sábado, 7 de setembro de 2019

Clã dos Camargos



Os Camargo são originários do vale de Camargo (Santander, País Basco), de onde se espalharam por Santillana (Santander), Castrojeriz e Roa (Burgos), Agreda (Soria), Pozal de Gallinas (Valladolid), Placencia (Cáceres) e Guadalajara.


No Brasil:

Registra-se como cabeça de clã: Jusepe Ortiz de Camargo ("José Ortiz de Camargo"),  natural de Burgos, que veio a S. Paulo na última parte do século 16.º, f.º de Francisco de Camargo e de Gabriela Ortiz, n. p. de Luiz Dias de Camargo e de Beatriz de la Peña.

Em São Paulo, casou com Leonor Domingues, falecida com testamento em 1630 na mesma vila no estado de viúva de seu marido, f.ª de Domingos Luiz - o Carvoeiro - cavaleiro fidalgo, e de Anna Camacho.

Jusepe de Camargo foi concunhado de Amador Bueno da Ribeira, que foi casado com Bernarda Luiz, também f.ª do dito Domingos Luiz. Esta família (bem como a descendência de Amador Bueno) participa do sangue de João Ramalho, que foi casado com Izabel Dias f.ª do cacique Tibiriçá. Foi Jusepe de Camargo pessoa de autoridade e respeito em São Paulo, onde ocupou o cargo de juiz ordinário em 1611; e seus descendentes, conservando o prestígio de seu progenitor, disputaram por muitos anos as rédeas do governo, tendo como competidora a não menos nobre e poderosa família dos Pires.

Do casamento de Jusepe Ortiz de Camargo com Leonor Domingues, tiveram como filhos:

1.º Capitão Fernão de Camargo
2.º José Ortiz de Camargo
3.º Francisco de Camargo (Capitão)
4.º Capitão Marcellino de Camargo
5.º Jeronimo de Camargo
6.º Gabriela Ortiz de Camargo
7.º Marianna de Camargo
8.º Anna Maria de Camargo


José Ortiz de Camargo foi bandeirante e morreu testado em São Paulo em 23 de julho de 1663, em sua fazenda de Bitarulaia, hoje Buturuju, município de Jundiaí, em terras da sesmaria obtida em 1642.

Com seu irmão Fernão ou Fernando de Camargo, o Tigre, chefe do partido dos Camargos contra os Pires. Eram filhos de Jusepe Ortiz de Camargo e Leonor Domingues. Irmão ainda do capitão Marcelino de Camargo (?-1676), juiz ordinário em São Paulo, patriarca da família Camargo Pimentel.

Fez parte da bandeira do capitão Diogo Coutinho de Melo em 1636, sob as ordens do capitão Antônio Raposo Tavares, contra os índios no sertão dos Carijós. Diz a respeito da bandeira o genealogista Silva Leme: 
"a qual dando um assalto ao gentio nos sertão dos Carijós, chamados dos Araxás, aconteceu nele ser ferido um dos companheiros da bandeira de nome Brás Gonçalves, que veio a falecer nesse sertão, fora do arraial onde tinha jurisdição o dito capitão-mor Antônio Raposo. Pelo que o capitão Diogo Coutinho, que comandou o assalto, julgando do seu dever salvaguardar os interesses dos órfãos herdeiros do falecido Brás Gonçalves, não somente tomou conhecimento do testamento que este fizera nesse sertão como também nomeando para servir de escrivão a João de Godói o qual mandou inventariar os bens que consigo levava o dito Brás Gonçalves; e como houvesse dificuldade em conduzi-los a povoado, além do grande risco de cairem esses bens nas mãos dos inimigos, em cujas terras se achavam, determinou que, avaliados, fossem postos em leilão, devendo o pagamento ser feito pelos arrematantes no prazo de seis meses, com um fiador."
Silva Leme acrescenta: «Julgando de interesse para o leitor conhecer em que consistia a bagagem de um bandeirante naqueles tempos, e também conhecer quais os companheiros que com ele se achavam nessa bandeira, damos em seguida a lista dos bens que deixou, e juntamente o nome dos companheiros arrematantes e seus fiadores: três negros do gentio da terra (ou seja, índios) de nome Francisco, João e Dionísia, que foram entregues a Baltasar Gonçalves Vidal para conduzi-los a São Paulo e entregá-los à justiça para distribui-los aos herdeiros. Uma berruma (sic) e uma sovela, arrematadas por Fernando de Godói (filho do castelhano), por seis vinténs, fiador João de Godói; um martelinho de ferro arrematado por Baltasar de Godói (o moço) por um cruzado, fiador José Ortiz de Camargo; umas mangas velhas arrematadas por Simão da Costa por um tostão, fiador João de Godói; um cabacinho com sal e um ralo arrematados por José Ortiz de Camargo, por 720 rs., fiador Baltasar de Godói. Um cesto encourado arrematado por João de Godói por 560 rs., sendo fiador José Ortiz de Camargo.

Umas chinelas velhas arrematadas por Miguel Nunes, por 70 rs., sendo fiador João de Godói. Umas ceroulas arrematadas por Jerônimo Rodrigues, sendo fiador Baltasar Gonçalves Vidal. Uns sapatos velhos de cordavão arrematados por Duarte Borges, sendo fiador João de Godói. Um arratel de chumbo e uma quarta de pólvora arrematados por Luiz Feio por dois cruzados, sendo fiador João de Godói. Um prato de estanho arrematado por Francisco de Chaves, por 510 rs., fiador Baltasar de Godói. Um facão arrematado por José Ortiz de Camargo por 600 rs., fiador João de Godói; Uns escopros arrematados por José Ortiz de Camargo, fiador Fernando de Godói. Um capote e calção arrematados por João Maciel Bassão por 21 patacas, fiador Baltasar Gonçalves Vidal. Meias de cabestrilho arrematadas por José Ortiz de Camargo, fiador João de Godói. Uma forma de pelouro arrematada por José Ortiz de Camargo, fiador João de Godói. Uma enxó arrematada por Duarte Borges por uma pataca, fiador João de Godói. Um novelo de linha.

Deste bandeirante se narram desordens feitas em 5 de fevereiro de 1654 quando os vereadores se reuniram para pedir contra ele auxílio ao capitão-mor que residia em Santos pois reunira seus sequazes em corpo de armas e tentavam entrar na vila. A 7 de fevereiro, reuniram-se de novo os vereadores porque José Ortiz d C, tendo entrado na vila com seus capangas armados, foi tumultuadamente à câmara e apresentou provisão que o nomeava Ouvidor. Mas a câmara negou-lhe posse e mandou afixar editais deste acontecimento. Dois dias mais tarde se reuniram de novo os vereadores, o capitão-mor, o visitador da Companhia de Jesus, Padre Simão de Vasconcelos, o abade de São Bento, o prior do Carmo, o guardião de São Francisco, e decidiram que nada seria alterado no governo da terra do que respeitasse à eleição dos cargos públicos e oficiais da câmara, contanto que não usasse nem executasse papel ou ordem que não viesse da Bahia, ou lhe venha de novo até a chegada do Ouvidor sindicante. José Ortiz não se sujeitou ao acordo e prosseguiu no exercicio de suas funções, com o competente cortejo de violências.


A Guerra entre os Pires e os Camargos:

Em 24 de novembro de 1655 um alvará de D. Jerônimo de Ataíde, conde de Atouguia, governador geral do Brasil, aprova a concordata feita na vila de São Paulo. Diz o alvará:

Faço saber aos juízes, vereadores, procurador do conselho, pessoas particulares e povo da vila de São Paulo e ao capitão-mor ouvidor e mais justiças da capitania de São Vicente que Francisco Nunes de Siqueira, procurador da família dos Pires, e José Ortiz de Camargo, da dos Camargos, moradores uns e outros na mesma vila, me representaram diferentes papéis e queixas de ambas as partes, assim sobre os tumultos e sedições que haviam resultado da eleição da câmara que naquela vila havia feito o Ouvidor-geral do Rio de Janeiro João Velho de Azevedo, como sobre outros procedimentos seus de que se havia ocasionado chegarem aquelas duas famílias a tomarem armas com numeroso séquito de índios e quase a rompimento de batalha, se os prelados das religiões que ali se achavam o não advertissem, evitando a última ruína daquela praça, enquanto se recorria a este governo para nele se determinar o que mais conviesse ao serviço de Sua Majestade e quietação daquele povo.

"Desejando eu reduzi-los à universal concórdia e as duas famílias e parcialidades à união, com que se deve tratar dos aumentos da sua república e observância das obrigações de bons vassalos, para com maior acerto se eleger o meio que fosse mais eficaz e dispositivo deste fim, ordenei se visse esta matéria na relação do Estado com toda a circunspecção que o caso pedia. E considerando tudo que, por uma e outra parte se propôs em suas petições, o que constou das certidões, devassas e mais documentos em que as fundaram, e a informação e voto que haviam precedido de todos os religiosos e mais autoridades que se haviam achado no referido congresso das duas parcialidades, com sujeitos que mais interior e desinteressadamente o podiam dar, o parecer do chanceler e mais desembargadores e resolução que na relação se teve por mais conveniente seguir-se; procurando conformar-me com ela em tudo que a gravidade e as circunstâncias deste negócio e suas dependências o permitem, por envolver também razões políticas e que não menos deve o governador atender que as da justiça quando estas são tão implicitas como as do Estado, Hei por bem e serviço de sua majestade que daqui em diante sirvam na câmara da dita vila tanto os de um bando como de outro, para que com essa igualdade cessem as inquietações que, de não a haver, se acenderiam naquele povo, e a eleição se fará da maneira seguinte: chamará o Ouvidor da capitania com o escrivão da vila, na forma da Ordenação, os homens bons e o novo dela ao Conselho, e lhe requererá nomeie cada um seis homens para eleitores, três do bando dos Pires e três do dos Camargos, e lhes ordenara façam seus três rois como de estilo, a saber: seis para juízes, três de um bando e três de outro, e um neutral, e três para procuradores do Conselho, um Pires e um Camargo e um neutral; e assim se usara para os mais ofícios se os houver na câmara, etc. .

E porque das devassas que o mesmo ouvidor-geral do Rio de Janeiro João Velho d Azevedo tirou naquela Capitania ficaram culpados diversos moradores daquela vila que estão inábeis para poderem ser eleitores, e só concedendo-se perdão geral só aos que não tivessem parte se poderá encaminhar a eleição na Câmara e a quietação do povo ao acerto que se pretende, em nome de Sua Majestade concedo perdão a todas as pessoas de qualquer qualidade e condição que sejam, que de modo algum ficam culpadas nas devassas que o dito Ouvidor tirou naquela Capitania de quaisquer crimes em que tenham parte.

Mas considerando que os que a têm e estão sentenciados com pena capital são os principais sujeitos da família dos Camargos, e se totalmente se lhes denegar perdão, ou da parte ou absoluta de Sua Majestade, se poderão ocasionar novos prejuízos, que depois terão dificilimo remédio e agora se devem prevenir pelos possiveis da suavidade e conveniência em que ambas as familias é justo que se conformem e perdoem reciprocamente, pondo os olhos nas mortes e penas que uma e outra tem padecido, e nos inconvenientes que ao diante se podem seguir de se acusarem com todo o rigor da justiça e recomendando mui encarecidamente aos prelados das religiões, ordeno ao capitão-mor e a todas as pessoas de posto e à maior autoridade naquela vila que, com interposição da presente e em nome deste Governo, procurem reduzir as partes a lhes conceder perdão, para que com a demonstração dele se confirmarem mais indissoluvelmente os vinculos de paz com que desejo unir ambas as familias no antigo sossego em que as conservava a sociedade de comuns moradores daquela vila e o particular parentesco que entre si têm, e a amizade que antes professavam.

E neste caso, tendo perdão das partes (como confio) o hei por concedido também em nome de Sua Majestade a todos os de uma e outra família que estiverem culpados nas devassas referidas, e em especial aos Camargos, que estão sentenciados em pena capital, e uns e outros poderão ser livremente ocupados em todos os cargos públicos sem em tempo algum se lhes formar culpa nem impedimento. Mas se for tanta a abstenção das partes (o que não espero) que continuam a acusação para este negocio não tornar a seus principios, e se obviarem todas as consequencias que podem ser danosas à conservação daquela vila, Hei por bem e serviço de Sua Majestade que aos culpados que tiverem parte, e principalmente aos condenados em pena capital da família dos Camargos, por haverem sido sentenciados à revelia, se suspenda a execução dela, e não obrem as justiças contra eles, em virtude das sentenças dadas, cousa alguma, enquanto não vem resolução de Sua Majestade sobre esta materia. E quando eles livrarem-se o façam ordinariamente perante os julgadores a que pertençam, nem serem constrangidos à prisão; para o que lhes concedo por este seguro real em nome de Sua Majestade e debaixo deste poderão livremente aparecer nas audiências e estar na mesma vila ou fora dela sem impedimento algum das justiças, para com menor temor delas requererem até com efeito se sentenciar definitivamente a sua culpa. Pelo que ordeno aos oficiais da Câmara daquela vila, capitão-mor, ouvidor, pessoas particulares e povo dela e de toda a Capitania de São Vicente bem assim a todas as mais justiças deste Estado a que o conhecimento desta com direito pertencer, que a cumpram, (etc). Antonio Veloso a fez nesta cidade do Salvador da Bahia de Todos os Stos, aos 24 de Novembro de 1655. Bernardo Vieira Ravasco a escreveu.

Huve provisões posteriores de 23 de julho de 1674 e de 28 de dezembro de 1688 para confirmar e ratificar o perdão dado, pois alguns Ouvidores, com interpretações sibilinas, tentaram anular e recomeçar as devassas, pois tal era, segundo a experiência de longos anos, a missão dos magistrados portugueses que auferiam assim custas e propinas dos processos.

Tudo isso se verifica no Arquivo da Câmara de São Paulo, em seus livros de vereanças e de registros de alvarás e cartas regias de 1653 a 1670 e outras memórias.


Outros Clãs:

Clã dos Urrea/Urreya


Em sua história de San Juan de La Peña diz Briz Martinez que os Urrea descendem do primeiro Rei de Navarra, Garcia Ximenez, pelo ano de 718.

Jerónimo de Aponte-se que, em fins do século XI, quando a conquista de Huesca, floresceu um cavaleiro chamado Maximiliano de Urrea, marido de dona Toda Garcês da Casa de Sobrarbe.

Há autores, como Jerónimo Zurita, em seus Anais da Coroa de Aragão, que derivam da Casa de Urrea da soberana da Baviera. Dizem que o tal Maximiliano era filho do Imperador germânico, e que, tendo vindo em peregrinação a Santiago de Compostela, ficou ao serviço do rei de aragão Pedro I, participou da batalha de Alcoraz em 1094 (segundo a lenda, em companhia do próprio São Jorge) e na posterior reconquista de Huesca. Já sob o reinado de Afonso I, o Batalhador, participaria da reconquista de Saragoça, em 1118 e a posterior campanha deste mesmo rei, na região do vale do Jalón, em 1120, tomando o sobrenome Urrea por ter conquistado aos mouros em lugar de esse nome (provavelmente a atual Urrea de Jalon) e fundando nesta área um domínio cujos vestígios ainda perduram em nossos dias refletidas na heráldica municipal da área.

Mossèn Jaime Febrer encontro em suas Trovas: "Veio para a conquista Ximén de Urrea, rico hombre de Aragão, com cavaleiros e soldados a pé. Diz ser descendente antigo dos duques da Baviera, de acordo com o manifesta seu escudo com três faixas azuis, e outras três de prata, logo certa de sua grande casa. A história refere os seus feitos e virtudes; e é por isso que lhe ofereceu o Rei lhe dar prêmio a Alcalatén, que admitiu saboroso, fundando um castelo para conter o mouro".

O que está fora de dúvida é a grande preponderância alcançada por este linhagem no reino de Aragão, em virtude de suas brilhantes intervenções nos momentos mais antigos e notáveis daquela monarquia. Também são notórias suas ligações com nobilíssimas famílias e os altos cargos que desempenharam. Foram senhores de Épila, Boyo, Lucena, Salillas, Berbedel, Urrea, Jarque, Sestrica, por favor, Tierga, Pensões, Almonacid, O. e Alcalatén, Marqueses da Vilueña, Viscondes de Roda e Biota e o Conde de Aranda, este último concedido por Fernando o Católico.

A nobreza dos Urreyas, foi provada nas Ordens de Santiago (1539) e San Juan de Jerusalém (1535) e da Real Chancelaria de Campinas (1511 e 1581). Don Lope Ximenez de Urrea, Visconde de Roda, Senhor de Almonacid, Epila, Trasmor, Mata, Castelviejo, Salinas e Casanueva, foi criado Conde de Aranda, em 19 de Janeiro de 1508; Grandeza de Portugal, em 1626, o V Conde, Antonio Ximenez de Urrea. A casa de Urrea acabou sendo incorporada à de Cobre do Povo, reformulada mais tarde na ducal de Hijar. Desde 1957, é XVII Condessa da Duquesa de Alba.

Em Soria, houve uma família com esse nome, com filial em Goiânia, a que pertenceu o Capitão João de Urrea e Briand, batizado em Bilbao, que casou com d. Francisca Teresa Guilherme, Senhora de Morandais. Esses maridos passaram para o Chile, onde seus descendentes são apelidaram Morandais, e depois Morandé. Suas armas parecem ter origem na etimologia basca de URREA (urre = ouro, urritz = aveleira) e o sobrenome, neste caso, pode derivar do nome Urrecha, vasco, proveniente do Duranguesado (Vizcaya) e que também tem como armas: Em campo de ouro, um aveleira de sinopla, terrasado de gules e acompanhado por dois cabras de azur íngremes ao tronco.


No Brasil:

1. MANOEL NOBALLAS Y URREYA cc D. ANNA SOARES:

2.1 João Noballas y Urreya (Nabalhas y Hurrea) – Filho de Manuel Noballas y Urreya, nobre espanhol que chegou a Pernambuco antes dos holandeses, e de D. Anna Soares.

Os seus serviços constam de patente passada pelo governador André Vidal de Negreiros: "nas ocasiões de peleja, sobretudo na de Taparica, quando o general Segismundo foi àquela cidade e também na em que o Blarde (Lichardt) foi ali a queimar os engenhos do Recôncavo, na recuperação de Pernambuco e no socorro contra os negros dos Palmares que desbaratou com os seus homens. fazendo o mesmo em 669 e 670". 

Consta ainda ter tido sesmaria no Rio Grande do Norte no ano de 1664.

Manoel de Nobalhas y Urrea, se retirou para Salvador com Matias de Albuquerque, quando do grande exôdo dos pernambucanos, diante da invasão holandesa que se firmava em 1935. Seu engenho Sibiró de Cima, foi confiscado pelos holandeses e arrematado por João Carneiro de Mariz, sendo posteriormente, com a expulsão dos holandeses, restituído a Manoel de Nobalhas y Urrea. 

Casamento 01: D. Joanna da Câmara de Albuquerque, filha de Mathias de Albuquerque Maranhão e de Catarina Feijó Guardes. Depois de viúva D. Joanna foi a segunda esposa de Domingos de Albuquerque Montenegro, s.g.
Filhos: Francisco de Nobalhas Yurrea c.c. Maria de Mello; Isabel da Câmara.

2.2 Francisco de Nobalhas e Urreya cc D. Maria de Mello.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Clã Aguirre



O primeiro fundador da torre e solar de Aguirre, no município de Bermeo, em Biscaia, foi um filho da casa de Arandia, que casou com uma filha de Afonso Ortiz de Zamudio, e, segundo outros, de Ordonho Ortiz de Zamudio, da qual teve por filhos Martin, Rodrigo e Pedro Aguirre.

Acrescentam que o primeiro desses irmãos, Martin, se casou com uma filha de Lopo Garcia de Arribas, e que estes descem muito bons cavaleiros.

Outros autores afirmam que antes da Biscaia houve Aguirre em Navarra, e que o primeiro Cavaleiro deste apelido foi João de Aguirre, Alferes-mor do Rei D. Sancho, o Sábio de Navarra, entre os anos de 1200, e que a casa solar e palácio destes Aguirre estava na vila de Vera de Bidasoa. Convém neste ponto avisar que nessa mesma vila havia uma casa de Aguerre, como já consignado ao falar deste apelido, e pode caber dúvida se as duas eram a mesma, de se procedia de uma outra, ou se, pelo contrário, eram casas diferentes, de linhagens também diferentes, pois suas armas, como se verá quando as descrevamos, têm diferenças notáveis.

Cabe pensar também em presença de tais armas de Aguirre de Vera de Bidasoa, que estes não eram de origem navarro, mas inserção; pois essas armas são exatas e os Aguirre de Gaviria, e indicam, portanto, que pertenciam a eles. Porque temos de acrescentar que há também vários autores que afirmam que, onde, primeiramente, surgiu o apelido Aguirre foi em Guipúzcoa, e que esta província passou a Navarra, Biscaia e Alava.

Corrobora essa afirmação a notícia que encontramos em vários escritores de cavaleiros Aguirre provenientes de Guipúzcoa serviram ao Rei Dom Ramiro I e se achou na batalha de Clavijo. E como esse Monarca reinou a partir de 843 a 850, é, de ser verdadeira tal notícia, o que houve Aguirre cerca de três séculos antes dos tempos em que viveu o referido Cavaleiro João Aguirre, Alferes-mor do Rei D. Afonso, o Sábio, de Navarra, que alguns autores consideram como o primeiro cavaleiro de linhagem.

Todos estes dados, no entanto, não são suficientemente sólidos, como se vê bem às claras, para deduzir que casa de Aguirre foi a mais antiga nem onde teve sua origem a linhagem. Por isso, voltamos a cair no que dissemos no início; que não se pode afirmar que todas essas casas são provenientes de um mesmo lote e que mais parece que muitas delas são completamente diferentes e não tem relação alguma de origem ou de links.

Diante dessa notória dificuldade, temos, pois, de concretizarmos a enumerar as casas de Aguirre, que nos referidos territórios moram atualmente, a relação de procedência entre algumas delas, e as armas que lhes pertencem.

Na vila de Gaviria. Eram parentes maiores do bando Oñacino e seu palácio foi fundado, de acordo com Lope de Vega García de Salazar, por uma haste da Casa Real de Navarra. Essa casa dimanaron outras em Gaviria e diversos pontos do País Basco. Outra na vila de Zarauz, outra em Goyaz, outra em Ichaso, outra no bairro de Oiquina, da câmara Municipal de Zumaia; outra na vila de Lisboa; outra em Astigarreta, dois na de Penafiel; outra na Cidade; a outra Deva; outra na localização do Iciar, no Pátio; outra no bairro de Eizaga, de Zumárraga; outra na de Cerain; outra na de Segura; e outra em Urrestilla e outra na de Azkoitia.

Na vila de Villarreal de Urrechua, outra de Vergara, cujo solar foi construído no bairro de San Martin; outra em Placencia, outra na vila de Motrico, outra no bairro de Olaberrieta, da câmara Municipal de Motrico; três, na cidade de Odivelas, outra de Zumárraga, outra em Eskoriatza, dois na localização do Zarimuz e outra na de Marín, ambas da câmara Municipal de Advogados; outra na vila de Mondragón; outra na de Elgueta; outra na de Anzuola; outra na de Oñate; outra na de Osasco e de Placencia das Armas.

Na Universidade de Régil, outra em Asteasu, outra no Anoeta, outra em Machado, outra na localização do Araz-Machinventa, da câmara Municipal de torres novas; outra na vila de Albiztur, dois na de Ataun; outra na de torres vedras; outra na de Alquiza; outra em Gudugarreta (Guipúzcoa); outra em Isasondo; outra de Corpo, outra em Prata; duas na vila do exército de carlos magno; a outra de Cizúrquil; outra na de Elgóibar; outra na de Lisboa; outra em Orendain; outra em Zaldibia, e três casas em Lizarza e outra em Leaburu. Segundo o Cronista Francisco Gómez Arevalo de Villafufre houve outra casa solar na vila de Ormaiztegui.

Dois no vale de Oyarzun, outra no bairro de Alcibar, da câmara Municipal de Oyarzun; outra em Artiga, jurisdição da cidade de São Sebastião, das mais antigas da província e uma das fundadoras da igreja paroquial de São Sebastião, o Antigo; outra no bairro de Eleizalde, da câmara Municipal de Usúrbil; outra na localização de San Esteban, da câmara Municipal de Usúrbil, de cujo princípio e fundação não há memória, sendo uma das antigas pobladoras da província de Guipúzcoa, com um ramo muito principal da cidade de San Sebastián; outra em Aduna, outra em Natal; outra Usúrbil; outra em Astigarraga, outra em Orio, e outra em Umieta.

Outra no vale de Gouveia, e em Larraul.


No Brasil:

Inúmeras foram as famílias com este sobrenome que passaram ao Brasil, no decorrer destes seus quase 500 anos de história. Entre os antigos Aguirre, registra-se Lope de Aguirre, aventureiro originário da Espanha, nascido no ano de 1518, que participou da expedição organizada por Pedro de Urzua, que partiu ao Maranhão, no Brasil, em busca de ouro.

Sobrenome de diversas famílias originárias do Uruguai, Espanha e Argentina, recentemente emigradas para o Brasil, estabelecidas no Rio Grande do Sul. 

No Espírito Santo existe a família Aguirre Coutinho.

Os Aires (Árias) de Aguirre da Bahia:

PEDRO AIRES (Árias) DE AGUIRRE. Fidalgo castelhano biscainho, lê-se na árvore genealógica que acompanha processo de limpeza de sangue de um de seus descendentes, no Arq. Hist. Ultramarino. Como o irmão, Diogo Aires de Aguirre, natural de Nova Espanha, neto de Diogo Fernandes Martins e Isabel Rodrigues da Ribeira, capitão-mor de São Vicente de 1598 a 1600, José Gonçalves Salvador, op. cit., p.97, teria vindo com o governador D. Francisco de Souza. Capitão do forte de São Filipe (Montserrate) com 80$ por ano, 25 de maio de 1598, Doc. Hist., v. 14, p.486, nele continuava ao chegar os holandeses, em 1624. O forte foi tomado, mas o seu velho comandante o recuperou no mesmo dia em que os invasores o abandonaram. Não procedeu com o mesmo destemor em 1638. Já não tinha idade para a refrega, esclarece Duarte de Albuquerque, nas Memórias Diárias. Foi suspenso "por largar o seu forte qualldo aqui veio o conde de Nassau no ano de 1638 que o rendeu, foi absolvido e livre por sentença do marquês de Montalvão governador geral deste Estado de 8 de janeiro de 641 e mandara que tornasse a servir seu forte", aliás, conta Brito Freire, História da Guerra Brasílica, p. 436, Lisboa, 1645, "tão limitado como seu capitão Pedraires de Aguirre" . 

Teve sesmaria em 1609 no Paraguaçu, Publ. do Arquivo Nacional, XXVII, p. 233 Era senhor de engenho, Denunciações de 1618, fl. 270, casado com Catarina Quaresma, filha de Diogo Gonçalves Laço ("não sabe se é cristão velho ou novo e de sua mulher Guiomar Lopes, que não sabe também se é cristã velha ou nova) de idade de 24 ou 25 anos" em 1591, Denunciações, p. 554, quando ainda "estava debaixo do poder de seu pai e sua mãe moradores ora nesta cidade". - Diogo Gonçalves Laço, "espantoso soldado", Fr. Vicente do Salvador, op. cit., p. 320, foi seis anos o administrador das minas de São Vicente, feito por D. Francisco de Souza, Pedro Taques, Nobiliarquia, I, p. 328, tendo como um de seus companheiros Diogo Aires de Aguirre, irmão de Pedro. Em 1629 aforou Pedro Aires de Aguirre à Santa Casa terras deixadas pela mulher de Garcia d'Ávila, Mécia Rodrigues em Itapagipe, L. 1° do Tombo da S. Casa, fi. 40, por 8$ mensais. Filhos, Bernardo (acima); Diogo Gonçalves Laço, capitão do forte de São Filipe e escudeiro fidalgo, 6 de junho de 1644; Francisco Quaresma, que se passou à Espanha, declara o alvará de 1644 em favor do irmão R. Garcia, nota à Hist. Geral de Varnhagem, 11, p. 106: as filhas casadas com Pedro de Aguiar, Denunciações de 1618, fi. 225, cristão velho, morador em Toque-Toque, com Diogo de Sandoval (Maria); com Bartolomeu Soares Feio (Serafina). Árvore genealógica anexa ao processo de descendente de Pedro Aires de Aguirre. 

Bernardo de Aguyirre, nascido em Salvador, Bahia. Teve mercê do hábito da Ordem de San Thiago em 1645, pelos serviços prestados no Brasil e no Reino. Distinguiu-se como sertanista, encarregado de combater os mocambos negros revoltosos. Filho de Pedro Arias de Aguirre e de Catarina Quaresma, citados acima.


GENEALOGIA AIRES DE AGUIRRE:

1.Pedro Aires de Aguirre c.c. Catarina Quaresma f.ª de Diogo Gonçalves Laço e de Guiomar Lopes.
2.1. Bernardo de Aguirre c.c. Maria de Aguiar, fl.ª de Sebastião de Aguiar e de sua mulher Inês Ribeiro. Aos 21 anos, casado, morava para as bandas de "Tapagipe", perto do forte de São Filipe, de que o pai era capitão. Assistiu às guerras "desde o ano de 1624 em que foi ocupada a cidade da Bahia pelos holandeses até se recuperar", e "particularmente no sítio que o conde de Nassau pôs à mesma cidade o ano de 1638" (sobretudo a 21 de abril e 18 de maio) ganhando um escudo de vantagem, 21 de janeiro de 1639 - diz-se no Processo de Habilitação de Bartolomeu Godinho para cavaleiro da Ordem de Cristo. Teve a promessa de 20$ de pensão em uma comenda de S. Tiago, mais ofício de justiça ou fazenda, ajudando a render a nau almirante holandesa; na empresa do Mocambo, onde se refugiaram negros revoltados; na armada do conde da Torre na Catalunha, de onde voltou a Portugal. Em 1645 foi incumbido de levar à Bahia (com João Mendes de Vasconcelos) um contigente de 500 homens. Subira de soldado a capitão. Cabo de duas caravelas que foram recrutar gente à ilha Terceira, privaram-no do posto, na Bahia, "por levantar a espada contra Gaspar Pinheiro Lobo, em defesa do mestre de campo João de Araújo". Obteve licença para defender em Lisboa a sua causa (4 de janeiro de 1650, Arq. públ. da Bahia, Alvarás de 1630 a 1676, fl. 437, e acabou reintegrado, 12 de outubro de 1651. Morreu em 1658. Por sua morte, foi provido como capitão de infantaria Francisco de Araújo, 6 de maio de 1658, Arq. públ. da Bahia, Registros de Patentes de 1657 a 1678. Diverge a árvore genealógica abaixo citada do Catálogo Genealógico, quanto aos nomes dos filhos. Seriam Francisco Antônio e Nuno Álvares Pereira, que viveu no Reino, vila da Barca do Minho.
3.1. PEDRO AIRES DE AGUIRRE. 2.°. Achou-se em "todas as ocasiões de peleja que houve" na Bahia, de 17 de outubro de 1630 a 1645, quando embarcou na armada que foi ao socorro de Pernambuco, "a apaziguar as alterações que havia nos moré!Pores", fazendo aos flamengos "muitas emboscadas e vigias em postos de muita importância e risco", Processo de Habilitação para a Ordem de Cristo, de Bartolomeu Godinho, citado. - "Ordem para se tirar devàssa sobre a morte de Pedro de Aguirre, filho de Bernardo de Aguirre", provisão de 5 de fevereiro de 1652.

4.1. Pedro, batizado na Sé a 21 de junho de 1620.
4.2. Sebastião Carlos e Catarina Quaresma.
4.3. Tomé de Aguiar.
4.4. Nuno Alvares Pereira. Casou em Portugal três vezes, diz a árvore genealógica de Pedro Aires de Aguirre, T. T., Familiar. O filho mais velho foi o padre Carlos Pereira de Aguiar, do hábito de São Pedro. Tivera licença para acompanhar o pai na viagem ao Reino, em 1650. Era soldado da companhia do capitão Damião de Lençóes. A patente de capitão-mor do forte do morro de São Paulo, 15 de julho de 1667, conta os seus serviços, em 1655 indo à Índia com o vice-rei conde de Savedra, na guerra aos espanhóis no Alentejo Voltou à Bahia com o governador Alexandre de Souza Freire, Patentes de 1657 a 1678. Regressou a Lisboa em 1671.
4.5. Francisco Aires de Aguirre c.c. Filipa Ferreira, irmã do padre Gavião.
2.2. Diogo Gonçalves Laço, capt. do forte de São Filipe e escudeiro fidalgo.
2.3. Francisco Quaresma, que passou à Espanha.
2.4. D. Mariana Quaresma c.c. Bartolomeu Sodré Feio
       3.1. D. Luiza c.c. Antônio Soares de Sousa.


GENEALOGIA ESCOBAR AGUIRRE:
João Borges Escobar c.c. Leonor de Aguirre
João Borges de Escobar c.c. Joana Teles, flª. De Rafael Teles e de Maria Rangel.
D. Leonor Teles c.c. Francisco Carvalho Pinheiro. Batizada esta D. Leonor Teles em 1º de agosto de 1633. Padrinho o governador Diogo Luiz de Oliveira.


Os Aires de Aguirre de São Paulo:

Em São Paulo, entre as mais antigas, a de Diogo Árias de Aguirre, natural de Lisboa - irmão de Pedro Arias de Aguirre, referido acima. Outros grafam este sobrenome na forma Aires de Aguirre (v.s.).Veio para São Vicente e São Paulo em 1598, capitaneando uma esquadra, investido, em nome do Rei, no cargo de governador da capitania até a chegada de D. Francisco de Sousa.

Estabeleceu-se em Santos, casando com Mariana Leitão de Vasconcelos. Filho de João Martins de Aguirre, Fidalgo da Casa Real, com Carta de Brasão de Armas (1577), e de Isabel de Araújo Barros. Neto paterno de Diogo Fernandes Martinez (da cidade de Mogosio, da Nova Espanha) e de Isabel Rodrigues de Ribeira. Tendo recebido a nomeação de Capitão-Mor da capitania de São Vicente, Diogo chegou em dezembro de 1598 a São Paulo e fez uma entrada às minas de ouro do Jaraguá e de ferro do Araçoiba. Em 1613 exerceu o cargo de vereador em Santos, vindo a falecer nessa vila nas cercanias de 1639. Era fidalgo de cota d’armas, com brasão registrado na câmara de Santos. Foi também provedor das minas de São Paulo.

Há um outro grupo com este sobrenome, estabelecido em São Paulo, que foram os fundadores de Monte-Mor.

Outros, estabeleceram-se em Itaquerí da Serra, São Paulo, onde nasceu, em 1880, o Bispo, D. José Carlos de Aguirre. Sacerdote (1904) e 1º Bispo diocesano de Sorocaba (1924). Filho de Francisco Leopoldo de Aguirre (1852-) e de Maria Ercília de Campos (1857-).


Arias de Aguirre do Rio de Janeiro:

Procedem do Capitão Domingos Arias de Aguirre, nascido por volta de 1642 e falecido, no Rio de Janeiro, em 1687. Filho de Diogo Arias de Aguirre e de Marianna Leitão de Vasconcellos. O Capitão Domingos Arias de Aguirre deixou larga descendência do seu casamento com Inês Rabelo, nascida por volta de 1646 e falecida no Rio de Janeiro, em 1683.

Registram-se ainda diversas famílias com este sobrenome, uma delas, de Francisco Muniz de Aguirre, casado em 1817, com Ana Joaquina do Espírito Santo.

Sobrenome também registrado, em 1833, pela Intendência Geral da Polícia da Corte, dos passageiros espanhóis, José Miguel de Aguirre, comerciante, e de João Miguel de Aguirre, negociante, ambos de passagem pelo porto do Rio de Janeiro, com destino a Cabo Frio; o primeiro em 1832 e o segundo em 1833.


Outros Clãs:

Clã dos Bettencourt
Clã dos Barros
Clã dos Castros
Clã dos d´Eças
Clã dos Holandas
Clã dos Lins

domingo, 23 de junho de 2019

Clã dos Meneses / Menezes


MENESES. Uma das famílias mais ilustres e antiga da Peninsula. D. Fruela II, Rei de Leão e de Galiza, subiu ao trono no ano de 92, por morte de seu irmão o Rei Ordonho II, e foi casado duas vezes, a primeira das quais com D. Numilo, filha de D. Sancho Garcez, Rei de Navarra, morrendo no ano de 925. Teve entre outros, a D. Ordonho, chamado o Cego por seu primo D. Ramiro II de Leão o haver mandado cegar. Casou este infante com D. Cristina, filha de D. Bermudo II, Rei de Leão e Oviedo, e de sua primeira mulher, D. Velasquita, e teve o Conde D. Afonso Ordonhes, que fundou com sua mulher, D. Justa, o mosteiro de Santa Maria de Liébana, no ano de 995, para pôr nele o corpo de S. Toríbio, o qual quis reconhecer, pelo que cegou, recuperando a vista por intercessão do mesmo santo. Foi senhor de muitas terras nas Asturias, e de sua mulher, que era de sangue real, houve a D. Rodrigo Afonso das Asturias, e de sua mulher, que era de sangue real, houve a D. Rodrigo Afonso das Asturias, senhor do solar de Nava, nas Asturias, que é o primitivo desta família. Este D. Rodrigo foi casado com D. Gónia, senhora muito poderosa nas Asturias e Leão, e morreu no ano de 1011, nascendo do matrimonio D. Diogo Rodrigues das Asturias. 

Foi D. Diogo Rodrigues Duque das Asturias, Conde de Oviedo, senhor de Noronha, rico-homem, governador e capitão-general das Asturias, cavaleiro muito esforçado de D. Fernando I, o Magno, confirmante no ano de 1063, e marido da infanta D. Ximena, filha de D. Afonso V, Rei de Leão, e de sua mulher, D. Elvira, de quem houve a D. Bernardo Dias das Astúrias, que também foi Conde e confirmava no ano de 1119. Contraiu matrimonio com uma filha de D. Afonso Teles, rico-homem, senhor de Monte Alegre e mordomo-mor do rei D. Afonso VI. Deste casamento nasceu D. Pedro Bernardo de S. Fagundo, que confirmava no ano de 1124, senhor do castelo de Magalon, casado com D. Maria Soares, filha de D. Soeiro Mendes da Maia, o Bom, e de D. Gontrode Moniz, de quem teve D. Tel Peres de Meneses, o qual sucedeu na casa de seu pai, foi rico-homem, senhor do castelo de Magalon, que trocou com o Rei de Castela, D. Afonso VIII, pelas vilas de Meneses, Vila Nova, S. Romão, outras muitas terras e umas casas em cuenca, no ano de 1181. Confirmou no ano de 1168 e doou à Ordem de Sant´Iago as casas de Ciuenca, no ano de 1181. Serviu D. Afonso IX, foi um dos ricos-homens que assistiram às pazes feitas no ano de 1195 com o Rei de Aragão e enviado a França para buscar a Rainha D. Leonor, mulher do mesmo príncipe, e fundador do  hospital de Villamartin, onde fez vida santa. Casou com D. Urraca Garcia Dorca, segundo uns, ou, conforme outros, com D. Gontrode Garcia de Villamayor, filha de D. Garcia Ordonhes, rico-homem, senhor de Villamayor e Celada, e de sua mulher, D. Maria senhora de Almenara. Deste casamento nasceram diversos filhos que seguiram o apelido de Meneses, tornado por seu pai da vila do mesmo nome, conservando seus descendentes o patromínico Teles (que também usaram na forma não derivada de Telo) junto com apelido. Alguns desta família largaram o apelido Meneses e ficaram somente com o patromínico, que ligaram a outro apelido, como os Teles da Silva.

Passaram os Teles de Meneses a Portugal, dando ao trono português uma rainha: D. Leonor Teles, mulher de D. Fernando I. 

Brasão: O brasão da família Meneses encontra-se relacionado no Salão de Sintra, em que consta as mais nobres casas de Portugal, embora a nobreza dos Meneses seja muito mais antiga, anterior ao Reino de Portugal. O escudo dos Menezes não tem qualquer desenho porque sendo a primeira família portuguesa com escudo/brasão não necessitava de qualquer elemento secundário identificativo. As outras famílias é que tinham de identificar os seus escudos com ornamentos próprios (Nobiliário manuscrito de Damião de Góis). Conta-se que a filha do Rei Ordonho II de Leão, a princesa Ximena fugiu da casa real para casar com um lavrador. Por coincidência o rei durante uma caçada foi comer na casa desse lavrador. A filha reconhecendo-o da cozinha preparou-lhe a refeição e deixou-a servir pelos seus dois filhos tão louros quanto ela. Também pousou o seu anel de rubis dado pelo pai real no seu prato. O pai comovido reconcilia-se com a filha e muda o nome do lavrador de Telo para Telles. Assim deu-se início à família Telles de Menezes em cujo brasão se pode ver em cima do escudo liso uma dama loura e sobre o escudo se pode pousar um anel (Camilo Castelo Branco? Novelas do Minho).



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Brasão dos Meneses no Salão de Sintra
Brasil


Francisco Barreto de Meneses
A Bahia foi a principal capitania onde os Menezes se estabeleceram. Sendo o governador-geral D. Diogo de Menezes e Siqueira, um dos primeiros que ali residiu, tendo ainda conquistado o Maranhão e o Ceará. 

Em 1625 a esquadra comandada por D. Fradique de Toledo Osório, que veio libertar a Bahia, tinha várias naus comandadas por membros dos Menezes: D. Manuel de Menezes, Rui Barreto de Moura Menezes, D. Diogo Teles de Menezes, D. Antonio de Menezes e Francisco de Sá e Menezes e seus filhos.

Ainda na Bahia, Antonio Teles de Menezes, Conde de Vilapouca de Aguiar; Antonio Furtado de Mendonça Castro do Rio e Menezes, conhecido como "O Braço de Prata"; Antonio Luis de Souza Teles de Menezes, segundo marquês das Minas: Vasco Fernando César de Menezes, quarto vice-rei e D. Luis Pedro Peregrino de Carvalho Menezes de Ataíde, sexto vice-rei. 

Na batalha dos Guararapes D. Francisco Barreto de Menezes, comandou as tropas luso-brasileiras. Quando desempenhava o cargo de alcaide-mor, na Bahia, Francisco Teles de Menezes foi assassinado na Rua-atrás-da-sé por oito mascarados. Destacam-se nesse tempo, os provedores da Santa Casa da Misericórdia em Salvador, Rodrigo José de Menezes e Manuel Coelho de São Payo e Menezes (Sampaio de Menezes). 

Depois que a capital da colônia foi transferida para o Rio de Janeiro, vários Menezes governaram a Bahia: Manuel da Cunha Menezes; Manoel Inácio da Cunha Menezes, senador do Império e presidente da província da Bahia. Antonio de Brito Freire de Menezes governou São Paulo; Nas Minas Gerais, encontra-se o nome de D. Rodrigo César de Menezes na conjuração mineira, quando era governador D. Luis da Cunha e Menezes.

No período de 1697 a 1703, no governo por Artur de Sá e Menezes no Rio de Janeiro, sucederam-se por hereditariedade no juizado de Órfãos, D. Diogo Lobo Teles de Menezes, sendo substituído após sua morte por seu filho Francisco Teles Barreto de Menezes, que foi substituído por Luis Teles Barreto de Menezes, que deu sucessão a seu filho, Francisco Teles Barreto de Menezes, uma verdadeira dinastia de Menezes, e após breve hiato, outro membro da família, Antonio Teles Barreto de Menezes, assumiu o cargo. Nos jornais da época foi noticiado que na madrugada de 20 de junho de 1790, um incêndio destruiu a casa do juiz Francisco Teles Barreto de Menezes. Esta residência localizava-se na atual praça XV de novembro, defronte da também atual igreja de N.S. do Carmo. O local da antiga casa é conhecido hoje em dia como Arco do Teles. 

Encontra-se nas crônicas de 1810, a história do alferes da linha de Moçambique, Augusto César de Menezes conhecido como um terrível arruaceiro, era o terror da cidade, brigando sem qualquer motivo e dando muito trabalho a policia.Tantas fez que o príncipe D. Pedro ordenou por decreto de 02 de abril de 1810, sua demissão do exército e seu degredo para o presídio de Angoche, na África, de onde não poderia mais voltar, sob pena de condenação à morte. 

Francisco de Sá e Menezes, que governou o Maranhão, foi acusado de ser aliado de Manuel Beckman, no movimento nativista conhecido como a "Revolta de Beckman" em 1684. 

Os Menezes são conhecidos por seu amor à arte. São vários os nomes da família Menezes ligados à literatura, poesia e música. Entre os condes de Ericeira destacou-se D. Luis de Menezes, autor da obra 'Historia de Portugal Restaurado.' Sua esposa D. Joana Josefa de Menezes, foi uma renomada escritora e poliglota.



Outros Clãs:

Clã dos Canto
Clã dos d´Eças
Clã dos Holandas
Clã dos Wanderley
Clã dos Teixeiras

*Abordamos apenas os ramos familiares mais antigos, registrados no Brasil. Podendo haver outros que advieram em épocas posteriores, ou mesmo da mesma época, porém não registrados.

terça-feira, 21 de maio de 2019

Clã Alvares Correia (Caramurus)


O sobrenome Alves, é de uso amplo, envolvendo muitas famílias sem que haja especificamente laços sanguíneos entre si.

ETIMOLOGIA: "Álvaro" do qual "Alves" é abreviação, seria ou de origem sueva, que se estabeleceram no norte de Portugal,  provindo do proto-germânico: Alewar,  al tudo e war protetor/guardião, logo significando "guardião de todos", ou do celta Albos, que significa branco, brilhante.


BRASIL*

Diogo Alvares Correa, da principal nobreza de Viana do Castelo, vindo ter à Bahia por acaso da fortuna, sendo o primeiro Português, que nela aportou, e pisou as suas praias, e pelo sucesso do seu naufrágio, e modo com que escapando com vida a conservou entre o gentio, que lhe acrescentou o cognome de - Caramuru - tão celebrado na tradição e história. Depois de ter de uma filha do principal dos índios, que habitavam as costas da barra da Bahia, várias filhas ilegítimas que nesse lugar se assentaram, e chamada ainda então, como gentia, - Paraguaçu - como escrevem algumas memórias, ou como têm outras - Guaibim - Pará - e tudo quer dizer o mesmo que - mar ou rio-grande - e conhecida depois de batizada por Catarina Alvares. Diogo Álvares Correia veio a falecer em 5 de Outubro de 1557, contando setenta anos de idade, tendo sido sepultado na igreja de Jesus, pertencente aos Jesuítas.

Foi este Diogo Álvares Correa, natural de Vianna, pessoa nobre, e de linhagem conhecida da Província de Entre Douro, e Minho. Era moço, e o desejo, que levava a outros muitos sujeitos da sua qualidade naqueles tempos a sair de suas pátrias, e buscar nas novas conquistas do Reino alguma aventura, o arrastava agora para a da Índia em companhia de um tio seu, que em certa nau fazia para lá a sua derrota. [...] a sua nau se veio meter na grande boca da Enseada da Bahia, agitada de ventos contrários, onde sobrevindo-lhe outra tempestade, deu com ela, quebrados os mastros, e perdido o rumo, nos baixios, que ficam a leste da sua barra, a que o gentio chamava Mairagúiquiing; em fronte donde se mete no mar o Rio Vermelho, uma légua distante da ponta, que dizem do Padrão (atual Farol da Barra). Aqui tiveram todos, com a perda da nau, lastimoso naufrágio, do qual os que livraram com vida, não escaparam de serem presas do bárbaro gentio tupinambá, que habitava aquela costa, e ali acudiu, fazendo pilhagem, não só no que a despedaçada nau lançava às praias, muito melhor dos miseráveis naufragados, que recolhidos às suas estacadas, lhes foram servindo de gostoso manjar para repetidos dias. Menos Diogo Álvares Correa, que ou a sua sorte, ou a sua viveza, ou tudo junto com superior destino, lhe administrou para isso meios oportunos. Era moço, esperto, ágil, e de entendimento vivo, e vendo aquela gente mui ocupada na colheita dos vários despojos da perdida nau, introduzido com eles os ajudava a comboiar para onde via que eles os iam acomodando: e aqui começou a fortuna a traçar a sorte de Diogo Álvares. Este os servia cuidadoso, e eles o atendiam alegres.

Havendo já recolhido o gentio às suas estâncias tudo o que do naufrágio entendeu Ihes podia servir, e eles já também mais sossegados nas suas cabanas, tratou Diogo Álvares de preparar algumas daquelas armas; carrega uma, faz tiro com ela a certa presa (seria a alguma ave) dá com ela em terra, e foi tal o alvoroço no incauto gentio, que meninos, e mulheres se punham em fugida, e os maiores em espanto, e admiração, de verem, e ouvirem uma tal coisa, e especialmente o dano, e estrago, que causavam as balas sem serem vistas. Algum gênero de desconfiança alcançou Diogo Álvares do espanto, e temor do gentio, mas ele no melhor modo que pode os deixou satisfeitos, dando-lhes a entender, que aquele gênero de instrumento não fazia danos mais que a inimigos, que com facilidade, e menos perigo podiam ser vencidos com aquelas novas armas, do que com os seus antigos arcos, e flechas.

Em seu livro, Jaboatão demonstrou ter conhecimento de outras versões sobre as origens de Caramuru, a quem chamou de herói, mas preferiu expor a que lhe é era mais sensata. Na continuação da transcrição do manuscrito, Caramuru lutou junto com os índios, abatendo os inimigos com seu arcabuz e ganhando alta reputação. Com o tempo tornou-se o líder dos índios locais.

Diogo Álvares era chamado de Caramuru-Guaçu, que significava moreia grande. O apelido teria sido dado por Catarina Paraguaçu, referindo-se a Diogo Álvares, que pediu ao pai que não o matasse. Há dúvidas sobre essa versão. Ela seria muito jovem, talvez um bebê. As evidências indicam que Diogo Alvarez teve outras mulheres tupinambás antes dela.

Os Tupinambás já conheciam armas de fogo, por expedições portuguesas anteriores, como a de Gonçalo Coelho em 1501. Após a expedição de 1501, Portugal arrendou a exploração do pau-brasil a Fernão de Noronha, enquanto os franceses também se interessaram pelo recurso e exploravam a costa brasileira. Apesar do tratado de 1485 entre Portugal e França, os franceses agiam como piratas no Brasil.

Foi nesse contexto, que navegadores, que passavam pela Baía de Todos os Santos, relatavam a presença de um prestativo português, que os índios chamavam de Caramuru. Diogo Álvares aprendeu línguas e costumes dos nativos e teve várias mulheres. Entregava pau brasil a mercadores franceses e ajudava a reabastecer as embarcações. Com o tempo, passou a dominar o comércio na Baía.

Caramuru seguiu para a França, em 1527, com Catarina Paraguaçu, filha de um chefe tupinambá com uma francesa. Levados pelo navegador bretão Jacques Cartier, amigo de Caramuru. Paraguaçu foi batizada, em 30 de julho de 1528, na antiga Catedral de Saint-Malo, na Bretanha francesa, com o nome de Katherine du Brézil e casou-se com Diogo Alvares Correa (Caramuru). Seu registro de batismo é o primeiro documento conhecido de uma brasileira. O casal permaneceu na França por três anos.

Caramuru retornou à Bahia e prosperou. Tinha o respeito dos índios, de nobres e de reis europeus. Por volta de 1535, construiu a Igreja da Graça, a pedido de Catharina Paraguaçu.

Em 1536, chegou o donatário da Capitania da Bahia, Pereira Coutinho, que doou uma sesmaria a Caramuru, a qual incluía os atuais bairros da Graça, Chame-Chame e parte da Barra. Em 1540, construiu sua casa forte, perto da Igreja da Graça, onde morava com sua família. A área também abriga a Fonte da Graça, usada por Caramuru.

No século 16, existia escassez de mulheres brancas no Brasil e os homens que aqui se aventuravam uniam-se frequentemente com mamelucas franco-brasileiras. Assim surgiu a aristocracia brasileira.

Diogo Dias, neto de Diogo e Catarina, casou-se com a filha de Garcia d'Ávila, senhor da Casa da Torre (que deu o nome à Praia do Forte). Seus nobres descendentes viveram nessa castelo até o século 19 e foram protagonistas em muito da História do Brasil.

Diogo Álvares Correia faleceu na Bahia, em 05 de outubro de 1557, com setenta anos de idade, tendo sido sepultado no Mosteiro de Jesus, pertencente aos jesuítas, atual Catedral Basílica. Esses dados foram encontrados por Jaboatão, em um caderno de óbitos da antiga Sé da Bahia, com o seguinte texto (grafia da época):
"Aos sinquo dias do mes de Outubro de 1557 falleceo Diogo Alvares Correia, caramurú, da Povoação do Pereira; foi enterrado no Mosteiro de Jesus. Ficára por seo testamenteiro Joaõ de Figueiredo seo genro; o cura Joaõ Lourenço, a folhas 70."
Catarina Paraguassu contava oitenta e oito anos quando em 26 de Janeiro de 1583 morreu em Salvador da Baía, tendo ficado sepultada na Igreja de Nossa Senhora da Graça, local onde constam os seguintes dizeres:
“Sepultura de Catarina Alz senhora desta Capitania da Bahia a, qual, ela e seu marido Diogo Alz corrêa, natural de Viana derão, aos, senhores Reys de Portugal e fés e deu esta Igreja ao, Patriarca S., Bento, Era de 1582”.   
Esta lápide confirma a adoção do apelido Álvarez por parte de Catarina (Paraguaçu), o que contraria a tese de alguns de que teria passado a chamar-se “Catarina do Brasil” pelo batismo. Tal como, aliás, sucede com o nome próprio Catarina, associado ao da esposa do rei D. João III.

Caramuru doou aos jesuítas, em testamento, parte de sua fortuna. Deixou grande prole e tornou-se uma lenda. Catarina  faleceu em 1586 e sua Igreja foi doada aos beneditinos.

Diogo Álvares teve 14 filhos (outras fontes falam em 16), dos quais, 4 com sua mulher legítima Catarina e 10 com diversas índias. De Catharina, por outras fontes, além dos 4, dar-se conta de outros três filhos: 2 femeas e 1 macho (Diogo Alvares Correa Filho).
1. Ana Alvares, primogenita, c.c. Custódio Rodrigues Correa, pessoa nobre e das principais famílias de Santarém, donde era natural.
2. Genebra Alvares c.c. Vicente Dias, natural de Beja e moço fidalgo da Casa Real. Estes tiveram como filho Diogo Dias que viria a casar-se com Isabel de Ávila, filha do senhor do Castelo da Casa da Torre. (Clã dos d'Ávilas)
3. Apolônia Alvares c.c. Francisco de Mendonça
4. Grácia Alvares c.c. Antão Gil
5. Diogo Alvares Correa Filho c.c. sua sobrinha Maria de Mendonça, f.ª de Apolônia Alvares e de Francisco de Mendonça.
6. Baltasar Alvares
Maria Dias, f.ª de Genebra Alvares e de Vicente Dias, c.c. Francisco de Araújo, natural de Ponte de Lima e filho de Gaspar Barbosa de Araújo e Maria de Araújo, da “nobilíssima família dos Araújo da Província de Entre Douro e Minho”. Foi sesmeiro em Sergipe e faleceu em Salvador da Baía em 27 de Agosto de 1602. Deste casamento houve três filhos sem geração e uma filha chamada Catarina Álvares que viria a casar com o seu tio paterno Baltazar Barbosa de Araújo, também ele natural de Ponte de Lima e filho de Gaspar Barbosa de Araújo. Das duas filhas nascidas deste casamento, Francisca de Araújo e Joana Barbosa, esta veio a casar com António de Souza Drumond cuja genealogia nos levaria a uma autêntica incursão pela história da Europa e o povoamento da Ilha da Madeira.

Em reconhecimento dos seus serviços, o próprio governador-geral, Tomé de Sousa, armou cavaleiros três dos seus filhos – Gaspar, Gabriel e Jorge Álvares – e um dos seus genros, João de Figueiredo, tendo o rei D. João III confirmado no ano seguinte através de carta régia a concessão atribuída.

Para além das filhas que teve de Paraguassu, Diogo Álvares teve porém, muitos outros filhos e filhas das relações que manteve com numerosas índias.


GENEALOGIA:

1. Diogo Álvares Correia c.c. Catarina Álvares (Paraguaçu)
2.1. Ana Alvares, filha primeira de Catarina Alvares e seu marido Diogo Alvares Caramuru, foi casada com Custódio Rodrigues Correa, pessoa nobre e das principais famílias de Santarém, donde era natural e deles nasceram os filhos seguintes:
3.1. O padre Marçal Rodrigues Correa, vigário de Vila-Velha e povoação do Pereira.
3.2. O capitão André Rodrigues Correa, sem sucessão.
3.3. Paulo Rodrigues Correa, sem sucessão.
3.4. Lourenço Rodrigues Correa, sem sucessão.
3.5. Jorge Alvares Correa, sem sucessão.
3.6. Isabel Rodrigues, mulher de João Marante, sem sucessão.
3.7. Maria Correa, c.c. Aires da Rocha Peixoto, natural da cidade de Elvas, das principais famílias, sua mãe Leonor Peixoto era dos Alvarados, Peixotos do Porto. Aires da Rocha Peixoto veio para o Brasil por uma morte que fez, sendo de 16 anos. Assim o confirma um instrumento de sua nobreza e qualidade. Desta Maria Correa descendem os Rochas Peixotos e alguns Correas, que há nesta cidade da Bahia e seu recôncavo.
2.2. Genebra Álvares, f.ª segunda de Catarina Álvares e de seu marido Diogo Alvares Caramuru, c.c. Vicente Dias de Beja, natural da província do Alentejo, moço fidalgo da casa do infante D. Luiz. Assim se acha em vários papéis manuscritos feitos por pessoas antigas, que tiveram o cuidado de escrever e fazer memória dos sujeitos, que casaram com estas filhas de Catarina Álvares e seu marido Diogo Álvares Caramuru.
3.1. Diogo Dias, c.c. Isabel de Avila, f.ª natural de Garcia de Ávila, o velho, que veio à Bahia com Tomé de Souza, primeiro governador que fundou esta cidade. A dita Isabel de Ávila acima, antes de casar com o sobredito Diogo Dias havia sido casada com um fidalgo genovês, que a tirou por justiça, e vivendo com era no Itapuã, o matou um gentio, sem deixar sucessão alguma. Por morte deste casou então com o dito Diogo Dias; viveram sempre no Itapuã, aonde existe um grande penedo, à beira-mar no porto de cima, chamado a Pedra de Diogo Dias. Deste e de sua mulher Isabel de Avila nasceu único filho varão.
4.1. Francisco Dias de Ávila, filho de Diogo Dias e de sua mulher Isabel de Ávila teve o foro de cavaleiro fidalgo. Casou com Ana Pereira, filha de Manuel Pereira Gago e de sua mulher Catarina Fogaça; gente honrada de Porto Seguro. Deste Francisco Dias e de sua mulher Ana Pereira foi filho.
5.1 Garcia de Ávila, filho de Francisco Dias de Ávila e de sua mulher Ana Pereira foi capitão de ordenança, feito pelos governadores interinos Luiz Barbalho Bezerra, Lourenço de Brito Correa, e o Bispo, governador, no ano de 1641, pelos serviços de seu pai Francisco Dias no recebimento do exército do Conde de Bagnuolo, e teve o mesmo foro de fidalgo de seu pai. Casou com Leonor Pereira filha de Manoel Pereira Gago e de sua mulher Catarina Fogaça, irmã de sua mãe. Dessa Leonor Pereira e de seu marido Garcia de Ávila foram filhos:
6.1. Francisco Dias de Ávila, que se segue.
6.2. Bernardo Pereira Gago, (30) batizado a 2 de agosto de 1654, sem sucessão.
6.3. Catarina Fogaça c.c. Vasco Marinho Falcão; casaram a 23 de junho de 1659, e tiveram filhos, D. Leonor Pereira Marinho, que casou com seu tio Francisco Dias de Ávila, acima, e aí se acha a sua descendência. Teve mais esse Vasco Marinho Falcão dessa sua mulher Catarina Fogaça outra filha por nome Isabel de Ávila Marinho, que contra a vontade de seu pai casou com o capitão Manoel Paes da Costa e faleceu a 24 de janeiro de 1704. Sepultada no Carmo. E Vasco Marinho, seu pai, faleceu a 18 de agosto de 1666. Sepultado em S. Francisco.
3.2. Maria Dias. mulher de Francisco de Araújo, adiante.
3.3. Lourenço Dias, (14) sem geração.
3.4. Melchior Dias, (15) sem geração.
3.5. Vicente Dias, sem geração.
3.6. Catarina Álvares,- adiante.
3.7. Andresa Dias, mulher de Diogo de Amorim Soares,  filho de Francisco Soares, de Ponte de Lima; sem geração.
3.8. Francisca Dias mulher de Antônio de Araújo, irmão de Gaspar Barbosa, de Ponte de Lima. Segunda vez casou essa Francisca Dias como consta do assento seguinte; Aos 15 de fevereiro de 1597 recebeu o licenciado Pedro de Campos, deão de Sé, a Francisco de Aguilar, f.º de Jácome Duarte e de sua mulher Isabel de Aguilar, moradores na cidade de Braga, freguesia de S. João de Souto, com Francisca Dias, f.ª de Vicente Dias e de sua mulher Genebra Alvares.

2.3. Apolônia Alvares, c.c. João de Figueiredo Mascarenhas, fidalgo da casa de Sua Majestade e natural da cidade de Faro, no reino do Algarve. Era f.º de Lourenço de Figueiredo, que passou ao Brasil no princípio, em que se fundava a Bahia, por haver morto um cônego seu parente, e trouxe consigo a este seu filho de idade de 12 anos, os quais ambos fizeram a Deus e a el-rei grandes serviços na conquista desta capitania, pela qual razão el-rei D. João III lhe escrevia e o estimava muito. A este João de Figueiredo chamava o gentio o Buatucá. Teve de sua mulher os filhos seguintes:
3.1. Filipa de Figueiredo Mascarenhas, filha primeira de Apolônia Álvares e seu marido João de Figueiredo Mascarenhas, c.c. o capt. Antônio de Paiva, e deles nasceu:
4.1. Antônio Guedes de Paiva, que se segue. N. 6. Antônio Guedes de Paiva,  f.º de Filipa de Figueiredo, e de seu marido Antônio de Paiva, foi coronel; c.c. D. Ana de Araújo, que era viúva de Pedro Camelo, e teve f.ª, Ana batizada a 16 de novembro de 1689 na capela do engenho da Ponta.
3.2. Mícia de Figueiredo Mascarenhas, que c.c. Manuel Correa de Brito, faleceu Mícia de Figueiredo a 18 de agosto de 1614 e foi sepultada em Nossa Senhora da Ajuda. Destes foram filhos:
4.1. D. Violante de Araújo, filha de Mícia de Figueiredo Mascarenhas, e de seu marido Manuel Correa de Brito, foi casada com Francisco Fernandes Pacheco, fidalgo da casa de Sua Majestade, f.º de Gaspar Fernandes de Afonseca, também fidalgo, e tiveram filhos:
5.1. O capitão Francisco Fernandes Pacheco, cavaleiro da Ordem de Cristo, solteiro.
5.2. D. Luiza Pacheco, filha segunda de D. Violante de Araújo, e de seu marido Francisco Fernandes Pacheco, foi c.c. Bartolomeu de Vasconcelos, f.º de Paulo de Carvalhal de Oliveira, e de sua mulher D. Francisca de Aguiar Espinosa ou de Espínola, filha de Cristóvão de Aguiar Daltro e de sua mulher D. Ana de Figueiró, e tiveram uma só filha, que foi:
6.1. D. Maria de Vasconcelos, f.ª única de D. Luiza Pacheco, n. 4, e de seu marido Bartolomeu de Vasconcelos, foi c.c. Mateus de Aguiar Daltro, f.º de Custódio Nunes Daltro, Sr. de engenho em Cotegipe, e de sua mulher D. Isabel de Figueiró, e tiveram filhos, que vão adiante
5.3. Frei Antônio dos Anjos, religioso do Carmo.
2. Catarina Correa de Brito,  D. Violante de Araújo.
3.3. Maria de Figueiredo Mascarenhas, mulher de Sebastião de Brito Correa.
3.4. Grácia de Figueiredo, que c.c. Francisco de Barros, de Ponte de Lima, adiante.
3.5. Clemência de Figueiredo, mulher de Bento de Barbuda. Teve mais a Catarina, batizada na Sé a 21 de dezembro de 1557. isabel, batizada na Sé a 2 de março de 1559, pelo cura .João Lourenço.

2.4. Grácia Alvares, c.c. Antão Gil.
3.1. Catarina Gil c.c. Gaspar Barbosa
4.1. Domingos Barbosa de Araújo c.c. D. Luiza da França Corte-Real, f.ª de Afonso da França, e de D. Catarina Corte-Real.
3.2. Maria Gil, c.c. capitão Gonçalo Bezerra de Mesquita.
3.3. Cosme Gil,
3.4. Diogo Alvares
3.5. Lourenço Barradas
3.6. Antão Gil.


Clã da Família Alves em São Paulo:

Em São Paulo, cita-se o nome de: Francisco Alves, que foi Juiz Ordinário em 1554 e interinamente em 1555. Depois, alcaide e porteiro. Ainda vivia em 1558.


Clã da Família Alves em Pernambuco:

Em Pernambuco, uma das antigas famílias com este sobrenome, procede do Capitão Antônio Alves, nascido por volta de 1696, filho de Luís Alves da Costa e de Francisca de Barros. Neto paterno de Rodrigo Alves e de Maria Quaresma. 


Outros Clãs:

segunda-feira, 25 de março de 2019

Clã dos Araújos


O primeiro deste apelido parece ter sido Rodrigo Anes de Araújo, que teve o senhorio do castelo de Araújo, na Galiza, donde tomou o nome. Pretendem alguns genealogistas que vivera com seu pai nas gralheiras de Araújo, cujas terras herdara de sua mãe, e que fora o fundador do castelo. A origem desta família não é bem conhecida, pois se lhe atribuem diversas: os Azas, os Maias, o francês João Tiranoht, etc.

Rodrigo Anes de Araújo casou com D. Maior Álvares de Aza, sua parenta, segundo dizem, filha de D. Rodrigo Álvares de Aza e de sua mulher, D. Maria Pires de Ambia, casamento que Manso de Lima considera impossível. Deste Rodrigo Anes descenderam os Araújos da Galiza, onde foram senhores de muitos lugares, Vasco Rodrigues de Araújo e de sua mulher, o qual era neto do primeiro Rodrigo Anes, passaram a Portugal, cujos Reis serviram e foram progenitores das famílias destes apelidos existentes no Minho ou desta província derivadas.

Rodrigo Anes de Araújo,era descendente de membros das famílias reais do Reino de França e da Burgúndia através de um nobre cavaleiro chamado Jean Tiranoth. Jean Tiranoth com grande número de cavaleiros franceses e burgúndios tomaram parte na Reconquista da Galiza contra os mouros, e como recompensa, lhe foram doadas terras reconquistadas. Seu bisneto Pedro Anes de Araújo se passou para o Reino de Portugal, em torno de 1375.

Etimologia: 'Araújo' vem do celta, *āradūsion, lugar de passagem (espiritual), supostamente é uma referência a um santuário aonde os druidas desfaleciam em transe, com sua alma indo ao além, segundo as crenças kélticas. 

Armas: As armas usadas em Portugal, são: de prata, com aspa de azul carregada de cinco besantes de ouro, postos em aspa. Timbre: meio mouro, sem braços, vestido de azul e fotado de ouro ou a aspa do escudo. Os Araújos, alcaides-mores de Lindoso, usaram talvez armas diversas, semelhantes às dos Veloso.


BRASIL*

O Clã Araújo da Bahia:

Francisco de Araújo, natural de Ponte de Lima, filho de Gaspar Barbosa de Araújo e Maria de Araújo, da “nobilíssima família dos Araújo da Província de Entre Douro e Minho”, casou com Maria Dias, neta de Diogo Alvares Correia, o Caramuru, e de Catarina Alvares (Paraguaçu). Foi sesmeiro em Sergipe e faleceu em Salvador da Baía em 27 de Agosto de 1602. Deste casamento houve três filhos sem geração e uma filha chamada Catarina Álvares que viria a casar com o seu tio paterno Baltazar Barbosa de Araújo, também ele natural de Ponte de Lima e filho de Gaspar Barbosa de Araújo. Das duas filhas nascidas deste casamento, Francisca de Araújo e Joana Barbosa, esta veio a casar com António de Souza Drummond, nobre família de origem escocesa (Clã dos Drummonds), estabelecida na ilha da Madeira.

Em reconhecimento dos seus serviços, o próprio governador-geral, Tomé de Sousa, armou cavaleiros três dos seus filhos – Gaspar, Gabriel e Jorge Álvares – e um dos seus genros, João de Figueiredo, tendo o rei D. João III confirmado no ano seguinte através de carta régia a concessão atribuída.

Pernambuco:

Na família Araújo, se registra a ilustre figura de Amador de Araujo Pereira, em Pernambuco, um dos heróis da Insurreição Pernambucana. Foi natural da Província do Minho, onde seus pais Pedro Gonçalves, o Novo, e Felippa de Araujo Pereira, aparentado em grau muito próximo com a casa de Esquivo e com a de D. Miguel de Azevedo e de Luiz de Miranda Pereira, com cujos parentes conservou sempre comunicação, como se prova das cartas que conservam seus descendentes. Veio a Pernambuco antes da entrada dos Holandeses e casou na freguesia de Ipojuca com D. Maria da Costa de Luna, filha de Álvaro Gonçalves de Luna e de sua mulher Isabel da Costa. 

Amador de Araujo é em Pernambuco o tronco da família de seu sobrenome. Dele fazem honorífica memoria os autores que escreveram a guerra dos holandeses, na qual foi eleito Capitão-mór de Ipojuca, e procedeu com tanta honra que S. Majestade em atenção aos seus serviços o nomeou governador de São Thomé, posto que não logrou por falecer quando estava para embarcar.

É Amador Araújo que desencadeia a insurreição em 17 de junho de 1645. Ao seu comando, e de par com o capitão Agostinho Fagundes, dirige um terço de 400 homens com o qual cercou Ipojuca, e prendeu a guarnição holandesa. Em 24 de junho, o comandante holandês, Henrique Hus, sai a sombra da noite, com tropa de 600 homens, para debelar o motim de Ipojuca. No caminho comete inúmeras atrocidades em puro atos de covardia. Há uma légua de Ipojuca, em Tabatinga, Fagundes o embosca com 20 homens, consegue dar morte a 3 holandeses e ferir outros tantos, se retira, e volta a se unir a Amador de Araújo, que abandona sua posição na vila e busca o encontro de suas tropas com as de Fernandes Vieira. Durante 45 dias, Amador Araújo, entreteve o exército de holandês, o acuando e detendo seu avanço, possibilitando a mobilização do exército de João Fernandes Vieira, que de par com a sua tropa, se bateria com os holandeses na Batalha do Monte das Tabocas, impondo a primeira grande derrota militar aos hereges.

Manoel de Araujo de Miranda, Filho de Amador Araújo, foi Capitão na guerra dos holandeses e morreu valerosamente na segunda batalha dos Guararapes. Foi casado, e segundo marido de 3 que teve D. Lourença Correia, irmã de João Correia Barbosa, Cavaleiro da Ordem de Christo e Capitão-Mór de Ipojuca.


GENEALOGIA DOS ARAÚJO PEREIRA

1. Amador de Araújo Pereira c.c. D. Maria Costa de Luna

2. Manoel de Araujo de Miranda, c.c. D. Lourença Correia, irmã de João Correia Barbosa, Cavaleiro da Ordem de Christo e Capitão-Mór de Ipojuca, e foram seus filhos:
3 — Manoel de Araujo de Miranda, Capitão de Auxiliares, no cerco de cabo de Ipojuca e Serinhaem, de que era Mestre de Campo Marcos de Barros Correia, por Patente de 10 de Fevereiro de 1666, da qual consta que seu pai falecera na segunda batalha dos Guararapes. As memórias do Capitão Jer°. de Faria de Figueiredo, dizem que foi casado com Maria da Cunha e que o matrimonio [...]
3—Luiz de Miranda Pereira, que também foi Capitão de Auxiliares do Terço do Mestre de Campo Marcos de Barros Correia na Companhia que se formou da gente que sobrou das Companhias de Bernardo Vieira e de seu irmão Manoel de Araujo Miranda, por Patente de 12 de Março de 1666, e delia consta que seu pai morrera na segunda batalha dos Guararapes. Casou com Beatris de Brito de Vasconcellos, irmã de seu ultimo padrasto o Capitão Domingos Gomes de Brito e filho de Diogo de Brito Borges, e de sua mulher Custodia Gomes de Abreu. Ainda vivia o dito Luiz de Miranda Pereira, em 1693, e teve de sua mulher os seguintes filhos:

2. Bernardino de Araujo Pereira, foi Capitão de Cavalos de Ipojuca. por Patente de 12 de Março de 1666. Ao 1º de Novembro de 1664, assinou termo de Irmão da Mizericordia de Olinda e dele consta que já então era casado com D. Ursula Cavalcante d'Albuquerque, filha do Capitão Pedro Cavalcante d'Albuquerque. Fidalgo da Casa Real e Cavalleiro da Ordem de Christo, e de sua mulher D. Brasia Monteiro.


O Ramo Araújo Costa no Ceará:

No Ceará, um dos ramos da família Araújo, são os "Araújo Costa", que advem de José de Araújo Costa, natural do Porto, região do Minho, Portugal, filho de Pedro Araújo e de Maria Sá, ambos portugueses, vindo a se casar com D. Brites Vasconcellos, natural de Goiana (Pernambuco), filha de Manoel Vaz Carrasco, e de D. Maria Magdalena, ambos de Igarassú, Pernambuco. E se estabelecendo no vale do Acaraú, região norte do Ceará. 

Um de seus filhos, Diogo Lopes Araújo Costa, nascido em 08 de março de 1761, e batizado no dia 22 do corrente mês e ano, teve 16 filhos, com três mulheres diferentes.  Um outro, José de Araújo Costa, teve 11 filhos: 3 homens e 8 mulheres. 

Outros Clãs:


*Procuramos abordar apenas o ramo familiar mais antigo e proeminente registrado no Brasil. Podendo haver outros em épocas posteriores, ou mesmo na mesma época, porém não documentados.

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Clã dos Furtado de Mendonça

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