terça-feira, 21 de maio de 2019

Clã Alvares Correia (Caramurus)


O sobrenome Alves, é de uso amplo, envolvendo muitas famílias sem que haja especificamente laços sanguíneos entre si.

ETIMOLOGIA: "Álvaro" do qual "Alves" é abreviação, seria ou de origem sueva, que se estabeleceram no norte de Portugal,  provindo do proto-germânico: Alewar,  al tudo e war protetor/guardião, logo significando "guardião de todos", ou do celta Albos, que significa branco, brilhante.


BRASIL*

Diogo Alvares Correa, da principal nobreza de Viana do Castelo, vindo ter à Bahia por acaso da fortuna, sendo o primeiro Português, que nela aportou, e pisou as suas praias, e pelo sucesso do seu naufrágio, e modo com que escapando com vida a conservou entre o gentio, que lhe acrescentou o cognome de - Caramuru - tão celebrado na tradição e história. Depois de ter de uma filha do principal dos índios, que habitavam as costas da barra da Bahia, várias filhas ilegítimas que nesse lugar se assentaram, e chamada ainda então, como gentia, - Paraguaçu - como escrevem algumas memórias, ou como têm outras - Guaibim - Pará - e tudo quer dizer o mesmo que - mar ou rio-grande - e conhecida depois de batizada por Catarina Alvares. Diogo Álvares Correia veio a falecer em 5 de Outubro de 1557, contando setenta anos de idade, tendo sido sepultado na igreja de Jesus, pertencente aos Jesuítas.

Foi este Diogo Álvares Correa, natural de Vianna, pessoa nobre, e de linhagem conhecida da Província de Entre Douro, e Minho. Era moço, e o desejo, que levava a outros muitos sujeitos da sua qualidade naqueles tempos a sair de suas pátrias, e buscar nas novas conquistas do Reino alguma aventura, o arrastava agora para a da Índia em companhia de um tio seu, que em certa nau fazia para lá a sua derrota. [...] a sua nau se veio meter na grande boca da Enseada da Bahia, agitada de ventos contrários, onde sobrevindo-lhe outra tempestade, deu com ela, quebrados os mastros, e perdido o rumo, nos baixios, que ficam a leste da sua barra, a que o gentio chamava Mairagúiquiing; em fronte donde se mete no mar o Rio Vermelho, uma légua distante da ponta, que dizem do Padrão (atual Farol da Barra). Aqui tiveram todos, com a perda da nau, lastimoso naufrágio, do qual os que livraram com vida, não escaparam de serem presas do bárbaro gentio tupinambá, que habitava aquela costa, e ali acudiu, fazendo pilhagem, não só no que a despedaçada nau lançava às praias, muito melhor dos miseráveis naufragados, que recolhidos às suas estacadas, lhes foram servindo de gostoso manjar para repetidos dias. Menos Diogo Álvares Correa, que ou a sua sorte, ou a sua viveza, ou tudo junto com superior destino, lhe administrou para isso meios oportunos. Era moço, esperto, ágil, e de entendimento vivo, e vendo aquela gente mui ocupada na colheita dos vários despojos da perdida nau, introduzido com eles os ajudava a comboiar para onde via que eles os iam acomodando: e aqui começou a fortuna a traçar a sorte de Diogo Álvares. Este os servia cuidadoso, e eles o atendiam alegres.

Havendo já recolhido o gentio às suas estâncias tudo o que do naufrágio entendeu Ihes podia servir, e eles já também mais sossegados nas suas cabanas, tratou Diogo Álvares de preparar algumas daquelas armas; carrega uma, faz tiro com ela a certa presa (seria a alguma ave) dá com ela em terra, e foi tal o alvoroço no incauto gentio, que meninos, e mulheres se punham em fugida, e os maiores em espanto, e admiração, de verem, e ouvirem uma tal coisa, e especialmente o dano, e estrago, que causavam as balas sem serem vistas. Algum gênero de desconfiança alcançou Diogo Álvares do espanto, e temor do gentio, mas ele no melhor modo que pode os deixou satisfeitos, dando-lhes a entender, que aquele gênero de instrumento não fazia danos mais que a inimigos, que com facilidade, e menos perigo podiam ser vencidos com aquelas novas armas, do que com os seus antigos arcos, e flechas.

Em seu livro, Jaboatão demonstrou ter conhecimento de outras versões sobre as origens de Caramuru, a quem chamou de herói, mas preferiu expor a que lhe é era mais sensata. Na continuação da transcrição do manuscrito, Caramuru lutou junto com os índios, abatendo os inimigos com seu arcabuz e ganhando alta reputação. Com o tempo tornou-se o líder dos índios locais.

Diogo Álvares era chamado de Caramuru-Guaçu, que significava moreia grande. O apelido teria sido dado por Catarina Paraguaçu, referindo-se a Diogo Álvares, que pediu ao pai que não o matasse. Há dúvidas sobre essa versão. Ela seria muito jovem, talvez um bebê. As evidências indicam que Diogo Alvarez teve outras mulheres tupinambás antes dela.

Os Tupinambás já conheciam armas de fogo, por expedições portuguesas anteriores, como a de Gonçalo Coelho em 1501. Após a expedição de 1501, Portugal arrendou a exploração do pau-brasil a Fernão de Noronha, enquanto os franceses também se interessaram pelo recurso e exploravam a costa brasileira. Apesar do tratado de 1485 entre Portugal e França, os franceses agiam como piratas no Brasil.

Foi nesse contexto, que navegadores, que passavam pela Baía de Todos os Santos, relatavam a presença de um prestativo português, que os índios chamavam de Caramuru. Diogo Álvares aprendeu línguas e costumes dos nativos e teve várias mulheres. Entregava pau brasil a mercadores franceses e ajudava a reabastecer as embarcações. Com o tempo, passou a dominar o comércio na Baía.

Caramuru seguiu para a França, em 1527, com Catarina Paraguaçu, filha de um chefe tupinambá com uma francesa. Levados pelo navegador bretão Jacques Cartier, amigo de Caramuru. Paraguaçu foi batizada, em 30 de julho de 1528, na antiga Catedral de Saint-Malo, na Bretanha francesa, com o nome de Katherine du Brézil e casou-se com Diogo Alvares Correa (Caramuru). Seu registro de batismo é o primeiro documento conhecido de uma brasileira. O casal permaneceu na França por três anos.

Caramuru retornou à Bahia e prosperou. Tinha o respeito dos índios, de nobres e de reis europeus. Por volta de 1535, construiu a Igreja da Graça, a pedido de Catharina Paraguaçu.

Em 1536, chegou o donatário da Capitania da Bahia, Pereira Coutinho, que doou uma sesmaria a Caramuru, a qual incluía os atuais bairros da Graça, Chame-Chame e parte da Barra. Em 1540, construiu sua casa forte, perto da Igreja da Graça, onde morava com sua família. A área também abriga a Fonte da Graça, usada por Caramuru.

No século 16, existia escassez de mulheres brancas no Brasil e os homens que aqui se aventuravam uniam-se frequentemente com mamelucas franco-brasileiras. Assim surgiu a aristocracia brasileira.

Diogo Dias, neto de Diogo e Catarina, casou-se com a filha de Garcia d'Ávila, senhor da Casa da Torre (que deu o nome à Praia do Forte). Seus nobres descendentes viveram nessa castelo até o século 19 e foram protagonistas em muito da História do Brasil.

Diogo Álvares Correia faleceu na Bahia, em 05 de outubro de 1557, com setenta anos de idade, tendo sido sepultado no Mosteiro de Jesus, pertencente aos jesuítas, atual Catedral Basílica. Esses dados foram encontrados por Jaboatão, em um caderno de óbitos da antiga Sé da Bahia, com o seguinte texto (grafia da época):
"Aos sinquo dias do mes de Outubro de 1557 falleceo Diogo Alvares Correia, caramurú, da Povoação do Pereira; foi enterrado no Mosteiro de Jesus. Ficára por seo testamenteiro Joaõ de Figueiredo seo genro; o cura Joaõ Lourenço, a folhas 70."
Catarina Paraguassu contava oitenta e oito anos quando em 26 de Janeiro de 1583 morreu em Salvador da Baía, tendo ficado sepultada na Igreja de Nossa Senhora da Graça, local onde constam os seguintes dizeres:
“Sepultura de Catarina Alz senhora desta Capitania da Bahia a, qual, ela e seu marido Diogo Alz corrêa, natural de Viana derão, aos, senhores Reys de Portugal e fés e deu esta Igreja ao, Patriarca S., Bento, Era de 1582”.   
Esta lápide confirma a adoção do apelido Álvarez por parte de Catarina (Paraguaçu), o que contraria a tese de alguns de que teria passado a chamar-se “Catarina do Brasil” pelo batismo. Tal como, aliás, sucede com o nome próprio Catarina, associado ao da esposa do rei D. João III.

Caramuru doou aos jesuítas, em testamento, parte de sua fortuna. Deixou grande prole e tornou-se uma lenda. Catarina  faleceu em 1586 e sua Igreja foi doada aos beneditinos.

Diogo Álvares teve 14 filhos (outras fontes falam em 16), dos quais, 4 com sua mulher legítima Catarina e 10 com diversas índias. De Catharina, por outras fontes, além dos 4, dar-se conta de outros três filhos: 2 femeas e 1 macho (Diogo Alvares Correa Filho).
1. Ana Alvares, primogenita, c.c. Custódio Rodrigues Correa, pessoa nobre e das principais famílias de Santarém, donde era natural.
2. Genebra Alvares c.c. Vicente Dias, natural de Beja e moço fidalgo da Casa Real. Estes tiveram como filho Diogo Dias que viria a casar-se com Isabel de Ávila, filha do senhor do Castelo da Casa da Torre. (Clã dos d'Ávilas)
3. Apolônia Alvares c.c. Francisco de Mendonça
4. Grácia Alvares c.c. Antão Gil
5. Diogo Alvares Correa Filho c.c. sua sobrinha Maria de Mendonça, f.ª de Apolônia Alvares e de Francisco de Mendonça.
6. Baltasar Alvares
Maria Dias, f.ª de Genebra Alvares e de Vicente Dias, c.c. Francisco de Araújo, natural de Ponte de Lima e filho de Gaspar Barbosa de Araújo e Maria de Araújo, da “nobilíssima família dos Araújo da Província de Entre Douro e Minho”. Foi sesmeiro em Sergipe e faleceu em Salvador da Baía em 27 de Agosto de 1602. Deste casamento houve três filhos sem geração e uma filha chamada Catarina Álvares que viria a casar com o seu tio paterno Baltazar Barbosa de Araújo, também ele natural de Ponte de Lima e filho de Gaspar Barbosa de Araújo. Das duas filhas nascidas deste casamento, Francisca de Araújo e Joana Barbosa, esta veio a casar com António de Souza Drumond cuja genealogia nos levaria a uma autêntica incursão pela história da Europa e o povoamento da Ilha da Madeira.

Em reconhecimento dos seus serviços, o próprio governador-geral, Tomé de Sousa, armou cavaleiros três dos seus filhos – Gaspar, Gabriel e Jorge Álvares – e um dos seus genros, João de Figueiredo, tendo o rei D. João III confirmado no ano seguinte através de carta régia a concessão atribuída.

Para além das filhas que teve de Paraguassu, Diogo Álvares teve porém, muitos outros filhos e filhas das relações que manteve com numerosas índias.


GENEALOGIA:

1. Diogo Álvares Correia c.c. Catarina Álvares (Paraguaçu)
2.1. Ana Alvares, filha primeira de Catarina Alvares e seu marido Diogo Alvares Caramuru, foi casada com Custódio Rodrigues Correa, pessoa nobre e das principais famílias de Santarém, donde era natural e deles nasceram os filhos seguintes:
3.1. O padre Marçal Rodrigues Correa, vigário de Vila-Velha e povoação do Pereira.
3.2. O capitão André Rodrigues Correa, sem sucessão.
3.3. Paulo Rodrigues Correa, sem sucessão.
3.4. Lourenço Rodrigues Correa, sem sucessão.
3.5. Jorge Alvares Correa, sem sucessão.
3.6. Isabel Rodrigues, mulher de João Marante, sem sucessão.
3.7. Maria Correa, c.c. Aires da Rocha Peixoto, natural da cidade de Elvas, das principais famílias, sua mãe Leonor Peixoto era dos Alvarados, Peixotos do Porto. Aires da Rocha Peixoto veio para o Brasil por uma morte que fez, sendo de 16 anos. Assim o confirma um instrumento de sua nobreza e qualidade. Desta Maria Correa descendem os Rochas Peixotos e alguns Correas, que há nesta cidade da Bahia e seu recôncavo.
2.2. Genebra Álvares, f.ª segunda de Catarina Álvares e de seu marido Diogo Alvares Caramuru, c.c. Vicente Dias de Beja, natural da província do Alentejo, moço fidalgo da casa do infante D. Luiz. Assim se acha em vários papéis manuscritos feitos por pessoas antigas, que tiveram o cuidado de escrever e fazer memória dos sujeitos, que casaram com estas filhas de Catarina Álvares e seu marido Diogo Álvares Caramuru.
3.1. Diogo Dias, c.c. Isabel de Avila, f.ª natural de Garcia de Ávila, o velho, que veio à Bahia com Tomé de Souza, primeiro governador que fundou esta cidade. A dita Isabel de Ávila acima, antes de casar com o sobredito Diogo Dias havia sido casada com um fidalgo genovês, que a tirou por justiça, e vivendo com era no Itapuã, o matou um gentio, sem deixar sucessão alguma. Por morte deste casou então com o dito Diogo Dias; viveram sempre no Itapuã, aonde existe um grande penedo, à beira-mar no porto de cima, chamado a Pedra de Diogo Dias. Deste e de sua mulher Isabel de Avila nasceu único filho varão.
4.1. Francisco Dias de Ávila, filho de Diogo Dias e de sua mulher Isabel de Ávila teve o foro de cavaleiro fidalgo. Casou com Ana Pereira, filha de Manuel Pereira Gago e de sua mulher Catarina Fogaça; gente honrada de Porto Seguro. Deste Francisco Dias e de sua mulher Ana Pereira foi filho.
5.1 Garcia de Ávila, filho de Francisco Dias de Ávila e de sua mulher Ana Pereira foi capitão de ordenança, feito pelos governadores interinos Luiz Barbalho Bezerra, Lourenço de Brito Correa, e o Bispo, governador, no ano de 1641, pelos serviços de seu pai Francisco Dias no recebimento do exército do Conde de Bagnuolo, e teve o mesmo foro de fidalgo de seu pai. Casou com Leonor Pereira filha de Manoel Pereira Gago e de sua mulher Catarina Fogaça, irmã de sua mãe. Dessa Leonor Pereira e de seu marido Garcia de Ávila foram filhos:
6.1. Francisco Dias de Ávila, que se segue.
6.2. Bernardo Pereira Gago, (30) batizado a 2 de agosto de 1654, sem sucessão.
6.3. Catarina Fogaça c.c. Vasco Marinho Falcão; casaram a 23 de junho de 1659, e tiveram filhos, D. Leonor Pereira Marinho, que casou com seu tio Francisco Dias de Ávila, acima, e aí se acha a sua descendência. Teve mais esse Vasco Marinho Falcão dessa sua mulher Catarina Fogaça outra filha por nome Isabel de Ávila Marinho, que contra a vontade de seu pai casou com o capitão Manoel Paes da Costa e faleceu a 24 de janeiro de 1704. Sepultada no Carmo. E Vasco Marinho, seu pai, faleceu a 18 de agosto de 1666. Sepultado em S. Francisco.
3.2. Maria Dias. mulher de Francisco de Araújo, adiante.
3.3. Lourenço Dias, (14) sem geração.
3.4. Melchior Dias, (15) sem geração.
3.5. Vicente Dias, sem geração.
3.6. Catarina Álvares,- adiante.
3.7. Andresa Dias, mulher de Diogo de Amorim Soares,  filho de Francisco Soares, de Ponte de Lima; sem geração.
3.8. Francisca Dias mulher de Antônio de Araújo, irmão de Gaspar Barbosa, de Ponte de Lima. Segunda vez casou essa Francisca Dias como consta do assento seguinte; Aos 15 de fevereiro de 1597 recebeu o licenciado Pedro de Campos, deão de Sé, a Francisco de Aguilar, f.º de Jácome Duarte e de sua mulher Isabel de Aguilar, moradores na cidade de Braga, freguesia de S. João de Souto, com Francisca Dias, f.ª de Vicente Dias e de sua mulher Genebra Alvares.

2.3. Apolônia Alvares, c.c. João de Figueiredo Mascarenhas, fidalgo da casa de Sua Majestade e natural da cidade de Faro, no reino do Algarve. Era f.º de Lourenço de Figueiredo, que passou ao Brasil no princípio, em que se fundava a Bahia, por haver morto um cônego seu parente, e trouxe consigo a este seu filho de idade de 12 anos, os quais ambos fizeram a Deus e a el-rei grandes serviços na conquista desta capitania, pela qual razão el-rei D. João III lhe escrevia e o estimava muito. A este João de Figueiredo chamava o gentio o Buatucá. Teve de sua mulher os filhos seguintes:
3.1. Filipa de Figueiredo Mascarenhas, filha primeira de Apolônia Álvares e seu marido João de Figueiredo Mascarenhas, c.c. o capt. Antônio de Paiva, e deles nasceu:
4.1. Antônio Guedes de Paiva, que se segue. N. 6. Antônio Guedes de Paiva,  f.º de Filipa de Figueiredo, e de seu marido Antônio de Paiva, foi coronel; c.c. D. Ana de Araújo, que era viúva de Pedro Camelo, e teve f.ª, Ana batizada a 16 de novembro de 1689 na capela do engenho da Ponta.
3.2. Mícia de Figueiredo Mascarenhas, que c.c. Manuel Correa de Brito, faleceu Mícia de Figueiredo a 18 de agosto de 1614 e foi sepultada em Nossa Senhora da Ajuda. Destes foram filhos:
4.1. D. Violante de Araújo, filha de Mícia de Figueiredo Mascarenhas, e de seu marido Manuel Correa de Brito, foi casada com Francisco Fernandes Pacheco, fidalgo da casa de Sua Majestade, f.º de Gaspar Fernandes de Afonseca, também fidalgo, e tiveram filhos:
5.1. O capitão Francisco Fernandes Pacheco, cavaleiro da Ordem de Cristo, solteiro.
5.2. D. Luiza Pacheco, filha segunda de D. Violante de Araújo, e de seu marido Francisco Fernandes Pacheco, foi c.c. Bartolomeu de Vasconcelos, f.º de Paulo de Carvalhal de Oliveira, e de sua mulher D. Francisca de Aguiar Espinosa ou de Espínola, filha de Cristóvão de Aguiar Daltro e de sua mulher D. Ana de Figueiró, e tiveram uma só filha, que foi:
6.1. D. Maria de Vasconcelos, f.ª única de D. Luiza Pacheco, n. 4, e de seu marido Bartolomeu de Vasconcelos, foi c.c. Mateus de Aguiar Daltro, f.º de Custódio Nunes Daltro, Sr. de engenho em Cotegipe, e de sua mulher D. Isabel de Figueiró, e tiveram filhos, que vão adiante
5.3. Frei Antônio dos Anjos, religioso do Carmo.
2. Catarina Correa de Brito,  D. Violante de Araújo.
3.3. Maria de Figueiredo Mascarenhas, mulher de Sebastião de Brito Correa.
3.4. Grácia de Figueiredo, que c.c. Francisco de Barros, de Ponte de Lima, adiante.
3.5. Clemência de Figueiredo, mulher de Bento de Barbuda. Teve mais a Catarina, batizada na Sé a 21 de dezembro de 1557. isabel, batizada na Sé a 2 de março de 1559, pelo cura .João Lourenço.

2.4. Grácia Alvares, c.c. Antão Gil.
3.1. Catarina Gil c.c. Gaspar Barbosa
4.1. Domingos Barbosa de Araújo c.c. D. Luiza da França Corte-Real, f.ª de Afonso da França, e de D. Catarina Corte-Real.
3.2. Maria Gil, c.c. capitão Gonçalo Bezerra de Mesquita.
3.3. Cosme Gil,
3.4. Diogo Alvares
3.5. Lourenço Barradas
3.6. Antão Gil.


Clã da Família Alves em São Paulo:

Em São Paulo, cita-se o nome de: Francisco Alves, que foi Juiz Ordinário em 1554 e interinamente em 1555. Depois, alcaide e porteiro. Ainda vivia em 1558.


Clã da Família Alves em Pernambuco:

Em Pernambuco, uma das antigas famílias com este sobrenome, procede do Capitão Antônio Alves, nascido por volta de 1696, filho de Luís Alves da Costa e de Francisca de Barros. Neto paterno de Rodrigo Alves e de Maria Quaresma. 


Outros Clãs:

segunda-feira, 25 de março de 2019

Clã dos Araújos


O primeiro deste apelido parece ter sido Rodrigo Anes de Araújo, que teve o senhorio do castelo de Araújo, na Galiza, donde tomou o nome. Pretendem alguns genealogistas que vivera com seu pai nas gralheiras de Araújo, cujas terras herdara de sua mãe, e que fora o fundador do castelo. A origem desta família não é bem conhecida, pois se lhe atribuem diversas: os Azas, os Maias, o francês João Tiranoht, etc.

Rodrigo Anes de Araújo casou com D. Maior Álvares de Aza, sua parenta, segundo dizem, filha de D. Rodrigo Álvares de Aza e de sua mulher, D. Maria Pires de Ambia, casamento que Manso de Lima considera impossível. Deste Rodrigo Anes descenderam os Araújos da Galiza, onde foram senhores de muitos lugares, Vasco Rodrigues de Araújo e de sua mulher, o qual era neto do primeiro Rodrigo Anes, passaram a Portugal, cujos Reis serviram e foram progenitores das famílias destes apelidos existentes no Minho ou desta província derivadas.

Rodrigo Anes de Araújo,era descendente de membros das famílias reais do Reino de França e da Burgúndia através de um nobre cavaleiro chamado Jean Tiranoth. Jean Tiranoth com grande número de cavaleiros franceses e burgúndios tomaram parte na Reconquista da Galiza contra os mouros, e como recompensa, lhe foram doadas terras reconquistadas. Seu bisneto Pedro Anes de Araújo se passou para o Reino de Portugal, em torno de 1375.

Etimologia: 'Araújo' vem do celta, *āradūsion, lugar de passagem (espiritual), supostamente é uma referência a um santuário aonde os druidas desfaleciam em transe, com sua alma indo ao além, segundo as crenças kélticas. 

Armas: As armas usadas em Portugal, são: de prata, com aspa de azul carregada de cinco besantes de ouro, postos em aspa. Timbre: meio mouro, sem braços, vestido de azul e fotado de ouro ou a aspa do escudo. Os Araújos, alcaides-mores de Lindoso, usaram talvez armas diversas, semelhantes às dos Veloso.


BRASIL*

O Clã Araújo da Bahia:

Francisco de Araújo, natural de Ponte de Lima, filho de Gaspar Barbosa de Araújo e Maria de Araújo, da “nobilíssima família dos Araújo da Província de Entre Douro e Minho”, casou com Maria Dias, neta de Diogo Alvares Correia, o Caramuru, e de Catarina Alvares (Paraguaçu). Foi sesmeiro em Sergipe e faleceu em Salvador da Baía em 27 de Agosto de 1602. Deste casamento houve três filhos sem geração e uma filha chamada Catarina Álvares que viria a casar com o seu tio paterno Baltazar Barbosa de Araújo, também ele natural de Ponte de Lima e filho de Gaspar Barbosa de Araújo. Das duas filhas nascidas deste casamento, Francisca de Araújo e Joana Barbosa, esta veio a casar com António de Souza Drummond, nobre família de origem escocesa (Clã dos Drummonds), estabelecida na ilha da Madeira.

Em reconhecimento dos seus serviços, o próprio governador-geral, Tomé de Sousa, armou cavaleiros três dos seus filhos – Gaspar, Gabriel e Jorge Álvares – e um dos seus genros, João de Figueiredo, tendo o rei D. João III confirmado no ano seguinte através de carta régia a concessão atribuída.

Pernambuco:

Na família Araújo, se registra a ilustre figura de Amador de Araujo Pereira, em Pernambuco, um dos heróis da Insurreição Pernambucana. Foi natural da Província do Minho, onde seus pais Pedro Gonçalves, o Novo, e Felippa de Araujo Pereira, aparentado em grau muito próximo com a casa de Esquivo e com a de D. Miguel de Azevedo e de Luiz de Miranda Pereira, com cujos parentes conservou sempre comunicação, como se prova das cartas que conservam seus descendentes. Veio a Pernambuco antes da entrada dos Holandeses e casou na freguesia de Ipojuca com D. Maria da Costa de Luna, filha de Álvaro Gonçalves de Luna e de sua mulher Isabel da Costa. 

Amador de Araujo é em Pernambuco o tronco da família de seu sobrenome. Dele fazem honorífica memoria os autores que escreveram a guerra dos holandeses, na qual foi eleito Capitão-mór de Ipojuca, e procedeu com tanta honra que S. Majestade em atenção aos seus serviços o nomeou governador de São Thomé, posto que não logrou por falecer quando estava para embarcar.

É Amador Araújo que desencadeia a insurreição em 17 de junho de 1645. Ao seu comando, e de par com o capitão Agostinho Fagundes, dirige um terço de 400 homens com o qual cercou Ipojuca, e prendeu a guarnição holandesa. Em 24 de junho, o comandante holandês, Henrique Hus, sai a sombra da noite, com tropa de 600 homens, para debelar o motim de Ipojuca. No caminho comete inúmeras atrocidades em puro atos de covardia. Há uma légua de Ipojuca, em Tabatinga, Fagundes o embosca com 20 homens, consegue dar morte a 3 holandeses e ferir outros tantos, se retira, e volta a se unir a Amador de Araújo, que abandona sua posição na vila e busca o encontro de suas tropas com as de Fernandes Vieira. Durante 45 dias, Amador Araújo, entreteve o exército de holandês, o acuando e detendo seu avanço, possibilitando a mobilização do exército de João Fernandes Vieira, que de par com a sua tropa, se bateria com os holandeses na Batalha do Monte das Tabocas, impondo a primeira grande derrota militar aos hereges.

Manoel de Araujo de Miranda, Filho de Amador Araújo, foi Capitão na guerra dos holandeses e morreu valerosamente na segunda batalha dos Guararapes. Foi casado, e segundo marido de 3 que teve D. Lourença Correia, irmã de João Correia Barbosa, Cavaleiro da Ordem de Christo e Capitão-Mór de Ipojuca.


GENEALOGIA DOS ARAÚJO PEREIRA

1. Amador de Araújo Pereira c.c. D. Maria Costa de Luna

2. Manoel de Araujo de Miranda, c.c. D. Lourença Correia, irmã de João Correia Barbosa, Cavaleiro da Ordem de Christo e Capitão-Mór de Ipojuca, e foram seus filhos:
3 — Manoel de Araujo de Miranda, Capitão de Auxiliares, no cerco de cabo de Ipojuca e Serinhaem, de que era Mestre de Campo Marcos de Barros Correia, por Patente de 10 de Fevereiro de 1666, da qual consta que seu pai falecera na segunda batalha dos Guararapes. As memórias do Capitão Jer°. de Faria de Figueiredo, dizem que foi casado com Maria da Cunha e que o matrimonio [...]
3—Luiz de Miranda Pereira, que também foi Capitão de Auxiliares do Terço do Mestre de Campo Marcos de Barros Correia na Companhia que se formou da gente que sobrou das Companhias de Bernardo Vieira e de seu irmão Manoel de Araujo Miranda, por Patente de 12 de Março de 1666, e delia consta que seu pai morrera na segunda batalha dos Guararapes. Casou com Beatris de Brito de Vasconcellos, irmã de seu ultimo padrasto o Capitão Domingos Gomes de Brito e filho de Diogo de Brito Borges, e de sua mulher Custodia Gomes de Abreu. Ainda vivia o dito Luiz de Miranda Pereira, em 1693, e teve de sua mulher os seguintes filhos:

2. Bernardino de Araujo Pereira, foi Capitão de Cavalos de Ipojuca. por Patente de 12 de Março de 1666. Ao 1º de Novembro de 1664, assinou termo de Irmão da Mizericordia de Olinda e dele consta que já então era casado com D. Ursula Cavalcante d'Albuquerque, filha do Capitão Pedro Cavalcante d'Albuquerque. Fidalgo da Casa Real e Cavalleiro da Ordem de Christo, e de sua mulher D. Brasia Monteiro.


O Ramo Araújo Costa no Ceará:

No Ceará, um dos ramos da família Araújo, são os "Araújo Costa", que advem de José de Araújo Costa, natural do Porto, região do Minho, Portugal, filho de Pedro Araújo e de Maria Sá, ambos portugueses, vindo a se casar com D. Brites Vasconcellos, natural de Goiana (Pernambuco), filha de Manoel Vaz Carrasco, e de D. Maria Magdalena, ambos de Igarassú, Pernambuco. E se estabelecendo no vale do Acaraú, região norte do Ceará. 

Um de seus filhos, Diogo Lopes Araújo Costa, nascido em 08 de março de 1761, e batizado no dia 22 do corrente mês e ano, teve 16 filhos, com três mulheres diferentes.  Um outro, José de Araújo Costa, teve 11 filhos: 3 homens e 8 mulheres. 

Outros Clãs:


*Procuramos abordar apenas o ramo familiar mais antigo e proeminente registrado no Brasil. Podendo haver outros em épocas posteriores, ou mesmo na mesma época, porém não documentados.

terça-feira, 19 de março de 2019

Clã dos Andrade(s)


A Família Andrade é uma das mais antigas de que se tem registro em toda península ibérica. Sua origem advêm do reino da Galiza, cujo solar, a freguesia de Andrade, se localiza perto de Ferrol, atual município de Pontedeume, de cujas vilas o rei D. Henrique II fez mercê a seu privado Fernão Peres de Andrade, descendente de Bermudo Peres de Traba Freire de Andrade, que provinha dos antigos condes de Traba e Trastâmara.

Os Andrades, ou Andradas, usaram também tradicionalmente o apelido Freire, e os dois sobrenomes passaram a considerar-se indissociáveis, usando uns Andrade Freire, outros Freire de Andrade, como isoladamente.

A origem etimológica vem do celta: anderātis, significando “grande baluarte, fortaleza”, Andrade.

Galiza

Sepulcro de Fernan Perez de Andrade, figurando o mito
celta da "caça selvagem". O javali era signo celta do saber letrado. 
O Urso, a força selvagem guerreira, Berserker.
No final do Século XII, começou a tomar importância uma família originária de Andrade de cujas vilas o rei D. Henrique II fez mercê a seu privado Fernán Pérez de Andrade, descendente de Bermudo Peres de Traba Freire de Andrade, que provinha dos antigos condes de Traba e Trastámara. Esta família chegaria a dominar as terras de Ferrol, Pontedeume, Betanzos e Vilalba.

Atualmente, as propriedades que pertenceram aos Condes de Andrade e Vilalba, fazem parte das muitas outras posses da Casa de Alba.

A esta família pertenceram alguns personagens importantes da história da Galiza, como:
  • Fernán Pérez de Andrade, o Bom
  • Nuno Freire de Andrade, o Mau



Castelo dos Andrades, construido pelo
Conde Fernan Perez de Andrade em 1369,
destruido em 1467, e posteriormente reedificado,
novamente destruido em 1486, e restaurado
no Séc. XIX pelo Duque de Alba.
Portugal

Os principais ramos portugueses provêm de Rui Freire de Andrade (1295–1362), que veio para Portugal com os seus dois filhos D. Nuno Rodrigues Freire de Andrade (c. 1300–1372), mais tarde 6º mestre da Ordem de Cristo, e Vasco Freire.

João Fernandes de Andrade, filho de Fernão Dias de Andrade e de D. Beatriz da Maia, serviu os reis D. Afonso V e D. João II nas tomadas de Arzila e de Tânger e, em recompensa dos seus serviços, teve mercê nova de armas (28 de Fevereiro de 1485), além da doação, na ilha da Madeira, das terras do Arco da Calheta.







Brasil

Pedro da Cunha de Andrade, Moço Fidalgo da Casa Real, e de sua mulher D. Cosma Froes, irmã de Leonardo Froes. Foi Pedro da Cunha de Andrade natural de Lisboa e um dos cabos principais da primeira guerra dos Holandezes, filho de Ruy Gonçalves de Andrada, Moço Fidalgo da Casa Real e natural da Ilha da Madeira, e de sua mulher D. Leonor da Cunha, filha B. de Nuno da Cunha que serviu na índia e foi Capitão-mor de Malasar, o qual foi filho de Tristão da Cunha e de sua mulher D. Helena de Athayde, irmã de D. Luiz Athayde, primeiro Conde e Senhor de Atouguia que foi duas vezes vice rei da índia. Tristão Gonçalves foi filho de Simão da Cunha, Comendador da Comenda de S. Pedro de Torres Vedras, Trinchante do Rei D. João o 3." e irmão do grande Nuno da Cunha, Governador da India, onde ele também serviu e de sua mulher D. Isabel de Menezes.

Pedro da Cunha de Andrade, foi eleitor da câmara dos escabinos, quando da dominação holandesa, juntamente com Antonio Carneiro Mariz. A proximidade uniu as duas famílias com quem Pedro da Cunha de Andrade casou sua filha, D. Cosma da Cunha, com o filho de Antonio Carneiro: Manoel Carneiro de Mariz.

Pedro da Cunha de Andrade, tomou parte na batalha das Tabocas, foi um dos capitães de guerra, posteriormente caiu prisioneiro dos holandeses, que o extorquiu em 5 mil florins para poupar sua vida.

GENEALOGIA DA FAMÍLIA CUNHA DE ANDRADE:

Rui Gonçalves de Andrade c.c D. Leonor da Cunha

1. Cel. Pedro da Cunha de Andrade c.c. D. Cosma Froes

2. D. Cosma da Cunha c.c. Manoel Carneiro de Mariz,

3. Pedro da Cunha de Andrade c.c. D. Anna de Vasconcellos, filha de João Gomes de Mello e de Anna de Hollanda,

4. Pedro da Cunha Pereira, c.c. D. Catharina Bezerra, filha de Antonio Bezerra Barriga e de D. Isabel Lopes. Deste matrimônio nasceram:

5.1. D. Leonor da Cunha Pereira.
5.2. D. Catharina da Cunha, casou com Diogo Soares de Albuquerque.
5.3. D. Anna da Cunha Pereira, que casou com Arnáo de Hollanda Barreto, e da sua descendencia se diz em titulo de Regos, Provedores da Fazenda Real de Pernambuco.
5.4. D. Marianna da Cunha Pereira, casou com Manoel da Rocha Bezerra, irmão de seu cunhado Francisco da Rocha Bezerra e filho do dito Antônio da Rocha Bezerra e de sua primeira mulher Isabel do Prado.
5.5. João da Cunha Pereira, foi Moço Fidalgo da Casa Real, casou com D. Constância da Cunha Manelli, filha de Fernando Soares da Cunha e de sua mulher D. Brites Manelli, filha de Fernão do ...... e deste matrimônio não houve sucessão. Houve o dito João da Cunha Pereira ilegitimo em uma mulher nobre ao filho seguinte:


6. João da Cunha Pereira


Família 'Berenguer de Andrade' de Pernambuco:

Francisco Berenguer de Andrade/Andrada. Fidalgo da Ilha da Madeira. Chegou a Pernambuco no começo do séc. XVII. Cavaleiro da Ordem de Cristo. Coronel. Juiz de Órfãos. Um dos homens mais notáveis da Capitania pela sua família, posição social e fortuna. Foi um dos principais líderes da Restauração Pernambucana cujo compromisso com a causa foi assinado em 23-05-1645.

Dispendeu por sua conta uma grande fortuna em favor da Restauração na guerra contra os holandeses. Ouvidor nomeado por Provisão dos Mestres de Campo governadores na guerra, André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira (seu genro). Senhor do engenho Jiquiá (São Timóteo, Novo, Santo Antônio, Mingau)/ Mangueira-Recife.


Genealogia dos Berenguer de Andrade:

Francisco Berenguer de Andrada c.c. Joanna de Albuquerque, fª de Antônio da Rocha e de D. Simoa de Albuquerque, Neta paterna da Belchior da Rocha, que vivia em Olinda em 1570. Descendente de Jerônimo de Albuquerque.

2.1- Antônio de Andrade – Cavaleiro da Ordem de Cristo. C.c. (?), em Portugal. (c.g.);
2.2- Christóvão Berenguer de Andrada – Cavaleiro da Ordem de Cristo. C.c. D. Florência de Andrada, viúva de Gabriel Soares (o velho);
2.3- D. Maria César – C.c. João Fernandes Vieira, Fidalgo da Casa Real (Cons. de Guerra da Casa Real, Alcaide-mor da Vila de Pinhel, Comendador de São Pedro de Torradas e Santa Eugênia da Alta Ordem de Cristo, Mestre de Campo, Governador da Paraíba, Gov. e Capitão General de Angola, líder da Restauração Pernambucana, Superintendente das Fortificações das Capitanias do Norte do Brasil). (s.g.);
2.4- D. Luzia de Andrada c.c. João de Freitas Correia – Fidalgo da Ilha da Madeira, filho segundo da Casa dos Morgados da Madalena.

2ª Casamento: Francisco Berenguer de Andrade c.c. D. Antônia Bezerra, filha de Antônio Bezerra, o Barriga, da casa dos morgado de Paredes em Vianna/PT.

2.5- Francisco Berenguer de Andrade – Capitão-mor de Igarassu. C.c. D. Thereza, filha do Capitão-mor Jerônimo Cesar de Mello.
2.6- Manoel Dias de Andrade Berenguer – Cavaleiro da Ordem de Cristo. C.c. D. Marianna Cavalcante de Albuquerque, viúva de Gaspar Accioly de Vasconcelos. Filha do Cel. Antônio Cavalcante e de D. Maria Joanna, viúva de Gaspar Accioli de Vasconcellos. (c.g.);
2.7- Antônio Bezerra, nascido na Paraíba;
2.8- João Cesar – Nascido na Paraíba;
2.9- Feliciana Berenguer – falecida solteira;
2.10- Úrsula Berenguer – C.c. Diogo Falcão d’Eça; 11- (NI) – C.c. Fernão de Sousa.
         3.1- Luisa Felipa d´Eça cc Cpt. Mór Antonio Alves Bezerra, fº de Francisco Camello Valcaçar e de Catarina de Vasconcellos .
          3.2- Francisca Luisa Berenguer cc Francisco Alves Camello, fº de Francisco Camello Valcaçar e de Catarina de Vasconcellos. 


Manoel Dias de Andrade


Ramo Andrade na Bahia:

A família Andrade no Brasil se registra Gaspar Carvalho de Novaes, filho de Pero Vaz de Carvalho e de sua mulher Cecília Feijó Barbosa, naturais todos de Entre Douro e Minho, e nascidos os filhos que teve o sobredito Gaspar Carvalho de Novaes na freguesia de S. Maria da Silva em Pernambuco, casado com Ana Brandão, filha de Gaspar de Caldas de Souza, juiz dos órfãos de propriedade do conselho de Loura, e de sua mulher Catarina de Andrade.

De Gaspar Carvalho de Novaes e de sua mulher Ana Brandão foram filhos:

1. Antônio de Souza de Andrade, que se segue.
2. João de Andrade, sacerdote e abade de S. Miguel de Fontoura.
3. Ana Brandoa, sem casar no ano de 1680.
4. Isabel Brandoa de Souza, viúva de Melchior Barbosa de Lima, já no mesmo ano.


Bernardino Freire de Andrade
1º Conde de Bobadela
Bernardino Freire de Andrade:
 governador e capitão-general do Rio de Janeiro durante trinta anos: (1733-63). Estudou no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra e progrediu na carreira militar durante a Guerra de Sucessão da Espanha. Foi nomeado Capitão-general da Capitania do Rio de Janeiro em 1733 e tomou posse do cargo em 26 de julho. Também foi comissário e primeiro plenipotenciário de Portugal nas conferências sobre os limites da fronteira ou parte meridional do Estado do Brasil com as colônias espanholas da América do Sul.

Em 1735, Bernardino Freire de Andrade recebeu o encargo de administrar também Minas Gerais e em 1748, havendo aumentado a população de Goiás, Cuiabá e Mato Grosso, foi incumbido de administrar as duas novas capitanias que se fundaram. Ele foi enviado ao Brasil para ser governador da Capitania do Rio de Janeiro e acumulou sob seu comando os territórios de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e sul do Brasil. 

Bernardino Freire de Andrade foi um governador que atuou intensamente em favor da cultura e instrução na colônia: Academia dos Felizes (1736) e a Academia dos Seletos (1752). Realizou obras como o Aqueduto da Carioca, a Casa dos Governadores terminada em 1743 e o chafariz ou fonte pública da praça do Carmo. Incentivou também a construção de importantes obras religiosas, como o Convento de Santa Teresa e o Convento da Ajuda (demolido). Permitiu a abertura da primeira tipografia da colônia criada no Rio de Janeiro em 1747 por Antônio Isidoro da Fonseca, mas que teve de ser fechada por ordem do governo português. Depois da atuação notável como governador, agiu para o aproveitamento das minas de Paracatu recém descobertas e esforçou-se para tentar acabar com a falta de controle da circulação do ouro e a desorganização da coleta dos quintos. Reprimiu o contrabando articulado a partir do Rio, estabeleceu um sistema de taxas sobre o ouro de Minas, determinou a imposição de um contrato sobre os diamantes do Tijuco distrito que Portugal mantinha rigorosamente fechado e supervisionou a renovação urbana do Ribeirão do Carmo rebatizada Cidade Mariana em homenagem à Rainha D. Maria Ana de Áustria.

Em decorrência do Tratado de Madrid (1750), o governador deslocou-se em 1752 junto com Fernandes Alpoim para o sul, para delimitar as fronteiras com as colônias espanholas. Comandou as tropas luso-espanholas, vencendo, em menos de seis meses, os índios guaranis durante a Guerra Guaranítica (1754-1756).

Auxiliava os que se dedicavam ao estudo e entre os muitos que mandou educar no seminário de São José esteve José Basílio da Gama que, depois de concluir seus estudos na Europa, escreveu o poema  "O Uraguai", que trata sobre a guerra guaranítica, e que tem por herói Gomes Freire (1769).

Foi responsável por grandes melhorias na tecnologia militar, destacando a criação, em 1762, da “Casa do Trem da Província do Rio de Janeiro”, destinado ao abrigo e reparo do equipamento de Artilharia do Exército Colonial. A Casa do Trem é o marco de origem das atividades da indústria bélica no Brasil Colônia, e precursora dos atuais Arsenais de Guerra do Exército Brasileiro.

Depois do Pacto de Família, Portugal declarou guerra à Espanha, de que resultou D. Pedro de Cevallos tomar a cidade de Colônia do Sacramento, arrasando-a, e à qual nunca chegaram socorros do Rio de Janeiro. Diz-se que a notícia desse fato (dezembro de 1762), lhe causou tal desgosto, que adoeceu, morrendo em 1 de janeiro de 1763. Tendo sido sepultado na capela do convento de Santa Teresa - RJ. Deixou em testamento um valiosíssimo morgado em favor do irmão, José António Freire de Andrade, pois não se casou nem teve filhos.

*Procuramos abordar apenas o ramo familiar mais antigo e proeminente registrado no Brasil. Podendo haver outros ramos familiares que advieram para o Brasil em épocas posteriores, ou mesmo na mesma época, porém não registrados.



sábado, 16 de março de 2019

O Clã dos Saraiva(s)


Lópe García de Salazar, em sua obra "Bienandanzas e Fortunas", menciona que a origem dessa linhagem se encontra em cavaleiros Visigodos que chegaram em Santoña, Santander, no Séc. XII, convertendo-se em uma nobre linhagem Basca. Tiveram seu primitivo solar levantado junto a um caminho em Rasines, vila de Ramales.

Um ramo passaria a Portugal, descrito no Armorial Lusitano como:

"Família antiga, cujo solar é uma vila de Serávia nas montanhas da Biscaia. O apelido em Portugal, tomou a forma de S. corrupção de Serávia. Na comitiva da Rainha D. Leonor, mulher do Rei D. Duarte (1428) veio Vicente Fernandes Serávia, que dizem acompanhava uma sua irmã, dama da quel princesa. Vicente Fernandes casou com Leonor Vaz da Fonseca filha de Afonso Vaz da Fonseca Coutinho, alcaide-mor de Marialva e de Moreira, que ganhou aos castelhanos e do Sabugal e de sua mulher D. Mécia Lopes Pacheco. Ligado a uma tão importante e distinta família da província da Beira, Vicente Fernandes S. de produzir larga geração, sobretudo na região de Trancoso, em cuja vila fez assento, a qual teve papel preponderante na governança da região."

TimbreOs Saraivas trazem por armas, escudo dividido em faixa sendo a 1.ª de veiros de prata e azul e a 2.ª de água. Orla púrpura aparecendo as pontas de uma cruz, de ouro, floreada. Elmo de prata, cerrado.Timbre meio peixe serra, da sua própria cor, com a serra de prata. Esta armas deu D. Pedro (o Cru,) de Castela, a um basco da vila de Seravia, por ter tomado duas naus francesas, com apenas uma, na qualidade de capitão da mesma, pelo ano 1360.


Etimologia: O sobrenome Saraiva vem do celta: granizo.


Castelo de Trancoso, distrito de Guarda, Portugal.

Solar dos Saraivas, construído no século XVII ou XVIII por Sebastião Saraiva na freguesia de Vilar Torpim, Concelho de Figueira Castelo Rodrigo, distrito de Guarda, Portugal.

BRASIL*

A família Saraiva é uma família antiga, de origem indubitavelmente nobre, mas sem qualquer parentesco em sua origem aos troncos mais antigos da nobreza de Portugal. Tornam-se grandes nobres no tempo dos Avizes, e desde então ocupam posições de primeiro plano na corte, e passam ao Brasil no século XVI.


Família 'Mendoza Sarabia' de Pernambuco:

Se registra em Pernambuco, o nome de D. Manuel de Mendonça Saraiva (Mendoza Sarabia), nascido em Pernambuco por volta de 1589, e que contava cerca de 50 anos quando fez provas em Madrid para ingressar na Ordem de Calatrava. Era nobre da Casa Real, e filho legítimo do capitão D. Antonio de Mendoza e sua esposa legítima, D. Ana de Saraiva, que eram primos em primeiro grau e também naturais de Pernambuco, assim como seus avós paternos, D. Gonçalo. de Mendoza e Antonia de Saravia como os maternos, Jerónimo de Saravia e Ana de Mendoza. Os pais de D. Manuel eram primos de primeiro grau pelas duas linhas e tinham contraído matrimonio com dispensação, pelo que o pretendente só tinha os sobrenomes Mendonza e Saraiva.

O capitão Manuel de Mendoza Sarabia, junto com seus irmãos e pais, tomaram parte ativa na defesa de Salvador quando da invasão holandesa na Bahia, ajudando a fazer trincheiras e prestando toda ajuda ao governador de Pernambuco, Mathias de Albuquerque. 

Seus bisavós estavam entre os primeiros antepassados que se foram para o Brasil no final do século XVI. Sendo os Mendozas Saravia das mais antigas famílias brasileiras, chegadas antes da invasão holandesa. Expressamente reportado por uma testemunha nas provas que D. Manuel fez para entrar na Ordem de Calatrava:
"Ele diz que seus bisavós disseram que foram para o Brasil e Pernambuco quando essa probincia foi conquistada e que eu ouvi dizer que eles eram das montanhas de Burgos, mas que em particular, ele não lembra qual lugar porque embora este declarante tivesse alguns papéis em Pernambuco, Eles perderam quando o inimigo levou o Brasil. Que ele não sabe se embarcaram em Portugal, ou em outro porto de Castela, mas que não eram nativos de Portugal, nem viviam naquele Reino ".
Outras testemunhas afirmaram na mesma linha sobre a origem dos ascendentes de D. Manuel:
"[...] ele disse que ouviu em Pernambuco que os ancestrais de D. Manuel desceram de Vizcaya das montanhas [...]".
O pai de D. Manuel, capitão Antonio de Mendoza, e seu avô materno, o Mestre de Campo Domingos de Sarabia, estavam em Pernambuco como provedores e secretários da Santa Confraria da Misericórdia, cargos que só eram exercidos por fidalgos notórios. Eles sempre se trataram como nobres, com grande brilhantismo, sustentando-se nos aluguéis de suas fazendas, e nem eles, nem seus criados, tinham negócios que não correspondessem a sua condição de nobres. Todos os ascendentes tinham sido poderosos fazendeiros e senhorios, com servos e escravos, e faziam parte das pessoas mais ricas e importantes de Pernambuco.

D. Manuel e todos os seus ascendentes eram fidalgos de Espanha e, como tal, exerciam em Pernambuco os ofícios reservados aos nobres como juízes e vereadores, que em Castela equivaliam a prefeitos e vereadores comuns. D. Manuel entrou na Santa Casa da Misericórdia de Olinda na condição de nobre em 1609, e seus irmãos, pais e avós sempre pertenceram a esse mesmo estado.

Os pais de sua esposa, D. María de Mendoza eram os Mestre de Campo Domingo de Saraiva e Francisca de Mendoza, também naturais de Pernambuco e também primos.

Se desvela um típico caso de clã endogâmico, tão comum no Brasil daqueles tempos, já que D. Gonzalo e D. Ana de Mendonça eram irmãos, e se casaram respectivamente com uma prima Antonia de Saravia e o também primo D. Jerónimo de Saravia, ambos também irmãos. 

D. Manuel casou-se em Olinda com sua prima em primeiro grau, Maria de Mendoza, que também é natural da cidade. Deste casamento nasceram, pelo menos, 7 filhos conhecidos:

D. Jerónimo,
D. Bartolomé,
D. Fernando,
D. Elena,
D. Serafina,
D. Violante e

D. Manuela.



Família 'Fonseca Saraiva' da Bahia:

A família Saraiva aporta no Brasil, na então Capitania de Ilhéus, atuamente parte da Bahia, e terá na ilha de Tinharé, e posteriormente Cayru, seu principal núcleo irradiador, quando se assenta com outras famílias quando do seu povoamento, como os Araújos de Vianna e Ponte de Lima, os Goes de Lisboa, Tourinhos, Sás, Menezes, d´Eças e outras várias famílias nobres, com quem criaram vinculo de parentesco. Foi a família Saraiva os principais dentre esses povoadores, tendo como cabeça do clã: Domingos da Fonseca Saraiva, filho de Diogo Afonso da Veiga, e segundo neto de Francisco da Fonseca Saraiva, Senhor da Villa de Trancoso, e naturais de Armamar, Villa no Bispado de Lamego da Província da Beira.

Concelho de Armamar e Bispado de Lamego
Domingos da Fonseca Saraiva foi casado com Antônia de Pádua de Góes, primogênita de Gaspar de Araújo, natural de Viana, e de sua mulher Catarina de Góes, de Lisboa, que haviam passado a Capitania, em 1563. Foi bastantemente rico, comprando engenho e terras. Levantaram, em seu engenho e fazenda, por especial devoção, uma capelinha de São Francisco, e no seu altar colocaram uma imagem de Santo Antonio, quando realizavam festividades em seus respectivos dias, e que assim se conservou por alguns anos essa devoção, enquanto foram Senhores. Até que foram forçados a deixar o lugar, e retirarem-se com os mais moradores para a ilha de Cayrú, fugindo dos tapuias Aymorés, que arrasaram tudo, incluso o engenho e a capela. Desta só ficou a memória do lugar, que ainda hoje conserva o nome de São Francisco, junto às margens do chamado Rio Fundo. Tiveram como filhos:

1. Catarina de Góes Paes, c.c. capitão Lucas da Fonseca Saraiva, tesoureiro da feitoria das madeiras de Cairu. Possuindo as terras do morro de São Paulo, fez construir a ermida de Nossa Senhora da Luz.

Lucas de Afonseca Saraiva, c.c. Catarina de Souza da Fonseca, e teve filhos.

Luiz de Góes da Fonseca, c.c. D. Isabel de Meneses, filha de Rodrigo Pedroso, a fi .... , e de sua mulher D. Antônia de Meneses. De Luiz de Góes da Fonseca e de sua mulher D. Isabel de Meneses foi filho

1. Antônio de Meneses Teles, c.c. D. Margarida de Souza, sua prima, filha de D. Antônia de Pádua e de seu marido Manuel Teles de Meneses, à fi .... n. 1 e 4, e aí o mais.
2. D. Arcângela de Meneses, c.c. Inácio de Araújo de Souza, com filhos.

2. Mariana de Góes de Afonseca, c.c. Simão Pinto de Faria.  com filhos.
3. Susana de Góes, c.c. Gonçalo Falcão Pereira.
4. Francisca da Fonseca, c.c. João Barbosa Coutinho, com filhos.
5. Antônio da Fonseca Saraiva, c.c. Orsula Serrão de Medeiros, com filhos.
6. Simeão de Araújo de Góes, ou de Afonseca, c.c. Joana de Souza de Vasconcelos, f.ª de Fernão Ribeiro de Souza c.c. D. Antônia de Meneses.


D. ANTONIA DE PADUA DE GOES. Depois de viúva, levou 18 anos, entrevada, numa cama, tida por serva de Deus, informa Fr. Jaboatão, apresentando sinais visíveis de santidade. Faleceu aos 82 anos de idade, em 1646, na vila de Cairu, chorada "por 116 filhos, netos e bisnetos, que juntos com os de seus dois irmãos e quatro irmãs podem hoje povoar um novo mundo". 

LUCAS DA FONSECA SARAIVA. - Tesoureiro da feitoria das madeiras de Cairu. Possuindo as terras do morro de São Paulo, fez construir a ermida de Nossa Senhora da Luz.

GENEALOGIA DOS FONSECA SARAIVA:


VICENTE VIEGAS Foi sr. do couto de Leomil, um couto de pequenas dimensões, donde o nome—Coutinho.C.c. Sancha...
MARTIM VICENTE Foi sr. do couto de Leomil.
ESTEVÃO MARTINS Coutinho Tomou o nome de sua propriedade. C.c. Teresa ou Urraca Ruiz da Fonseca, filha de Rui Mendes da Fonseca  e de s.m. Teresa Anes.
FERNÃO MARTINS DA FONSECA COUTINHO Aparentemente obscuro como o pai, avô e bisavô. C.c. Teresa Pires Varela, filha de Pedro Migueis (?), de Bruges? Ou burguês? Vivera no tempo de d. Pedro I o Cru, † 1367.
VASCO FERNANDES COUTINHO (I) Viveu no tempo de d. Fernando I o Formoso, † 1383, e no de seu sucessor o Mestre de Aviz, depois d. João I. Foi couteiro de Leomil e meirinho-mor do reino na Beira. C.c. Leonor ou Brites Gonçalves de Moura, filha de Gonçalo Vaz de Moura.
AFONSO VASQUES DA FONSECA Criança quando morreu o pai, foi criado pelo irmão mais velho Gonçalo. Foi alcaide-mor de Marialva. C.c. Mécia Lopes Pacheco.
Leonor Vaz da Fonseca C.c. Vicente Fernandes Saraiva.
Leonor Osores da Fonseca Uma filha dentre cinco. C.c. Lourenço Saraiva. (Há dúvidas aqui.)
Antonio Saraiva da Fonseca Um filho dentre seis. C.c. ...
Francisco da Fonseca Seria o sr. de Trancoso referido por Jaboatão. C. c. Brites Pacheco.
Diogo da Fonseca Saraiva C.c. a concunhada Isabel Saraiva
Maria da Fonseca C.c. Diogo da Veiga, ou Diogo da Costa, seu parente.
DOMINGOS DA FONSECA SARAIVA  N. em Armamar (Lamego). C.c. Antonia de Pádua de Gois, filha de Gaspar de Araújo e de s.m. Catarina de Gois. Vivia em 1591, quando da visitação da inquisição.

BELCHIOR DA FONSECA N.c. 1573 em Salvador (BA). C.c. Luiza Doria, n.c. 1590, filha de Braz da Silva de Meneses e de s.m. Clemência Doria a moça. C.g.—Fonsecas Dorias, tab. V.

Domingos da Fonseca Saraiva c.c. Antonia de Pádua de Góis
1. Catarina de Góes Paes c.c. capitão Lucas da Fonseca Saraiva, tesoureiro da feitoria das madeiras de Cairu. Possuindo como terras do morro de São Paulo, fez construir uma ermida de Nossa Senhora da Luz.

D.ª Francisca da Fonseca c.c. D. João de Uzeda e Luna, f.º de D. Rodrigo Uzeda
D. Ursula da Fonseca c.c. Francisco de Souza d´Eça, com filhos:
         D. Domingas Deça, mulher do capitão-mór Nicoláo de Souza Deça.
        Bartolomeu de Souza Deça, que casou duas vezes, a primeira com D. Maria da cunha, filha de Manoel Trinxão, casou com esta a 11 de Julho de 16 Cairú: a segunda vez casou com D. Theotonia de Padua, filha de Gaspar Pinto da Fonseca e Góes, cazou com esta aqui a 7 de Janeiro de 1691 em Cairú. Da primeira teve 6 filhas e da segunda um filho e uma filha. Foi alcaide mor dos ilhéus. 

       Francisco de Souza Deça, que casou com sua cunhada D. Joana Trinxão, filha do sobredito Manoel Trinxão.

Lucas de Afonseca Saraiva c.c. Catarina de Souza da Fonseca, e teve filhos.

Luiz de Góes da Fonseca c.c. D. Isabel de Meneses, filha de Rodrigo Pedroso, um fi gratuito .... , e de sua mulher D. Antônia de Meneses. De Luiz de Góes da Fonseca e de sua mulher D. Isabel de Meneses foi filho

1. Antônio Teles de Meneses c.c. D. Margarida de Souza, sua prima, filha de D. Antônia de Pádua e de seu marido Manuel Teles de Meneses, à fi .... n. 1 e 4, e aí o mais.
2. D. Arcângela de Meneses, c.c. Inácio de Araújo de Souza, com filhos.

2. Mariana de Góes de Afonseca, c.c. Simão Pinto de Faria. com filhos.
3. Susana de Góes, c.c. Gonçalo Falcão Pereira.
4. Francisca da Fonseca, c.c. João Barbosa Coutinho, com filhos.
5. Antônio da Fonseca Saraiva, c.c. Orsula Alves de Medeiros, com filhos.
6. Simeão de Araújo de Góes, ou de Afonseca, c.c. Joana de Souza de Vasconcelos, f.ª de Fernão Ribeiro de Souza c.c. D. Antônia de Meneses.

Solar da Família Fonseca Saraiva, construido em 1608.

Família 'Vaz Saraiva' no Espírito Santo:

Novo Milênio: Telas de Benedito Calixto - Calixto e Vila VelhaGaspar Vaz Saraiva é o mesmo Gaspar Saraiva que em 1640, ao lado de Adão Velho Ferreira, defendeu a vila Velha-ES do ataque dos holandeses. Registra-se sua morte em 1691, pois a 6 de outubro desse ano seu genro Baltazar nomeia procuradores para escriturar terras que herdou dele. Certamente residia em Vitória, porquanto tais procuradores moravam nessa vila.

30 de outubro de 1640 — O coronel holandês Koen, repelido no dia 28 na Vitória, ataca neste dia a Vila Velha do Espírito santo. Os capitães adão Velho e Gaspar saraiva opõem-se ao desembarque; no entanto, vendo que dos navios inimigos partiam grandes reforços, abandonam a vila (ver 2 de novembro).

02 de novembro de 1640 — Os capitães Adão Velho e Gaspar Saraiva, reforçados pelo capitão-mor João dias Guedes, atacam e retomam Vila Velha do Espírito santo (ver 28 e 30 de outubro). Os holandeses recolhem-se aos seus navios e deixam o porto no dia 8.

1640 — O coronel holandês Koen, repelido nas vilas da Vitória e do Espírito santo, faz-se de vela neste dia; no entanto, é retido em frente da barra até o dia 13, por falta de vento (ver 28 de outubro e 2 de novembro).



GENEALOGIA VAZ SARAIVA:

1. Gaspar Vaz Saraiva c.c. ____________________ (?)
2.1. Bárbara da Costa c.c. alferes Baltazar de Calheiros Malheiros

2.2. Alf. José Vaz Saraiva (*1625), vivente em São João da Praia em 1702. Foi vereador nessa vila (1677-78 e 1706), Em 1682-98 e 1701 era juiz ordinário. c.c. Leonor Caldeira(?), viúva de Julião Rangel de Souza (?), f.ª do cap. Mateus Pinto Caldeira. Com quem foi para Campos.



Família Saraiva no Rio Grande do Sul - RS:

O patriarca dos Saraivas estabelecidos no Rio Grande de São Pedro (RS) e Uruguay (antiga Banda Oriental), advém de Bernardo José Ferreira Saraiva (1725-87), nascido no distrito de Guarda em Portugal, e que imigrou para o sul do Brasil, vindo a se casar com Bárbara Isabel de Santa Rosa Rodriguez (1737-1803), natural do Rio Grande de São Pedro (RS), filha do Cpt. Antonio de Souza Sardinha e de Joana Rodrigues. Seu pai, era Manuel Saraiva Tavares (1690), também português de Póvoa do Concelho, no distrito de Guarda, e sua mãe Marìa do Amaral Ferreira.

A Família Saraiva foi um dos mais poderosos clãs na região de fronteira do Brasil e Banda Oriental (Uruguai), vindo muito de seus membros efetivamente a se estabelecerem na banda oriental, inicialmente em Colônia do Sacramento (Uy) e de lá para o norte de São José do Norte, vindos depois para a Quarta Zona de Canguçu e dali foram descendo até o Uruguai, quando castelhanizaram seu sobrenome para Saravia, sendo seus membros, no futuro, protagonistas principais nos mais importantes movimentos políticos da região, como a Revolução Farroupilha, e Guerra Federalista, em que teve a frente respectivamente Fracisco Saraiva Caneda e Gurmecindo Saraiva.



Outros Clãs:

Keltoi - Pela Restauração da Nobreza Brasilaica
Clãs Brasilaicos
Clã Rendon de Quebedo
Clã dos Sá
Clã dos Teixeiras
Clã dos Wanderley
Clã Vidal de Negreiros
Clã Vieira de Mello



*Procuramos abordar apenas o ramo familiar mais antigo registrado no Brasil. Podendo haver outros ramos familiares que advieram para o Brasil em épocas posteriores, ou mesmo da mesma época, porém não registrados.

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Clã dos Furtado de Mendonça

MENDOZA / MENDONÇA . Conta-se entre as mais ilustres e antigas famílias da Espanha a dos Mendozas / Mendonças, por vir dos senhores de Bisc...