugal, de onde foram para a ilha Terceira.

Pedro Anes do Canto, filho de João Anes do Canto e de sua mulher, Francisca da Silva, neto paterno de Vasco Fernantes do Canto e de sua mulher e bisneto de João Fernandes de Souto Maior e de sua mulher, Maria do Canto, viveu na Terceira e foi o primeiro provedor das suas armadas. Fidalgo da Casa de D. João III, a quem serviu no segundo cerco de Arzila, estando cercada pelo Rei de Fez e com a praia ocupada por muitas bombardas, praça que foi dos primeiros a socorrer com um navio armado, em que levou muita gente, que com grande perigo desembarcou. Defendeu com a sua companhia o baluarte que o Conde D. Vasco lhe encarregou, até a chegada de mais socorros, feitos estes que o dito Rei remunerou, concedendo-lhe acrescentamento das suas armas por Carta de 28 de Janeiro de 1539.


A Origem dos Chandos / Canto:

"De todas as famílias normandas que moraram neste reino da Inglaterra, poucas podem se orgulhar de uma descendência mais nobre ou de um ancestral mais digno do que a casa de Chandos. “De acordo com Sir Bernard Burke e os arautos, o fundador da casa foi um certo Robert de Chandos, ou Chandois, que veio da Normandia para este país e que se revelou um grande benfeitor para a Igreja no oeste da Inglaterra. A família ocupou três séculos de posição de cavaleiro em Herefordshire; e ainda está para ser visto na freguesia de Much Marcle, perto de Hereford, o local que é a tradicional casa desta raça corajosa e intrépida. Mas, de todos os membros da família Chandos, nenhum tem um nome mais honrado do que Sir John Chandos."

Sir John Chandos, visconde de Saint-Sauveur em Cotentin, condestável da Aquitânia, senescal de Poitou (c. 1320-31 de dez. de 1369). Foi um cavaleiro inglês/galês medieval originário de Radbourne Hall, Derbyshire. Em sentido contrário, Sir Bernard Burker fala em Herefordshire, sendo sua família de origem Normanda. Na época, Chandos era reportado como galês. Herefordshire, fica no que se chamava de Marca Galesa, que compreendia a região fronteiriça entre o Principado de Gales e o Reino da Inglaterra, com essa região detendo certa autonomia. A versão de Burker parece mais provável. Chandos era amigo próximo de Eduardo, o Príncipe Negro, foi fundador e 19º Cavaleiro da Ordem da Jarreteira em 1348. Chandos era um cavalheiro de nascimento, mas, ao contrário da maioria dos comandantes da época, não possuía título de nobreza.

Foi descrito pelo historiador medieval Froissart como "sábio e cheio de artifícios", como estrategista militar, Chandos é considerado o mentor por trás de três das mais importantes vitórias inglesas na Guerra dos Cem Anos: a Batalha de Crécy (1346), de Poitiers (1356), tendo traçado a estratégia que obteve a vitória, e a Batalha de Auray (1364), quando liderou as forças do duque João de Montfort à vitória. Liderou e venceu a Guerra de Sucessão na Bretanha, permitindo que Montfort se tornasse João IV, duque da Bretanha.

Em recompensa por seus serviços, Chandos foi nomeado tenente da França, vice-camareiro da Inglaterra e recebeu o viscondado de Saint-Sauveur no Cotentin. Durante a Guerra dos Cem Anos, tornou-se condestável da Aquitânia. Mais tarde, porém, por discordar de Eduardo sobre como os Guyennois deveriam ser tributados, se retirou para sua propriedade na Normandia. Chandos também participou da Primeira Guerra Civil de Castela. Sir John Chandos foi o fundador e por desiderato patriarca da família Canto em Portugal.

Em 1369, os franceses lançaram um contra-ataque bem-sucedido, recuperando muito território e forçando Eduardo a convocar Chandos, que foi nomeado senescal de Poitou e se estabeleceu em Poitiers. Sir John tentou lidar com as tentativas francesas de reconquistar uma posição segura na província. O bretão John Kerlouët e Louis de Saint Julien Trimouille, senhor de Lusignan, ocuparam La Roche-Posay e Saint-Savin, a poucos quilômetros de Poitiers. Chandos decidiu retomar a abadia de Saint-Savin, com um ataque surpresa ao abrigo da noite.

O ataque planejado falhou quando, pensando ter sido detectado pelo inimigo, a força de Chandos recuou em direção à ponte sobre o Vienne em Lussac-les-Châteaux, ao longo da rota para Poitiers através de Chauvigny. Os franceses, sem saber de sua presença, decidiram seguir o mesmo caminho para perseguir as tropas inglesas. Os adversários se encontraram na ponte de Lussac. Na batalha, o casaco longo de Chandos o fez escorregar na geada. James de Saint-Martin, um escudeiro da casa de Sir Bagnac atingiu Chandos com sua lança, perfurando seu rosto abaixo do olho. O tio de Chandos, Edward Twyford, de pé ao lado de seu sobrinho ferido, repeliu os agressores. Um de seus escudeiros perfurou ambas as pernas de James Saint-Martin com sua espada; Saint-Martin morreu três dias depois em Poitiers. John Chandos foi levado em um grande escudo até Morthemer, a fortaleza inglesa mais próxima. Falecendo na noite de 31 de dezembro ou nas primeiras horas de 1º de janeiro de 1370, após um dia e uma noite agonizando, quando contava 55 anos. 

Seu falecimento foi lamentado em ambos os lados. Em seu livro Uma Breve História da Guerra dos Cem Anos, Desmond Seward afirma que Carlos V da França ("Carlos, o Sábio") teria dito que "se Chandos vivesse, ele teria encontrado uma maneira de fazer uma paz duradoura" Froissart é mais circunspecto: "Na época eu o ouvi lamentado por cavaleiros renomados na França; pois eles disseram que foi uma grande pena ele ter sido morto, e que, se ele pudesse ter sido feito prisioneiro, ele foi tão sábio e cheio de artifícios, teria encontrado algum meio de estabelecer a paz entre a França e a Inglaterra”. Ele também disse de Chandos que: "nunca, desde cem anos, existiu entre os ingleses alguém mais cortês, nem mais cheio de todas as virtudes e boas qualidades do que ele."

Portugal e Açores:

Sir. John Chandos casou com Thira, irmã do Rei da Dinamarca Kanuto, e com ela teve uma filha: Maria do Canto, que se casou com João Fernandes de Souto Maior. 

Os Cantos foram os primeiros povoadores da ilha Terceira, nos Açores, daí se espalhando para as outras ilhas. Em fins do Séc. XV, Pedro Anes do Canto, passou à ilha Terceira com seu parente Vasco Afonso, vigário de Machico, ilha da Madeira e visitador das ilhas dos Açores, do qual ficou herdeiro universal.

Instituiu, três morgados, para seus respectivos filhos: António, João e Francisco:

Ao 1.º Antonio, as Casas do Corpo Santo, São Pedro e Ribeira da Lapa, bem como as respectivas Quintas e fóros, e a Capela de Nossa Senhora de Nazaré, que mandou edificar na dita Quinta de São Pedro.

Ao 2.° João, as Casas das Lajes, Agualva, Porto Martins e Dadas do Brasil, com as respectivas Quintas e foros.

Ao 3º Francisco, as Quintas situadas nas Três, Cinco e Seis Ribeiras de Santa Barbara as quais então valiam 60 moios de renda anuais (3600 alqueires), e foram em parte compradas com o dinheiro que o instituidor herdou do dito seu parente Vasco Afonso.


Genealogia dos Cantos:

1. Sir. John Chandos c.c. Thira, Irmã de Kanuto Rey da Dinamarca.

2. Maria do Canto c.c. João Fernandes de Souto Maior

3. Vasco Fernandes/Affonso(?) do Canto

4.1. Antonio c.c. (?) , com geração em Guimarães.

4.2. João Anes do Canto c.c. Francisca da Silva

5. Pedro Anes do Canto c.c. Joana Anes Abarca (n. Ponta Delgada, Açores, 1482), f.ª de Pedro Abarca, Fidalgo de Tuy, tiveram cinco filhos:

6.1. Antônio Pires do Canto (1511-72) c.c. D. Catarina de Castro

6.2. Diogo Pires do Canto (1512 - ?)

6.3. Francisco da Silva do Canto (1515 - 1572)   

6.4. Sebastian A. Martin do Canto (1518 - ?)

6.5. Braz Pires do Canto (1522 - 1610)

5. Segunda Núpcias, casou Pedro Anes do Canto com D. Violante Galvão da Silva, f.ª de Duarte Galvão

6.1. João da Silva do Canto c.c. Isabel Correia.

7.1. Francisco da Silva do Canto c.c. Francisca Soares/Luísa de Vasconcelos da Câmara(?)

7.2. Pedro do Canto.

7.3. Manuel do Canto, falecido na Índia, não se conhece o nome da esposa, mas teve pelo menos um filho de nome: Francisco do Canto.

Solar de Nossa Senhora dos Remédios, na ilha Terceira, Açores.

O Clã Borges do Canto no Rio Grande de São Pedro:

Os Borges do Canto, são uma das famílias mais antigas do Rio Grande do Sul, junto com outras como os Brito Peixoto, e os Pinto Bandeira, com os quais se entrelaçarão. Chegam ao Brasil, em Rio Grande de São Pedro (RS), por volta de 1675, com José Caetano Pereira, vindo de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel nos Açores, casado com Maria Eugênia de Figueiredo, natural de Lisboa. Um de seus filhos, foi Francisco Borges do Canto casado com D. Eugênia Francisca de Sousa, com quem teve 11 filhos, dentre os quais José Francisco Borges do Canto, conquistador das Missões.

José F.co Borges do Canto integrava os Dragões 
do Rio Pardo, Conquistador das Missões.
José Francisco Borges do Canto (n. Rio Pardo, 17 fev. de 1775 - f. rio Quaraí, 26 de jun. de 1804) quase esquecido pela historiografia oficial, numa patriotada bem sucedida com seu séquito de 40 homens, empurrou as fronteiras do Brasil até às margens do Rio Uruguai, na Guerra de 1801 que resultou na anexação do oeste do Rio Grande de São Pedro (RS) ao Brasil. Filho de Francisco Borges do Canto e de Eugênia Francisca de Sousa, de ascendência açoriana, serviu no Regimento dos Dragões de Rio Pardo. Após desertar do regimento, tornou-se contrabandista. Buscando uma anistia, no início da guerra de 1801, se apresentou com 15 homens, e foi encarregado inicialmente de apoiar a tropa de Manuel dos Santos Pedroso.

Conseguiu apoio de índios Guarani no noroeste do atual Rio Grande do Sul e, com sua tropa reforçada, partiu para a frente de batalha. Inicialmente, combatendo os castelhanos em São Miguel das Missões. Tendo cercado, a cidade, que se rendeu em poucos dias, libertando depois a guarnição castelhana. Em seguida, conseguiu a rendição das povoações de São João e Santo Ângelo. Depois, conquistou São Lourenço, São Luís e São Nicolau, que já estavam sendo abandonadas. O comandante castelhano foi preso quando mobilizava uma tropa perto de São Luís e conduzido de volta a São Miguel.

Ao fim daquela guerra, já mantinha toda a região das Missões a leste do rio Uruguai - as missões orientais - em nome da Coroa Portuguesa. Apesar de, àquela época, a região ser esparsamente habitada e de difícil defesa, compreendia uma extensão territorial considerável, praticamente desde a barra do rio Quaraí - atual fronteira do Brasil com o Uruguai - até o início do curso médio do rio Uruguai - atualmente o noroeste riograndense. A ação de Borges do Canto rendeu ao Rio Grande do Sul aproximadamente 40% de seu atual território.

Foi morto em território espanhol (atual Uruguai), em 1805, enquanto fazia uma califórnia - expedição não autorizada, comum na fronteira entre a América Espanhola e Portuguesa, com o objetivo de pilhar gado vadio no território do outro País.

GENEALOGIA dos BORGES DO CANTO:

1. Josefa do Canto (n. entre 1637-97) c.c. João Botelho (n. entre 1637-97)

2. José Caetano Pereira (n. Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Açores, cerca de 1705. f. Brasil) c.c. Maria Eugênia de Figueiredo (n. Lisboa), f.ª de João Lopes de Figueiredo e Isabel Maria.

3. Francisco Borges do Canto c.c. D. Eugênia Francisca de Sousa, com quem teve 11 filhos, dentre os quais:

4. José Francisco Borges do Canto


A Família DE CASTRO CANTO e MELLO de São Paulo:

A nobilíssima família Castro Canto e Mello, chega ao Brasil em 1774 no Rio de Janeiro, com o brigadeiro João de Castro Canto e Mello, hexa neto de Pedro Anes do Canto, patriarca da família nos Açores, indo meses depois para São Paulo, aonde se estabelece. Era filho de  João Batista de Canto e Melo e de Isabel Rickettes, filha de George Ricketts e de Sarah White, ambos ingleses da Jamaica, que a conquistara para a Inglaterra. Vindo a se casar com Escolástica Bonifácia de Toledo Ribas, com quem teve 4 filhos: 2 homens, e 2 mulheres. As duas, foram amantes de D. Pedro I, tendo ambas, tido filhos dele. O segundo filho de Maria Benedita de Castro Canto e MelloRodrigo Delfim Pereira, foi sempre considerado filho ilegítimo de D. Pedro I . Posteriormente, D. Pedro I veio a ter como amante Domitila de Castro Canto e Mello, a Marquesa de Santos, e com ela teve 4 filhos.

João de Castro Canto e Mello
, patriarca dos Castro Canto e Mello no Brasil, iniciou carreira militar aos 15 anos como cadete em Lisboa, em 1º de jan. de 1768, foi nomeado Porta Bandeira a 17 de out. de 1773. Quando contava 21 anos, em 1774, veio para o Rio de Janeiro, indo para São Paulo poucos meses depois. Vindo a ser transferido para o Regimento de Linha de Infantaria de Santos. Foi Alferes (1775), Tenente, Ajudante (1778), Capitão (1798), Major, e Tenente-coronel (1815). Gentil Homem da Imperial Câmara. Foi agraciado com o título de visconde de Castro, por Decreto de 12 de out. 1825, Carta Imperial de 17 de out. 1826. Casou com Escolástica Bonifácia de Toledo Ribas, neta do cel. Carlos José Ribas, patriarca da família Ribas no Rio de Janeiro; e tetra-neta de Simão de Toledo Piza, patriarca da família Toledo Piza, de São Paulo, e tiveram 4 filhos: 

I - 2.º visconde de Castro, João de Castro Canto e Mello, marechal de Campo e Gentil Homem da Imperial Câmara. Agraciado com o título de visconde com honras de grandeza de Castro, por Decreto de 12/10/1827, Carta Imperial de 08/11/1827.


 

II - brigadeiro do exército José de Castro Canto e Mello (bat. 17/10/1787, São Paulo, SP). Foi comandante do esquadrão de cavalaria da Legião de São Paulo, no combate do Itupurahi, na campanha de 1816. Capitão (06/02/1818). Sargento-Mor do Regimento de Cavalaria de 2.ª Linha da Vila de Curitiba, então Província de São Paulo (1824). Coronel do Estado Maior do Exército (1827). Brigadeiro reformado do Exército. Gentil Homem da Imperial Câmara. Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz (06/09/1824). Comendador da Ordem de São Bento de Aviz (24/02/1827). Oficial da Ordem Imperial do Cruzeiro (01/03/1827). Dignitário da Ordem Imperial do Cruzeiro (12/10/1827). 

III - Maria Benedita de Castro Canto e Mello [bat. 18.12.1792, SP - 05.03.1857], baronesa de Sorocaba, por seu casamento na família Delfim Pereira; casou com Boaventura Delfim Pereira, Barão de Sorocaba, em 8 de jul. de 1812, em São Paulo. Do casamento houve descendência, mas o segundo filho, Rodrigo Delfim Pereira, foi sempre considerado como filho ilegítimo de D. Pedro I. Sua filha Margarida de Castro Delfim Pereira casou pela primeira vez com António Alves Gomes Barroso e pela segunda vez com Leopoldo Augusto da Câmara Lima, 1.º Barão de São Nicolau.

IV - marquesa Domitila de Castro Canto e Mello (27/12/1797, SP - 03/11/1867), que foi agraciada, pelo Imperador D. Pedro I, sucessivamente, a 15/10/1825, com o título de viscondessa com honras de grandeza de Santos; elevada, a 16/10/1826, a marquesa de Santos. Foi casada duas vezes, a primeira, em 13/01/1813, na família Pinto Coelho de Mendonça, divorciando-se a 21/05/1824, e a segunda, em 14/06/1842, em São Paulo, na família Tobias de Aguiar. Linha Adulterina: a marquesa de Santos, foi, durante o período de 1822-29, amante do Imperador D. Pedro I, de quem teve 4 filhos. 

 Isabel Maria, Duquesa de Goiais. (n. 23 de maio de 1824, RJ). Foi criada pelo seu avô materno João de Castro Canto e Mello, sem que soubesse de sua origem, sob a história que lhe haviam deixado abandonada a porta da casa. Somente adulta, quando D. Pedro I (seu pai) casou com Amélia Augusta. D. Pedro I, assumiu a paternidade, e a tornou Duquesa de Goiás, e por assim, lhe conferindo a condição de princesa do Brasil. Tendo em seguida, a enviado para um internato na França, aonde estudou até seus 15 anos. Quando da abdicação ao trono, e de sua ida a Europa, D. Pedro passou a conviver com ela, e após sua morte, sua madrasta, a Imperatriz Amélia, a adotou como filha. Terminou seus estudos em Munique, e aos 19 anos se casou com o conde Ernesto José João Fischler de Treuberg, tendo quatro filhos. Viveu  na Alemanha até o fim de sua vida, falecendo em 3 de nov. de 1898, aos 74 anos.

Maria Isabel II de Alcantara Brasileira, Duquesa de Iguaçu. (n. 1827). D. Pedro a reconheceu como filha desde seu nascimento, e assim foi criada na corte, entre seus outros irmãos. Entretanto, só recendo o título de Condessa, aos 18 anos, após se casar com Pedro Caldeira Brant, o Conde de Iguaçu, tendo com ele, sete filhos.


Genealogia dos Castro Canto e Mello:

João Batista de Canto Melo c.c. Isabel Rickettes, f.ª de George Ricketts e de Sarah White.

João de Castro Canto e Mello [1740, Ilha Terceira - 1826, SP] c.c. Escolástica Bonifácia de Toledo Ribas [c.1761, SP - ?], neta do cel. Carlos José Ribas


 Outros Clãs:

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Clã dos Bettencourt / Bittencourt / Bethancourt / Bethencourt / Bitencourt

BITTENCOURT. Família francesa que passou a Portugal, instalando-se na ilha da Madeira, onde muito se expandiu, passando daí a outros lugares. O solar da família é o lugar de B., na Picardia, do qual se diz que tiveram o senhorio. Tanto no país de origem como em Portugal tiveram sempre nobreza e neste se aliaram com as mais distintas famílias. Posto que em França o apelido fosse B., em Portugal generalizou-se a forma Bettencourt, aparecendo ás vezes algumas outras, deturpadas, como B., Betancour, Betancor, etc. 

Parece que a pessoa mais antiga que se conhece desta linhagem é João de B., senhor dos lugares de B. e de Granville, na Normandia, camareiro-mor do duque de Borgonha, casado com Madame Maria de Braquemont Florenville e Sedan, que vivia por 1360. Seu filho João de B. armou navios e no desejo de achar novar terras lançou-se no Oceano, descobrindo as Canárias. Deixou as ilhas entregues a dois sobrinhos que consigo levara, Maciot e Henrique de B., filhos de seu irmão Reinaldo de Bettencourt, e não voltou da sua pátria porque aí morreu, pouco depois da chegada, solteiro, deixando, porém, filhos ilegítimos, de que proveio descendência existente nas sobreditas ilhas. 

Ficaram com o governo e senhorio da Canárias os sobrinhos mencionados, mas, morrendo Henrique, Maciot vendeu-as ao Infante D. Henrique e passou á ilha da madeira, onde viveu honradamente e teve as saboarias da ilha. Foi cavaleiro da Ordem de Malta e deixou geração ilegítima, casando uma filha com Rui Gonçalves da Câmara, de quem não teve descendência, pelo que instituiu o morgado de Água de Mel, que ficou a seu primo Gaspar de Bethancourt. Maciot de Betancourt deixou sucessão nas Canárias, a qual se uniu aos Aguilares.

Henrique de Bethancourt, irmão de Maciot, casou em França com Madame Lerianda de Gardaleme, que mandou buscar depois de pacificadas as Canárias, da qua teve pelo menos três filhos, um dos quais Maciot de Bethancourt, casou em Castela com uma senhora de apelido Guevara, de quem houve um filho, André de Bethancourt, que foi para França: outro, Henrique de Bethacourt, morou na Madeira com seu tio Maciot e casou na Ribeira Brava com uma filha de João de Morais, cujo matrimonio deu origem a larga geração: e o terceiro, Gaspar de Bethancourt, que também passou com seu tio Maciot à ilha da Madeira e desta veio para Lisboa, onde se recebeu com D. Guiomar de Sá, filha de João Afonso de Sá, e neta de João Rodrigues de Sá, camareiro-mor Este Gaspar de Bethancourt foi o sucessor do morgado de Águas de Mel já referido, e voltou para a Madeira com sua mulher, de quem teve filhos e filhas que continuaram o apelido; falecendo, porém, antes dela, passou a segunda núpcias com Fernão Álvares da Maia, do qual outrossim houve descendência. Gaspar de Bethancourt deixou um filho bastardo, legitimado, por nome Gaspar Perdomo, que casou com Brites Velho, filha de João Afonso Cosco e de Leonor Velho, do qual matrimonio provieram também Bethancourts.

Outro sobrinho do Rei das Canárias, Jorge de Bethancourt, filho de Reinaldo de Bethancourt, veio de França para Castela, com seu tio e seus irmãos Maciot e Henrique, e parece ter ficado em Valhadolide para tratar dos negócios do tio, casando ai com D. Elvira de Ávila, filha de Estêvão Domingo de Ávila, senhor das Navas e Cespedoza, no Reino da Galiza, e de sua mulher. Teve deste matrimonio João Sanches de Bethancourt, senhor de S. Bartolomeu dos Lunares e Nave Redonda, em sucessão ao seu pai, casado com Maria Vaz de Valdilho ou de Padilha, de quem teve filhos, dois dos quais, Antão e João Gonçalves de Ávila, vieram para Portugal. Antão Gonçalves de Ávila, no tempo das comunidades de Castela, entrou por Almeida, onde o recebeu Afonso Gonçalves de Antona, criado da infanta D. Beatriz, mais tarde Duquesa de Saboia, o qual, pela boa hospedagem que recebeu de Afonso Gonçalves, se tornou seu amigo, acompanhando-o à ilha Graciosa e casando com sua filha Inês Gonçalves de antona, com a qual houve em dote a parte de terra que seu sogro aí tinha. Vieram deste casamento os Ávilas Bethancourts.

Seu irmão João Gonçalves de Ávila serviu em África e depois casou na Graciosa com Leonor Álvares, ficando dele geração.

Posto que saídos de França ao mesmo tempo, os Bethancourts chegaram a Portugal por vias e em épocas diversas. 

As suas armas são: De prata, com um leão negro, armado e lampassado de vermelho. Timbre: o leão do escudo.

Etimologia: Sobrenome de origem geográfica, do francês Bettone curte, a "corte" de Betto-one, nome de homem de origem germânica: Betto, hipocorístico, e curtis, forma medieval que significa "propriedade rural, quinta". Localidade no Somme (França). Tendo tirado o nome do lugar de Bethencourt, na Picardia, pelo que se trata de um apelido de raiz toponímica. O sobrenome em Portugal e no Brasil, adquiriu diversas grafias: Betencourt, Bettencort, Bethencourt, Bitencourt, Bittencourt. (Dicionário das Familias Brasileiras, de Carlos de ALmeida Barata e Antonio Henrique Cunha Bueno.)


Portugal, ilha da Madeira, e Açores:


Todos os Bettencourt / Bittencourt das ilhas portuguesas, Portugal e Brasil tem como patriarca: Raynaldo de Bettencourt, irmão de Jean III Bettencourt, Rei das Canárias. 

Na Ilha da Madeira, a grafia do sobrenome tomou forma de Bittencourt, Bethencourt, e outras variantes. Entre os descendentes de Raynaldo, cabe registrar seus bisnetos, André de Bettencourt e Gaspar de Bettencourt, que tiveram mercê de Carta de Brasão de Armas desta Família; e seu terceiro neto, Francisco de Bettencourt [? - 1582], que passou para a Ilha Terceira nos Açores, nos princípios do séc. XVI, O solar desta família, nesta última Ilha, é a Casa da Madre de Deus, na freguesia de Santa Luzia, de Angra, cuja fundação data desde o estabelecimento dos Bettencourts na dita cidade (Sanches Baena, II, XXVII; Nobiliário da Ilha da Madeira, I, § 2, 58; Nobiliário da Ilha Terceira, Tomo I, 113). 

Solar da Madre de Deus, em Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, Portugal.



Brasil:

Entre os descendentes de Reynaldo Betancourt, registram-se: Jorge de Lemos Betancourt, 5ª neto, contratado para levar gente das ilhas para povoar o Maranhão e Grão Pará, no princípio do Séc. XVII.

Félix de Bettencourt, que chegou à Bahia no fim do Séc. XVII, vindo de Funchal, na Ilha da Madeira. Casou em Jaguaripe, com Dona Ursula Maria das Virgens de Sousa de Bittencourt, dando origem a importantes linhagens de Bittencourt da Bahia. Destes descendem os Souza Bittencourt, os Barros Bittencourt, os Calmon Bittencourt, os Maia Bittencourt  e os Mariani Bittencourt. Entre os descendentes do casal, registram-se: I - o neto, Manuel Gonçalves Maia Bittencourt, patriarca da família Maia Bittencourt, da Bahia.

João Betancourt, luso-açoreano, que serviu nas Armadas e achou-se na restauração da Bahia, em 1625, lutando contra os holandeses.


Os Bettencourt na Bahia:

O Ramo mais antigo dos Bettencourt na Bahia, e mesmo no Brasil, parece descender de Francisco Alvares Ferreira de Bettencourt, natural da ilha da Madeira, Fidalgo da Casa Real, Comendador da Ordem de Cristo, que se casa em Portugal em 1561, com Isabel Correia de Almeida. Em 1591, já se encontra, um filho residindo na Bahia, em Sergipe do Conde: Christovão de Sá Bettencourt, natural de Lisboa, casado com Francisca (Alvares) Barbosa de Araújo, com quem teve 6 (seis) filhos, 4 (quatro) machos e 2 (duas) fêmeas.

Francisco Alvares Ferreira de Bettencourt, virá a se casar uma segunda vez, desta, com D.ª Policena de Souza, com quem tem uma filha, Maria de Betencourt de Sá, que se casa com Sebastião Cavalo de Carvalho, que será a progênese dos Cavalo de Carvalho na Bahia e que posteriormente se entrelaçarão com os Meneses e Girões. Dessa cepa, descente o Capitão Marcos Bettencourt, com destacada participação na guerra contra os holandeses. Dele se subdivide um outro clã com os Teles de Meneses.

MARCOS DE BETENCOURT. Com 20 anos de serviço, promovido a sargento-mor do Partido de que era coronel Lourenço Barbosa da Franca. Ajudara a defender os engenhos ameaçados pelos holandeses, de Lichtardt, e evitou que o de Pitanga fosse queimado. Protegeu a barra de Matoim onde se refugiraram os barcos portugueses. Substituiu (14 de maio de 1678) aquele coronel. Os deveres do posto não permitiram aceitasse a vereança, comunicou o governador à Câmara, 16 de janeiro de 1673. 

Genealogia dos Ferreira de Bettencourt:

1. Francisco Alvares Ferreira de Bettencourt (n. ilha da Madeira) c.c. Isabel Correia de Almeida.

2.1. Cristovão de Sá Bettencourt (n. Lisboa) c.c. Francisca Barbosa, f.ª de Baltazar Barbosa de Araújo, natural de Ponte de Lima, e de sua mulher Catarina Alvares

3.1. Baltazar Barbosa,

3.2.Francisco de Sá Betencourt c.c. D. Ana Paes de Azevedo (*1668)

3.3. Lourenço de Lemos,

3.4. Maria Barbosa,

3.5. Águeda de Lemos e

3.6. Joana de Sá Betencourt c.c. Miguel Teles de Meneses, f.º de Jerônimo Moniz Barreto, o velho, e de D. Isabel de Lemos Palha. Fidalgo da Casa Real.

2.2. D. Joana de Sá Bettencourt

2º Casamento de Francisco Ferreira de Bettencourt, com Policena de Souza:

1. D. Maria de Betencourt de Sá, filha de Francisco Alvares Ferreira de Betencourt, da ilha da Madeira, cavaleiro fidalgo, e professo na Ordem de Cristo, e de sua mulher Policena de Souza:

2.1. Francisco de Betencourt casou com D. Arcângela de Melo, filha de Manuel de Melo de Vasconcelos e de sua mulher D. Francisca de Perada

3.1. D. Cecília de Betencourt, batizada em casa e tomou os santos óleos a 27 de novembro de 1608 em Matoim. Casada com Fernão Alvares, e depois com Antônio Fernandes da Costa, sem filhos.

3.2. Manuel de Melo de Vasconcelos, batizado a 23 de maio de 1611, c.c. D. Luiza Girão, f.ª de Diogo Varela de Macedo e de sua mulher D. Luiza Girão, e teve filhos:

4.1. Francisco de Betencourt de Sá.

4.2. Diogo Varela de Macedo c.c. D. Eusébia Girão, sua prima, f.ª de Diogo Varela, seu tio, irmão de sua mãe.

4.3.  D. Maria de Melo, mulher de Estevão da Costa Peixoto.

2.2. D. Maria de Sá, primeira mulher do capitão Luiz de Melo de Vasconcelos,

2.3. O capitão André Cavalo de Carvalho, adiante. Segunda vez casou o doutor Sebastião Cavalo de Carvalho com Vitória Barbosa, filha de Gaspar Pires e de sua mulher Maria Barbosa, de Porto-Seguro, e não teve filhos. casou com D. Margarida Girão, f.ª de Francisco Lopes Girão, o velho, e de sua mulher D. Maria Correa; dessa sua mulher teve entre outros filhos, que faleceram pequenos, os seguintes:

3.1. Sargento-mor Marcos de Betencourt, f.º do capitão André Cavalo de Carvalho e de sua primeira mulher D. Margarida Girão, c.c. D. Jerônima de Meneses, f.ª de Henrique Moniz Barreto e de D. Maria Soares, dela não teve filhos. Segunda vez c.c. D. Ângela de Meneses, f.ª de Mateus Pereira de Meneses e de sua primeira mulher D. Isabel de Almeida, e teve filhos:

4.1. D. Margarida Teles de Meneses, segunda mulher do coronel Luiz de Melo de Vasconcelos.

5.1. Capt. Marcos de Betencourt Vasconcelos c.c. D. Orsula Teles de Meneses (n. do Monte), f.ª do sargento-mor Antônio Moniz Barreto e de D. Arcângela de Melo Vasconcelos.

4.2. D. Maria de Meneses, mulher de João Paes Aorião, sem filhos.

4.3. D. Antônia Teles de Meneses, c.c. o doutor João Álvares de Vasconcelos, f.º de D.ª Maria de Vasconcelos e de Mateus de Aguiar Daltro.

4.4. D. Leonor Teles, mulher do capitão João de Brito e Souza, sem filhos.

4.5. D. Luiza Teles de Meneses, casada com Martinho de Freitas de Couros Carneiro.

3.2. D. Maria Girão, batizada a 15 de dezembro de 1613, c.c. Filipe Garção de Oliva; casaram a 28 de setembro de 1661.

3.3. D. Luiza Girão, mulher segunda de Cosme Pereira de Mendonça,

3.4. D. Ana de Girão.

3.5. Sebastião Cavalo de Carvalho, f.º do capitão André Cavalo de Carvalho e de sua primeira mulher D. Margarida Girão, batizado a 2 de maio de 1624, casado com D. Simoa de Macedo, f.ª de Agostinho da Costa de Morais e de sua mulher D. Bárbara de Macedo com filhos. Segunda vez casou com D. Brites de Oliva, viúva do capitão João Garção, filha de João Garcez, o velho, e de sua mulher Vitória de Oliva, e teve deste segundo casamento a 20. D. Benta de Oliva, primeira mulher de Gaspar Teles de Carvalhal,

4.1. D. Maria de Betencourt, batizada a 28 de setembro 1659.

4.2. Agostinho da Costa de Carvalho, batizado a 27 de fevereiro de 1661, f.º de Sebastião Cavalo de Carvalho e de sua mulher D. Simoa de Macedo, casou com D. Inês Teles de Meneses f.ª do capitão João de Ceitas e de sua mulher D. Bárbara de Sá de Meneses, e teve filhos:

5.1. D. Bárbara Teles de Meneses, mulher de Antônio de Souza Freire, com filhos, batizada ao 1º de outubro de 1704,  f.ª de Agostinho da Costa de Carvalho e de sua mulher D. Inês Teles de Meneses, c.c. Antônio de Soula Freire (n. de Pirajá), f.º de Matias de Souza Freire e de D. lnácia Josefa Brandão, e teve filho:

6.2. Francisco.

5.2. D. Antônia Teles de Meneses (batizada a 8 de setembro de 1702), c.c. Pedro Barbosa de Vasconcelos, com filhos:

5.3. D. Joana Teles c.c. Arnaldo Bezerra, batizada a 25 de julho de 1706.

5.4. D. Maria Francisca de Betencourt, c.c. Francisco de Barros de Azevedo, batizada a 8 de julho de 1708.

5.5. Sebastião Cavalo de Carvalho, batizado a 20 de fevereiro de 1740.

5.6. D. Luzia Teles de Meneses, batizada a 9 de abril de 1713.

5.7. D. Ana Teles de Meneses, batizada a 8 de janeiro de 1715.

5.8. D. Antônia Teles de Meneses, c.c. Pedro Barbosa de Vasconcelos, natural da Bahia, freguesia de Matoim, f.º de Agostinho Correa e de sua primeira mulher D. Maria da Piedade Barbosa, e teve filhos:

6.1. Agostinho, batizado a 26 de março de 1720.

6.2. D. Inês, batizada a 9 de novembro de 1721.

6.3. D. Francisca, batizada a 10 de maio de 1723.

4.3. D. Margarida Girão, batizada a 25 de setembro de 1663.

4.4. D. Isabel Correa de Almeida, batizada a 17 de março de 1666.

4.5. D. Joana de Betencourt, batizada a 6 de março de 16 ...

4.6. Álvaro Girão de Carvalho. 

4.7. D. Bárbara de Betencourt, batizada a 27 de setembro de 1672.

4.8. Manuel Girão de Carvalho, batizado a 18 de outubro de 1674.


Francisco de Bettencourt de Sá:

Um outro ramo dos Bettencourt na Bahia se origina de Francisco de Bettencourt de Sá, fidalgo da ilha da Madeira, filho de Gaspar de Bettencourt de Sá.  A quem o rei prometeu o hábito da Ordem de Cristo se levasse da ilha da Madeira para o Brasil cem homens, em 1631. A expedição destinava-se à guerra de Pernambuco, dando a ele "todos os mantimentos", teve o Hábito de Cristo concedido a 4 de março de 1633. Casou com D.ª Arcângela de Melo, da raça dos Peradas. 

Genealogia de Francisco de Bettencourt de Sá:

1. Gaspar de Bettencourt de Sá

2. Francisco de Betencourt de Sá (n. ilha da Madeira) c.c. D. Arcângela de Melo

3. D. Francisca de Perada c.c. Manuel Pereira de Faria

4. Francisco de Betencourt de Sá c.c. D. Ana Paes de Azevedo, f.ª de Miguel Moniz Barreto, Fidalgo da Casa Real, e de D. Úrsula do Rego.

5. Manuel Moniz Teles


FAMÍLIA BITTENCOURT DE SÁ (Bahia):

Brasão dos 
Bettencourt de Sá
Importante família estabelecida na Bahia, originária da Ilha da Madeira. Principiam em D. Félix de Bittencourt de Sá, nascido em 1667, na Freguesia de São Pedro, do Funchal. Fidalgo da Casa Real. Passou à Bahia, onde deixou numerosa descendência do seu casamento, a 31.08.1688, com Catarina de Aragão e Aiala, viúva de Jorge de Brito Bittencourt, filha de Diogo de Aragão Pereira e de Inês de Aiala (Jaboatão, 834).

D. Félix de Betencourt de Sá, advindo da ilha de São Miguel, nos Açores. Filho de Francisco de Betencourt de Sá, neto de Gaspar de Betencourt de Sá, da ilha da Madeira. Na Bahia casou com D. Catarina de Aragão de Aiala, filha de Diogo de Aragão Pereira, viúva de Jorge de Brito Bettencourt.

 

Genealogia de D. Félix de Bettencourt de Sá, neto de Gaspar de Bettencourt de Sá:

1. Gaspar de Betencourt de Sá (1482–Deceased) c.c. Isabel Fernandes (1490 - ?)

2. Francisco de Betencourt de Sá c.c. D.ª Joana de Meneses Câmara

3.1. D. Félix de Betencourt de Sá c.c. Catarina de Aragão Aiala, f.ª de Diogo de Aragão Pereira.

4.1. D. Joana Catarina c.c. capitão-mor Inácio de Siqueira Vilas Boas,  

4.2. D. Antônio Manuel da Câmara c.c. D. Maria de Barros, filha do capitão-mor Estevão Borges de Barros, e teve dela dois filhos: o padre D. Estevão de Barros da Câmara e D. Antônio Manoel da Câmàra

4.3. D. Manuel José de Betencourt de Sá c.c. D. Maria Barros, f.ª do capitão-mor Estevão Borges de Barros

11. D. José Filipe de Betencourt. 

12. D. Luiz, 

13. D. Úrsula. 

14. D. Catarina c.c. Bento da Silva Cerqueira.

4.4. D. Caetano de Betencourt de Sá c.c. D. Inês da Silva Aragão, f.ª do coronel Francisco de Araújo de Aragão e de sua segunda mulher D. Perpétua da Silva, a qual D. Perpétua era filha de Domingos da Silva Moro, e teve filhos:

D. Félix,

Francisco,  

Perpétua,

Antônia,

Catarina,

Rosa e

Joana.

4.5. D. Félix de Betencourt de Sá c.c. D. Orsula Bezerra, f.ª do coronel Francisco de Araújo de Aragão e de sua segunda mulher já referida acima, D. Perpétua da Silva, e teve filho:

15. Francisco de Betencourt de Sá. 

4.6. D. Francisca, mulher de Sebastião Gago da Câmara, sem filhos.

4.7. D. Antônia Francisca de Aragão Tb dita: Antonia Francisca de Meneses que casou com o capitão-mor Sebastião Borges de Barros. sem filhos.

4.8. D. Antônio Félix de Betencourt de Sá c.c. D. Teresa, f.ª do mestre de campo Caetano Lopes Vilas-Boas, e tem filhos de menor Idade.

4.9. D. Diogo de Betencourt, que faleceu decrépito, sem casar, a 14 de fevereiro de 1723.

4.10. Francisco, batizado na capela de Santo Antônio do Açu, a 11 de julho de 1690, e;

4.11. José Francisco, batizado na capela de Santa Maria Maior, a 29 de dezembro do 1692.

O doutor João Alvares de Vasconcelos, filho de D. Maria de Vasconcelos e de seu marido Mateus de Aguiar Daltro, foi casado com D. Antônia Teles de Meneses, filha do sargento-maior Marcos de Betencourt e de sua segunda mulher D. Ângela de Meneses, irmã do alcàide-mor desta cidade Francisco Teles de Meneses.

7. Cristóvão de Aguiar de Betencourt, diz o assento do seu óbito, a 22 de março de 1719. 

CRISTOVAO DE SÁ BETENCOURT. Confessou à Inquisição, em 1591, "ser cristão velho natural de Lisboa, filho de Francisco Alvares Ferreira de Betancourt e de Isabel Correa de Almeida, casado com Francisca Barbosa, cristã velha, lavrador de idade de 30 anos"; irmão de D. Joana de Sá Bittencourt. Morava em Sergipe do Conde.

BALTAZAR BARBOSA. Os filhos de Cristóvão de Sá Betencourt: Baltazar Barbosa, Francisco de Sá Betencourt, Lourenço de Lemos, Maria Barbosa, Águeda de Lemos e Joana. 


Miguel Moniz Barreto filho de Ana de Lemos e de seu marido Cristóvão Rabelo de Azevedo, foi Fidalgo da Casa Real, e casou com D. Orsula do Rego, ** filha de Sebastião Paes e de sua primeira mulher Isabel de Azevedo, e teve filhos. 

D. Ana Paes de Azevedo, mulher de Francisco de Sá de Betencourt. Batizada a 18 de junho de 1668. 

N .... Miguel Teles de Meneses, filho de Jerônimo Moniz Barreto, o velho, e de sua segunda mulher D. Isabel de Lemos Palha. foi Fidalgo da Casa Real. casou com D. Joana de Sá Betencourt, filha de Cristóvão de Sá Betencourt, e de sua mulher Francisca Barbosa, filha esta de Baltazar Barbosa de Araújo. de Ponte de Lima e de sua mulher Catarina Álvares: teve filhas: 

D. Isabel de Lemos, terceira mulher de Domingos Maciel Teixeira, e depois de Germão Botelho. 

De seu marido Domingos Maciel Teixeira teve D. Isabel de Lemos um filho por nome Tomé, batizado na capela da Trindade a 23 de setembro de 1646; o qual Tomé faleceu sete meses depois da morte de seu pai. 

D. Francisca de Meneses, casada com Antônio da Fonseca Saraiva. Batizada na Sé a 11 de outubro de 1620. 

D. Madalena de Meneses, mulher de Damião Pinheiro de Mendonça. 

Cristóvão de Sá de Betencourt foi casado com Francisca Barbosa, filha de Baltazar Barbosa de Araújo e de sua mulher Catarina Alvares, à fi .... n. 1; e teve filha: 

1. D. Joana de Sá de Betencourt, casada com Miguel Teles de Meneses, acima. 


Segunda vez casou este Luiz de Melo com D. Margarida Teles de Meneses, ou Betencourt, filha de Marcos de Betencourt e de sua mulher D. Angela de Meneses, e teve filhos. 

34. Marcos de Betencourt, 

D. Antônia - D. Ângela e Vasco de Melo, casado com uma filha de Antônio Rabelo, de quem teve um filho por nome Francisco.

N. 34. Marcos de Betencourt Vasconcelos, filho do coronel Luiz de Melo de Vasconcelos e de sua segunda mulher D. Margarida Teles de Meneses, foi capitão, e casou com D. Orsula Teles de Meneses, natural do Monte, filha do sargento-mor Antônio Moniz Barreto e de sua mulher D. Arcângela de Melo Vasconcelos, dispensados no 4. o grau dobrado, misto com o 3. o de consanguinidade.

N. 7. Gaspar Teles de Carvalhal, filho de Francisco de Carvalhal de Vasconcelos, n. 1, e de sua mulher D. Maria de Meneses, casou com D. Benta de Sá, ou de Oliva, filha legítima de André Cavalo, o velho, e de sua mulher D. Margarida de Betencourt de Sá, o qual André Cavalo era filho de Sebastião Cavalo de Carvalho, (24) o primeiro ouvidor que el-rei mandou a esta terra, à Bahia, e de sua mulher Margarida de Betencourt de Sá; de Gaspar Teles de Meneses e sua mulher D. Benta foi filha:


Em meados do Séc. XVIII, Antônio Betencourt (n. 1757), procedente da Ilha Terceira, nos Açores, deixa larga descendência em Salvador.

O Ramo dos Bettencourt no Rio de Janeiro:

Outro ramo dos Bettencourt, mais antigos, no Brasil se registra no Rio de Janeiro, nos idos de 1600, na pessoa de Ventura de Bittencourt, natural dos Açores (n.c.1618), casado com Juliana Martins (1623, RJ - 1659, RJ). 

*João Azevedo de Bettencourt, natural da Ilha de São Jorge – Açores, que veio em 1786 para o Rio de Janeiro.

*Deão José Maria de Bettencourt Vasconcelos e Lemos, de Ilha Terceira – Açores, Radicado no Rio de Janeiro em 1817.


Pará:

*FAMÍLIA MORAES BETTENCOURT: Açores, chegados ao Pará em 1619.  


Pernambuco:

A Familia Vieira de Mello, em Pernambuco, de quem tem como varão Antonio Vieira de Melo, descende de Maria Bittencourt, natural da ilha da Madeira.  


Rio Grande do Sul:

filho do capitao João de Bettancourt natural da freguesia da Senhora Santa Bárbara das Ribeiras e sua mulher Maria Silveira de Ávila natural da freguesia Sao Sebastiao, digo, da Senhora da Piedade lugar da Ponta desta ilha do Pico e (moradores) em o lugar das Pontas Negras desta mesma freguesia nasceu em os 20 dias do mês de janeiro do ano de 1741.

* Domingos de Béthencourt (n. Ilha do Pico – Açores), Patriarca do clã riograndense de Bittencourt. Casou, em 1770, em Rio Pardo, RS, com Ricarda Maria Ramires Pinto Bandeira (1755, Viamão, RS – 1826).






Genealogia da Família Bittencourt no Rio Grande do Sul:

1. Ágada De Brum e Bettencourt ca 1667-87 Francisco Vieira Fagundes ca 1650-

2. João De Bettencourt ca 1688-1716 Maria Da Silveira De Ávila 1700-

3. Domingos De Bettencourt 1741-70 Ricarda Maria Ramires Pinto Bandeira 1755-1826, f.ª de José Ramires Pinto Bandeira e de Bernarda Gonçalves De Aguiar 1732-

4. Maria Joaquina Do Nascimento Bettencourt 1775-ca 1840 &ca 1791 João Antonio Pereira Martins 1767-1847

5.1. Maria Joaquina Do Nascimento Bettencourt 1775-ca 1840 

5.2. Reginaldo Pinto De Bettencourt ca 1777- c.c. Juliana Pires De Moraes

5.3. Domingos Pinto De Bettencourt ca 1778-

5.4. Bernarda Maria De Aguiar ca 1781-

5.5. Francisco Pinto De Bettencourt ca 1783- c.c. Maria Rodrigues

5.6. Manuel Pinto De Bettencourt ca 1785-

5.7. Inocência Josefa De Aguiar

5.8. Venância De Aguiar

5.9. Ana Joaquina ?


 Outros Clãs:

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Clã dos Drummond



DRUMMOND. Família originária da Escócia e uma das maiores e mais distintas daquele Reino. João de Drummond ou João Escórcio, passou a Portugal, fixando-se na ilha da Madeira, onde deixou descendência. Parece que se consorciou duas vezes: a primeira com Catarina Vaz de Lordelo, a segunda com Branca Afonso. Os seus descendentes, principalmente os das linhas femininas, procuraram estabelecer a verdadeira origem do nome, apurando que João Escorcio era um filho segundo da casa de Drummond de Stobhall, na Escócia, cuja varonia e primogenitura (oriundas de Walter Drummond) se conservaram naquele país até 1878. Nesta data, sobrevindo a morte do 6º Conde de Perth, ultimo representante dessa linha, muitas pessoas da Madeira, Açores e Brasil pretenderam habilitar-se à herança, mas não conseguiram por falta de documen tos autênticos. Em 1519, e ainda depois, nos anos de 1604 e 1634, alguns descendentes de João Escórcio estebeleceram correspondência com os membros da família Drummond de Stobhall, trocando-se cartas, algumas escritas em latim. Estão publicadas no livro The Genealogy of the most noble and ancient house of Drummond, dado a estampa de Edimburgo em 1831.  O Arquivo Histórico da Madeira traduziu-as e publicou-as no seu volume III. Nessas cartas aos parentes portugueses, os nobres estrangeiros confirmaram que um filho de lord Drummond – que era irmão da Rainha Arabela da Escócia – fora por 1420 para França em busca de honra e fama, não tendo seus irmãos mais nenhuma notícias dele: daí a persuasão de que seria o mesmo que, por essa época, aportou à Madeira e se fez chamar João Escórcio, apelido tirado de Escócia. Em Portugal escreveu-se o nome dessa família com as formas Drummond, Durmond e Durmão.

As armas desta família são as seguintes: De ouro, com três faixas ondadas de vermelho.

Timbre: um galgo de vermelho, cofeirado de ouro, sainte.

Etimologia: o nome vem do gaélico druim, “costas,” de onde Druyman, “montes ondulados,” “montes com picos,” expressão que se reflete no desenho de suas armas. 

Lema: Virtutem coronat honos ("Honra coroa virtude"), no compartimento: Gang Warily (vá cautelosamente), Embora pareça uma indeseção para uma viagem segura, o lema é na verdade um aviso para aqueles fora do clã, em referência ao episódio em que Sir Malcolm Drummond, sugeriu ao Rei Robert the Bruce que espalha-se cravos de metal (espécie de pregos) no caminho contra a cavalaria inglesa na batalha de Banockburn.

Escócia:

Tartan e Crista dos Drummond
A lenda diz que os Drummonds descendem dos reis húngaros da dinastia de Árpád, e assim, seriam descendentes diretos de Átila. No entanto, é mais provável serem originários da pequena nobreza celta da Escócia, nas highlanders, e vindo a se tornar, subitamente, um dos mais poderosos clãs escoceses a partir do século XIII. Da família Drummond saíram os condes  e  duques  de  Perth,  os  duques  de  Roxburghe,  e  (em  linhas femininas) os condes de Ancaster e a casa real dos Stuarts.

Em vista de uma desvastadora guerra entre Áustria-Hungria, de acordo com a tradição, a casa Drummond adviria da Hungria. Quando se viram forçados a fugir do usurpador Haroldo. O navio, comandado por Edgar, o Ateu, com sua mãe e suas irmãs Margarida e Isabel, foi levado para o Firth of Forth, e a Princesa Margaret tornou-se esposa do poderoso Canmore, Malcolm III, rei da Escócia, com efeitos de longo alcance na história subsequente da Escócia. O Rei, diz-se, fez de Maurice Steward (filho de Jorge, filho de André, rei da Hungria): Thane de Lennox, um título ainda mantido pelo chefe Drummond, e concedeu-lhe as terras de Drymen no Endrick, de onde seus descendentes tomaram seu nome, e que eles continuaram a possuir por cerca de 200 anos. 

Diz-se que foi em comemoração de seus ancestrais em trazer a Rainha Margaret para a Escócia que, quando brasões de armas surgiram, os Drummonds adotaram o dispositivo de três barras onduladas, ou barras, representando as ondas do pôr do sol do Mar do Norte. Na época de Alexandre II, tataraneto de Maurice, Malcolm Beg Drummond, garantiu ainda mais o status de sua família casando-se com Ada, filha do Conde de Lennox, e neta do Alto Mordomo da Escócia; e seu neto, Sir John Drummond, daquele ilk, Thane de Lennox, aparece na história como um forte defensor da liberdade escocesa contra a usurpação de Eduardo I da Inglaterra. Ele foi convocado para o Parlamento como um dos maiores barões do reino. Foi seu filho, novamente, Sir Malcolm Drummond, que sugeriu ao rei Robert the Bruce que espalha-se caltrops no caminho da cavalaria inglesa na batalha de Bannockburn. "vá cautelosamente", o lema da família, é dito em referência a essa sugestão. Por seus serviços naquela ocasião ele obteve do Rei terras em Perthshire, que teve o efeito de remover a sede da família de Loch Lomondside para o distrito central da Escócia.

Poucos anos depois, a casa fez sua primeira aliança com a família real. Margaret Logie, a bela e imperiosa segunda esposa do filho de Bruce, David II, era filha da casa de Drummond. Embora ela fosse a viúva de John de Logie, que havia sido executado por sua participação na grande conspiração de Soulis contra o rei Robert the Bruce, o rei David estava apaixonado pelo feitiço de sua beleza e não podia recusar-lhe nada; e com suas extravagantes peregrinações a Canterbury e a satisfação de espíritos pessoais como aquele pelo qual induziu o rei a lançar o Regente e seus filhos na prisão, ela conduziu David em uma linda dança, até que ele se divorciou dela na Quaresma em 1369. Então ela reuniu sua fortuna, dirigiu-se à corte papal em Avignon e continuou a criar problemas até sua morte pouco depois.

Com o casamento de Sir John Drummond (neto do Drummond que lutou em Bannockburn), com Mary, filha e herdeira de Sir William de Montifex, a família passou a possuir Stobhall no Tay e grandes posses em Perthshire, e uma outra aliança com a casa real foi feita quando a filha mais velha de Sir John, Annabella, tornou-se esposa do Rei Robert III, e foi coroada com ele em Scone em setembro de 1390. Através deste casamento, todos os reis sucessivos da Escócia e da Grã-Bretanha são descendentes da Casa de Drummond, como há sangue Drummond nas veias da maioria das famílias reais europeias.

O irmão mais velho de Annabella, Sir Malcolm, casou com Isabel Condessa de Mar, irmã do Conde de Douglas, que caiu em Otterburn. Sir Malcolm foi assassinado por Alexander Stewart, filho natural do feroz Lobo de Badenoch e neto de Robert II., Que se casou à força com a Condessa e assumiu o título de Conde de Mar, lutando com esse nome em Harlaw e Inverlochy. O irmão mais novo de Annabella, Sir John, que sucedeu como chefe dos Drummonds, era o juiz da Escócia.

Mas a casa ainda não havia atingido o auge de sua fortuna. O bisneto do Justiciar, outro Sir John Drummond, da Cargill e Stobhall, foi um distinto estadista no reinado de Jaime III, e por seus serviços como Embaixador Extraordinário na Inglaterra, para organizar os casamentos do Rei e seus filhos com princesas da Casa de York, foi feito Senhor do Parlamento em 1487.

Lord Drummond, entretanto, tinha esperanças secretas de ver outra filha, lady Margaret, no trono escocês. O filho mais velho do rei, o duque de Rothesay (que veio a ser o rei Jaime IV), então um rapaz de 16 anos, já havia demonstrado uma notável parcialidade por, lady Margaret. Quando Rothesay destrona seu pai, James III, e ascende ao trono, como James IV, lord Drummond o apoia. Rothesay então rei James IV, mantem um relacionamento com a filha de Lord Drummond, lady Margaret, e a toma como noiva. 

Os nobres da Escócia, no entanto desejavam uma aliança com a Inglaterra, e para tanto, era mister que o rei James IV casa-se com uma filha da casa real inglesa. Correu a notícia, que lady Margaret havia dado a luz e que se casara, secretamente, com o rei. Então, arquitetaram o assassinato de lady Margaret. Em uma manhã depois do café da manhã, em 1501, Lady Margaret, com suas irmãs, Lady Fleming e Sybilla, foram acometidas por uma doença repentina, que se acredita ter sido causada por veneno, e em poucas horas estavam mortas. As três estão enterrados em uma curiosa abóbada coberta com três pedras de mármore azul claro unidas no meio do coro da Igreja Catedral de Dunblane. Naquela época, o cemitério da família em Innerpeffray ainda não havia sido construído.

Nos anos posteriores a morte de suas três filhas, Lord Drummond perdeu seu filho mais velho, Malcolm, que era solteiro, e seu segundo filho, William, Mestre de Drummond, veio a ser condenado a morte, após matar membros do clã dos Murray, com quem estavam em guerra. Naquela época, o Abade de Inchaffry contratou Murray de Auchtertyre para roubar alguns rebanhos dos Drummonds para o pagamento de uma dívida. William, Mestre de Drummond, reuniu seu clã para vingar o insulto. E se defrontou com os Murray na pequena colina de Knockmary. Os Drummonds reforçados por um corpo de Campbells, puseram os Murray em fuga. Este último refugiou-se no pequeno kirk de Monzievaird, em Auchtertyre, e os Drummonds, não os encontrando, quando estavam a ponto de regressar ao seu próprio território, um Murray, vendo a sua oportunidade, foi imprudente o suficiente para disparar uma flecha de uma janela do kirk, e matar um homem. Em seguida, os Drummonds, amontoaram galhos em volta do pequeno campo de palha, atearam fogo e queimaram até as cinzas a própria igreja e oito vintenas dos Murray escondidos lá dentro. Por esse feito, o Mestre de Drummond foi preso, julgado em Edimburgo e, apesar da importância e influência de seu pai, foi executado. Seu filho Walter, que, com a morte de seu pai, também se tornou Mestre de Drummond, também morreu antes de seu avô, e era seu filho David, bisneto do primeiro Lorde, que, com a morte deste último em 1519, sucedeu como segundo Lorde Drummond.

Enquanto isso, um terceiro filho do primeiro lorde, Sir John Drummond de Innerpeffray, havia se destacado entre os soldados escoceses da fortuna no exterior e se tornado capitão da Guarda Escocesa de Henrique II da França, várias famílias consideráveis ​​com o mesmo nome são descendentes dele, mas o mais interessante talvez seja o fato de que, através do casamento de sua segunda filha com o Mestre de Angus, ele se tornou avô do conde de Angus de James V, e, pelo casamento do conde de Angus com a rainha Margaret, viúva de James IV, Tornou-se ancestral de Henry, Lord Darnley, marido de Mary, rainha da Escócia, e ancestral de todos os monarcas posteriores da Grã-Bretanha.

Até o final de seus dias, o primeiro Lord Drummond continuou a desempenhar um papel altamente distinto na história escocesa. Ele foi o embaixador enviado à corte inglesa por James IV. antes da batalha de Flodden, para garantir o atraso necessário para os preparativos bélicos de seu mestre; e, junto com o conde de Huntly e o conde Marischal, após a queda de James, ele deu um apoio valioso ao partido da rainha regente Margaret e seu marido, o conde de Angus, contra a facção chefiada pelo conde de Arran. Deve ter sido com sentimentos trágicos que, quatro anos antes de sua própria morte, ele soube da morte no campo fatal de Flodden de Jaime IV, a quem serviu lealmente e a quem um dia esperava ver como um filho em lei.

David, o segundo Lord Drummond, casou-se com uma princesa da casa real escocesa, Margaret, filha de Alexandre, duque de Albany, e neta do rei Jaime II. Com ela, no entanto, ele não teve filhos. Com sua segunda esposa, Lilias, filha de Lord Ruthven, ele teve dois filhos, Patrick, o mais velho, que se tornou o terceiro Lord Drummond, enquanto James, o segundo filho, em 1609, criou o Barão Maderty e tornou-se ancestral dos Viscondes Strathallan, que eram para suceder à chefia da família por meio desse elo, trezentos anos depois.

Enquanto isso, a linhagem mais velha dos Drummonds continuaria uma carreira romântica e altamente distinta. Tiago, o quarto Senhor, depois de atuar como embaixador de Tiago VI. ao Tribunal de Espanha, foi em 1605 criado Conde de Perth. O condado foi criado com o resto dos herdeiros do sexo masculino, e seu primeiro herdeiro foi o irmão do conde, John. Este chefe dos Drummonds foi um oficial monarquista na curta e brilhante campanha do marquês de Montrose. Casou-se com Lady Jean Ker, filha do primeiro conde de Roxburghe, casamento pelo qual seu quarto filho William tornou-se o segundo conde de Roxburghe e ancestral dos três primeiros duques com esse nome. O terceiro duque de Roxburghe, com quem terminou a linhagem dos duques Drummond de Roxburghe, foi o famoso colecionador de livros, que deu origem a uma conhecida encadernação de livros.

Enquanto isso, o filho mais velho do conde de Perth, James, sucedeu ao próprio condado de seu pai. Com Lady Anne Gordon, filha do Marquês de Huntly, ele teve dois filhos, os quais desempenharam um papel importante no lado jacobita na época da Revolução e depois. O irmão mais velho James, quarto conde de Perth, foi chanceler da Escócia, passou com seu mestre real para a França na Revolução em 1689 e foi nomeado duque de Perth por Jaime VII. em St. Germains em 1695. Seu filho James, Lord Drummond, tendo participado da rebelião do Conde de Mar em 1715, foi atingido e, portanto, não poderia suceder ao Conde de Perth, que consequentemente ficou adormecido para seu pai… Morte de ½s no ano seguinte; mas pelos jacobitas ele foi denominado o segundo duque de Perth, título que foi confirmado na França por Luís XIV. em 1701,com a morte do rei Jaime, ao mesmo tempo que os títulos dos duques de Berwick, Fitz James, Albemarle e Melfort, todos ducados jacobitas na mesma posição.

O segundo duque tinha dois filhos e era o mais velho deles, Tiago, o terceiro duque titular, que era o chefe da família na época da última rebelião jacobita. Ele morava com sua mãe no Castelo Drummond, quando soube que o Príncipe Charles Edward havia desembarcado nas Terras Altas Ocidentais. O governo de George II. conhecia sua simpatia e enviou um oficial, seu vizinho, o capitão Murray de Auchtertyre, para efetuar sua prisão. A família estava jantando quando o capitão Murray chegou, e o duque insistiu em adiar os negócios até o fim da refeição. Feito isso, depois de uma taça de vinho, o duque propôs que se juntassem às damas e educadamente abriu a porta para permitir que convidado a passar primeiro. Ele não o seguiu, porém, mas, fechando a porta e girando a chave, escapou por outra saída,e em poucos instantes estava galopando para se juntar ao Príncipe. Ele foi ferido em Culloden e morreu na passagem para a França a bordo da fragata francesa La Bellone um mês depois.

Algo do ardor jacobita da família pode ser deduzido do fato de que, depois que a causa foi finalmente perdida, sua mãe fez com que o belo lago do Castelo de Drummond fosse formado para cobrir para sempre com suas águas os estábulos que haviam sido poluídos por a cavalaria hanoveriana do duque de Cumberland.

O irmão do segundo duque, lorde John Drummond, também participara ativamente do lado do príncipe. Sir John Cope, que mais tarde ganharia fama nada invejável por sua derrota em Prestonpans, havia acampado no parque de sua casa em Ferntower, perto de Crieff, e no caminho para o norte de Culloden o próprio Príncipe havia se alojado no Castelo de Drummond e em Ferntower. Lord John foi, portanto, conquistado junto com seu irmão mais velho, e as propriedades de Drummond foram confiscadas em 1746. Foi para ele que o famoso regimento de Royal Scots no serviço francês foi criado. Ele morreu sem descendência em 1747 e foi sucedido por seus tios, John e Edward, como quinto e sexto duques titulares de Perth. Eduardo, no entanto, morreu sem filhos em 1760, e com ele terminou toda a linhagem masculina de Tiago, quarto conde de Perth, cujo filho James, conquistador,Lord Drummond, em 1715, o condado de Perth estava adormecido.

Este título foi agora revivido na pessoa de James Drummond, neto de sua primeira esposa de John, segundo filho do terceiro conde. Este John Drummond fora General da Artilharia e principal Secretário de Estado da Escócia na época de Carlos II, e foi elevado à nobreza como Visconde Melfort em 1685 e Conde de Melfort em 1686. Como seu irmão, o quarto Conde de Perth, ele havia seguido James VII. para a França, e foi feito duque de Melfort na corte jacobita em 1692, com a sucessão dos filhos de sua segunda esposa, sendo o título confirmado como mencionado acima por Luís XIV. em 1701. Por uma Lei do Parlamento Escocês, o Conde de Melfort foi conquistado e confiscado em 1695, mas ele continuou a ser conhecido como Duque titular de Melfort. Seu terceiro filho, William, foi o Abade-prieur de LiÃge, e seu quarto filho,um tenente-general do Exército francês e Grã-Cruz de St. Louis foi o antepassado de três gerações de oficiais ilustres do serviço francês que carregavam o título de Conde de Melfort.

O filho mais velho do duque com sua primeira esposa, James Drummond de Lundin, como já mencionado, veio como chefe dos Drummonds em 1760. Ele foi herdeiro do último conde em 1766, e então assumiu o título de conde de Perth . Seu filho, James Drummond, décimo primeiro conde de Perth, teve as propriedades Drummond em Strathearn restauradas a ele pelo Tribunal de Sessão e Parlamento em 1785. Com sua morte em julho de 1800, entretanto, essas propriedades passaram para sua única filha, Lady Willoughby de Eresby, cujo neto, o conde de Ancaster, os possui atualmente.

Enquanto isso, John Lord Forth, filho mais velho de sua segunda esposa do primeiro duque de Melfort, havia sucedido como segundo duque de Melfort e herdou as propriedades de Melfort que haviam sido concedidas a seu pai por James VII. Ele se casou com a viúva do duque de Albemarle, que era condessa e herdeira de Lussan por seus próprios méritos, e tinha dois filhos, o mais jovem dos quais, denominado Lord Louis Drummond, era o segundo no comando dos escoceses reais em Culloden, e tornou-se tenente-general do serviço francês, Grã-Cruz de St. Louis e governador da Normandia.

Foi seu neto James Louis, quarto duque de Melfort, e conde de Lussan, um general no serviço francês, que com a morte do décimo primeiro conde de Perth em 1800 se tornou o décimo segundo conde de Perth e chefe dos Drummonds. Ele morreu nove meses depois e foi sucedido em todos esses títulos por seu irmão, Charles Edward. Em 1803, o último iniciou um processo no Tribunal de Sessão para fazer valer sua reclamação, mas teve a ação indeferida por uma razão técnica e, como ele era um prelado católico romano, não pôde apresentar sua reclamação à Câmara dos Lordes. Após sua morte em 1840, no entanto, seu sobrinho, George Drummond, estabeleceu seu pedigree perante o Conseil d'Etat da França e o Tribunal de Ia Seine, e seu direito de sucessão às honras francesas de Duc de Melfort e Perth, Conde de Lussan e Baron de Valrose.Ele foi o sexto Duc de Melfort e o décimo quarto Conde de Perth, e pela Lei do Parlamento em 1853, foi restaurado às honras de sua casa neste país como Conde de Perth e Melfort, Lord Drummond de Cargill e de Stobhall e Montifex, Visconde Melfort e Forth, e Lord Drummond de Rickertown, Castlemaine e Galstown, Thane de Lennox e hereditário Administrador de Strathearn.

Com a morte desse conde em uma idade avançada em 1902, no entanto, toda a linhagem masculina de Patrick, terceiro Lord Drummond, foi extinta, e a chefia do clã, junto com as honras da família, foi herdada pelo visconde Strathallan, representante de James, Lord Maderty, segundo filho de David, segundo Lord Drummond, da época do Rei James III.

O primeiro Lord Maderty foi elevado à nobreza por James VI. em 1609, e, como todos os outros membros da família Drummond, sua casa continuou a apoiar firmemente a causa Stewart na Escócia. Seu segundo filho, Sir James Drummond de Machany, foi o Coronel do Pé de Perthshire no noivado para resgatar Charles I. em 1648, e o neto de Sir James, Sir John Drummond, foi condenado em 1690 por sua adesão à causa de James VII. na Revolução. Seu filho mais velho, William, no entanto, em 1711 sucedeu a seu primo distante da linhagem mais velha como quarto visconde de Strathallan.

Enquanto isso, David, o terceiro Lorde Maderty, que se casou com uma irmã do Marquês Realista de Montrose, também apoiava a causa de Carlos I ; e Guilherme, o quarto barão, ocupou um alto comando como seu primo no noivado malfadado de 1648. Mais tarde, ele lutou em Worcester pela causa de Carlos II e, embora feito prisioneiro, conseguiu escapar e se juntar ao remanescente monarquista nas Terras Altas, até que foi dispersado por Morgan em 1654. Ele então se juntou ao exército da Rússia, e alcançou o posto de tenente-general, mas na Restauração voltou a este país, e foi nomeado Senhor do Tesouro e General de as Forças na Escócia. Como recompensa por sua lealdade, em 1686 foi criado o Visconde Strathallan. Foi com a morte de seu neto, o terceiro visconde,que William Drummond de Machany sucedeu ao título mencionado acima.

Tendo pegado em armas para o príncipe Charles Edward, este senhor foi morto em Culloden, e seu nome, junto com o de seu filho mais velho, foi incluído na Bill of Attainder.

Drummonds um Clã "Jacobita":

John Drummond, soldado
jacobita, 1739.
Nascido na França, de pais 
exilados, criou o regimento
Royal Ecossais e desembarcou
em Montrose, dez. de 1745 
com cerca de 1 mil homens 
para ajudar Charlie. Perderam
um grande nº de homens no
cerco do castelo de Stirling.
Em abril seguinte, eram 350
e faziam parte da 2ª linha
em Culloden.
Os Drummonds sempre foram jacobitas orgulhosos, movimento político dos séculos XVII e XVIII na Grã-Bretanha e Irlanda que tinha por objetivo a restauração do reinado da Casa de Stewart na Inglaterra e Escócia (e depois de 1707, ano em que o Reino da Escócia e o Reino da Inglaterra num Tratado de União se uniram criando a Grã-Bretanha), partidários do absolutismo ou tradicionalismo, contrários aos governos parlamentaristas liberais da Casa de Hanôver. Havendo igualmente um forte pendor católico e antiprotestante tanto pelos Drummonds como pelos Stewarts, contrários a liberdade religiosa. Começando com o apoio dos monarquistas na Guerra Civil. Eles lutaram com Montrose em 1645. James, o quarto conde, tornou-se Lorde Alto Chanceler da Escócia em 1684. Quando Tiago VII aderiu ao trono, ele se declarou católico, ganhando grande favor com o monarca católico. Earl James foi um cavaleiro fundador da Ordem do Cardo. A família também sofreu por sua lealdade a Tiago VII. Earl James foi preso por quatro anos e mais tarde entrou para a corte exilada na França. Seu irmão, o conde de Melfort, seguiu o rei em sua campanha mal sucedida na Irlanda em 1690.

James Drummond, (mais tarde o segundo duque) juntou-se à revolta de 1715 durante a qual ele tomou o castelo de Edimburgo e comandou tropas montadas na batalha do Xerife. O terceiro duque seguiu o Príncipe Bonny em 1745 e capturou Carlisle, Inglaterra. Em Culloden ele comandou o flanco esquerdo. A família sobreviveu à revolta graças à sua presença na França, mas na Escócia suas terras foram confiscadas. Em 1853, George Drummond foi restaurado pelo Parlamento Conde de Perth. O castelo da família Drummond, construído no século XV, está localizado em Concraig e agora é a sede dos Condes de Ancaster (os Drummond-Willoughbys).

Enquanto Strathallan estava envolvido nas turbulências jacobitas do Norte, seu irmão Andrew fundava a conhecida casa bancária de Drummond and Company, em Londres, comprou a propriedade de Stanmore em Middlesex e fundou uma família importante lá.

Enquanto isso, a representação da família foi continuada pelo filho e neto do quinto visconde alcançado. O neto, que era general e governador do Castelo de Dunbarton, em 1810 fez uma petição infrutífera pela restauração das honras da família. Por ocasião de sua morte em 1817, seu primo, James Drummond, filho de William, segundo filho do quarto visconde, tornou-se representante da família Strathallan. As honras da família foram restauradas a ele pela Lei do Parlamento em 1824, e um novo capítulo na história da família foi inaugurado. Este segundo filho, Sir James Drummond, GCB, era um Senhor do Almirantado, Oficial da Legião de Honra e Cavaleiro da Medjedie, enquanto seu terceiro filho, Edmond, era Tenente-Governador das Províncias do Noroeste da Índia, e seu bisneto é o décimo primeiro visconde, agora conde de Perth e chefe dos Drummonds. Sua senhoria sucedeu a seu pai, o décimo visconde Strathallan, em 1893, e a seu primo, o décimo quarto conde de Perth, e ao chefe Drummond, em 1902.

É uma longa e estranha história, esta, de uma raça que várias vezes se casou com a casa real escocesa, e várias vezes se arruinou dando àquela casa seu apoio leal e extenuante; mas são poucas as famílias ou clãs que, com uma história tão longa, têm tão pouco a manchar o brasão de honra de suas armas.

Castelo dos Drummonds em Perthshire


Portugal, ilha da Madeira:

“Para que a memória da nossa raça através do tempo, não se perdesse, o citado Rei e a Rainha deram ao nosso antepassado húngaro um senhorio de título de nobreza, a saber: Drummond, para ele e e seus descendentes, e um brasão de armas, como distintivo de honra, em campo e ouro, faxas ondeadas de vermelho, e, como suportes, dois selvagens; [....] assim nós vo-las mandamos (para usardes delas) por um portador daqui, [....] Mas, se preferirdes mandar-nos um dos vossos, que saiba latim (porque a língua portuguesa nos é totalmente desconhecida) nós trata-lo-emos como nosso próprio filho.”

Trecho da carta de Lord Drummond a seus primos na ilha da Madeira.


Ilha da Madeira e de 
Porto Santo
SIR JOHN DRUMMOND (João Escórcio): Foi um cavaleiro andante. Lutou em guerras na França, em 1418, junto do delfim Carlos VII e da santa Joana d’Arc contra os ingleses liderados pelo grande Henrique V. Em 1427 passou à Espanha, onde lutou ao lado de D. Juan I de Castela na conquista de Granada, último bastião mouro na Espanha, e daí foi a Portugal, de onde se fixou na Madeira, onde obteve sesmaria em 1430. Morreu entre †1460-70 na Madeira, quando em seu leito de morte, revela sua origem, desconhecida até então pelos seus filhos, pedindo que comunicassem a sua família na Escócia. Teria casado por volta de 1435, a primeira vez com Catarina Vaz de Lordelo e em segunda núpcias com Branca Affonso da Cunha,  irmã do primeiro vigário de Santa Cruz na Madeira, naturais da Covilhã, com quem teve 9 filhos.

Sua filha: Beatriz Escócia (f. 1527) , de quem descende o ramo mineiro dos Drummond, fundou o morgado de São Gil, em Santa Cruz, na Madeira. 

Os Drummond escoceses souberam da existência do ramo português, quando em 1519, o navegador Thomas Drummond aportou em Porto Santo, ilha vizinha a da Madeira, e lá, se deparou com membros da família. Thomas tangiversou especialmente com Manuel Afonso Ferreira, e seus irmãos, netos de João Escórcio, filhos de Belchior Gonçalves Ferreira e de Branca Afonso (esta filha do João Escórcio). 

Manuel Afonso requereu por intermédio de Thomas, ao clã na Escócia, os documentos necessários para comprovar sua ligação com os Drummond, e assim fosse também reconhecido parte da nobiliarquia escocesa, com todas as regalias disso decorrentes. Thomas assim fez, enviando o pedido para o chefe do clã, David Lord Drummond, que auxiliado por primos mais experientes, submeteram a requisição de Manuel Afonso ao Conselho da Nobreza da Escócia, que terminou por reconhecer que João Escórcio (Sir John Drummond) era de fato filho de John Drummond de Stobhall, e por assim, membro do clã.

Thomas Drummond retornou a ilha da Madeira com o atestado do Conselho, escrito em latim, e o brasão de armas do clã, e entregou aos seus parentes na ilha da Madeira. 

Reconhecida sua nobreza pelo reino da Escócia, os Drummond da Madeira requereram sua condição de nobres perante o reino de Portugal. Oque foi devidamente acatado pelo rei D. João III em 1538, com emissão de carta de brasão de armas dos Drummond. 


Brasil:

Os Drummonds são das mais antigas famílias brasileiras, tem-se notícia do primeiro Drummond em 1544, em ilhéus na Bahia, quando posteriormente aporta também em Ilhéus João Gonçalves Drummond (1555), vindo na armada de Tomé de Souza, e que vem a ser esse João G. Drummond o patriarca dos Drummonds na Bahia. 

Em Pernambuco também se distingue outro ramo, na pessoa de Leandro Teixeira Escócio de Drummond, do qual seus descendentes (Moura Drummond) se entrelaçam com os Acciaiouoli (Pimentel Drummond) também descendentes dos Drummonds da ilha da Madeira. 

Em São Paulo, no Séc. XVII, se estabelece Manuel da Luz Escórcio Drummond, vindo da ilha da Madeira, uma de suas filhas se consorcia com a família Botafogo e se estabelecem em São Sebastião do Rio de Janeiro.

Em Minas Gerais mais recentemente, começo do XVIII, chega o Capt. Antonio Carvalho Drummond, natural da ilha da Madeira.

Todos esses ramos descendem de João Escórcio (Sir John Drummond), sendo que o ramo de Pernambuco como o da Bahia tem descendência em Catarina Anes Escócia consorciada com Gaspar Gonçalves Ferreira, filha de João Escórcio. O ramo de Minas Gerais, descendem de Beatriz Escócia casada com Antão Álvaro de Carvalho, também filha de João Escórcio, e por desiderato, irmã de Catarina Anes Escócia.

Há variações do sobrenome Drummond, tanto no Brasil, como em Portugal por: Escórcio, Escóssia, Escóssio. No Ceará, como no Maranhão, essas variações são mais comuns.

Clã dos Drummond em Ilhéus (Bahia):

Antes de Tomé de Souza vir para o Brasil como governador, com quem trás João Gonçalves Drummond, Provedor da fazenda de llhéus, "fidalgo de cota d' armas" , vindo da ilha da Madeira em 1552, já se tinha notícia de um certo "Pero Oscorcio Drumondo, fidalgo", que ali estava desde 1544, como juiz ordinário, ao tempo do donatário Pero do Campo, em Porto Seguro. Seria o escocês, Escórcio, que trouxe o irmão João Gonçalves Drummond da Madeira para o Brasil? 

João Gonçalves Drummond casou com D. Marta de Souza, uma das fidalgas órfãs enviada por el-rey João III para se casarem. Sobre ela escreveu o padre Luiz Rodrigues, "uma mulher virtuosa e devota, fidalga, que chamam D. Marta". Tiveram dois filhos nascidos em llhéus, Gaspar Lobo de Souza e Belchior de Souza, de 37 e 33 anos em 1591, casado este com D.ª Mécia, moradora em Tasuapina; filha de Joana de Souza, mulher de Inácio de Barcelos, natural da ilha Terceira, morador em llhéus. Se registra que João Gonçalves Drummond ainda vivia em 1592. 

Antônio de Souza Drummond, natural do Brasil, capitania dos Ilhéus, filho de João Gonçalves Drummond, da ilha da Madeira, da ilustre família dos Drummonds, e fidalgo, e de sua mulher D. Marta de Souza. foi esse Antônio de Souza Drummond, capitão, e na Bahia casou com D. Joana Barbosa, filha de Baltazar Barbosa de Araújo e de Catarina Alvares, sexta filha de Genebra Alvares e de Vicente Dias de Beja, e de sua mulher D. Joana Barbosa. Antonio de Souza Drummond combateu com valor na defesa da Bahia em 1638 contra o sítio que o conde de Nassau pôs à cidade, embarcou na armada do conde da Torre, foi dar às índias de Castela, donde passou à Espanha, passou-se a Portugal aderindo à aclamação de D. João IV, veio de novo à Bahia com o governador Antônio Teles da Silva, alferes reformado, e por fim se destacou na ação do engenho de Alvaro Rodrigues de Meneses, em Paramirim, atacado pelos holandeses. 

Clã Acciaiuoli-Drummond em Pernambuco:

Os Drumonds de Pernambuco, advém de Leandro Teixeira Escócio de Drummond e de Victória de Moura, ambos naturais da ilha da Madeira, e que passaram à Pernambuco, em começo do Séc. XVIII. Leandro, era filho de Manuel Escócio de Drummond (n. 1630), natural da ilha da Madeira. 

Alguns da sua descendência (Moura Drummond) se entrelaçam com os Acciaiuoli (Pimentel e Drummond), já estabelecidos, desde pelo menos 1618 em Pernambuco, e também oriundos da ilha da Madeira, onde remotamente, Simone Acciaiuoli casara com Maria Pimentel e Drummond (entre 1510-41), bisneta de João Escórcio (Sir John Drummond), patriarca do ramo português. 

Pe. Landell de Moura
inventor do rádio
Ambas as cepas: Moura-Drummond (Leandro Teixeira Escócio de Drummond) quanto os Acciaiuoli (Maria Pimentel e Drummond) descendem de Catarina Anes Escócia, filha de João Escórcio, que se fundem com o entrelaçamento das duas famílias. 

O padre Roberto Landell de Moura, inventor do rádio, descendia pelo seu lado paterno, pernambucano, da família Moura Drummond, além de sua mãe ser escocesa, d'onde o sobrenome Landell. 


Genalogia de D. Maria Pimentel e Drummond:

1. Sir. John Escórcio Drummond c.c. Branca Afonso da cunha

2. Catarine Anes Escórcio  c.c. Gaspar Gonçalves Ferreira, f.º de Gonçalo Aires Ferreira e de Mécia Lourenço.

3. Isabel Ferreira Drummond c.c. Fernão Pedro Rodrigues (tio de Isabel), f.º de Gonçalo Aires Ferreira e de Mécia Lourenço.

4. Maria Pimentel e Drummond c.c. Simao Acciaiuoli

5. Zenobio Acciaiuoli c.c. Maria de Vasconcelos

6. Gaspar Acciaiuoli de Vasconcelos c.c. Anna de Albuquerque Cavalcanti

7. Sgt.-Mor João Baptista Acciaiuoli de Vasconcelos c.c. Maria de Mello

8. Maragarida Acciaiuoli  c.c. Felipe de Moura Acciaiuoli (primo de Margarida)

9. Francisco de Moura Rolim c.c. Maria José da Silveira

10. Sgt.-Mor Manuel de Moura Rolim c.c. Francisca Xavier Moura, f.ª Tenente-Coronel Estevão Vicente Guerra e de Maria Mendonça Furtado, f.ª de Leandro Teixeira Escócio e de Victória de Moura.


Genealogia de Leandro Teixeira Escócio de Drummond:

1. Manuel Escócio de Drummond (1630)

2. Leandro Teixeira Escócio / Leandro Teixeira Escórcio Drumond (1665-1740) c.c. Vitória de Moura

3. Maria de Mendonça Furtado (1690-1749)

4. Francisca Xavier Furtado (1708-1743) c.c. Sgt.Mor Manuel de Moura Rolim (tetra-neto de Maria Pimentel e Drummond).



Clã dos Drummond em São Paulo e Rio de Janeiro:

Manuel da Luz Escórcio Drummond,
que seria filho de Mécia Lourenço, e por sua vez neto de Catarina Anes de Escócia, filha de João Escórcio, natural da ilha da Madeira, apareceu com sua mulher e seus três filhos e uma filha: Maria da Luz Escorcia Drumond, em Santo André, no litoral de São Paulo. Enviuvando, casou-se uma segunda vez, e recolheu-se para o Rio de Janeiro com seu genro João de Sousa Pereira Botafogo. 

Descendentes seus apareceram em Minas Gerais no início do século XVIII. Outros Drummond do Rio de Janeiro apareceram na Bahia, como Domingos Gonçalves Drummond, natural de Cabo Frio, que foi para Salvador no século XVIII.


Clã dos Drummonds em Minas Gerais:

O ramo dos Drummond em Minas Gerais, é mais tardio, porém de maior difusão do sobrenome. Tem início no século XVIII, quando o capitão Antônio Carvalho Drummond, natural da ilha da Madeira, septa-neto de D. João Escórcio, foi nomeado guarda-mór das terras de São Miguel de Antônio Dias, na comarca do Rio das Velhas em Minas Gerais. 

Constituiu fazenda em Itabira do Matto Dentro - MG, denominada: Fazenda Drummond, que legou aos seus descendentes. Desse ramo, provém, o poeta Carlos Drummond de Andrade.


Clã dos Escórcios no Maranhão:

Capitania do Maranhão
No Maranhão a etimologia dos Drummonds que mais se difundiu foi "Escórcio", também de origem recente advinda do imigrante português, da ilha da Madeira, Capt. José Escórcio Alexandrino, que se casou com Francelina Balbina de Oliveira, e com ela teve oito filhos. Tendo ficado viúvo, casou uma segunda vez, desta com D.ª Maria Vitória, com a qual teve nove filhos. 









Genealogia da Família Drummond:

Sir Malcolm (III) the Beg DRUMMOND 6º senescal de Lennox, †antes de 1270, primeiro personagem atestado documentalmente nesta família. C.c. Ada, f.ª de Baldwin, conde de Lennox, sobrinha de John the Stewart.

Sir Malcolm (IV) DRUMMOND N. c. 1239, †1329, 7º senescal de Lennox. Surge em 1271 assinando como testemunha um documento perante o conde de Monteith.

Sir John (II) DRUMMOND 8º senescal de Lennox, †1301. C.c. uma f.ª de sir Walter Stewart, conde de Monteith. Prisioneiro dos ingleses de 1286 até 1297.

Sir Malcolm (V) DRUMMOND, 9º senescal de Lennox, companheiro de Robert the Bruce em 1315, de quem recebeu terras em Perth.  C.c. uma filha de sir Patrick Graham of Kincardine.

Sir Malcolm (VI) DRUMMOND, 10º senescal de Lennox, †1346 na batalha de Durham. Companheiro de David II, rei da Escócia.

Sir John (III) DRUMMOND c.c. Mary, f.ª de sir William de Montifex, barão de Cargill e iustitiarius Scotiæ em 1332.

Sir Malcolm (VII) DRUMMOND

Sir John (IV) DRUMMOND

Sir Walter DRUMMOND

Sir John (V) DRUMMOND

Sir John (V) DRUMMOND (João Escócio) c.c. Branca Affonso da Cunha

Beatriz Escócia (c. 1445-1527) c.c. Antão Álvaro de Carvalho, f.º de Gil de Carvalho.

Gil de Carvalho c.c. Maria Fávila em 1525.

Álvaro de Carvalho c.c. Maria de Goes de Mendonça em 1550.

Sebastião (I) de Carvalho; c. 1576 c.c. Beatriz da Costa.

Sebastião Gil de Carvalho e Mendonça c.c. Isabel Serrão, em 1602

Sebastião Gil (III) de Carvalho que em 1628 c.c. Maria da Costa.

Sebastião (IV) de Carvalho Drummond, que c.c. Joana da Costa.

Antonio de Carvalho Drummond. C. em 1711 c. Inácia Micaela de Freitas Henriques

Isabel Anes Escócia c.c. dr. João de Leiria

Catarina Anes Escócia c.c. Gaspar Gonçalves Ferreira, f.º de Gonçalo Aires Ferreira

Isabel Ferreira Drummond c.c. Pedro Rodrigues Pimentel, f.º de Rodrigo Pimentel e de s.m. Catarina de Brito.

Maria Pimentel Drummond c.c. Simone Acciaioli, florentino radicado na Madeira.

Mécia Lourenço c.c. João Gonçalves, das Ilhas.

João Gonçalves de Drummond c.c. D. Marta de Souza, c.g. na Bahia

Manuel da Luz Escórcio de Drummond (filiação conjectural), c.g. no RJ, na família Botafogo

Annabella Drummond, que veio a ser Rainha da Inglaterra




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Clã dos Furtado de Mendonça

MENDOZA / MENDONÇA . Conta-se entre as mais ilustres e antigas famílias da Espanha a dos Mendozas / Mendonças, por vir dos senhores de Bisc...